WASHINGTON,
EUA, 12 de agosto (Folhapress) - Usuários de drogas
detidos pela polícia americana que não estejam
envolvidos com atos violentos ou quadrilhas não terão
mais uma pena obrigatória mínima de prisão.
O secretário da Justiça dos EUA, Eric Holder,
anunciou hoje que determinará aos promotores
federais que reduzam penas e evitem o encarceramento de
usuários presos pelo porte de pequenas quantidades de
droga. Sugeriu serviços comunitários e programas de
reabilitação em vez de cadeia.
"Não podemos mais tratar pequenos usuários como
reis do tráfico. É contraproducente", discursou Holder
ontem, em encontro anual da American Bar Association, (a
OAB americana), em São Francisco,
Califórnia.
Ele disse que a prisão de milhares de usuários afeta
diretamente os bairros mais pobres das grandes cidades
americanas e dificulta, em vez de de ajudar, a sua
reabilitação.
"Usuários com pequenas violações da lei acabam pagando
um preço alto demais ao serem colocados no nosso sistema
prisional", disse. Citou diversos números: enquanto a
população americana cresceu um terço desde 1980, a
população encarcerada aumentou 800% desde então. O
sistema prisional federal americano trabalha 40% acima
de sua capacidade, com algumas prisões superlotadas.
Mais de 40% dos presidiários americanos têm pena
relacionada ao uso de drogas. Os EUA têm 5% da população mundial, mas 25% do
total de gente atrás das grades em todo o
mundo.
"O presidente Obama e eu discutimos muito e chegamos à
conclusão o fim da penas obrigatórias mínimas será
positivo especialmente entre nossas minorias, que acabam
tendo penas maiores pelos mesmos crimes cometidos por
brancos", disse Holder, que é negro.
Ele também disse que vai ampliar um programa federal
para conceder "liberdade solidária" a presos mais idosos
que já cumpriram parte de suas sentenças e que não
tenham cometido atos violentos.
Boa parte da legislação de tolerância zero às drogas,
que causou a superpopulação carcerária americana, foi
aprovada nos anos 80 e início dos anos 90, no auge da
epidemia de crack no país.
Mas a criminalidade americana despencou em quase todas
as cidades e Estados do país (ano passado teve o menor
número de homicídios em 22 anos) e vários Estados,
inclusive os conservadores do sul do país, começaram a
rever suas políticas.
Um memorando da Departamento da Justiça foi encaminhado
hoje a todas as Procuradorias americanas, recomendando
que os promotores não escrevam a quantidade específica
das drogas quando estiverem formulando as acusações dos
réus que cumpram os seguintes critérios: eles não
cometeram ato violento, uso de drogas ou venda a
menores, não lideram uma organização criminal ou fazem
parte de cartel, e não têm antecedentes criminais.
A mudança, considerada a maior na "guerra às drogas" no
front doméstico em décadas, não passou pelo Congresso,
onde a Câmara é dominada pela oposição republicana e
dificilmente passaria. Holder determinou a promotores
federais a não usar a determinação anterior na acusação
e o presidente Obama deve assinar uma ordem executiva, o
equivalente americano às medidas provisórias.
O governo foi cuidadoso no anúncio da nova política.
Obama está em sua semana anual de férias de verão,
quando boa parte do país também está descansando, sem
acompanhar tanto o noticiário; e o anúncio foi feito na
mais liberal Califórnia. Obama e Holder já tinham
indicado antes que não mandariam a polícia federal
intervir em Estados que aprovaram por plebiscito o uso
recreativo da maconha, como Colorado e Washington.
Fonte: http://www.tnonline.com.br
Legalização da maconha: a questão do racismo
O oportunismo
estratégico dos defensores da legalização é uma força
positiva conta a injustiça
Um
novo relatório da ACLU entitulado “A Guerra Contra a
Maconha em Preto e Branco” expõe as desigualdades
ultrajantes na aplicação das leis americanas que
criminalizam a posse de maconha. Os dois gráficos abaixo
demonstram a situação.
A ACLU não chega ao ponto
de exigir igualdade racial para as prisões por posse de
maconha. A associação verifica o “chocante viés racial”
e o fato de que bilhões de dólares são desperdiçados
para reduzir o uso de maconha, e conclui que a guerra
contra a maconha fracassou.
Setecentas e cinquenta mil
pessoas são presas nos EUA por posse todo ano, e o fato
de que negros são presos quatro vezes mais que brancos
embora consumam em média a mesma quantidade poderia ser
encarado como uma maneira sutil de suprimir o voto
negro, uma vez que 48 estados americanos limitam os
direitos eleitorais de criminosos condenados. Este é um
bom argumento para os defensores da legalização, e pode
até mesmo ser capaz de transpor as objeções morais dos
proibicionistas.
A mudança estratégica do
movimento pró-legalização na direção do racismo do
sistema de justiça criminal dos EUA é enternecedora. O
racismo institucionalizado é a maior perversão dos
Estados Unidos e permanece entranhado na vida cotidiana
americana, mas sua presença tornou-se imperceptível para
a maioria das pessoas. Se a perspectiva de um dia poder
fumar um baseado impunemente é o que é necessário para
fazer com que universitários se choquem com o fato de
que a guerra contra as drogas acabou se tornando a
segunda encarnação das leis segregacionistas, então que
seja. Pessoas doentes não se importam com as razões que
fizeram as pessoas quererem ajudá-las a legalizar a
maconha medicinal. Aqueles que foram presos injustamente
não se importarão com as razões por trás de sua
libertação.
Fonte: http://opiniaoenoticia.com.br
Epidemia de drogas e
correlação
Nesta
semana o assunto voltou às timelines: o
psiquiatra-ativista Ronaldo Laranjeira, da UNIFESP,
fez uma polêmica participação no Roda-Viva dessa
segunda-feira.
Nesse tipo de
discussão, muitos têm argumentos científicos e
estatísticos sobre o poder de destruição/vício de
certa substância e os males de que padecem seus
usuários e ex-usuários.
O NYT revisitou, nesta
semana, um grande tema midiático dos anos 80: os
bebês do crack dos Estados Unidos. Lá, os filhos de
mães viciadas nasciam com diversos transtornos e
augurava-se um futuro nada brilhantes para os bebês.
E não é que as previsões estavam todas erradas, que
as medições (enviesadas) não bateram com a
realidade? Aqui: http://www.nytimes.com/2013/05/20/booming/revisiting-the-crack-
Médico
que coordena programa do governo
de SP de
combate ao crack consegue escapar
de arapuca
armada pela TV Cultura
Entrevistado era
difamado, em tempo real, por membro da bancada
do Roda
Viva. Um espetáculo grotesco de patrulha e grosseria!
O Roda Viva, da TV Cultura,
entrevistou na segunda-feira o psiquiatra Ronaldo
Laranjeira, uma das maiores autoridades brasileiras em
dependência química. Ele coordena o programa “Recomeço”,
implementado pelo governo de São Paulo, para atender
especialmente os dependentes de crack. Entrevista? Não!
O que a TV Cultura, TV pública de São Paulo alimentada
por dinheiro também público, tentou armar foi um
linchamento em forma de entrevista. Laranjeira só não
foi esmagado pelos entrevistadores — todos eles, com a
exceção de uma, claramente favoráveis à descriminação
das drogas — porque é preparado, conhece o assunto e
soube combater o achismo e a irracionalidade com
informação.
A coisa alcançou tal nível de
delinquência intelectual que, atenção!, o rapaz escalado
para acompanhar a repercussão da entrevista do Twitter,
alimentando o programa com informações, passou ele
próprio a atacar o entrevistado em tempo real. Enquanto
Laranjeira falava, ele o desqualificava em seu perfil.
Escrevo de novo: uma pessoa que estava na bancada do
Roda Viva, em tempo real, atacava o entrevistado.
ATENÇÃO, CONVIDADOS DO RODA VIVA! HÁ O RISCO DE VOCÊS
SEREM DIFAMADOS NAS REDES SOCIAIS PELO PRÓPRIO PROGRAMA!
A menos, claro!, que vocês digam o que que querem que
vocês digam! No geral, se as opiniões estiverem
identificadas com o politicamente correto, com o petismo
e com as esquerdas, tudo bem! Caso contrário, é porrada
na certa! Abaixo, segue o vídeo no Youtube. Volto em
seguida.
Foram escalados para
entrevistar Laranjeira:
– Ilona Szabo de
Carvalho – ela
é diretora de um tal Instituto Igarapé, que responde por
uma certa Rede Pense Livre, organização que defende a
descriminação da drogas. A Pense Livre foi uma das
organizadoras daquele seminário em Brasília que defendeu
a legalização de todas as drogas. Foi financiado com
dinheiro público e só convidou as pessoas que têm esse
ponto de vista.
– Laura Capriglione –
jornalista da Folha de S.Paulo, é a minha musa na
imprensa. Parou de cobrir enchentes na gestão Fernando
Haddad. Aposentou as galochas. É contra a internação
involuntária de viciados e favorável à descriminação das
drogas.
– Bruno Paes Manso –
jornalista do Estadão, é uma espécie de Laura
Capriglione com ambições quase acadêmicas. Também
defende a descriminação.
– Denis Burgierman –
jornalista, é diretor de redação da revista
Superinteressante. Mas não estava lá por isso. É um
fanático da descriminação das drogas, escreveu livro a
respeito e também é ligado à Rede Pense Livre.
– Mara Menezes –
Presidente do Conselho da Federação Amor Exigente. Foi a
única que não usou o entrevistado como mero pretexto
para defender a descriminação das drogas.
Assim se fez a imparcialidade
de entrevistadores do Roda Viva. Quatro pessoas estavam
lá para tentar provar que o entrevistado está errado e
tartamudear seus delírios sobre a liberação das drogas,
e apenas uma, visivelmente intimidada pela tropa de
choque, não exibia o espírito do confronto.
Laranjeira, reitero, se saiu
bem porque é uma pessoa preparada, que não se deixa
intimidar. Ocorre que um especialista não tem obrigação
nenhuma de saber lidar com situações como essa. O que se
tinha ali — comprovado pelo episódio do Twitter (já
chego lá) — era uma arapuca, não uma “roda viva”.
Estômago Se você não assistiu ao
programa, recomendo que coloque o estômago de lado. Não
me lembro de bancada tão abertamente hostil a um
entrevistado! Acho que nem aquela que se encarregou de
Cabo Anselmo! Dos cinco participantes, quatro se opunham
a praticamente tudo o que o convidado exibia como
contribuição — INCLUSIVE PROFISSIONAL — ao debate.
Ilona, vejam o vídeo,
arrogante, partiu para o ataque desde o início, tentando
transformar em debate entre iguais a entrevista de um
especialista. Não queria perguntar, mas contestar.
Transcrevi trechos de sua fala (fica para outros posts).
É daquelas pessoas cuja prosa se perde nos fumos
sintáticos dos anacolutos (vou demonstrar). Com
frequência, sua voz tentou se sobrepor à de Laranjeira,
muitas vezes num tom de censura benevolente. No ápice de
seu entusiasmo, recorreu a um argumento que chega ao
escárnio: o de que os dependentes não procuram
tratamento porque têm medo de ser criminalizados!!!
Manso — autor de uma tese
exótica de doutorado na FFLCH sobre o crescimento e
queda do índice de homicídios em SP — defendeu que a
liberação do plantio de maconha “para uso próprio” seria
uma excelente medida… Burgierman chegou a perguntar, com
agressividade incompatível com o seu papel, se o fato de
Laranjeira dirigir um instituto privado de estudo das
drogas e combate à dependência não constituía conflito
de interesses com a coordenação do programa público. Não
se limitou a defender a descriminação do uso de drogas.
Ele também quer livrar a cara do que chama “pequeno
traficante”. Não tenho a menor noção do que ele quer
dizer com isso. Laura nem precisou se esforçar. Manteve,
sempre que flagrada, um olhar de reprovação à postura
“radical” do entrevistado…
Laranjeira começou muito tenso
(como não estaria?), mas conseguiu se impor na maioria
dos confrontos. Foi eficiente em demonstrar que é
necessário reduzir ao máximo a exposição dos jovens às
drogas. Faltou ressaltar, creio, que, no Brasil, isso se
torna ainda mais necessário à medida que não existe rede
de tratamento capaz de acolher de modo adequado os que
se tornam dependentes. Outro ponto forte foi sua
negativa categórica em considerar a famigerada política
de redução de danos uma alternativa aceitável como
proposta terapêutica.
Em países organizados (e
pequenos!), como Suíça, Holanda e Portugal (fetiche da
turminha!), as autoridades puderam, digamos, se dar ao
luxo de uma experiência de liberação (sempre parcial!),
num contexto em que há um sistema de saúde onipresente e
disponível. A redução de danos foi tentada num ambiente
de variáveis muito mais controladas do que temos, ou
podemos ter, em Banânia, com 8,5 milhões de quilômetros
quadrados, 200 milhões de habitantes, uma pobreza
fabulosa e fronteira com quatro grandes produtores de
drogas. E há um claro recuo nessas políticas de redução
de danos.
Um momento lindo
“Doutor, só para eu
entender o que o senhor está falando porque existem
formas e formas e formas de se consumir drogas, né? Quer
dizer, você pode consumir a droga de maneira recreativa,
você pode consumir a droga esporadicamente, você pode…
Assim como tem as pessoas que bebem e são dependentes do
álcool e tem as pessoas que bebem por… Num fim de
semana.”
A fala é Laura Capriglione,
que fica agora obrigada a nos apresentar consumidores
recreativos de crack, certo?
E isso é pouco
Mas isso é pouco. Se uma
bancada com essa composição ainda não lhes pareceu algo
heterodoxo, então falemos de um certo Bruno Torturra, um
simpatizante declarado do movimento petista “Existe Amor
em SP”. Sim, ele estava na bancada do Roda Viva. Fazendo
o quê? Deixemos que ele mesmo explique com dois tuítes.
Estava “pilotando da bancada o
Twitter” e “ajudando a recolher perguntas”. Já na
segunda postagem, ele chama Laranjeira de “proibicionista”.
A palavra é um jargão empregado por defensores da
liberação das drogas, especialmente da turma ligada à
Marcha da Maconha.
Estou pouco me lixando se o
tal, de quem nunca ouvi falar, é ou não maconheiro. Não
pode sê-lo ou se comportar como tal na bancada do Roda
Viva. Este sujeito, que estava lá para “recolher
perguntas”, ficou publicando tuítes contra Laranjeira no
curso da entrevista.
Isso significa que a TV
Cultura, que pertence à Fundação Padre Anchieta,
alimentada com dinheiro público, chama um entrevistado,
e alguém, a serviço da emissora, fica difamando o
convidado ao vivo, enquanto ele está no ar. A bancada,
formada para massacrar Laranjeira (em outros posts,
darei destaque a estultices espantosas), não pareceu o
suficiente. Era preciso ter um rapaz que cuidava do
Twitter com esta isenção (isso tudo foi postado enquanto
Laranjeira falava). Volto para encerrar.
Encerro Não! Eu não acho que a TV
Cultura ou o Roda Viva devam incensar o governo do
estado e suas escolhas administrativas ou políticas, a
exemplo do que faz a Lula News. Poderiam se comportar,
por exemplo, com isenção! O que lhes parece? Laranjeira
conseguiu escapar do linchamento. A questão é saber se
uma emissora, pública ou privada, tem o direito de fazer
aquilo. Um momento vergonhoso da TV Cultura e do
jornalismo. Eis um tipo de imprensa que não precisa de
“controle social” porque já está… controlado.
Por Reinaldo Azevedo
Fonte: http://veja.abril.com.br
OLHE a CORAGEM deste CARA
Brasil
invade fronteiras de países vizinhos
na guerra contra a cocaína
Brasil vem
expandindo sua guerra contra as drogas, adotando
uma política de invasão semelhante a dos EUA
O
Brasil se tornou o segundo maior mercado de cocaína,
perdendo apenas para os Estados Unidos. Tal fato deu
início a uma agressiva política de invasão de
fronteiras, semelhante a adotada pelos EUA, na guerra
contra o tráfico, informa o Wall Street Journal
nesta segunda-feira, 3.
A tática adotada é uma
surpresa, já que no passado o Brasil era um dos
principais críticos da política antidrogas
norte-americana, alegando que o método trazia mais
prejuízos do que benefícios. Além disso, nos últimos
anos a América Latina parecia estar se distanciando do
modelo norte-americano de combate às drogas. Durante a
última reunião da Cúpula das Américas, o presidente da
Colômbia, Juan Manuel Santos, declarou a falência da
política antidrogas dos EUA e chamou atenção para outras
alternativas, como a descriminalização.
Contra a corrente
Contudo, o caso do Brasil
mostra exatamente o oposto. Diante do avanço do tráfico
de cocaína em países emergentes, a presidente Dilma
Rousseff está enviando 10 mil soldados para zonas de
tráfico. O país também comprou 14 aviões-robô
israelenses para procurar rotas utilizadas por
traficantes. Por sua vez, a Polícia Federal está
contratando 30% mais agentes e comprando mais armamentos
para combater a expansão do tráfico.
O desafio do Brasil é
conter o tráfico de drogas em uma vasta e pouco povoada
fronteira. O país faz fronteira com os três maiores
produtores de cocaína do mundo: Colômbia, Peru e
Bolívia. Além disso, o país também faz divisa com o
Paraguai, conhecida rota de distribuição de drogas.
O Brasil é signatário de um
contrato de cooperação entre os países vizinhos que
proíbe que agentes policiais cruzem as fronteiras
armados. Além de violar as cláusulas do contrato, a
postura adotada pelo país pode causar futuros incidentes
diplomáticos.
A Polícia Federal nega que
seus agentes estejam invadindo fronteiras, mas alguns
agentes revelaram que por vezes ultrapassam as divisas,
dando uma amostra da política de invasão em locais
distantes, onde as divisas não são claramente
demarcadas.
A política de invasão de
fronteiras brasileira ainda está distante de se igualar
à norte-americana, que nos últimos anos gastou bilhões
de dólares em invasões no Equador, Bolívia e Colômbia e
apoia o abate de aviões suspeitos. Porém, isto não
diminui a preocupação dos críticos, que temem que a
expansão desta tática cause danos diplomáticos na
região.
Entre os críticos da
política de invasão está o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso, proeminente defensor da
descriminalização das drogas. “Esta política não surtirá
efeito, pois os traficantes podem mudar os laboratórios
de lugar”, disse Cardoso.
Programas de prevenção às
drogas nas escolas municipais já são
realidade em Curitiba
O
consumo de drogas atualmente é um problema mundial. Seus
efeitos podem ser detectados indiretamente no
crescimento dos índices de violência, acidentes, mortes
prematuras, internações hospitalares, entre outras.
Preocupado com essa situação, o Professor Galdino (PSDB)
questionou a Secretaria Municipal de Educação (SME)
sobre os programas desenvolvidos nessa área dentro das
escolas municipais. A intenção do parlamentar é investir
na prevenção, para que os futuros adultos não se
direcionem ao mundo das drogas, sendo a educação
primordial nesse objetivo.
Em resposta encaminhada ao seu gabinete, a SME informou
que desde 2003 são trabalhados projetos de formação
continuada e capacitação de profissionais envolvendo as
escolas que estão inseridas no projeto SPE - Saúde e
Prevenção nas Escolas e no PSE - Programa Saúde na
Escola - promovidos pelos Ministérios da Educação e da
Saúde. Além disso, todos os anos durante a Semana de
Estudos Pedagógios da SME é contemplada a temática “Uso
indevido de drogas na escola”, com a contratação de
docentes especialistas para ministrar palestra
direcionada a todos os profissionais da educação da Rede
Municipal de Ensino.
“Nossos jovens precisam de orientação dentro de casa e
dentro da escola sobre como lidar com o problema das
drogas. A prevenção ainda é o melhor remédio para livrar
nossos jovens desse mal”, comenta o Professor.
Conheça os programas
PAPO LEGAL COM A GALERINHA - da Secretaria Antidrogas
Municipal, que leva informações de prevenção às drogas e
à violência aos estudantes de 5º a 8º série ou 6º ao 9º
ano na Rede Municipal de Ensino de Curitiba. Nesse
projeto são ofertadas palestras educativas e há
distribuição de materiais informativos, como por
exemplo, cartilhas e folders sobre a prevenção às drogas
e seus malefícios à vida dos estudantes.
PROTAGONISMO JUVENIL - projeto do Governo Federal
desenvolvido em parceria com as Secretarias de Saúde e
Educação. Prevê a atuação de adolescentes e jovens,
através de uma participação construtiva, envolvendo-se
com as questões da própria adolescência/juventude, assim
como, com as questões sociais do mundo e da comunidade.
Pensando global (planeta) e atuando localmente (em casa,
na escola, na comunidade), o adolescente pode contribuir
para assegurar os seus direitos para a resolução de
problemas da sua comunidade, da sua escola e da sua
vida.
GUARDA MUNICIPAL MIRIM - desenvolvido numa parceria
entre a Secretaria Municipal de Educação e Secretaria
Municipal de Defesa Social, tem por objetivo desenvolver
valores éticos, morais e cívicos aos estudantes, com a
participação e apoio da família, escola e comunidade
local. As atividades realizadas no projeto são
desenvolvidas por meio de situações práticas e teóricas
que envolvem noções de civismo e cidadania, primeiros
socorros, trânsito e meio ambiente.
PROERD - Programa Educacional de Resistência às Drogas e
à Violência. Consiste em uma ação conjunta entre
Policial Militar devidamente capacitado, professores,
especialistas, estudantes, pais e comunidade, com o
objetivo de prevenir e reduzir o uso indevido de drogas
e a prática de violência, bem como ajudar os estudantes
a reconhecerem e a resistirem às pressões e às
influências diárias para o uso de drogas e a prática de
violência.
Assessoria
de Imprensa Prof. Galdino
Estado vizinho: “Consumo de drogas virou
caso de saúde pública dentro da PM”, diz
presidente de Associação
E
acrescenta: “o Comando não oferece ajuda e o Governo não
tem
interesse de dizer que sua Polícia está drogada.”
A matéria que segue é do
jornal cearense O Povo. É reveladora. Assustadora.
Preocupante.
Soldado
chega ao estabelecimento acompanhado de três pessoas.
Busca o local mais reservado, olha ao redor e tira
papelotes do bolso. Chama o grupo discretamente enquanto
espalha o pó. Todos inalam as fileiras certos de estarem
sozinhos. Mas são flagrados. Armado, o PM ameaça os
guardas do lugar. A pistola calibre 38 não tem registro.
Ele vai preso. Era 2011. Em janeiro último, foi expulso
da corporação. Uma das três demissões do ano por fomento
a um mercado assassino e contra o qual deveriam lutar
por serem agentes de segurança.
Em consulta feita aos
boletins internos emitidos pelo Comando da Polícia
Militar cearense de janeiro de 2011 a 19 de outubro
deste ano, O POVO localizou 18 citações de militares
acusados de tráfico de drogas e/ou uso pessoal de
entorpecentes. Foram inspecionados 449 documentos.
Em 2012, cinco casos
foram julgados (três por uso pessoal e dois por tráfico)
e resultaram em uma prisão e três expulsões (duas por
uso pessoal e uma por tráfico). Uma punição ainda será
definida. Em 2011, foram 13 processos (cinco por uso
pessoal e oito por tráfico) que culminaram em uma
prisão, três julgados incapazes de permanecer na PM,
duas absolvições, seis expulsões e uma punição não
divulgada.
O POVO solicitou o mesmo
estudo à Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de
Segurança Pública e Sistema Penitenciário, mas foi
informado de que a pasta não dispõe de um levantamento
detalhado dos motivos pelos quais sofrem sanções os PMs
cearenses condenados em processos administrativos.
Lideranças da categoria e
estudiosos do tema denunciam ser bem maior o universo de
militares dependentes químicos. “90% das LTS (Licença
para Tratamento de Saúde) concedidas têm a ver com
droga. Virou caso de saúde pública dentro da própria PM.
É um problema para encarar de frente, mas o Comando não
oferece ajuda e o Governo não tem interesse de dizer que
sua Polícia está drogada. Desse jeito, a gente vai parar
no caos”, projeta o presidente da Associação dos Praças
da Polícia e Corpo de Bombeiros (Aspramece), Pedro
Queiroz.
Procurada, a Secretaria
da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) não
divulgou a quantidade de licenças cumpridas desde 2011.
Levantamento da Aspramece indica, no entanto, terem sido
5.461 apenas de janeiro a setembro deste ano.
Conforme Queiroz, o vício
da maioria é o crack pelo fato de a cocaína ser cara.
“Tem companheiro que vai pra ‘boca’ e, enquanto o
dinheiro não acaba e o traficante não o coloca na
sarjeta, ele não sai. Já teve caso de policial que
vendeu tudo e deixou a mulher só com a roupa do corpo. A
tropa está doente e se acabando.”
“Encaminhamos vários
colegas para clínicas. É um mal crônico, com caso de a
esposa também virar dependente. São pessoas vencidas
pela droga”, acrescenta o presidente da Associação de
Cabos e Soldados, Flávio Sabino.
O comandante-geral da PM,
coronel Werisleik Pontes Matias, admite a existência de
militares em situação de dependência. Nega, entretanto,
gravidade na situação. “90% de LTS por uso de droga é
algo desconhecido nosso. Até porque vai contra tudo o
que prega a Polícia. É incompatível com a função”,
argumenta.
O coronel diz tomar
medidas para a corporação “sair ilesa e o cidadão não
ser prejudicado” com possíveis baixas no efetivo e,
consequentemente, no policiamento de rua. De acordo com
Werisleik, o gargalo identificado refere-se à
dependência alcoólica - para a qual a PM dispõe de um
Centro Psicossocial (que também acolhe pacientes
adictos).
Estatísticas de
atendimento não foram divulgadas. “Uma vez detectado, o
PM é afastado imediatamente e encaminhado a esse centro.
Independente disso, uma vez o PM se recuperando, ele vai
responder administrativamente pelo fato de ter se
envolvido com droga (seja por tráfico ou uso pessoal).
Mas é uma situação sob controle.”
ENTENDA A NOTÍCIA
Por terem contato diário
com o cotidiano das drogas, PMs estão mais expostos ao
perigo delas. Condições de trabalho, familiares e do
bairro onde moram também influenciam a possibilidade de
se tornarem dependentes ou traficantes.
Serviço
Denúncias de desvio de
conduta de policiais podem ser feitas à CGD pelo
telefone 3101 5042
449
boletins emitidos pelo
comando da PM em 2011 e 2012 foram consultados pelo O
POVO
18
ocorrências citaram o envolvimento de PMs com tráfico ou
uso de drogas nos dois anos
13%
da população mundial tem
alguma dependência química, segundo a OMS
Multimídia
O envolvimento de
policiais militares com drogas é o Tema do Dia na
cobertura de hoje dos veículos do Grupo de Comunicação O
POVO. Confira:
Para escutar: Na rádio O
POVO/CBN (AM 1010), o tema será discutido no programa
Grande Jornal, das 9 às 11 horas, e/ou no programa
Revista O POVO/CBN, das 15 às 17 horas.
Para ver - A TV O POVO
trará uma matéria sobre o tema no O POVO Notícias, às
18h30min. Assista a programação pelo canal 48 (UHF), 23
(Net) e 11 (TV Show). Veja o vídeo na página da TV O
POVO no Youtube.www.youtube.com/user/tvopovo
Para ler e opinar: acompanhe a
repercussão entre os internautas na página do O POVO
Online no facebook (www.facebook.com/OPOVOOnline ) e no
portal O POVO Online (www.opovo.com.br/fortaleza).
Fonte:
http://www.paraibaemqap.com.br
Propostas da população
para combate às drogas viram projetos de lei
Os
cidadãos também debateram a necessidade de trabalhar a
intersetorialidade
nas políticas sobre drogas.
A
participação popular ajudou na elaboração dos 11
projetos de lei da Comissão Especial de Políticas
Públicas de Combate às Drogas. Os projetos foram
apresentados no
relatório
da comissão,
aprovado
no último dia 7. Uma das ferramentas para discussão foi
uma comunidade virtual criada no portal
e-Democracia.
"Os parlamentares da comissão
acompanharam os debates [da comunidade virtual], o que
auxiliou as decisões", disse o presidente da comissão,
deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), que solicitou a
criação da comunidade virtual. Os cidadãos também deram
sua contribuição em audiências públicas na Câmara e em
seminários regionais sobre soluções locais de combate às
drogas.
Várias sugestões apresentadas
pelos internautas foram acolhidas pelo relator da
comissão, deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL). “A
participação dos cidadãos foi fundamental para a
discussão dos projetos e dos conceitos no relatório
final.”
Como exemplo, o relator citou o
debate sobre o fim da propaganda de bebidas com qualquer
teor alcoólico, muito solicitado pelos internautas.
O relator também propôs a
exigência de que os rótulos das bebidas alcoólicas
alertem os consumidores sobre os malefícios do álcool. O
aumento da
Cofins de cigarro e bebidas alcoólicas para
financiar políticas sobre drogas foi outra sugestão que
virou projeto de lei.
Reinserção social
Os cidadãos também debateram a necessidade de trabalhar
a intersetorialidade nas políticas sobre drogas. “A
comissão acolheu essa sugestão e elaborou uma série de
recomendações para o fortalecimento do sistema de
políticas sobre drogas, como a criação de uma rede
nacional."
O fortalecimento do Sistema
Nacional de Assistência Social para acolher usuários de
drogas e familiares foi uma contribuição fundamental
dada pelos internautas, na opinião do relator.
Duas propostas sugeridas pelos
participantes da comunidade virtual focam a reinserção
social do dependente de drogas. A primeira fomenta a
inclusão do usuário em recuperação no mercado de
trabalho; e a segunda fortalece a continuidade de sua
escolarização, com reserva de 10% das vagas de entidades
de ensino profissionalizante.
Os internautas também solicitaram
punições maiores para comercialização de drogas mais
nocivas, como o crack e a cocaína. "Esse tema será
tratado na próxima fase do trabalho, quando serão
elaboradas medidas mais severas para punir os
traficantes. Essa sugestão está compatível com a opinião
dos especialistas e encontra amparo nas propostas dos
relatórios estaduais", disse Carimbão.
Legalização da maconha
Segundo Carimbão, houve um intenso debate na comunidade
virtual sobre as vantagens e desvantagens da liberação
da venda e do uso da maconha. A matéria não entrou como
proposta no relatório final, segundo o parlamentar,
porque o trabalho da comissão estava direcionado às
ações contra o crack. “Esse debate ficará para a próxima
fase, quando serão tratadas as medidas legislativas no
contexto do PL
7663/10
[que aumenta pena para o tráfico de drogas pesadas]”.
Reginaldo Lopes entregou o
relatório para o presidente da Câmara, Marco Maia, no
último dia 14. A prioridade, segundo Lopes, é criar a
comissão especial que analisará o projeto que
institui o Plano Nacional de Políticas sobre Drogas.
www.paraibaemqap.com.br
Brasil é o
maior mercado de crack no mundo, aponta
levantamento
A região
Nordeste é considera a segunda região com o maior número
de consumidores da droga.
O
Brasil é o maior mercado de crack do mundo e o segundo
de cocaína, aponta o 2º Levantamento Nacional de Álcool
e Drogas. O estudo, divulgado pela Universidade Federal
de São Paulo nesta quarta-feira (5), mostra que esta
epidemia corresponde a 20% do consumo global da cocaína
— índice que engloba a droga refinada e os seus
subprodutos, como crack, óxi e merla.
Só no último ano, um em
cada cem adultos fumou crack, o que representa um milhão
de brasileiros acima dos 18 anos. Quando a pesquisa
abrange o consumo das duas drogas, cocaína e crack, o
número atinge 2,8 milhões de pessoas em todo o país. O
número é considerado "alarmante" no período pelo
coordenador do estudo, o psiquiatra Ronaldo Laranjeira.
"À medida que a OMS
(Organização Mundial da Saúde) indica que o consumo de
cocaína está diminuindo no mundo, a gente não consegue
observar isto no Brasil. O consumo está aumentando no
país", destacou Laranjeira. "Estamos muito lentos no
combate à epidemia e não sei se teremos recursos para
cuidar de todo esse fenômeno."
Cerca de 6 milhões de
pessoas (4% da população adulta) já experimentaram
alguma vez na vida a cocaína, seja o pó refinado ou
apenas a droga fumada (como se apresentam o crack e o
óxi). Já entre os adolescentes, 442 mil (3% dos que têm
entre 14 anos e 18 anos) também já tiveram experiência
com algum tipo dessas susbtâncias.
Quanto ao uso da cocaína
intranasal (cheirada), que é a mais comum no mundo,
pouco mais de 5 milhões de adultos (4%) admitiram ter
experimentado o pó alguma vez na vida, sendo 2,3 milhões
de pessoas (2%) nos últimos 12 meses. O uso é menor
entre os jovens, sendo menos de 2% nos dois casos: 442
mil adolescentes em um momento da vida, e 244 mil no
último ano.
Quase 2 milhões de
brasileiros, afirmam os dados, já usaram a cocaína
fumada (crack, óxi ou merla) uma vez na vida, atingindo
1,8 milhão de adultos (1,4% da população) e150 mil
adolescentes (cerca de 1%). No último ano, foram cerca
de 1 milhão de adultos (1%) e 18 mil jovens (0,2%).
A pesquisa, que foi feita
com 4.607 pessoas de 149 municípios brasileiros, indica
também que o primeiro uso de cocaína ocorreu antes dos
18 anos para quase metade dos usuários (45%), seja para
quem ainda consome a droga ou para quem já consumiu ao
menos uma vez na vida.
No total, 48%
desenvolveram dependência química, sendo que 27%
relataram usar a droga todos os dias ou mais de duas
vezes por semana. Conseguir as drogas também foi
considerado fácil por 78% dos entrevistados, sendo que
10% dos usuários afirmaram já ter vendido alguma parte
da susbtância ilegal que tinham em mãos.
Regiões
Segundo o levantamento, o
uso da cocaína e do crack em áreas urbanas é três vezes
maior do que nas rurais. Portanto, a região Sudeste
aparece como a de maior concentração de usuários das
drogas no último ano. A região abriga 1,4 milhão de
usuários (46%). A região Nordeste vem em seguida e é
considera a segunda região com o maior número de
consumidores da droga, com 800 mil (27%). O Centro-Oeste
e o Norte aparecem empatados na terceira posição, com
300 mil (10%), e o Sul é a região com o menor número de
usuários das drogas, com 200 mil (7%).
"Ainda não temos a
explicação para o baixo consumo no Sul. A gente tem de
ver se isso é um dado positivo, ou se está havendo a
substituição de outras drogas estimulantes na região,
como ocorre com o resto do mundo, de diminuir o consumo
de cocaína, mas aumentar o de outros tipos de
estimulantes, como anfetaminas", explica a psiquiatra
Clarice Madruga, uma das coordenadoras do estudo.
Fonte: Uol /
www.paraibaemqap.com.br
Parlamentares conhecem experiência europeia
de políticas contra drogas
Eles também
querem ter acesso a legislações sobre o tema.
Um
grupo de parlamentares está na Europa para conhecer
experiências que possam auxiliar o Brasil na
formulação de políticas públicas de enfrentamento ao
uso de drogas. A iniciativa é da Subcomissão
Temporária de Políticas Sociais sobre Dependentes
Químicos de Álcool, Crack e Outras Drogas, do
Senado.
O grupo é
integrado pelos deputados Iracema Portella (PP-PI),
Givaldo Carimbão (PSB-AL) e Rosane Ferreira (PV-PR);
e pelo senador Wellington Dias (PT-PI), presidente
do colegiado. Os parlamentares estão acompanhados da
secretária de Trabalho e Assistência Social do
governo do Mato Grosso do Sul, Tânia Mara Garib.
Nesta
segunda-feira (31), o grupo está em Estocolmo
(Suécia) para encontros com parlamentares e
representantes do Ministério da Saúde daquele país,
responsáveis pelas políticas públicas para os
dependentes químicos. A programação ainda inclui
visitas a Haia (Holanda), Londres (Inglaterra) e
Lisboa (Portugal). Eles retornam ao Brasil no sábado
(5).
Os
integrantes vão conhecer os métodos de prevenção,
tratamento, acolhimento e reinserção social dos
usuários de drogas de cada local visitado. Eles
também querem ter acesso a legislações sobre o tema,
o sistema de financiamento, a rede de qualificação
profissional e as políticas de prevenção ao uso de
drogas nas nações europeias.
"É uma viagem
que vai referendar o trabalho da subcomissão a
partir do conhecimento in loco de
experiências exitosas no enfrentamento ao uso de
drogas e vai subsidiar a organização de uma
conferência nacional sobre o assunto", disse
Wellington Dias.
Fonte: paraibaemqap.com.br
Vídeos - PF faz novas
apreensões de drogas
Apreensões da Polícia Federal
Maconha pode ser usada no tratamento da
obesidade, descobrem pesquisadores
Embora
a cannabis seja mais conhecida por induzir a
fome nas pessoas que fumam, foram
encontrados dois compostos que provocam o
efeito de suprimir o apetite.
Pesquisadores
ingleses descobriram dois componentes da
folha da maconha que podem aumentar a
quantidade de energia queimada pelo corpo
humano. A descoberta pode fazer da Cannabis
sativa um remédio contra doenças ligadas à
obesidade, segundo informações do jornal
britânico The Telegraph.
Testes em
animais já mostraram que estes componentes
podem ajudar a tratar diabetes tipo dois, ao
mesmo tempo em que ajudam a reduzir os
níveis de colesterol na corrente sanguínea e
de gordura em órgãos importantes, como o
fígado.
Os cientistas
estão agora realizando testes em 200
pacientes na esperança de produzir uma droga
que possa ser usada por quem sofrem de
“síndrome metabólica”, quando diabetes,
pressão alta e obesidade combinam-se para
aumentar o risco de doenças cardíacas e
infarto.
O médico Steph
Wright, diretor de pesquisa e
desenvolvimento da GW Farmacêutica, empresa
que está produzindo a droga, espera
resultados ainda este ano. Ele afirma que os
testes em animais estão “nos encorajando
muito”.
O uso
recreativo da maconha é ilegal na
Inglaterra, porém a GW Farmacêutica ganhou
uma licença do governo para cultivar a
planta em estufas especialmente construídas
em uma instalação secreta no sul do país. A
empresa produz plantas de cannabis que foram
criadas para expressar quantidades
diferentes de compostos conhecidos como
canabinóides. Eles também conduzem o
desenvolvimento de drogas que podem ser
usadas para tratar a esclerose múltipla e
epilepsia.
Embora a
cannabis seja mais conhecida por induzir a
fome nas pessoas que fumam, aquela larica
que nos faz destruir a geladeira, foram
encontrados dois compostos que provocam o
efeito de suprimir o apetite. Este efeito
dura apenas um curto período de tempo, no
entanto. Ao analisar mais de perto, os
cientistas descobriram que os compostos
também tiveram um impacto sobre o nível de
gordura no corpo e da sua resposta à
insulina, um hormônio que controla os níveis
de açúcar no sangue.
Testes em ratos
mostraram que os compostos aumentaram o
metabolismo dos animais, levando a níveis
mais baixos de gordura em seus fígados e
colesterol reduzido em sua corrente
sanguínea. O THCV também foi se destacou por
aumentar a sensibilidade à insulina animais
protegendo também as células que produzem
insulina, o que lhes permite funcionar
melhor e durante mais tempo. Isto aumentou
as esperanças de que as drogas podem ser
desenvolvidas em tratamentos de doenças
relacionadas com a obesidade e diabetes tipo
2.
O professor
Mike Cawthorne, diretor de pesquisa
metabólica da Universidade de Buckingham,
que vem realizando os estudos com animais,
disse: “No geral, parece que estas moléculas
aumentam o gasto energético nas células do
corpo, aumentando o metabolismo.”
Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br
Viciados na guerra às drogas
Caros amigos do Brasil,
Em 48 horas, a presidenta Dilma pode exercer
um papel crucial para que se dê início ao fim da
catastrófica "guerra às drogas". Os líderes
da América Latina estão prontos para pressionar
por uma nova abordagem na regulamentação das
drogas -- e a presidente Dilma tem a chance de
liderar o debate. Mas ela precisa do nosso
apoio para fazer isso. Envie uma mensagem
urgente para a Dilma agora:
Em 48 horas, a
presidente Dilma poderá desempenhar um papel fundamental
na mudança das políticas globais de drogas, de uma
perspectiva de guerra e repressão para uma de tratamento
e compreensão. Mas ela está em silêncio em relação à
necessidade de abandonar a atual política catastrófica
internacional e apenas o nosso enorme apoio vai fazê-la
vir à público.
Mais de 4 milhões de brasileiros, incluindo alguns
dos nossos amigos e parentes, sofrem todos os anos do
abuso de drogas e de sua dependência química. Nosso
país está ignorando esta situação e gasta bilhões de
reais lutando numa guerra falida que criminaliza os
dependentes químicos. Agora, um grupo de líderes
latino-americanos está exigindo uma nova abordagem que
poderá incluir a ajuda para o sofrimento desses
dependentes químicos e suas famílias. O governo dos EUA
está tentando bloquear esse novo passo, mas Dilma pode
equilibrar a balança. Ela só precisa de um gigantesco
apoio público para se posicionar e abrir o debate.
Vamos agarrar essa oportunidade única para trazer
esperança para milhões de pessoas que sofrem todos os
anos com a praga do abuso de substâncias e o vício.
Clique abaixo para inundar o gabinete da Dilma com
mensagens exigindo que ela entre para a história da
Cúpula de Cartagena neste final de semana, virando a
página da letal e sem sentido guerra às drogas e dê
início a uma era de políticas de drogas mais humana
e efetiva no Brasil e ao redor do mundo:
h
http://www.avaaz.org/po/stop_the_war_on_drugs_po_c/?vl
Nosso governo repetidamente disse que devemos combater o
uso de drogas por meio da educação, tratamento e
políticas de saúde incólumes. Mas a guerra às drogas
liderada pelos EUA forçou uma abordagem global baseada
na criminalização que superpopulou nossas prisões com
criminosos não-violentos. Agora, após décadas de
tentativas, sabemos que a guerra às drogas não atinge o
problema do vício às drogas e sequer reduzem o seu
consumo.
Do outro lado, passos para a regulamentação na Suíça,
Portugal, Holanda e Austrália mostram resultados
impressionantes na redução do abuso de drogas e nos
crimes relacionados com drogas. À essa altura, uma
mudança na política de drogas é simplesmente uma questão
de bom senso.
No ano passado a enorme campanha global da Avaaz
trabalhou junto com a Comissão Global de Política sobre
Drogas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para
abrir o debate político no mais alto nível nas Nações
Unidas. Agora os Estados Unidos, que inventaram essa
"guerra", admitiram que essa abordagem não está
funcionando. Pela primeira vez a pressão política
está aumentando em toda nossa região e líderes da
Guatemala ao México e Colômbia estão pedindo um debate
acerca da descriminalização. Essa é uma mudança
tectônica, mas os EUA sentiram o golpe e estão tentando
bloquear políticas alternativas. O palco agora está pronto para um debate quente em
Cartagena, Colômbia, que podemos influenciar e vencer!
Mas temos apenas alguns dias para dar à Dilma o apoio
público que ela precisa para tomar medidas concretas
agora. Envie uma mensagem urgente para Dilma e
compartilhe com todos:
http://www.avaaz.org/po/stop_the_war_on_drugs_po_c/?vl
Finalmente os políticos estão reconsiderando suas
posições e a América Latina pode liderar o mundo para
longe dessa política imprudente. Mas para sairmos de
debates e chegarmos a ações tangíveis em nossas vidas,
precisamos de um levante e forçar a Dilma a exercer essa
liderança. Vamos garantir que essa cúpula seja o início
do fim da guerra contra às drogas.
Com esperança,
Alice, Luis, Pedro, David, Carol, Emma, Ricken e toda a
equipe da Avaaz
Política antidrogas do país é falha
Auditoria do Tribunal de Contas da
União aponta deficiências em ações de
prevenção, tratamento e repressão a entorpecentes no
Brasil
O
Brasil tem apresentado uma série de deficiências no
combate às drogas. Os problemas vão desde o baixo
investimento em prevenção e no tratamento de
dependentes até a falta de estrutura da polícia para
reprimir o tráfico nas fronteiras. O cenário foi
constatado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em
uma auditoria iniciada em 2010 e divulgada no mês
passado sobre a política nacional antidrogas. Ao
final, o documento lista uma série de recomendações
aos órgãos públicos – sinal de que mudanças de rumo
precisam ser feitas.
Nas
fronteiras, o baixo efetivo da Polícia Federal e a
alta rotatividade de policiais são alguns dos
problemas apontados na auditoria com relação à
repressão. As carências são visíveis também na
infraestrutura precária de algumas delegacias, na
dificuldade dos policiais em participarem de cursos
e nas deficiências de equipamentos como, por
exemplo, a falta de coletes balísticos, o que coloca
em risco a segurança do profissional.
Outro gargalo é que os bens
apreendidos nas ações de repressão não têm gerado a
quantidade de recursos esperada à União. Em média,
passam-se cerca de 14 anos entre a apreensão do bem
e seu efetivo leilão. A demora faz com que menos
recursos sejam destinados ao Fundo Nacional
Antidrogas (Funad), constituído também por dotações
específicas estabelecidas no orçamento da União.
Orçamento
Avaliando a
execução orçamentária do Funad de 2004 a 2011, o
secretário-geral da ONG Contas Abertas, Gil Castello
Branco, constata que não há continuidade nos
investimentos. A dotação autorizada foi de R$ 136,6
milhões em 2010 (com a incorporação de R$ 100
milhões da ação de enfrentamento ao crack e outras
drogas) e R$ 40,3 milhões em 2011. “Se no ano
seguinte os recursos são reduzidos, fica impossível
manter iniciativas que se tinha programado”, avalia
Branco.
Do fundo saem
montantes para ações preventivas, área que também
tem carências. De acordo com o relatório do TCU, são
insuficientes os recursos da Secretaria Nacional de
Políticas Sobre Drogas à prevenção.
Tratamento
Já o paciente
que busca atendimento logo se depara com a
insuficiência de unidades dos Centros de Atenção
Psicossocial (Caps). “Dos 5.565 municípios do
Brasil, em 2010, apenas 1.118, cerca de 20%,
possuíam ao menos um Caps implantado”, aponta a
auditoria, completando que a implantação é decisão
das prefeituras. No entanto, 60% dos municípios com
mais de 20 mil habitantes, população mínima
recomendada para implantá-lo, têm ao menos um
Centro.
Outra
dificuldade é verificada nas comunidades
terapêuticas. Segundo a auditoria, 55% das que
participaram de processo seletivo junto ao governo
federal não têm licença sanitária. Também faltam
vagas nos hospitais gerais. “É difícil conseguir
internação de paciente”, aponta a diretora do Núcleo
de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas
da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Ivone
Ponczek, que classifica a situação de internação
como “precaríssima”. Além de mais leitos, ela aponta
a necessidade de capacitação dos profissionais.
A professora
Araci Asinelli da Luz, doutora em Educação e com
pesquisas relacionadas às drogas, acrescenta a
importância da prevenção. “Costumo dizer que as
nossas políticas públicas são falhas, não respondem
à necessidade da sociedade, são elitistas.” Ela
aponta que não há leitos públicos nem profissionais
suficientes.
Ofensiva
Plano
anticrack prevê aporte de R$ 4 bilhões
O programa
“Crack, é possível vencer”, lançado no final do ano
passado pelo governo federal, prevê investir R$ 4
bilhões em ações para aumentar a oferta de
tratamento de saúde e atenção aos usuários de
drogas, repressão ao tráfico e ampliação das
atividades de prevenção – deficiências apontadas
pelo Tribunal de Contas da União . O programa prevê
ações integradas e abrange diversos órgãos.
Com relação à
insuficiência de unidades dos Centros de Atenção
Psicossocial (Caps), o Ministério da Saúde revela
que o programa irá destinar R$ 400 milhões para a
construção de 175 novos Caps específicos para
tratamento de álcool e drogas. O plano prevê ainda a
abertura de 13.518 novos leitos para usuários de
álcool e drogas até 2014, além de 308 consultórios
nas ruas, de atendimento volante, e 574 unidades de
acolhimento, de cuidados para manutenção de
estabilidade clínica e controle da abstinência.
Sobre os
problemas de falta de alvará sanitário encontrados
pelo TCU na maioria das comunidades terapêuticas, a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
aponta que tomou medidas para reverter a situação.
Prevenção
O programa
prevê ainda ações de prevenção nas escolas e nas
comunidades, com a capacitação de educadores,
policiais e líderes comunitários, além de campanhas
informativas junto à população.
Já para
reduzir o tempo entre a apreensão dos bens
relacionados ao tráfico e o leilão desses bens, a
Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas
informa que 1) tem fomentado que os juízes decidam
pela alienação antecipada; 2) tem pactuado acordos
de cooperação com os estados e o Distrito Federal
para que façam os leilões dos bens; e 3) enviou ao
Congresso projeto de lei para alterar o Código de
Processo Penal e a Lei de Drogas.
Combate
Brasil precisa integrar políticas
Outro
desafio brasileiro no combate às drogas é
integrar as políticas públicas existentes em
torno de um objetivo comum. A psiquiatra Ana
Cecília Roseli Marques, conselheira da
Associação Brasileira de Estudos do Álcool e
Outras Drogas, avalia que as “poucas”
políticas existentes “estão desatualizadas,
desarticuladas e não foram desenhadas de
acordo com a avaliação de necessidade”. Para
ela, ações isoladas não atingem o objetivo
final, seja na prevenção, tratamento ou
controle da oferta.
Segundo a psiquiatra, é preciso um
diagnóstico da situação atual, formulado por
uma equipe de especialistas, que avalie o
que está acontecendo em cada local
(município, estado e região), quais são os
recursos existentes e o que necessita ser
feito.
O
psicólogo Guilherme Azevedo do Valle,
presidente do Conselho Municipal de
Políticas sobre Drogas de Curitiba, sugere
uma integração maior com a área da educação
e um programa regular de prevenção às drogas
nas escolas. Ele também aponta a necessidade
de uma maior articulação entre os Centros de
Atenção Psicossocial (Caps), unidades de
saúde, comunidades terapêuticas e
organizações não governamentais para um
atendimento mais integrado. “A rede de
comunicação tem que ser muito ágil para o
encaminhamento dos usuários”, diz.
Ele
avalia que a principal dificuldade tem sido
a carência de leitos em hospitais gerais e
especializados. Desde que a Lei da Reforma
Psiquiátrica foi sancionada, em 2001, o país
perdeu 20.491 vagas para o tratamento de
dependência química, das quais 1.170 no
Paraná. (BMW)
PF tem defasagem de 500
policiais em Foz
Com carga de trabalho que
chega a dobrar e há semanas aguardando a
oportunidade para compensar parte das horas
extras acumuladas, agentes lotados na
delegacia da Polícia Federal (PF) em Foz do
Iguaçu – a maior do Brasil, com 217
policiais – sofrem com a defasagem de pelo
menos 500 servidores. Além da sobrecarga, a
falta de adicional pela atuação na região,
de equipamentos e de preparo adequados
também prejudica o combate ao ilícito na
fronteira mais movimentada do país, em
especial o narcotráfico, a entrada de armas
e de munições e o controle migratório.
Somente pela Ponte da Amizade, entre o
Brasil e o Paraguai, por dia, cerca de 40
mil pessoas cruzam a fronteira nos dois
sentidos. “Não dá para falar em controle
nestas condições”, aponta a presidente do
sindicato dos policiais federais de Foz,
Bibiana Orsi. O monitoramento dos cerca de
170 quilômetros do Lago de Itaipu, de Foz do
Iguaçu até Guaíra, é outra grave fragilidade
ainda longe de ser resolvida. “Temos 12, 13
policiais para um trabalho onde o ideal
seria de no mínimo 50”, afirma.
De
acordo com ela, outra falha é que
equipamentos como óculos para visão noturna,
coletes que suportem tiros de grosso calibre
e fuzis 762 são, por enquanto, restritos a
grupos táticos concentrados em Brasília.
“Precisamos destes equipamentos aqui, onde
praticamente enfrentamos uma guerra diária”,
reforça Bibiana. Somente em 2011, dois
agentes foram feridos em operações na
região.
Ações
Com
relação às deficiências apontadas na atuação
das forças de segurança na fronteira, a PF
informa que vários equipamentos e
suprimentos foram adquiridos em todo o país,
incluindo 11,3 mil coletes balísticos.
Sobre
a defasagem de pessoal, a informação é de
que será realizado neste ano concurso
público para o preenchimento de 1,2 mil
vagas para cargos de policiais a serem
efetivadas nas regiões de fronteira. Também
foram iniciados procedimentos para a
construção de novos prédios para as
delegacias pelo país e de moradias para
nossos policiais em regiões de fronteira.
Fabiula Wurmeister,
da sucursal
Fonte: gazetadopovo.com.br
Senegalesa é presa
em SP com 200 cápsulas
de cocaína no estômago
Ao
tentar embarcar no Aeroporto Internacional de Viracopos,
em Campinas (93 km de SP), uma senegalesa, de 35 anos,
foi presa nesta sexta-feira com 200 cápsulas de cocaína
no estômago.
É a quarto caso de
passageiro preso por tentar embarcar no aeroporto do
interior de São Paulo transportando a droga, segundo a
Polícia Federal.
A passageira tentava viajar
para Lisboa, em Portugal, quando foi abordada por
policiais federais, que desconfiaram do nervosismo da
senegalesa na hora do embarque.
Ao farejar a mochila da
passageira, um cão da Polícia Federal sinalizou que a
bagagem de mão estava impregnada com cocaína, mas a
substância não foi encontrada pelos policiais.
Um exame de raio-X
comprovou, porém, a existência em seu estômago de 200
cápsulas de cocaína.
A mulher foi presa em
flagrante por tráfico internacional de entorpecentes,
cuja pena varia de cinco a 15 anos de prisão.
Fonte: folha.uol.com.br
A caverna
'Pregão do crack'
atrai cerca de 300 usuários no centro de SP
"Olha
a pedra, olha a pedra de 5! Pedra de 5!" Eram 20h30 de
ontem, quando, na esquina da avenida Rio Branco com a
rua dos Gusmões, centro de São Paulo, abriu-se o feirão
de crack, vendido aos gritos, como se fosse produto
legal. Cerca de 300 usuários da droga arremataram suas
pedras.
A quatro quadras dali, do
outro lado da avenida Rio Branco, pelo menos 30 carros
de polícia com os giroflex vermelhos ligados anunciavam
a ocupação do território da cracolândia pelas forças da
ordem. Ruas tranquilas, poucas pessoas nas calçadas. Uma
cidade normal?
"Você prefere tratar um
câncer localizado? Ou com ele espalhado por todo o
corpo? É isso o que estamos fazendo: espalhando o
câncer."
A frase expressa o
desalento de um dos cerca de 70 policiais ontem na
operação. "E enquanto a gente está aqui, eles estão logo
ali", emendou o parceiro, um soldado da PM, apontando.
Bastava atravessar a
avenida, para constatar que o inferno apenas tinha
mudado de endereço.
Um homem lutava para se
livrar do cerco de três jovens alucinados que tentavam
roubá-lo (levaram-lhe guarda-chuva, blusa e celular).
Outro usuário trazia debaixo do braço um cinzeiro,
desses de portaria de hotel. Um idoso levava um carrinho
de supermercado com uma geladeira de isopor, tênis
velhos e uma caixa com embalagens cheias de cola branca.
Tudo para vender ou trocar pela droga.
Ontem, terceiro dia do
cerco à cracolândia, continuou a estranha dança entre
polícia e usuários de crack.
Os homens da Força Tática
--armados com fuzis e espingardas de balas de borracha--
tangiam os esquálidos zumbis para fora de seus
esconderijos, prédios em ruínas.
Minutos depois de
dispersos, os usuários voltavam a se concentrar. Estavam
exaustos. O dia todo andando --se sentassem ou deitassem
na calçada, já um PM aparecia para tocá-los dali.
Edilaine, 18, apenas um
dente na boca, cogitava voltar para a família, no Itaim
Paulista, extremo leste da cidade. "A gente não pode
fumar, não pode dormir e nem descansar. Está difícil."
Nem as irmãs e os frades da
Missão Belém, católica, que atuam na recuperação de
dependentes químicos escaparam. À noite, na praça
Princesa Isabel, vizinha dali, três grupos de moradores
de rua e de usuários de crack estavam sentados no chão,
rezando e cantando com os missionários, quando chegou a
PM.
"Mãos na cabeça" e todos
foram revistados.
Sobre a tática anunciada
pela prefeitura, de "dor e sofrimento" para obrigar os
usuários de crack a pedir ajuda para sair da
dependência, o padre Julio Lancelotti, 63, vigário
episcopal para a população de rua, disse: "Isso é
tortura. Dor e sofrimento levam ao desespero. Só a
alegria e esperança podem provocar a mudança".
Fonte: Folha.com
Pais dizem que filho de 13 anos viciado em drogas
colocou fogo e destruiu a própria casa
Um
adolescente de 13 anos é apontado pelos pais como
responsável por ter colocado fogo na própria casa
nesta quinta-feira (29), no bairro Xaxim. De acordo
com eles, o garoto é viciado em drogas há quatro
anos e nos últimos dias vinha os ameaçando de morte.
Segundo o padrasto,
Jorge Malovani, o casal dormiu fora de casa na
última noite com medo das ameaças feitas pelo
adolescente, que andaria armado com um revólver
calibre 38.
“Hoje retornamos para
casa e ele continuou ameaçando, dizendo que nós não
tomaríamos café aqui. Estavámos indo para a
Delegacia do Adolescente quando ele colocou fogo na
casa e a destruiu completamente”, lamentou.
A mãe, identificada
como Gilmara, diz que não aguenta mais esperar por
uma medida vinda das autoridades. “Não quero mais
conviver com ele. Vou atrás de alguém para levá-lo
daqui. Não o quero nem no portão”, protestou.
A Banda B
entrou em contato com a Delegacia do Adolescente,
que disse ainda não ter recebido informações sobre o
caso.
Fonte: BandaB
DROGAS E PRISÃO
"Banco de Injustiças" Revela Histórias de
Pessoas
Presas pela Injusta Política de Drogas
O Banco de
Injustiças foi criado pela ANADEP e a CBDD como ferramenta
para promover a discussão coerente do tema de tragas a
partir da Justiça, desmitificando o idéia equivocada de que
todos os presos por tráfico de drogas hoje, no Brasil, são
violentos e vinculados ao crime organizado. São apresentadas
histórias de vidas arruinadas pelos abusos cometidos pelo
sistema judiciário na aplicação da Lei de Drogas que passam
despercebidas pela opinião pública e se traduzem apenas em
estatísticas.
Confira mais no site
Programa de combate ao
crack prevê internação involuntária de usuários
Segundo ministro da Saúde,
internação será decidida por equipe médica.
Ações de combate ao crack terão investimento de R$ 4 bilhões.
O programa do governo
federal contra o crack, lançando nesta quarta-feira (7)
pela presidente Dilma Rousseff, prevê a internação
involuntária de usuários. Segundo o ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, serão criados 308 “Consultórios de
Rua”, com médicos, psicólogos e enfermeiros, que farão
busca ativa de dependentes e avaliarão se a internação
pode ser voluntária (com o aval do usuário) ou
involuntária (contra a vontade do paciente).
De acordo com a Associação
Brasileira de Psiquiatria, no país há três tipos de
internação: a voluntária, com consentimento do paciente;
a involuntária, no caso de menores de idade ou pacientes
em crise; e a compulsória, quando a Justiça determina a
internação. No caso de internação involuntária, o
hospital deve comunicar o Ministério Público estadual em
até 72 horas.
Padilha explicou que a
Organização Mundial da Saúde e o Estatuto da Criança e
do Adolescente já prevêem a internação involuntária. “A
própria lei autoriza esse tipo de internação por medida
de proteção à vida. Os Consultórios de Rua farão uma
avaliação sobre o risco à vida da liberação do
dependente químico”, afirmou.
Atualmente a internação
involuntária é realizada, mas não como política pública
de combate às drogas, disse o ministro. De acordo com o
ministro da Saúde, 20% das mortes de usuários de crack
são em decorrência de “situações de violência.”
(observação:
inicialmente, esta reportagem utilizou o termo
internação compulsória como sinônimo de internação
involuntária. A informação foi corrigida) O programa
O conjunto de ações integradas para o combate ao crack
anunciadas por Dilma
terá orçamento de R$ 4 bilhões do
governo federa. Com o lema “Crack, é possível
vencer”, o programa possui três eixos: cuidado,
autoridade e prevenção.
O primeiro é voltado ao
tratamento dos usuários, com a ampliação e qualificação
da rede de atenção e criação de uma rede de atendimento
especializada chamada “Conte com a gente”.
O programa prevê
enfermarias especializadas em dependência química no
Sistema Único de Saúde (SUS), com investimento de R$
670,6 milhões. A previsão é de que sejam criados 2.462
leitos destinados ao tratamento de usuários de drogas.
“As pessoas usam tráfico às
vezes para evitar a exclusão ou como forma de inclusão,
para trabalhar mais, como na zona rural. Por isso, temos
que ter atendimentos diferentes, individualizados. É
preciso reconstruir um projeto de vida e um sentido da
vida para essas pessoas”, disse o ministro da Saúde,
Alexandre Padilha.
O governo federal fará
parcerias com entidades privadas voltadas à recuperação
de dependentes químicos. As entidades que serão
beneficiadas com financiamento público serão escolhidas
através de seleção pública de projetos.
Em meio a uma série de
denúncias de irregularidades em convênios com
Organizações Não Governamentais (ONGs), principalmente
nos Ministérios do Esporte e do Trabalho, Padilha
enfatizou que o governo vai, segundo ele, “separar o
joio do trigo” na seleção das entidades.
O número de atendimento dos
Centros de Atenção Psicossociais (Caps), segundo
assessoria do ministério da Saúde, passou de 25 mil -
média mensal de atendimentos no ano - em 2003 para 250
mil atendimentos mensais em 2011, considerando dados até
outubro deste ano.
Para o ministro, o país
vive uma epidemia de crack, o qual classificou como
“ferida social”. “Temos que reconhecer que estamos sim
tecnicamente diante de uma epidemia de crack em nosso
país”.
Capacitação
Como parte do programa lançado por Dilma, o
Ministério da Saúde vai habilitar para o atendimento
específico a usuários de drogas 350 auxiliares de
enfermagem, 11 mil profissionais de saúde, 100 mil
alunos de graduação na área de saúde, 15 mil gestores e
profissionais das Comunidades Terapêuticas.
As vagas de residência em
psiquiatria nos hospitais públicos aumentarão em 82% e
serão criadas 304 novas vagas especificamente para
residência multifuncional em saúde mental. Além disso,
serão habilitados 1.650 profissionais para atuarem como
teleconsultores.
Autoridade
No eixo “autoridade”, o objetivo é intensificar as ações
de inteligência e investigação para identificar e
prender traficantes de drogas, assim como desarticular
organizações criminosas que atuam no comércio de
substâncias ilícitas.
Para isso, o programa prevê
maior integração das ações de inteligência da Polícia
Federal, Polícia Rodoviária Federal e polícias
estaduais. De acordo com o Palácio do Planalto, será
realizado policiamento ostensivo nos pontos de uso de
drogas em cidades de todo o país, além de projetos de
revitalização desses locais.
"Não se combate o crime
organizado sem ações de inteligência, estaremos
integrando informações para que possamos desenvolver
nossas atividades", afirmou o ministro da Justiça,
Eduardo Cardozo, também presente no evento.
Segundo Cardozo, primeiro
será feito um serviço de levantamento de dados para
definir número de usuários e o funcionamento do consumo
em locais de concentração do comércio de crack. A partir
disso, agentes de saúde e policiais atuarão no local
para orientar os usuários. Em seguida, haverá ocupação
dos locais de consumo por policiais capacitados.
“Haverá policiamento
ostensivo no local. Os policiais serão capacitados e
treinados para enfrentar situações", disse Cardozo. O
ministro afirmou ainda que serão ampliadas as operações
em conjunto dos Ministérios da Saúde e Defesa para o
combate ao crime organizado e tráfico de drogas nas
fronteiras do Brasil com países vizinhos.
Prevenção
No eixo “prevenção”, o programa prevê ações que visam
levar informações a escolas e comunidades com a
finalidade de evitar o surgimento de novos usuários. A
previsão do governo é capacitar, em quatro anos, 210 mil
educadores através do Programa de Prevenção do Uso de
Drogas na Escola, e 3,3 mil policiais militares do
Programa Educacional de Resistência às Drogas.
O objetivo é que os
profissionais e policiais atuem na prevenção do uso de
drogas em 42 mil escolas públicas. Serão beneficiados
2,8 milhões de alunos por ano.
Outra ação do governo é
facilitar o acesso por telefone a informações sobre
drogas. O atendimento telefônico VivaVoz, que auxilia e
orienta usuários e familiares de dependentes, passará de
0800 para o número de três dígitos 132. Psiquiatria
O Ministério da Saúde também planeja aumentar em 82% até
2014 o número de vagas ofertadas para a residência
médica em psiquiatria. A medida tem como objetivo
garantir a ampliação do atendimento aos dependentes
químicos.
Fonte:
G1.com
SP estuda enviar viciados da
cracolândia para cidades natais
O governo do Estado e a
Prefeitura de São Paulo discutem a ideia de enviar frequentadores da
cracolândia, na região central da cidade, de volta a suas cidades de
origem
A
informação é da coluna Mônica Bergamo publicada na edição desta
sexta-feira da Folha. A
coluna completa está disponível
para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo
Folha, que edita a Folha).
Localizados pelo censo de
moradores de rua que será finalizado neste ano, os viciados seriam
encaminhados às prefeituras dos municípios em que nasceram para
receber assistência.
"Há um princípio de que cada
comunidade tem que ser responsável por seu produto social. São Paulo
é uma cidade acolhedora neste sentido, recebe a todos. Mas, para
eles, o melhor é ficar perto de suas origens e de seus familiares",
diz a vice-prefeita Alda Marco Antonio (PSD), também secretária de
Assistência Social.
Ela e o governador Geraldo
Alckmin (PSDB) conversaram recentemente sobre a ideia.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br
Ziulkoski apresenta novos dados sobre
o crack no Brasil
CNM
Um
ano após a divulgação da pesquisa A Presença do Crack nos
Municípios Brasileiros, o presidente da Confederação
Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, apresenta
novos dados sobre o problema. O impacto do crack e
outras drogas e as principais áreas afetadas serão temas da
coletiva de imprensa, desta segunda-feira, 7 de novembro, às
14h30min, no Plenário 16 - Comissão de Desenvolvimento
Urbano - da Câmara dos Deputados.
A nova pesquisa vai
tratar do número de usuários e dos principais problemas
relacionados ao consumo e tráfico de drogas, com
detalhamento de ações executadas e boas práticas
desenvolvidas por alguns Municípios. Também intercâmbio de
experiências, rede de assistência e ausência da maioria dos
Estados e da União em ações para o combate ao tráfico e
tratamento de viciados.
De acordo com
Ziulkoski, a pesquisa da CNM, que será fechada neste fim de
semana, mostra um quadro alarmante. Agora, o sistema de
informações montado pelo Observatório do Crack vai
mostrar as dificuldades enfrentadas pelos Municípios, como
aumento da violência urbana e rural e impacto causado na
economia.
Outro ponto será o
que trata da presença do crack - viciados e
traficantes - nas escolas, em que é revelado o crescimento
da violência entre os jovens e a presença de estudantes
armados.
Problemas O novo estudo feito a partir de pesquisa com mais
de 4.400 Municípios indica que 63,7% enfrentam problemas na
área da Saúde por causa da circulação da droga. Na Segurança
e na Assistência Social, 58,5% e 44,6% dos Municípios
relataram problemas preocupantes por causa do crack
e outras drogas. Estes dados serão apresentados por
Ziulkoski na ocasião.
A primeira pesquisa
da CNM mostrou que o crack já havia se espalhado
pelo país, e 98% dos Municípios pesquisados confirmaram a
presença da droga em sua região. A base de dados foi
expandida por meio do Portal Observatório do Crack e
problemas comuns foram relatados. Entre eles, o aumento da
violência, a falta de estrutura para atendimento de usuários
e a, quase unânime, falta de recursos financeiros para
aplicar em políticas de prevenção tratamento, reinserção
social e combate ao tráfico. Fonte: cnm.org.br
As ilusões perdidas da
pacificação
Problemas no Alemão e nas UPPs
são um 'balde de água fria' para quem acha mesmo que o tráfico é um
'câncer' em uma sociedade sadia.
Por Hugo Souza
O
Jornal Nacional, da Rede Globo, acaba de ganhar em Nova Iorque um
Emmy internacional, o “Oscar da televisão mundial”, por sua célebre
cobertura ao vivo da expulsão de dezenas de bandidos do Complexo do
Alemão e da posterior “sensação de liberdade” naquele conjunto de
favelas da zona norte do Rio de Janeiro. Foi a sétima vez em nove
anos que o Jornal Nacional chegou à final do Emmy, ganhando o prêmio
pela primeira vez.
Talvez o JN volte a ganhar um Emmy no ano que vem se decidir ir a
fundo na apuração das inúmeras denúncias de moradores do Alemão
sobre arbitrariedades, toques de recolher, humilhações, agressões e
intimidações por parte dos militares que ocuparam o complexo de
favelas no esteio do escorraçamento dos seus antecessores imediatos
em matéria de abusos contra a população local, os traficantes de
drogas.
Hoje, pelas ruas do complexo do Alemão, pode-se ver faixas com os
dizeres: “O povo do Alemão é humilhado pelo Exército. Sai o Comando
Vermelho, entra o Comando Verde” e “Governador trocou seis por meia
dúzia. A ditadura continua”. Sobre este tipo de protesto, as
autoridades costumam dizer e — a imprensa costuma acreditar — que se
trata de “ordem do tráfico”, ou no máximo de “crise de
relacionamento entre os militares e a população”.
O presidente da OAB do Rio, Wadih Damous, é um dos que reconhecem
que a ocupação militar do Complexo do Alemão não funciona, e pede a
implantação “com urgência” de UPPs na área.
‘A UPP não vai resolver todos os problemas’
Os problemas no Complexo do Alemão, carro-chefe da “pacificação” do
Rio de Janeiro, aliados à escalada de notícias sobre reclamações e
denúncias de moradores de favelas onde já existem Unidades de
Polícia Pacificadora, como torturas, revistas vexatórias, invasões
de residências e até execuções, constituem um verdadeiro choque de
realidade para aqueles que consideram o tráfico de drogas um “câncer
social” a ser combatido para salvar uma sociedade supostamente
sadia, e não um sintoma de um corpo doente.
Recentemente o coordenador de ensino e pesquisa das UPPs, major
Eliezer de Oliveira, reconheceu — um tanto tardiamente ante toda a
propaganda de que as favelas “pacificadas” se transformaram em
paraísos na terra — o óbvio: “a UPP não vai resolver todos os
problemas do Brasil, nem tampouco do Rio de Janeiro”.
Quarenta UPPs para garantir 2014
A ocupação do Complexo do Alemão pelo “Comando Verde” já custou ao
Exército R$ 237,5 milhões desde a espetacular expulsão dos
traficantes que valeu um Emmy à Globo, em novembro de 2010. O valor
é equivalente a quase metade das verbas destinadas à modernização
das Forças Armadas brasileiras em 2011.
A previsão era de que os militares deixassem o Alemão agora, em
outubro de 2011, mas o prazo foi estendido até junho de 2012 a
pedido do governo do Rio, que disse precisar de mais tempo para
formar os dois mil policiais que pretende distribuir em quatro UPPs
a serem instaladas no complexo de favelas. Caso a média de despesas
do Exército na ocupação (R$ 25 milhões por mês) seja mantida, até o
meio do ano que vem terão sido gastos R$ 475 milhões no total. Quase
meio bilhão para manter o exército no Alemão.
Atualmente existem no Rio de Janeiro 18 UPPs distribuídas por 23
favelas onde moram 280 mil pessoas. Ao todo a secretaria de
Segurança Pública do Rio de Janeiro quer instalar 40 UPPs na capital
fluminense até a Copa do Mundo de 2014.
Se o Bope do capitão Nascimento queria garantir o sono do papa, lá
no primeiro “Tropa de Elite”, daqui a três anos estima-se que serão
6,6 mil “pacificadores” para garantir o sono do presidente da CBF,
Ricardo Teixeira, e o sucessor do governador Sergio Cabral, que por
certo anunciará um novo reforço nas UPPs visando as Olimpíadas de
2016, e por aí vai. Fonte: http://opiniaoenoticia.com.br
Internação compulsória de usuários
de drogas é ineficaz
Analisando
o projeto de Lei 673/11, proposto pelo deputado estadual Orlando
Bolçone, que prevê internação compulsória pelo Poder Público de
crianças e adolescentes usuários de drogas para tratamento
médico, observa-se que a normativa regulamenta que a internação
para tratamento médico ocorrerá independente da autorização dos
pais, sendo estes apenas cientificados do local onde a criança
ou o adolescente está recebendo o tratamento e das
circunstâncias em que ocorreu a sua apreensão.
Mencionar o descaso histórico
do Estado para com as crianças e adolescentes brasileiros,
diante de um problema grave de ordem de saúde pública pode
parecer, num primeiro momento, repetitivo. Não é diferente
quando se trata de projetos de lei como este que visa, tão
somente, agravar a situação dessas crianças e adolescentes, uma
vez que não prevê qualquer critério para o tratamento médico,
psicológico, ou mesmo políticas públicas suficientes para
enfrentar o problema, marginalizando a pobreza e fortalecendo
estigmas preconceituosos.
Salta aos olhos daqueles que
se dedicam à incansável busca da efetividade dos direitos
assegurados por lei às crianças e aos adolescentes a
problemática social a que se está prestes a enfrentar mediante a
aprovação de um Projeto de Lei como este: não se nega, e
prevê, a transferência do grave problema de saúde pública das
ruas para estabelecimentos despreparados – acredita-se,
inexistentes – sendo certo ser esta mais uma medida “higienista”,
proposta em conflito com as garantias constitucionais.
Em que pese a
superficialidade ao qual o tema internação compulsória foi
tratado no Projeto de Lei, não foi possível esperar nada
diferente da sua justificativa, em especial pelo vago depoimento
do médico especialista em dependentes que supõe que caso
morresse e seus filhos ficassem na rua, sua vontade era que o
Poder Público cuidasse de seus filhos. Sem adentrar ao mérito
acerca da excessiva – e temerária - confiança depositada ao
Poder Público e limitações institucionais tal projeto
destina-se, única e exclusivamente, a crianças e adolescentes em
situação de miséria, cujo uso da droga, muitas vezes, é
decorrente dessa condição social.
Nesse contexto, cumpre
indagar o seguinte: se mesmo a internação para tratamento da
dependência considerada ideal – estrutura adequada,
apoio médico, psicológico, familiar e do próprio paciente –
não é garantia integral de recuperação de tais pacientes que
assumirão personagens da institucionalização irresponsável,
o que se espera de uma internação que seja compulsória,
massificada, desmedida, que desconsidera o apoio familiar e a
vontade da criança ou do adolescente em receber o tratamento,
conforme propõe o Projeto de Lei em comento? É no mínimo
inconstitucional.
Lamentavelmente, não é
possível esperar nada diferente de um grande depósito de
crianças e adolescentes “dopados”, estabelecendo-se uma
releitura dos antigos unidades manicomiais e abordagem menorista.
Diante da precariedade das
políticas públicas brasileiras para crianças e adolescentes
envolvidos com o tráfico e o uso das drogas, não se pode pensar
em saídas imediatas enquanto o Estado não comprovar esforços
para a implantação de políticas públicas na saúde, educação e
assistência social, investindo em estratégias antidrogas.
Prevenção por meio da conscientização, educação e tratamento
adequado, com clínicas públicas de reabilitação de qualidade,
profissionais especializados, medicamentos suficientes etc. A
respeito da estrutura atual das políticas públicas básicas e
sociais destinadas para atendimento inicial de crianças e
adolescentes, o Estado de São Paulo, com 645 municípios, possui
apenas 58 Centros de Atenção Psicossocial de Álcool e Droga –
CAPS-AD, e 216 Centros de Referência Especializados de
Assistência Social – CREAS.
Não existe solução milagrosa
para sanar o problema de saúde pública enfrentado pela
sociedade, especialmente, quando se pretende impor tolerância
zero e total abstinência para tratamento de suas crianças e
adolescentes em situação de drogadição. Todavia, existe a
possibilidade de que seja colocado em prática o Estatuto da
Criança e do Adolescente, normas de funcionamento do Sistema
Único de Saúde (SUS) e Sistema Único de Assistência Social
(Suas) primordialmente na elaboração de programas de proteção
integral da criança e do adolescente cujo intuito é priorizar a
prevenção frente à repressão.
Ou, ainda, levar em
consideração, quando da aplicação das medidas de proteção
(artigo 100 do ECA), os princípios (i) que
reconhecem a condição da criança e do adolescente como sujeitos
de direitos (inciso I); (ii) de proteção
integral e prioritária dos direitos de que são titulares as
crianças e os adolescentes (inciso II); (iii)
que respeite a intimidade e o interesse superior da criança e do
adolescente (incisos IV e V); (iv) de
intervenção mínima das autoridades e instituições (inciso VII);
(v) de proporcionalidade e atualidade das
medidas de proteção (inciso VIII) e (vi) de
prevalência da família na promoção de direitos e na proteção da
criança e do adolescente (inciso X).
Infelizmente, enquanto
falharem as políticas sociais básicas destinadas às crianças e
aos adolescentes como saúde, educação, esporte, lazer,
dificilmente se logrará prevenir o tráfico e uso das drogas.
Diego Vale de Medeiros Coordenador do Núcleo
Especializado da Infância e Juventude Da Defensoria Pública do
estado de São Paulo
Leila Rocha Sponton Coordenadora Do Núcleo
Especializado Da Infância E Juventude Da Defensoria Pública Do
Estado De São Paulo
Fonte: Revista
Consultor Jurídico, 16 de agosto de 2011
Maconha descriminalizar e liberar não é o caminho
Por João Carlos da Costa
Entrevistado
recentemente sobre o problema das drogas, o ex-presidente do
Brasil, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, afirmou tratar-se de
um caso perdido, sem solução. Discorreu, na oportunidade, sobre a
possibilidade de liberação da maconha no Brasil e propôs a
descriminalização e regularização como meio para reduzir o consumo e
coibir o tráfico. Com o ex-presidente concordam também outros
ex-mandatários de outros países. Um deles, Bil Clinton, os quais
apresentaram diversas sugestões. Dentre as quais, alegam que a
repressão não é o caminho para a redução do consumo e que se trata
de uma guerra fracassada que só aumenta o poder do tráfico.
Foram incisivos em
afirmar que a maconha proporciona um quadro psicótico, em 10% dos
jovens e que o álcool é mais letal que a maconha. Acreditam que a
regulamentação com locais específicos para o consumo, nos moldes de
países da Europa, como na Holanda, por exemplo e a prisão
substituída por penas alternativas irá reduzir o consumo e
enfraquecerá tráfico. No que se refere `ao tratamento, uma das
propostas apresentada pelo ex-presidente e sociólogo é a de que o
SUS deve se organizar e ampliar redes para acolher viciados doentes
e não criminosos e que também é necessário promover campanhas
abertas e honestas sobre o assunto.
A maconha é uma das
drogas mais tradicionais e seu custo, pela facilidade de obtenção,
é relativamente inferior ao das drogas sintéticas. No Brasil seu uso
foi impulsionado graças as fortes influências de festivais de
músicas como o Woodstock, na era hippie, nos anos 70 e na guerra
do Vietnã, quando também o uso de heroína e LSD por celebridades
da música e do e cinema, principalmente, e pelos soldados
americanos para sobreviver às dores e aos delírios de uma guerra
que parecia não ter fim. Os primeiros, buscavam um tipo diferente
de paz espiritual e resolver seus conflitos internos Os últimos,
mais por desilusão e obtenção de coragem para suportar os horrores e
sofrimentos que uma situação bélica como aquela proporcionava a
eles e aos inocentes, na época, sob o jugo de ditadores.
O uso de drogas lícitas
ou ilícitas por personalidades do mundo artístico ou pessoas
públicas sempre impactam o comportamento de fãs que os idolatram e
às vezes acham heroísmo quando morrem por overdose.
O fato de sociólogos e
outros líderes acharem que a maconha não causa tanto mal assim para
que possa ser liberada e descriminalizada é ilógico, principalmente
quando a iniciativa parte de ex-governantes, que tiveram nos tempos
de gestões governamentais todo o controle social, educacional e
econômico em suas mãos e perderam a grande oportunidade para
prevenir o caos social que hoje presenciamos por causa das drogas.
Embora muita gente alegue
o contrário, a maconha é a porta de entrada para outros vícios.
Aqueles que dizem que não faz mal algum enganam aos outros e a si
próprios porque vício é vício e quando já não produzem os efeitos
desejados incitam ao aumento de doses ou a procura por outros mais
fortes.
Se os efeitos da maconha
causam sensações tão agradáveis, como dizem os entendidos no
assunto, por que então não buscar satisfação em coisas menos
prejudiciais, como o esporte a cultura e o lazer? Nada contra, nem a
favor dos fumantes, mas é a mesma coisa que o vício do cigarro comum
que, além de causar poluição, seja pela fumaça, pelo cheiro ou pelas
“bitucas” jogadas no chão (algumas até são causas de incêndio quando
em contato com material combustível), que também é um dos principais
motivos de câncer no pulmão e outros problemas de saúde, no próprio
usuário e naqueles que o acercam. O vício do álcool, a mesma coisa e
até pior, pois é um dos principais responsáveis pelo aumento da
criminalidade, da violência doméstica e da desagregação de famílias.
A descriminalização e a
liberação do uso não irão reduzir o tráfico porque de qualquer forma
o usuário vai querer obter o produto quando necessitar usá-lo e os
grandes plantadores clandestinos não vão querer perder os
investimentos e, dessa forma, acredito que eles até se sentirão mais
à vontade . Neste caso, a justiça tem que ser aplicada de maneira
mais enérgica. Os usuários, por sua vez, e ai é possível concordar
com a opinião dos ex-mandatários, não devem ser vítimas de repressão
pelo uso, mas sim tratados. A recuperação é o que as mães mais
querem para seus filhos e esse problema sempre traz perdas.
É preciso fortalecer os
Centros de Atenção Psicossocial existentes para atender aqueles que
são dependentes químicos, pois quando a dependência é instalada a
melhor chance é quando o paciente é internado e nesses
estabelecimentos as atividades físicas são utilizadas para
tratamento no prazo de três meses. O usuário deve ser incentivado a
aceitar a ajuda e o sistema de saúde deve estar preparado para
receber os pacientes por ser caso de saúde pública.
Sem preparo
E errado fazer
comparações com outros países desenvolvidos onde a liberação e
descriminalização deram certo, ate porque o Brasil é apontado como
uma das principais rotas do tráfico de drogas da América do Sul. É
difícil aceitar, mas infelizmente, a população brasileira,
principalmente a juventude, não está preparada cultural e
educacionalmente para esse tipo de evolução e, por conta da
corrupção e outros males que afetam a administração pública no
Brasil, também não temos infra-estrutura básica para combater de
imediato o problema das drogas. Porém, por se tratar de uma
calamidade pública que mata centenas de jovens diariamente, medidas
emergenciais devem ser tomadas, já visando o futuro.
Não é uma guerra perdida
como afirmam alguns derrotistas, apenas requer esforço concentrado
multidisciplinar e muita vontade política.
João
Carlos da Costa
Bel.
Químico, Professor, Bel. Em Direito (aprovado pela OAB),
Especialista em Gestão Pública. e-mail:
Joao_22@terra.com.br
Imagem:
revistaepoca.globo.com
Paraná lidera em apreensões
de maconha no Brasil
Quantidade da droga retida pela PRF aumentou quatro
vezes entre 2009 e 2011
O Paraná é
o estado brasileiro campeão em apreensões de maconha, segundo
levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF). No primeiro
semestre de 2011, 8,7 toneladas da droga foram retidas nas rodovias
federais. O número representa 58% do total de apreensões em todo o
País.
A quantidade é
menor que no mesmo período de 2010, quando as autoridades
responsáveis contabilizaram 23 toneladas do produto. O valor alto no
ano anterior ocorreu, entretanto, por causa de uma apreensão recorde
de 21,7 toneladas em Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste do
Estado, em junho. "Sem essa ocorrência, perceber-se que o valor na
verdade aumentou na comparação dos períodos", disse o assessor de
comunicação da PRF, inspetor Wilson Martines. Em 2009, nos seis
primeiros meses no ano, a PRF contabilizou 7,1 toneladas.
Desde 2010, o
Paraná está à frente do Mato Grosso do Sul nos índices. O
estado do Centro-Oeste do Brasil até 2009 era o líder em apreensões
no País. De acordo com Martines, o Paraná passou a ser mais
procurado pela logística. "Os traficantes utilizam o Estado pela
fronteira com dois países (Paraguai e Argentina) e
pelas estradas federais, principalmente a BR-277".
Os números também
cresceram na apreensão de outras drogas. De acordo com a PRF, houve
aumento de praticamente 400% na retenção de crack em dois anos no
Paraná. No primeiro semestre de 2009, a quantidade era de 119
quilos; no mesmo período de 2010 o número saltou para 240,6 e
aumentou para 517,5 quilos nos primeiros seis meses de 2011.
A apreensão de
cocaína aumentou seis vezes em dois anos. Até a metade do ano de
2009, o índice era de 45,6 quilos da droga; no mesmo período de 2010
o índice pulou para 113,9 e para 275 quilos no primeiro semestre de
2011.
Cidades próximas
à fronteira com Paraguai e Argentina são as líderes do estado em
apreensões. Segundo a PRF, as principais rotas encontram-se também
em municípios às margens das rodovias federais, como Foz do
Iguaçu e Cascavel, cruzados pela BR-277.
Rotas
alternativas
Segundo o
inspetor, os traficantes sempre utilizaram as estradas federais, mas
agora passaram a optar por desvios para despistar a ação da Polícia.
"A procura agora se estende principalmente por vias rurais e
vicinais". Casos como o de Assis Chateaubriandno Oeste do Estado, em
que a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) fez a maior apreensão do ano
de crack nesta quinta-feira (28), já são esperados pela PRF,
de acordo com Martines.
Outra forma de
burlar a fiscalização, segundo o inspetor, é a utilização de carros
de luxo, guiados por mulheres acompanhadas de crianças. "Muitas
vezes os pais escondem as drogas com os filhos". Até 2010, segundo
ele, era mais comum ocorrer apreensões em carretas com cargas de
alimentos.
Martines comenta
que, a partir de 2010, a PRF passou a utilizar serviços de
inteligência e tecnologia avançada nos trabalhos de apreensão. As
equipes da Polícia Rodoviária Federal contam com o auxílio de
operações da Polícia Federal, Receita Federal, além de
Polícia Civil e Militar. Esses profissionais transmitem informações
sobre pessoas e veículos suspeitos para ocorrer a retenção.
O inspetor relata
ainda que o aumento das apreensões, em vista do trabalho da PRF,
contradiz com o efetivo de profissionais. "O número de policiais nas
fronteiras está aquém do necessário, mas mesmo assim tentamos
melhorar as operações". Fonte: gazetadopovo.com.br
Quando a maconha vira notícia
e bandeira
O tema invade as páginas dos
jornais e chega às telas do cinema.
Por Claudio Carneiro
Com
maior ou menor intensidade, a discussão sobre a descriminalização do
uso de drogas é assunto que vem e que vai – como uma onda — sempre
trazendo personagens que se apresentam ou se afastam das discussões,
dependendo da posição que acabaram de tomar. Um exemplo: saiu
Fernando Gabeira – que abandonou a ênfase da causa – e entrou
Fernando Henrique Cardoso – que a abraçou faz pouco. Com a
progressão da intensidade e periculosidade de drogas como o “crack”
ou o “oxi”, alguns antigos defensores da maconha recuaram. Pelo
mesmo motivo, outros marcaram presença.
O tema invade as páginas dos jornais e
chega às telas do cinema. Esta semana, o Supremo Tribunal Federal –
polêmico fórum de causas idem – liberou a antes reprimida Marcha da
Maconha. Em seu argumento, o ministro Celso de Mello declarou que
“nada se revela mais nocivo e perigoso que a pretensão do Estado de
proibir a livre manifestação” no que foi acompanhado de forma
unânime por oito ministros daquela casa – liberando a marcha da
maconha em suas diversas versões e praças.
No escurinho do cinema, a discussão
ganha personagens como Bill Clinton, Jimmy Carter e o próprio
ex-presidente FHC. Grande barato do momento, o documentário
“Quebrando tabus” de Fernando Grostein Andrade – irmão de Luciano
Huck – relembra o discurso pra lá de antiquado do pra lá de
reacionário ex-presidente norte-americano George Bush, pai do pra lá
de mentiroso ex-presidente George W. Bush. Quando declarou guerra às
drogas há 40 anos, Bush dizia ao povo norte-americano com o dedo em
riste: “Usar drogas ilegais é contra a lei. E quando você for pego,
será punido. Alguns acham que não haverá espaço nas cadeias. Pois
fiquem certos, nós criaremos espaço”.
No mesmo documentário – onde Grostein
ouve ainda estudantes, escritores, policiais e os ex-presidentes do
México, Ernesto Zedillo, da Colômbia, César Gavíria e Suíça, Ruth
Dreifuss – o médico Dráuzio Varella ensina que não se pode colocar
na cadeia uma pessoa que está doente: “No futuro vão dizer de nós:
olha o absurdo que faziam com as pessoas. Pegavam uma pessoa que
usava droga e trancavam na cadeia”. De nossos escritores mais
respeitados e parceiro de Raul Seixas em “Gita”, “Tente outra vez” e
“Como vovó já dizia”, Paulo Coelho defende a verdade e transparência
na campanha antidrogas: “Droga é fantástico. Você vai gostar. Mas
cuidado, hein? Porque você não vai poder decidir mais nada. Basta
dizer isso”, receita ele. No documentário de Grostein, Bill Clinton
admite ter um irmão viciado em cocaína. Ele prega a
descriminalização. Já o autor do livro “15 to life”, Anthony Papa,
defende a descriminalização e a liberação: “Se você não consegue
controlar drogas dentro de um presídio de segurança máxima, como vai
controlá-la numa sociedade livre?”.
FHC pensa o mesmo ao afirmar que a
repressão, nos padrões em que ela se dá, é uma guerra perdida que só
fortalece o crime organizado. Quando curtia o barato dos ares
palacianos que também embriagaram Lula, Cardoso – ele admite – não
tinha consciência da problemática envolvendo a droga: “Pensar num
mundo livre de drogas é uma coisa utópica. Nunca houve um momento
sem droga. Agora, você pode reduzir o dano que a droga causa à
sociedade”. O posicionamento de FHC em defesa das drogas mais leves
– como a maconha – causou reações inesperadas no tucanato: titular
da Secretaria Nacional Antidrogas entre 98 e 2000, Walter
Maierovitch disse que seu ex-chefe é uma farsa. Maierovitch é
defensor do modelo português que criminaliza o comércio mas não o
uso — com o que FHC não concordava na época. Hoje, FHC, Gavíria e
Zedillo defendem cinco pontos: transformar em pacientes do sistema
de saúde os dependentes de drogas; dar enfoque de saúde pública ao
que hoje é tratado como assunto policial; criar campanhas e gerar
conteúdos que desestimulem o consumo; combate implacável ao crime
organizado, à lavagem de dinheiro, tráfico de armas e controle de
territórios; e erradicação do cultivo como repressão e programas de
desenvolvimento alternativo.
A receita de cada um
Os dez anos de descriminalização das
drogas em Portugal resultaram na diminuição drástica do uso e abuso
de drogas bem como os danos como a criminalidade e a proliferação de
doenças sexualmente transmissíveis. O processo lusitano está sendo
observado com interesse pelos Estados Unidos. Curioso da legislação
portuguesa é que o tráfico continua ilegal mas os padrões em relação
ao usuário mudaram: pode-se comprar, portar e usar drogas para uso
pessoal para um período de dez dias – seja maconha, cocaína ou droga
sintética. No aspecto econômico, o Estado português deixou de gastar
dinheiro para reprimir, prender e processar. Os recursos foram
realocados para as clínicas de dissuasão, com médicos especializados
para os dependentes que requerem tratamento.
Tradicionais e históricos usuários de
ópio – que traziam de seus territórios na Ásia – os holandesas
fumaram seus primeiros cigarros de maconha depois da Segunda Guerra
Mundial. Nos anos 70, o governo classificou as drogas em pesadas e
leves. A maconha em pequenas quantidades passou a ser tolerada e
vendida em cerca de 200 coffeeshops. Mas a partir do próximo ano, o
paraíso para os maconheiros internacionais vai acabar — fato que
pode abalar o turismo local, visto que 23% dos turistas frequentam
coffeeshops.
Segundo a ONU, 5% da população mundial
– pouco mais de 200 milhões de pessoas – consomem drogas ilegais a
cada ano. O vício movimenta cerca de U$ 322 bilhões – o equivalente
a R$ 514 bilhões. A cannabis é a droga preferida de 80% dos
usuários. Do total dos consumidores, 25 milhões sofrem de
toxicomania grave. Italianos, suíços e franceses são os que mais
usam maconha. Pela análise do esgoto, sabe-se que os
norte-americanos de Nova York são os que mais aspiram cocaína em
todo o mundo. No ranking das dez drogas mais perigosas para os seres
humanos, os legalizados álcool e tabaco posam ao lado, entre outras,
da heroína, da cocaína e anfetaminas.
Vítima de bruxismo que lhe causa dores
e desconforto, a jornalista Lu Lacerda descobriu em duas tragadas de
maconha um santo remédio para combater o problema noturno. Na busca
oficial por uma receita, ela soube que médicos e psicólogos não
podem prescrever ou garantir a ela o direito de usar a cannabis para
fins terapêuticos. Ouvida pelo Opinião e Notícia,
Lu Lacerda desabafou: “É um absurdo. Todo mundo compra droga aqui no
país. Eu só não queria fazer algo ilegal. Tenho horror a drogas e de
perder o controle. O que eu peço é que – como em 16 estados
norte-americanos – a maconha seja vista como um medicamento”,
concluiu. Fonte: opiniaoenoticia.com.br
MACONHA E OUTRAS PRAGAS
Vou
começar perguntando: qual família quer ter um filho ou qualquer
outro familiar usuário de drogas? Quem dos leitores quer ver nas
ruas e praças viciados fumando maconha?
Acredito que nenhuma pessoa de bem aceita isso, de forma nenhuma.
Ora
Senhores, então, surge uma programação orquestrada nacionalmente com
um evento negro chamado “marcha da maconha”. Isso é vergonhoso e
humilhante para uma nação como o Brasil. O pior de tudo é que, a
grande imprensa deste país ficou ao lado desses malfeitores.
Malfeitores sim, pois estão fazendo um grande mal para esta Pátria
Amada. Alguém viu ou leu ou ouviu alguém da imprensa levantar-se e
condenar a tal marcha. Não! O que vimos foi a critica pesada a
policia paulista que reprimiu naquele Estado a marcha dos
maconheiros, ora, porque não levantar-se e apóiam nossos policiais
que impediram a festa dos fumeiros.
E os
outros Estados, o que fizeram. Cruzaram os braços o que vimos com
essa atitude. Vimos um bando de zumbis desencantados e imaginando
que já eram libertos das leis e do respeito a dignidade das
famílias, fumando seus “baseados” em plena luz do dia.
Pior
ainda, após a tal malfadada marcha da maconha percebemos um aumento
considerável de usuários da “erva”, fazendo uso da mesma por todos
os recantos da cidade. É isso que queremos. É isso que desejamos a
nossos filhos!
A quem
interessa a marcha da maconha? Por que será que a imprensa tem a
ousadia de ainda dar espaço a esses hipócritas que encabeçam um
movimento infeliz como esse. É muito petulante quem, encabeça uma
campanha desgraçada como essa.
Onde
estão os cidadãos de bem? Onde esta a sociedade organizada que a
tudo assiste, se cala e nada faz. Onde estão os representantes
eleitos para representar os seus eleitores; somente uma minoria, bem
minoria mesmo, tem coragem de se levantar contra. Ouvi alguém dizer:
não sou contra, pois posso perder o voto dos “maconheiros”.
A
droga vem desgraçando famílias, vêm matando crianças, adolescentes e
pessoas de mais idade. Famílias têm sido destroçadas, filhos mortos
pelo uso e pelos traficantes. Filhos jovens tem ido para o fundo das
cadeias imundas, promiscuas e infectas pela sua pela sua população
subumana e perdida pela falta de condições estruturais de bem
vivência na sociedade.
Onde
estão as entidades responsáveis para fiscalizar governantes
irresponsáveis que, não se preocupam em fiscalizar, o porquê de nada
se fazer e, fiscalizar a administração publica que, tem a obrigação
moral e constitucional de guardar e zelar pelos cidadãos de bem e
moralidade.
Vamos
fazer marchas pela educação, pela saúde, por segurança, pela paz e
pelo trabalho. Deixem os hipócritas defenderem-se sempre pelo lado
do mal e venha para o bem e mundo será outro.
Ainda
nesse diapasão, vem o governo e quer lançar uma cartilha nas
escolas, pregando a ???? entre nossos jovens, mostrando pessoas do
mesmo sexo em relações promiscuas entre si. E ainda vêm os Senhores
Ministros da Justiça máxima e por unanimidade despejam sobre a
sociedade suas decisões incontestes, obrigando a aceitar o
inaceitável: dois homens ou duas mulheres como se fosse uma coisa
natural. Foi isso que Deus fez? Não!
Todo
dia vemos milhares de fatos trágicos, medonhos e entristecedores. A
criminalidade aumentando absurdamente e pouco sendo feito.
Vemos
um mundo avançado a passos largos para seu fim e onde estão as
pessoas de brio e cidadãos de bem. Estão escondidos em suas
armaduras e não tem coragem de ousar enfrentar o inimigo.
Mais
ainda, o consumo de drogas alem de ser questão de saúde publica é
prioridade para que a sociedade e o pais não se tornem inviáveis.
Vamos
marchar sim, mas pelas coisas boas e necessárias.
Vamos
todos as ruas, de mãos dadas, lutar pelas igualdades e não por
desiguais.
Todos
são iguais perante a lei e perante DEUS!
A guerra mais sem sentido do mundo
Caros amigos,
Em
dias nós podemos ver o começo do fim da 'guerra às drogas'.
O tráfico ilegal de drogas é a maior ameaça à segurança da nossa
região, mas essa guerra brutal falhou completamente em conter a
praga da drogadição, ao custo de inúmeras vidas, da devastação de
nossas comunidades e do afunilamento de trilhões de dólares em
violentas redes de crime organizado.
Especialistas concordam que a política mais sensata é acabar com a
guerra às drogas e legalizá-las, mas a maioria dos políticos tem
medo de tocar no assunto. Em dias, uma comissão global incluindo
antigos chefes de estado e altos membros da política externa do
Reino Unido, União Europeia, Estados Unidos e México irão quebrar o
tabu e pedir publicamente novas abordagens, inclusive a
descriminalização e legalização de drogas.
Este pode ser um momento único -- se um número suficiente de nós
pedir um fim a essa loucura.
Políticos dizem que entendem que a guerra às drogas falhou, mas
alegam que a sociedade não está pronta para uma alternativa. Vamos
mostrar a eles que não apenas aceitamos uma política sã e humana --
nós a exigimos. Clique abaixo para assinar a petição e partilhe
com todo mundo -- se nós alcançarmos 1 milhão de vozes, ela será
entregue pessoalmente aos líderes mundiais pela comissão global:
Nos últimos 50 anos as políticas atuais de combate às drogas
falharam em toda a América Latina, mas o debate público está
estagnado no lodo do medo, da corrupção e da falta de informação.
Todos, até o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, que
é responsável por reforçar essa abordagem, concordam -- organizar
militares e polícia para queimar plantações de drogas em fazendas,
caçar traficantes, e aprisionar pequenos traficantes e usuários –
tem sido completamente improdutivo. E ao custo de muitas vidas
humanas - do Brasil ao México, e aos Estados Unidos, o negócio
ilegal de drogas está destruindo nossos países, enquanto a
drogadição, as mortes por overdose e as contaminações por HIV/AIDS
continuam a subir.
Enquanto isso, países com uma política menos severa -- como
Suíça, Portugal, Holanda e Austrália -- não assistiram à explosão no
uso de drogas que os proponentes da guerra às drogas
predisseram. Ao invés disso, eles assistiram à redução significativa
em crimes relacionados a drogas, drogadições e mortes, e são capazes
de focar de modo direto na destruição de impérios criminosos.
Lobbies poderosos impedem o caminho da mudança, inclusive militares,
polícias e departamentos prisionais cujos orçamentos estão em jogo.
E políticos de toda nossa região temem ser abandonados por seus
eleitores se apoiarem abordagens alternativas. Mas pesquisas de
opinião mostram que cidadãos de todo o mundo sabem que a abordagem
atual é uma catástrofe. E liderados pelo presidente Cardozo, muitos
Ministros e Chefes de Estado manifestaram-se pela reforma depois de
deixar seus cargos. O momento está finalmente chegando de discutir
novas políticas na América Latina, Estados Unidos e outras partes do
mundo que estão devastadas por essa política desastrosa.
Se pudermos criar uma manifestação global nos próximos dias para
apoiar os pedidos corajosos da Comissão Global de Política sobre
Drogas, nós poderemos superar as desculpas estagnadas para o status
quo. Em nossas vozes está a chave da mudança -- assine a petição
e divulgue:
Nós temos uma chance de entrar no capítulo final dessa 'guerra'
violenta que está destruindo milhões de vidas. A opinião pública
irá determinar se essa política catastrófica será finalizada ou se
políticos continuarão a nos usar como desculpa para evitar a
reforma. Vamos nos unir com urgência para empurrar nossos
líderes para fora da dúvida e do medo, para cruzar a fronteira e
entrar no domínio da razão.
Com esperança e determinação,
Luis, Alice, Laura, Ricken, Maria Paz e toda a equipe Avaaz
Fonte: avaaz.org
LSD O que são Drogas Sintéticas?
Definição
Perturbadores ou
Alucinógenos sintéticos são substâncias fabricadas
(sintetizadas) em laboratório, não sendo, portanto, de
origem natural, e que são capazes de promover alucinações no
ser humano. Vale a pena recordar um pouco o significado de
alucinação: "é uma percepção sem objeto".
Isto significa que, mesmo sem ter um estímulo (objeto) a
pessoa pode sentir ver, ouvir. Como exemplo, se uma pessoa
ouve uma sirene tocando e há mesmo uma sirene perto, esta
pessoa está normal; agora se ela ouve a sirene e não existe
nenhuma tocando, então a pessoa está alucinando ou tendo uma
alucinação auditiva. Da mesma maneira, sob a ação de uma
droga alucinógena ela pode ver um animal na sala (por
exemplo, um elefante) sem que, logicamente, exista o
elefante; ou seja, a pessoa está tendo uma alucinação
visual.
O LSD-25 (abreviação de dietilamina
do ácido lisérgico) é, talvez, a mais potente droga alucinógena
existente. É utilizado habitualmente por via oral, embora possa ser
misturado ocasionalmente com tabaco e fumado. Algumas microgramas (e
micrograma é um milésimo de uma miligrama que, por sua vez, é um
milésimo de um grama) já são suficientes para produzir alucinações
no ser humano.
O efeito alucinógeno do LSD-25 foi
descoberto em 1943 pelo cientista suíço Hoffman, por acaso, ao
aspirar pequeníssima quantidade de pó num descuido de laboratório.
Eis o que ele descreveu: "Os objetos e o aspecto dos meus colegas de
laboratório pareciam sofrer mudanças ópticas. Não conseguindo me
concentrar em meu trabalho, num estado de sonambulismo, fui para
casa, onde! uma vontade irresistível de me deitar apoderou-se de
mim. Fechei as cortinas do quarto e imediatamente caí em um estado
mental peculiar semelhante à embriaguez, mas caracterizado por
imaginação exagerada.
Com os olhos fechados, figuras
fantásticas de extraordinária plasticidade e coloração surgiram
diante de meus olhos". O seu relato detalhado das experiências
alucinatórias levou a uma intensa pesquisa desta classe de
substâncias, culminando, nas décadas de 50 e 60, no seu uso
psiquiátrico, embora com resultados pouco satisfatórios.
O MDMA (MetilenoDioxoMetAnfetamina),
conhecido popularmente como ÊXTASE foi sintetizado e patenteado por
Merck em 1914, inicialmente como moderador de apetite. É uma droga
de uso relativamente recente e esporádico no Brasil. Além de seu
efeito alucinógeno, caracterizado por alterações na percepção do
tempo, diminuição da sensação de medo, ataques de pânico, psicoses e
alucinações visuais, provoca efeitos estimulantes como o aumento da
freqüência cardíaca, da pressão arterial, boca seca, náusea,
sudorese e euforia.
Em resumo o MDMA é a droga que, além de
produzir alucinações, pode também produzir um estado de excitação, o
que é duplamente perigoso. Dado que este produto é ainda pouco usado
no nosso meio (e seus efeitos! psíquicos não diferem muito dos do
LSD) ele não mais será mencionado neste folhetim.
Efeitos no cérebro
O LSD-25 atua produzindo uma série de
distorções no funcionamento do cérebro, trazendo como conseqüência
uma variada gama de alterações psíquicas.
A experiência subjetiva com o LSD-25 e
outros alucinógenos depende da personalidade do usuário, suas
expectativas quanto ao uso da droga e o ambiente onde ela é
ingerida. Enquanto alguns indivíduos experimentam um estado de
excitação e atividade, outros tornam-se quietos e passivos.
Sentimentos de euforia e excitação ("boa viagem") alternam-se com
episódios de depressão, ilusões assustadoras e sensação de pânico
("má viagem"; bode).
LSD-25 é capaz de produzir distorções na
percepção do ambiente --- cores, formas e contornos alterados, além
de sinestesias, ou seja, estímulos olfativos e táteis parecem
visíveis e cores podem ser ouvidas.
Outro aspecto que caracteriza a ação do
LSD-25 no cérebro refere-se aos delírios. Estes são o que chamamos:
"juízos falsos da realidade", isto é, há uma realidade, um fato
qualquer, mas a pessoa delirante não é capaz de avaliá-la
corretamente. Os delírios causados pelo LSD costumam ser de natureza
persecutória ou de grandiosidade.
Efeitos no resto do organismo
O LSD-25 tem poucos
efeitos no resto do corpo. Logo de início, 10 a 20 minutos após
tomá-lo, o pulso pode ficar mais rápido, as pupilas podem ficar
dilatadas, além de ocorrer sudoração e a pessoa sentir-se com uma
certa excitação. Muito raramente tem sido descritos casos de
convulsão. Mesmo doses muitos grandes do LSD não chegam a intoxicar
seriamente uma pessoa, do ponto de vista físico.
Efeitos tóxicos
O perigo do LSD-25 não
está tanto na sua toxicidade para o organismo mas sim no fato de
que, pela perturbação psíquica, há perda da habilidade de perceber e
avaliar situações comuns de perigo. Isto ocorre, por exemplo, quando
a pessoa com delírio de grandiosidade julga-se com capacidades ou
forças extraordinárias, sendo capaz de, por exemplo: voar,
atirando-se de janelas; com força mental suficiente para parar um
carro numa estrada, ficando na frente do mesmo; andar sobre as
águas, avançando mar a dentro.
Há também descrições de casos de
comportamento violento, gerado principalmente por d Ainda no campo
dos efeitos tóxicos, há também descrições de pessoas que após
tomarem o LSD-25 passaram a apresentar por longos períodos (o maior
que se conhece é de dois anos) de ansiedade muito grande, depressão
ou mesmo acessos psicóticos. O flashback é uma variante deste efeito
a longo prazo: semanas ou até meses após uma experiência com LSD, a
pessoa repentinamente passa a ter todos os sintomas psíquicos
daquela experiência anterior e isto sem ter tomado de novo a droga.
O flashback é geralmente uma vivência psíquica muito dolorosa pois a
pessoa não estava procurando ou esperando ter aqueles sintomas, e
assim os mesmos acabam por aparecer em momentos bastante impróprios,
sem que ela saiba porque, podendo até pensar que está ficando louca.elírios
persecutórios como, por exemplo: o drogado atacar dois amigos (ou
até pessoas estranhas) por julgar que ambos estão tramando contra
ele.
Aspectos Gerais
O fenômeno da tolerância desenvolve-se
muito rapidamente com o LSD-25; mas também há desaparecimento rápido
da mesma com o parar do uso. O LSD-25 não leva comumente a estados
de dependência e não há descrição de síndrome de abstinência se um
usuário crônico cessa o uso da droga.
Todavia, o LSD-25, assim como outras
drogas alucinógenas, pode provocar dependência psíquica ou
psicológica, uma vez que a pessoa que habitualmente faz uso destas
substâncias como "remédio para todos os males da vida", acaba por se
alienar da realidade do dia-a-dia, aprisionando-se na ilusão do
"paraíso na Terra".
Situação na Brasil
Esporadicamente sabe-se
do uso de LSD-25 no Brasil, principalmente por pessoas das classes
mais favorecidas do país. Embora raramente, a Polícia apreende, vez
por outra, partidas da droga trazidas do Exterior.
O Ministério da Saúde do Brasil não
reconhece nenhum uso do LSD-25 (e de outros alucinógenos) e proíbe
totalmente a produção, comércio e uso do mesmo no território
nacional.
Este texto foi elaborado pela
equipe do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas
Psicotrópicas (CEBRID). Os textos originais estão disponíveis no
site
http://www.cebrid.epm.br/.
NOMES DE RUA de “LSD”
Ácido
Ácido de Bateria
Blotter
Microponto
California Sunshine
Cid
Doses
Pontos
Trips
Pastilhas
Hippie
Loony Toons
Lucy in the Sky with Diamonds (EUA)
Microponto Pane (EUA)
Pirâmides
Super–Homem
Window pane
Yellow sunshine (EUA)
Zen (EUA)
Doce
“Aos 13 anos de idade bebi a minha primeira
bebida e cedo fui introduzida à maconha. Depois o LSD
chegou–me rapidamente às mãos e fiquei viciada, tomando–o
como um doce.
“Numa noite durante um dos meus exageros,
fiquei sem memória e acordei com sangue por toda a cara e
com vômitos. Por algum milagre despertei–me e limpei–me.
Entrei para o carro, a tremer, e guiei até à casa dos meus
pais. Arrastei–me para a cama com a minha mãe e chorei.
“Com 21 anos, fui parar à minha primeira
reabilitação.”
— Donna
LSD: UMA BREVE HISTÓRIA
Albert
Hofmann
Crédito fotográfico: The Albert Hofmann Foundation
Albert
Hofmann, um químico que trabalhava para a Farmacêutica Sandoz,
sintetizou
LSD pela primeira vez em 1938, na Basileia, Suíça, enquanto
procurava um estimulante para o sangue. No entanto, os seus efeitos
alucinógenos eram desconhecidos até 1943 quando Hofmann
acidentalmente consumiu algum LSD. Descobriu–se mais tarde que uma
dose oral tão pequena como 25 microgramas (igual em peso a uns
poucos grãos de sal) é capaz de produzir alucinações vividas.
Um psicólogo
de Harvard, Timothy Leary, que promoveu o LSD e outras drogas
psiquiátricas alteradoras da mente, foi detido e preso por crimes
relacionados com drogas.
Crédito fotográfico: DEA/Detenção de Timothy Leary
Por causa da
sua semelhança com um químico presente no cérebro e da sua
semelhança em efeitos com certos aspectos da psicose, o LSD foi
usado em experiências de psiquiatras durante os anos 40, 50 e 60.
Enquanto os pesquisadores falharam em descobrir qualquer uso médico
para a droga, as amostras grátis disponibilizadas pela Farmacêutica
Sandoz para experiências foram distribuídas amplamente, levando ao
amplo uso da substância.
O LSD foi
popularizado nos anos 60 por indivíduos como Timothy Leary, o qual
encorajou os estudantes americanos a “drogue–se, sintonize–se, e
desligue–se”. Isto criou uma completa cultura de consumo de drogas e
espalhou a droga dos Estados Unidos ao Reino Unido e resto da
Europa. Mesmo hoje, o consumo de LSD no Reino Unido é
significativamente mais elevado do que noutras partes do mundo.
Os programas
psiquiátricos de controlo mental centrados no LSD e outros
alucinógenos criaram uma geração de “cabeças de ácido”.
Enquanto a
cultura dos anos 60 usou a droga para escapar dos problemas sociais,
as agências secretas governamentais ocidentais e os militares
viram–no como uma potencial arma química. Em 1951, estas
organizações começaram uma série de experiências. Os investigadores
dos EUA notaram que o LSD “é capaz de tornar grupos inteiros de
pessoas, incluindo forças militares, indiferentes aos seus ambientes
e situações, interferindo com a planificação e raciocínio, e até
criando apreensão, confusão incontrolável e terror.”
Experiências
com o possível uso de LSD para mudar as personalidades dos alvos dos
serviços secretos — e o controlo de populações inteiras — continuou
até que os Estados Unidos baniram oficialmente a droga em 1967.
O consumo de
LSD declinou nos anos 80, mas subiu outra vez nos anos 90. Desde
1998 o LSD tornou–se mais amplamente usado em discotecas e raves por
adolescentes e jovens adultos. O consumo declinou significativamente
em 2000.
“Nos
dias seguintes ao consumo de LSD, estava cheio de ansiedade e
depressão extrema. A seguir à minha ‘viagem’ de LSD, comia
freqüentemente, às vezes quatro a cinco vezes por semana por um
extenso período. Cada vez que tomava a droga, mentalmente ficava
mais e mais fora da realidade. O efeito final era a incapacidade
para me sentir normal na minha própria pele.” — Andrea
Polícia
descobre plantação de maconha subterrânea
O capeta diz que não é dele!
A policia
do Tenesse, lá nos EUA, fizeram a
descoberta de um dos maiores espaços subterrâneos desde a tumba do
faraó Tutankamon! Só que ao invés de múmia e ouro, essa “tumba
moderna” estava cheia de plantações de maconha.
Ser humano
é craque no improviso, né?! Viu que se plantasse lá no solo a
polícia iria pegar, então resolveu criar as condições necessárias
para plantar entre 4 paredes e debaixo do solo!
Os
funcionários da mega-empresa, tinham banheiro privativo,
dormitórios, etc.
Confira as
fotos
dessa maravilha da engenharia moderna:
Por fora parece apenas uma casa,
com seus respectivos cômodos, um carro na garagem, tudo tranquilo…
Ledo engano, quando adentramos a “tumba
verde“, vemos que o cara fez um projeto de engenharia pra
ter uma floresta subterrânea, com as condições mais do que ideais
para produzir a Cannabis sativa, também conhecida como
maconha.
A porta abaixo, “selava” a
entrada na mata fechada:
Ai, tchanãn, nos deparamos com
mais de 5000 mudas utilizando um sistema de
irrigação dos mais eficientes.
Repara agora no sistema
de iluminação, afinal as plantas também precisam de
luz natural!
Obviamente, que os funcionários
tinham um seguro… não era de vida, mas sim anti-cana. Ao
final de um imenso corredor, tinha o túnel para escapar da polícia.
Mas como a polícianão é boba, pegou os três meliantes
que tocavam o bagulho (literalmente). Agora o “Poderoso
Chefão” por trás dessa incrível engenhoca, estava
comandando tudo lá da Flórida, e ainda não foi
preso.
Fontes disseram que se a
NASA quiser povoar a Lua ainda neste século, terá que pedir
dicas para o engenheiro dessa bagaça. Outras fontes
disseram que essa é a plantação de maconha do Capeta,
e que medidas drásticas virão de baixo para cima. Ui! Como era de se
esperar, o coisa-ruim negou tudo!
Fonte: purabalela.com
Jovens
e drogas: sociabilidades alternativas. Uma pesquisa
antropológica
A pesquisa etnográfica
Trata-se de uma
pesquisa etnográfica e qualitativa, relativamente breve (apenas 3 meses,
entre agosto e novembro de 2000), sobre repertórios dos jovens e suas
representações socioculturais do universo das drogas ilícitas. Foi
utilizada a metodologia de observação participante.
Foi feita uma investigação com
adolescentes entre 12 e 21 anos, de diversos segmentos sociais na cidade
de São Paulo, usuários de diferentes drogas, que não estavam em
tratamento clínico. A maconha foi a mais pesquisada.
A pesquisa foi realizada em
bares freqüentados por alunos classes A e B de um colégio particular e
de um cursinho, na zona Oeste. Na sede de uma associação de bairro da
favela Heliópolis. E em bares da Vila Madalena: lugar de confluência de
diversos grupos e segmentos sociais.
Nossos objetivos foram fornecer
subsídios para pesquisas futuras, e para projetos de políticas públicas,
como campanhas de prevenção e de educação. Além de oferecer um
contraponto às demais pesquisas realizadas e um novo olhar para o tema,
sem ser um trabalho acadêmico.
Situação
Os relatos, por ocorrerem de
forma espontânea e dialógica são fragmentados e entrecortados. Os jovens
falam abertamente de suas experiências e rituais para o consumo das
drogas. É a curiosidade, o prazer de saber como é, que abre a
possibilidade para a experimentação e à iniciação ao uso de drogas.
Como em rituais de iniciação, a
convivência desses jovens nos bares oferece a possibilidade de
experenciar um sentido da vida em comum, de communitas, que subverte e
põe em questão as regras do cotidiano. A experiência de communitas
permite que as relações entre os indivíduos, que estão participando dos
rituais, tornem-se, idealmente, horizontais e igualitárias, reforçando
os laços sociais.
Os jovens transitam em duas
formas de sociabilidade alternativas. O mundo da vida cotidiana, onde
prevalecem as relações impessoais, a "diluição" das identidades
individuais e subjetividades na multidão da metrópole. E o mundo das
drogas, onde predominam outros códigos, valores e normas de conduta.
Podemos compará-lo ao mundo do sonhos, da brincadeira, das festas, dos
ritos e das experiências transcendentes.
Daí a transgressão
freqüentemente estar associada ao 'mundo das drogas', que se opõe à vida
cotidiana e à sua falta de sentido. "As drogas proporcionam prazer
rapidamente. É fuga, liberdade. É ter forças para encarar a vida e um
futuro sem sentido. Eu quis pagar para ver. (Vila Madalena)"
Circuitos e
trajetos
Os bares são espaços que revelam
núcleos de sociabilidade não ligados à família e ao cotidiano. São
lugares onde se pode encontrar os amigos da mesma faixa etária, com os
mesmos gostos, valores e práticas. Lá se bebe, consume drogas, namora,
paquera, ouve música, dança...
Nesses espaços se articulam
diversos signos e critérios: roupa, música, programas e espaços de
lazer, expressões e gírias, modos e estilos de vida. A utilização de um
tipo ou mais específicos de drogas se dá imbricada em um estilo de vida
determinado. A droga sozinha não determina diretamente o pertencimento a
um grupo e um estilo de vida. Longe de se reduzirem a comportamentos
homogêneos e estanques, a sociabilidade jovem revela-se pela sua
diversidade e dinâmica. A própria idéia de grupo é, muitas vezes,
contestada pelos jovens.
Dentro dos circuitos, pode-se
traçar diferentes trajetos que incluem a circulação individual ou de
pequenos grupos fluidos em determinados territórios e a manipulação de
uma série de símbolos e códigos comuns.
Trajetos passam desde os bailes
da periferia e pelos bares em diversos bairros, mas especialmente a Vila
Madalena. Basicamente, três tipos de músicas que são ouvidas e dançadas:
forró, reagge e rock.
Classificação das
drogas segundo os jovens
Os jovens classificam as drogas
da seguinte maneira:
a) Álcool e cigarro também são
drogas.
b) Há maior tolerância com os
jovens ricos, o que revela uma consciência da hipocrisia da sociedade e
a reprodução da injustiça social. " O negócio é o seguinte: se o carinha
andar bem vestido, tiver um carro e usar qualquer tipo de droga, ele não
vai ser taxado de nada. Se o cara mora na periferia e usa droga, já é um
marginal." (Vila Madalena).
c) Maconha é erva, não é droga.
Droga é pedra, cocaína.
d) Todo mundo usa maconha, já
que dentro do circuito o uso é generalizado.
e) Jovens de classe média
mencionam um certo "consentimento" dos pais em relação ao uso da maconha
(mas não outras drogas).
Normas de conduta
a) Reciprocidade e partilha. A
regra é dar, receber e retribuir.
b) Quanto maior a experiência,
deve agir com maior 'naturalidade'. Aos inexperientes é permitida uma
certa perda de controle.
c) Não interferir, julgar ou
discriminar a conduta alheia.
d) Cada um deve ter consciência
de seus próprios limites, não deixando misturar o mundo das drogas e o
mundo do cotidiano."Eu acho que é assim: se você consegue se divertir
usando ou não usando, tudo bem. Mas, se você só consegue se divertir
usando algum tipo de droga, aí, já está mal."
e) Jovens das classes A e B não
precisam dirigir-se para uma favela para comprar as drogas, seu acesso é
dado nos lugares de lazer. Na favela, mesmo que o consumidor não esteja
envolvido no tráfico, ele conhece alguém que está trabalhando nele.
Conclusões e
indicações para campanhas educativas
As campanhas se destinam
sobretudo aos não-usuários, amedrontando quem não usa para os riscos do
vício e da morte. Elas ignoram toda a gama de usuários leves, eventuais
e mesmo freqüentes, mas não viciados.
A pesquisa torna evidente a
‘positividade’ do uso de drogas para os jovens, ligada ao prazer, à
satisfação dos desejos, à inserção em grupos. Enquanto as drogas são
diretamente associadas ao mal. Um mal que o adolescente ignora, muitas
vezes por se sentir seguro demais de si mesmo e de seus pares.
Campanhas publicitárias pontuais e de
impacto precisam ser vinculadas de um processo educacional aberto e
dialógico, para podermos contribuir para uma mudança real de
comportamentos. Essa combinação poderá integrar programas mais
amplos de educação participativa, ética, estética, voltada para
valores em um movimento constante de debates e produção de
informações e conhecimentos.
Uso de maconha na
adolescência e esquizofrenia
O
abuso de maconha entre adolescentes dos países desenvolvidos vem
aumentando significativamente nas últimas décadas. Uma das possíveis
explicações para esse fato é a percepção de que a maconha é uma
"droga leve", sem muitas conseqüências para a saúde do indivíduo, em
contraste com outras drogas ilícitas. Na população brasileira,
recente pesquisa da SENAD (Secretaria Nacional Antidrogas)
demonstrou que 9% dos adolescentes já utilizaram maconha pelo menos
uma vez.-1 Esse conceito, no entanto, tem sido contestado por
recentes estudos longitudinais realizados na Europa e na Nova
Zelândia2-5, que demonstraram uma associação positiva, numa curva de
dose-efeito, entre o uso de maconha durante a adolescência e um
risco aumentado do diagnóstico de esquizofrenia no futuro. Isso nos
alerta para o fato de que o uso "inocente" de drogas durante a
adolescência pode estar associado a importantes efeitos adversos em
longo prazo.
É um fato bem estabelecido
que pacientes esquizofrênico tendem a fazer uso abusivo de drogas, o
que tem sido relacionado a uma necessidade de automedicação para
sintomas tão perturbadores. O que se observa em relação à maconha,
contudo, é que muitas vezes o início do uso precede o aparecimento
de sintomas esquizofrênicos. Isso levou alguns investigadores a
hipotetizar que possivelmente o abuso de maconha funcionaria como um
fator de risco para o desenvolvimento de sintomas esquizofrênicos em
indivíduos vulneráveis.
O primeiro desses estudos,
descrevendo uma associação temporal entre o uso de maconha e a
manifestação de sintomas esquizofrênicos, foi realizado na Suíça com
50 mil jovens. 2, 3 Depois de um seguimento de 15 anos, o uso de
maconha durante a adolescência foi associado a um risco aumentado de
esquizofrenia numa curva de dose-efeito.2 Entretanto, problemas
sobre a validade diagnóstica e o possível efeito aditivo de outras
drogas colocaram em questionamento os resultados preliminares desse
estudo. Levantou-se também, baseado nos resultados desse estudo, a
possibilidade de que os pacientes esquizofrênicos faziam uso de
maconha para se automedicar. Numa segunda análise, publicada
recentemente sobre a base de dados suíça, após 26 anos de
seguimento, todos esses problemas iniciais foram levados em conta. 3
Os resultados confirmam os achados iniciais de que o uso de maconha
está associado com diagnóstico de esquizofrenia no futuro.3 Mais
ainda: esse segundo estudo demonstrou uma associação positiva, numa
curva de dose-efeito, e que a associação com o aparecimento de
sintomas esquizofrênicos era menos consistente com o uso de outras
drogas ao invés de maconha.
Esses achados foram replicados
em outros dois estudos realizados na Holanda e na Nova Zelândia. O
primeiro estudo, também longitudinal, foi realizado numa população de
4.045 adolescentes e demonstrou um aumento de quase três vezes no risco
de sintomas psicóticos em adolescentes que relataram uso freqüente de
maconha. 4 No segundo estudo, com desenho de coorte com mais de mil
adolescentes seguidos desde o nascimento, os jovens que relataram uso de
maconha apresentaram uma chance quatro vezes maior de serem
diagnosticados como portadores de transtorno esquizofreniforme aos 26
anos de idade.5
Apesar de apenas esses quatro
estudos longitudinais terem sido realizados até o presente, os achados
são consistentes e corroboram o argumento de que o uso de maconha
apresentaria interação com outros fatores de risco, culminando na
manifestação dos sintomas de esquizofrenia em indivíduos vulneráveis;
além disso, os resultados desencorajam a hipótese de que a associação
entre maconha e transtornos esquizofrênicos se deveria somente a
automedicação. No entanto, não está claro, baseado nos achados atuais,
se o uso da maconha seria responsável por iniciar os sintomas
esquizofrênicos ou se causaria sintomas esquizofrênicos em pessoas
não-vulneráveis.
É importante salientar o fato
que não há nenhuma evidência na literatura de que o uso ocasional de
maconha poderia provocar efeitos danosos. Entretanto, os achados dos
presentes estudos são bastante relevantes, tanto sobre o ponto de vista
clínico como sobre o ponto de vista de saúde pública. Como descrito
anteriormente, o uso regular de maconha apresenta um risco potencial
para o desenvolvimento de transtornos esquizofrênicos, particularmente
em indivíduos vulneráveis. Mais ainda, esse risco parece estar
diretamente relacionado à freqüência do uso de maconha, ou seja, jovens
que iniciam o uso precocemente poderiam estar ainda mais vulneráveis aos
efeitos danosos da droga. Iniciativas com o objetivo de reduzir o uso de
maconha entre os jovens poderiam, portanto, ter um impacto positivo na
prevenção de futuros casos de esquizofrenia. Campanhas que possam
esclarecer esses achados para jovens, particularmente quando
desenvolvidas de uma maneira criativa e envolvendo outros jovens, são
necessárias e relevantes.
Revista Brasileira de Psiquiatria
"As drogas transformam seu filho num cadáver ambulante e sua
filha numa prostituta mercantilista".
No
último sábado procurava um telefone público e encontrei apenas um, em
frente ao estacionamento Soriana (Praça da Espanha). Estacionei alguns
metros mais atrás e desci do carro. Quando estava falando chegou um
homem sem uma perna e com muletas. Me perguntou se podia ajudar a anotar
um número, e me deu o cartão com o número e um papel para anotar o
telefone.
Com muito prazer para ajudar, peguei o
papel e comecei a marcar o número. Então em poucos segundos comecei a me
sentir mal, sentia que estava desmaiando. Acontecia algo de anormal,
então corri para o carro e me fechei, ainda me sentindo enjoado. Tonto,
tentei ligar o carro e afastei-me um pouco do local, estacionando mais a
frente. Depois, não lembro de mais nada. Mais tarde despertei ainda
bastante enjoado, e com a cabeça como se estivesse estourando Consegui
chegar até minha casa, e fui imediatamente para o hospital... Após os
exames de sangue, confirmou-se o que suspeitava. Era a droga que está na
moda: a "Burundanga" ou escopolamina.
"Você teve sorte" - me disse o
médico. "Não foi uma intoxicação, apenas uma reação à droga... Não
quero nem imaginar o teria acontecido se os teus dedos tivessem
absorvido toda a droga ou ficassem em contato com ela por mais 30
segundos...." Com uma dose mais forte, uma pessoa pode ficar até oito
dias "desligada deste mundo". Nunca tinha pensado que aquilo podia
acontecer comigo! E foi tudo tão rápido.
Escrevo não para assustar, mas para
alertar. Não se deixem surpreender!
O Médico do hospital (Dr. Raul Quesada)
comentou que já são vários os casos como este e me falou dos mortos que
são encontrados sem órgãos, encontraram-se restos dessa droga nos dedos
deles. Estão traficando órgãos
com esta droga!!!!!!!!
Tenham cuidado e enviem a todos os
familiares, amigos, vizinhos.... Podem acabar salvando uma vida!
A escolopamina ou burundanga, usada
também em medicina, provém da América do Sul e é a droga mais usada
pelos criminosos (geralmente agem em 3) que escolhem suas vítimas. Ela
atua em 2 minutos, faz parar a atividade do cérebro e com isso os
criminosos agem a vontade, fazendo com as vitimas o que querem: roubos,
abusos, etc. E o pior: ELA NÃO SE LEMBRARÁ DE NADA!!
Em doses maiores essa droga pode fazer a
vítima entrar em coma e até levar à morte.
Pode ser utilizada em doces, papéis, num
livro,... ou ainda em um pano, que uma vez aberto, deixa escapar a droga
em forma de gás.... Cuidado com
pessoas que vem falar conosco como se nos conhecessem...especialmente
nos pontos de ônibus... E não deixem estranhos entrarem em casa!!
Reenvie este alerta para todos os seus
contactos. Não custa se prevenir, maldade existe em todos os lugares e
cada dia que se passa os bandidos estão inventando algo diferente..
Vamos ficar alertas então.
__________________________________________________________________________
FIQUE
LIGADO - AVISE SEUS FAMILIARES
O Ricardo Boechat deu hoje uma notícia sinistra na tv.
A notícia era sobre uma mulher que
comprou uma garrafa de água em um sinal de trânsito, na Zona Oeste do
Rio. Logo após beber a água a mulher começou a sentir-se mal e só lembra
de ter acordado em uma lanchonete do Bob's, sem o carro, obviamente.
Uma pessoa vende a água e uma moto segue
o comprador para "socorrer" a
vítima e levar o carro.
A água foi analisada e constataram que
continha um anestésico de uso veterinário. É mole?
ATENÇÃO, não compre nada de
vendedores (bandidos) em sinais e engarrafamentos!
É UMA NOVA MODALIDADE DE ROUBO - MUITO
CUIDADO!!!
Pode chegar logo em outros estados...
vamos repassar, somos mais rápidos
que eles, na internet...
A NOSSA CULTURA DE DROGAS
As drogas têm feito parte da nossa
cultura desde a metade do século passado. Popularizadas nos anos
60 pela música e pelos meios de comunicação de massa, elas
invadiram todos os aspectos da sociedade.
Estima–se que 208 milhões de
pessoas internacionalmente consomem drogas ilegais. Conforme
resultados da Sondagem Nacional de 2007 sobre o Consumo de
Drogas e Saúde mostrou que 19.9 milhões (ou 8% da população com
idades de 12 anos ou mais velha) usaram drogas ilegais no mês
anterior à sondagem.
Você provavelmente conhece alguém
que tenha sido afetado pelas drogas, direta ou indiretamente.
A droga mais comum e
freqüentemente consumida e abusada é o álcool. Os acidentes de
automóvel, onde motoristas que ingerem álcool, tornou-se a
segunda causa de morte dos adolescentes.
A droga ilegal mais usada é a
maconha. De acordo com as Nações Unidas, no Relatório sobre
Droga no Mundo, de 2008, cerca de 3,9% da população mundial
entre 15 e 64 anos abusam da maconha.
Os jovens hoje estão expostos mais
cedo do que nunca às drogas. Baseado numa sondagem pelo
Centers for Disease Control em 2007, 45% dos estudantes em
todo o mundo beberam álcool e 19,7% fumaram maconha durante o
período de um mês.
Na Europa, o uso da cocaína entre
os jovens tem aumentado na Dinamarca, Itália, Espanha, Reino
Unido, Noruega e França.
"Meu objetivo na vida não era viver... era ficar alucinado. No
decorrer dos anos entreguei–me à cocaína, à maconha e ao álcool
na falsa convicção de que isso me ajudaria a escapar dos
problemas. Isso só piorou as coisas. Acabo sempre a repetir para
mim mesmo: ‘Vou parar permanentemente após esta última vez. Isso
nunca aconteceu.”
— John
“Acabei por me tornar um ser humano sem abrigo, a viver nas
ruas e a dormir numa caixa de papelão, a mendigar e a lutar para
encontrar meios de conseguir a minha próxima refeição.” — Ben
PORQUE É QUE AS PESSOAS CONSOMEM DROGAS...
As pessoas consomem drogas porque querem mudar algo em sua
vida.
Eles
pensam que as drogas são uma solução, porém as drogas tornam-se
“o problema”.
Por
muito difícil que seja enfrentar os problemas, as conseqüências
do consumo de droga são sempre piores do que o problema que
alguém está tentando resolver com elas. A verdadeira resposta é
conhecer os fatos reais e não consumir drogas em primeiro lugar.
Crédito
fotográfico: Alamy.
Como é que as Drogas funcionam?
As
drogas são essencialmente venenos. A quantidade consumida
determina o efeito.
Uma
quantidade pequena é um estimulante (acelera–o). Uma quantidade
maior age como sedativo (abranda–o). Uma quantidade ainda maior
age como veneno e pode matar uma pessoa.
Isto é
verdade para qualquer droga. Apenas varia a quantidade
necessária para alcançar o efeito desejado.
Mas
muitas drogas têm outra dependência: elas afetam diretamente a
mente. Elas podem distorcer a percepção do consumidor do que
está acontecendo ao seu redor. Como resultado, as ações da
pessoa podem ser ímpares, irracionais, impróprias e mesmo
destrutivas. As drogas bloqueiam todas as sensações, e confundem
as desejadas com as indesejáveis. Assim, enquanto são ajuda em
curto prazo na resolução da dor, destrói a capacidade, o nível
de alerta e perturbam o raciocínio de uma pessoa.
As Drogas afetam a Mente
Normalmente, quando uma pessoa recorda algo, a mente é muito
rápida e a informação vem–lhe rapidamente. Mas as drogas borram
a memória, ao causar pontos em branco. Uma pessoa não consegue
obter informações nessa confusão nebulosa.
As
drogas fazem a pessoa sentir–se lenta ou estúpida e causam–lhe
fracassos na vida. E quanto mais falhas ele tem e a vida se
torna mais dura, ele quer mais drogas para ajudá-lo a lidar com
os problemas.
As drogas destroem a Criatividade.
Uma
mentira sobre as drogas é que elas ajudam uma pessoa a se tornar
mais criativa. A verdade é completamente diferente.
Alguém
que está triste poderia usar drogas a obter um sentimento de
felicidade, mas não funciona. As drogas podem levantar uma
pessoa a um engodo do tipo de contentamento, mas quando a droga
se dissipa, ela cai mais profundamente que antes. E a cada
momento, o mergulho emocional é mais baixo e mais baixo.
No
final, as drogas vão destroçar completamente a sua criatividade.
“Durante o tempo todo que estava drogado pensava que tinha
controlo sobre a minha vida e que estava bem. Porém destruí tudo
o que construí na minha vida. Cortei os laços com todos os meus
amigos livres de drogas e com a minha família, portanto, não
tinha amigos, mas colegas de drogas. Todos os dias eu pensava
numa coisa: o meu plano para conseguir o dinheiro que precisava
para as drogas. Faria qualquer coisa possível para conseguir a
minha anfetamina – era a única coisa na minha vida.”– Pat
“Sentia que era mais divertida quando estava bêbada. Logo depois
de começar a beber, fui introduzida à maconha. Mais tarde,
quando estava a fumar maconha na casa de um amigo, alguém puxou
um saco de cocaína. “Cheirar” cocaína tornou–se rapidamente um
hábito diário. Roubava diariamente dinheiro do negócio dos meus
pais e dos meus avôs para sustentar os meus hábitos de álcool,
cocaína, maconha e LSD. Daí apresentaram–me OxyContin e comecei
a consumi–lo regularmente. Aí entendi que estava dependente, ao
consumir OxyContin diariamente. Precisava de algo mais forte e
apresentaram–me a heroína. Nada me pararia de ficar “alta”. O
meu vício estava a aumentar. E sempre que eu tentava livrar–me
dele, a ânsia física impelia–me para mais.”
– Edith
Não deixe de acompanhar
A VERDADE SOBRE AS DROGAS, através do Jornal Impakto Penitenciário, o
qual semanalmente abordará matérias especiais sobre esse tema.
Próxima semana: A VERDADE SOBRE O “CRACK” - Uma Droga Avassaladora.
Sérgio
Bogler
Presidente
Institute Drug Free for Brazil
www.drugfreeworld.org
Como funciona o tráfico de drogas
Nas
fraldas do bebê, várias pedras de crack. Bonecas de porcelana cheias de
papelotes de cocaína. Com o estudante de medicina, cinqüenta comprimidos
de êxtase. Imagens de Nossa Senhora Aparecida recheadas de cocaína.
Drogas num fundo falso de uma falsa bíblia. Vestido de padre, um jovem
arriscou embarcar num avião com quatro quilos de cocaína sob a batina.
Num caminhão, brinquedinhos de papai-noel para crianças pobres com
cocaína dentro. Noutro, 300 quilos de maconha escondidos sob um
carregamento de arroz.
Tem sido assim em todo o Brasil. No atacado ou
no varejo, os traficantes tentam levar suas “mercadorias” aos
consumidores. E “fregueses” não faltam. Eram mais de 200 milhões
de usuários de drogas no mundo em 2006, segundo o Relatório
Mundial de Drogas do Escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Crimes
(UNODC, na sigla em inglês). Isso representa cerca de 5% da população
entre 15 e 64 anos. As substâncias mais usadas são maconha, haxixe,
cocaína, heroína e drogas sintéticas.
De acordo com o relatório do UNODC,
foram produzidas no mundo 45 mil toneladas de maconha em 82 países.
As Nações Unidas (ONU) registraram o tráfico dessa droga em pelo menos
146 países, ou seja, em praticamente todos os países do mundo. O que
resulta num mercado que movimenta anualmente cerca de 800
bilhões de dólares no planeta.
No Brasil, o consumo de cocaína e maconha
aumentou em 2006. Também cresceu o tráfico de cocaína, especialmente na
região Sudeste. Entre os países da América do Sul (com 6,7 milhões de
usuários de maconha) foi no Brasil, segundo o relatório, que ocorreu o
maior aumento do consumo da droga, a maior parte vinda do Paraguai,
porque a produção brasileira de maconha não é suficiente para suprir a
demanda.
O consumo da cocaína também aumentou na
América do Sul em 2006, subindo de dois milhões de consumidores para
2,25 milhões. De acordo com a Organização das Nações Unidas, o uso da
droga no Brasil foi o principal fator para a elevação da taxa de
usuários no continente. Foram nas regiões Sudeste e Sul do país que o
consumo cresceu mais. Ser usado como “rota”, uma
espécie de corredor por onde passa a cocaína que vem da Colômbia (60%),
Bolívia (30%) e Peru (10%) com destino à Europa, contribui para o
aumento do uso da cocaína no Brasil. A droga vem em grande quantidade e
parte dela fica em solo brasileiro. Vendida para grandes traficantes,
ela é distribuída aos pequenos que a fazem chegar aos consumidores.
O relatório mostra que a heroína tem no mundo
11 milhões de usuários, dos quais, 600 mil são brasileiros. Prova de que
as drogas hoje são um negócio globalizado.Fonte: pessoas.hsw.uol.com.br