“Mulas” são presas com cocaína na BR-262

Durante fiscalização de rotina realizada no KM 605 da BR-262, próximo ao município de Miranda, policiais rodoviários federais (PRF) abordaram um ônibus de linha que faz o itinerário Corumbá - Campo Grande e acabou descobrindo o tráfico de 5,5 quilos de cocaína.

A descoberta aconteceu durante o período de revista aos passageiros e entre eles, estavam duas mulheres sendo uma de 21 e a outra de 22 anos, que transportavam os pacotes com a droga amarrados na cintura.

O fato aconteceu na manhã desta terá-feria (19), ocasião em que as duas receberam voz de prisão em flagrante.

Interrogadas, as mesmas disseram aos policiais que haviam sido contratadas para levar a droga até Belém do Pará e pelo papel de “mula” receberiam a importância de R$ 5 mil, livre de todas as despesas.

Presas, ambas foram levadas para a Delegacia de Polícia Civil, em Miranda, onde foi feito o flagrante e elas recolhidas em uma cela onde agora estão à disposição da Justiça.

Fonte: Gilson Giordano - Capital News (www.capitalnews.com.br)


Bandidos se autodenunciam após deixarem planta de maconha exposta do lado de fora de janela de carro

Bandidos estavam levando dois vasos com maconha em carro, e foram presos por deixarem planta exibida do lado de fora veículo.

A polícia de Clearwater, na Flórida, Estados Unidos, conseguiu capturar dois criminosos atrapalhados de forma bastante simples. A dupla acabou deixando uma parte de uma planta suspeita saindo pela janela traseira de um caro, evidenciando o crime para as autoridades.

A planta se tratava de um pé de maconha. O motorista, Allen Thomas, de 19 anos, juntamente com o amigo Justin Goodloe, de 20 anos de idade, estavam levando dois vasos com a planta, e acabaram presos em flagrante. 

Eles disseram que haviam roubado os pés de maconha em uma casa. De acordo com informações, o dono da planta tinha uma dívida com eles.

Fonte: http://www.techmestre.com


Nas mãos do STF

O que o Supremo pode fazer para mudar a Lei de Drogas?

O Brasil terá em breve a oportunidade se de se juntar ao grupo de nações que colocaram em xeque as políticas proibicionistas, notoriamente fracassadas em seu objetivo de reduzir o consumo de drogas e a violência associada ao tráfico. A decisão está nas mãos do STF (Supremo Tribunal Federal), responsável por julgar, nos próximos meses, a constitucionalidade da Lei de Drogas de 2006.

Debate promovido pela Conectas em São Paulo reunirá especialistas do direito e da medicina para falar sobre os detalhes que devem envolver e influenciar o voto dos ministros nessa matéria.

A conversa será mediada pelo apresentador Cazé Peçanha e contará com a presença de Luís Fernando Tófoli, doutor em Psiquiatria e professor da Unicamp, e de José Henrique Torres, Juiz de Direito, professor de direito penal da PUC-Campinas e ex-presidente da AJD (Associação Juízes para a Democracia).

O evento “Por que a lei de drogas precisa mudar”, terceiro da série “Diálogos Conectas Cultura”, acontece no dia 4/8,  às 19h, no Teatro Eva Hertz da Livraria Cultura (Avenida Paulista, 2073). A entrada é gratuita e não é necessário fazer inscrição.

‘Guerra às drogas’

Conectas vem expressando, em diversas ocasiões, os problemas associados à Lei de Drogas, sobretudo o encarceramento em massa de jovens negros da periferia. Como sustenta em amicus curiae apresentado em conjunto com Pastoral CarceráriaITTC e Sou da Paz, a norma deixa nas mãos da polícia a tarefa de diferenciar usuário e traficante, o que amplia a desigualdade no tratamento entre brancos e negros, ricos e pobres.

Além do debate no Judiciário, Conectas tem questionado as tentativas de retrocesso no âmbito do Legislativo, como é o caso PLC 37, de autoria do deputado Osmar Terra (PMDB-RS), que propõe aumento das penas relacionadas ao consumo de drogas.

Em março, 17 organizações de direitos humanos da América Latina denunciaram esse endurecimento nas políticas de drogas da região à CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA). A audiência inédita tinha, como pano de fundo, a assinatura em 2013 da Declaração de Antígua, em que os países membros da OEA se comprometeram a colocar em prática uma política integral de enfrentamento do problema, com foco na redução da violência e garantia dos direitos humanos.

Fonte: Conectas


Usuário rejeita 'cercadinho' montado
na região da cracolândia

Os usuários de drogas da cracolândia, na região central da cidade, retiraram na tarde de ontem o "cercadinho" que a prefeitura instalou na esquina da al. Cleveland com a rua Helvetia.

Leia a matéria da Folha de São Paulo


Para esvaziar prisões, penas de usuários
de drogas serão reduzidas

TNOnline
FolhaPress

Por Raul Juste Lores


WASHINGTON, EUA, 12 de agosto (Folhapress) - Usuários de drogas detidos pela polícia americana que não estejam envolvidos com atos violentos ou quadrilhas não terão mais uma pena obrigatória mínima de prisão.
O secretário da Justiça dos EUA, Eric Holder, anunciou hoje que determinará aos promotores federais que reduzam penas e evitem o encarceramento de usuários presos pelo porte de pequenas quantidades de droga. Sugeriu serviços comunitários e programas de reabilitação em vez de cadeia.
  "Não podemos mais tratar pequenos usuários como reis do tráfico. É contraproducente", discursou Holder ontem, em encontro anual da American Bar Association, (a OAB americana), em São Francisco, Califórnia.
Ele disse que a prisão de milhares de usuários afeta diretamente os bairros mais pobres das grandes cidades americanas e dificulta, em vez de de ajudar, a sua reabilitação.
"Usuários com pequenas violações da lei acabam pagando um preço alto demais ao serem colocados no nosso sistema prisional", disse. Citou diversos números: enquanto a população americana cresceu um terço desde 1980, a população encarcerada aumentou 800% desde então. O sistema prisional federal americano trabalha 40% acima de sua capacidade, com algumas prisões superlotadas.
Mais de 40% dos presidiários americanos têm pena relacionada ao uso de drogas.
Os EUA têm 5% da população mundial, mas 25% do total de gente atrás das grades em todo o mundo.
"O presidente Obama e eu discutimos muito e chegamos à conclusão o fim da penas obrigatórias mínimas será positivo especialmente entre nossas minorias, que acabam tendo penas maiores pelos mesmos crimes cometidos por brancos", disse Holder, que é negro.
Ele também disse que vai ampliar um programa federal para conceder "liberdade solidária" a presos mais idosos que já cumpriram parte de suas sentenças e que não tenham cometido atos violentos.
Boa parte da legislação de tolerância zero às drogas, que causou a superpopulação carcerária americana, foi aprovada nos anos 80 e início dos anos 90, no auge da epidemia de crack no país.
Mas a criminalidade americana despencou em quase todas as cidades e Estados do país (ano passado teve o menor número de homicídios em 22 anos) e vários Estados, inclusive os conservadores do sul do país, começaram a rever suas políticas.
Um memorando da Departamento da Justiça foi encaminhado hoje a todas as Procuradorias americanas, recomendando que os promotores não escrevam a quantidade específica das drogas quando estiverem formulando as acusações dos réus que cumpram os seguintes critérios: eles não cometeram ato violento, uso de drogas ou venda a menores, não lideram uma organização criminal ou fazem parte de cartel, e não têm antecedentes criminais.
A mudança, considerada a maior na "guerra às drogas" no front doméstico em décadas, não passou pelo Congresso, onde a Câmara é dominada pela oposição republicana e dificilmente passaria. Holder determinou a promotores federais a não usar a determinação anterior na acusação e o presidente Obama deve assinar uma ordem executiva, o equivalente americano às medidas provisórias.

O governo foi cuidadoso no anúncio da nova política. Obama está em sua semana anual de férias de verão, quando boa parte do país também está descansando, sem acompanhar tanto o noticiário; e o anúncio foi feito na mais liberal Califórnia. Obama e Holder já tinham indicado antes que não mandariam a polícia federal intervir em Estados que aprovaram por plebiscito o uso recreativo da maconha, como Colorado e Washington.  

Fonte: http://www.tnonline.com.br


Legalização da maconha: a questão do racismo

O oportunismo estratégico dos defensores da legalização é uma força positiva conta a injustiça

Um novo relatório da ACLU entitulado “A Guerra Contra a Maconha em Preto e Branco” expõe as desigualdades ultrajantes na aplicação das leis americanas que criminalizam a posse de maconha. Os dois gráficos abaixo demonstram a situação.

A ACLU não chega ao ponto de exigir igualdade racial para as prisões por posse de maconha. A associação verifica o “chocante viés racial” e o fato de que bilhões de dólares são desperdiçados para reduzir o uso de maconha, e conclui que a guerra contra a maconha fracassou.

Setecentas e cinquenta mil pessoas são presas nos EUA por posse todo ano, e o fato de que negros são presos quatro vezes mais que brancos embora consumam em média a mesma quantidade poderia ser encarado como uma maneira sutil de suprimir o voto negro, uma vez que 48 estados americanos limitam os direitos eleitorais de criminosos condenados. Este é um bom argumento para os defensores da legalização, e pode até mesmo ser capaz de transpor as objeções morais dos proibicionistas.

A mudança estratégica do movimento pró-legalização na direção do racismo do sistema de justiça criminal dos EUA é enternecedora. O racismo institucionalizado é a maior perversão dos Estados Unidos e permanece entranhado na vida cotidiana americana, mas sua presença tornou-se imperceptível para a maioria das pessoas. Se a perspectiva de um dia poder fumar um baseado impunemente é o que é necessário para fazer com que universitários se choquem com o fato de que a guerra contra as drogas acabou se tornando a segunda encarnação das leis segregacionistas, então que seja. Pessoas doentes não se importam com as razões que fizeram as pessoas quererem ajudá-las a legalizar a maconha medicinal. Aqueles que foram presos injustamente não se importarão com as razões por trás de sua libertação.

Fonte: http://opiniaoenoticia.com.br


Epidemia de drogas e correlação‏

Nesta semana o assunto voltou às timelines: o psiquiatra-ativista Ronaldo Laranjeira, da UNIFESP, fez uma polêmica participação no Roda-Viva dessa segunda-feira.  

O jornalista Denis Russo, da Superinteressante, contou num artigo uma das cenas que aconteceram fora do ar. Aqui: http://super.abril.com.br/blogs/mundo-novo/2013/05/21/a-droga-de-cada-um/ 

Não deve ser coincidência que FHC, Ricardo Lagos, Paul Volcker, Geoge Schultz, César Gaviria, Ernesto Zedillo e Louise Arbour assinaram hoje, na Folha, artigo sobre relatório da OEA que descarta, para o futuro, o cenário de proibição e guerra às drogas.
Aqui:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/110106-uma-nova-voz-no-debate-sobre-as-drogas.shtml

Nesse tipo de discussão, muitos têm argumentos científicos e estatísticos sobre o poder de destruição/vício de certa substância e os males de que padecem seus usuários e ex-usuários. 

O NYT revisitou, nesta semana, um grande tema midiático dos anos 80: os bebês do crack dos Estados Unidos. Lá, os filhos de mães viciadas nasciam com diversos transtornos e augurava-se um futuro nada brilhantes para os bebês. E não é que as previsões estavam todas erradas, que as medições (enviesadas) não bateram com a realidade? Aqui: http://www.nytimes.com/2013/05/20/booming/revisiting-the-crack-

 
Guilherme Alpendre
Diretor-executivo

Médico que coordena programa do governo
 de SP de combate ao crack consegue escapar
de arapuca armada pela TV Cultura

Entrevistado era difamado, em tempo real, por membro da bancada
do Roda Viva. Um espetáculo grotesco de patrulha e grosseria!

O Roda Viva, da TV Cultura, entrevistou na segunda-feira o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, uma das maiores autoridades brasileiras em dependência química. Ele coordena o programa “Recomeço”, implementado pelo governo de São Paulo, para atender especialmente os dependentes de crack. Entrevista? Não! O que a TV Cultura, TV pública de São Paulo alimentada por dinheiro também público, tentou armar foi um linchamento em forma de entrevista. Laranjeira só não foi esmagado pelos entrevistadores — todos eles, com a exceção de uma, claramente favoráveis à descriminação das drogas — porque é preparado, conhece o assunto e soube combater o achismo e a irracionalidade com informação.

A coisa alcançou tal nível de delinquência intelectual que, atenção!, o rapaz escalado para acompanhar a repercussão da entrevista do Twitter, alimentando o programa com informações, passou ele próprio a atacar o entrevistado em tempo real. Enquanto Laranjeira falava, ele o desqualificava em seu perfil. Escrevo de novo: uma pessoa que estava na bancada do Roda Viva, em tempo real, atacava o entrevistado. ATENÇÃO, CONVIDADOS DO RODA VIVA! HÁ O RISCO DE VOCÊS SEREM DIFAMADOS NAS REDES SOCIAIS PELO PRÓPRIO PROGRAMA! A menos, claro!, que vocês digam o que que querem que vocês digam! No geral, se as opiniões estiverem identificadas com o politicamente correto, com o petismo e com as esquerdas, tudo bem! Caso contrário, é porrada na certa! Abaixo, segue o vídeo no Youtube. Volto em seguida.

 

Foram escalados para entrevistar Laranjeira:

– Ilona Szabo de Carvalho – ela é diretora de um tal Instituto Igarapé, que responde por uma certa Rede Pense Livre, organização que defende a descriminação da drogas. A Pense Livre foi uma das organizadoras daquele seminário em Brasília que defendeu a legalização de todas as drogas. Foi financiado com dinheiro público e só convidou as pessoas que têm esse ponto de vista.

– Laura Capriglione – jornalista da Folha de S.Paulo, é a minha musa na imprensa. Parou de cobrir enchentes na gestão Fernando Haddad. Aposentou as galochas. É contra a internação involuntária de viciados e favorável à descriminação das drogas.

– Bruno Paes Manso – jornalista do Estadão, é uma espécie de Laura Capriglione com ambições quase acadêmicas. Também defende a descriminação.

– Denis Burgierman – jornalista, é diretor de redação da revista Superinteressante. Mas não estava lá por isso. É um fanático da descriminação das drogas, escreveu livro a respeito e também é ligado à Rede Pense Livre.

– Mara Menezes – Presidente do Conselho da Federação Amor Exigente. Foi a única que não usou o entrevistado como mero pretexto para defender a descriminação das drogas.

Assim se fez a imparcialidade de entrevistadores do Roda Viva. Quatro pessoas estavam lá para tentar provar que o entrevistado está errado e tartamudear seus delírios sobre a liberação das drogas, e apenas uma, visivelmente intimidada pela tropa de choque, não exibia o espírito do confronto.

Laranjeira, reitero, se saiu bem porque é uma pessoa preparada, que não se deixa intimidar. Ocorre que um especialista não tem obrigação nenhuma de saber lidar com situações como essa. O que se tinha ali — comprovado pelo episódio do Twitter (já chego lá) — era uma arapuca, não uma “roda viva”.

Estômago
Se você não assistiu ao programa, recomendo que coloque o estômago de lado. Não me lembro de bancada tão abertamente hostil a um entrevistado! Acho que nem aquela que se encarregou de Cabo Anselmo! Dos cinco participantes, quatro se opunham a praticamente tudo o que o convidado exibia como contribuição — INCLUSIVE PROFISSIONAL — ao debate.

Ilona, vejam o vídeo, arrogante, partiu para o ataque desde o início, tentando transformar em debate entre iguais a entrevista de um especialista. Não queria perguntar, mas contestar. Transcrevi trechos de sua fala (fica para outros posts). É daquelas pessoas cuja prosa se perde nos fumos sintáticos dos anacolutos (vou demonstrar). Com frequência, sua voz tentou se sobrepor à de Laranjeira, muitas vezes num tom de censura benevolente. No ápice de seu entusiasmo, recorreu a um argumento que chega ao escárnio: o de que os dependentes não procuram tratamento porque têm medo de ser criminalizados!!!

Manso — autor de uma tese exótica de doutorado na FFLCH sobre o crescimento e queda do índice de homicídios em SP — defendeu que a liberação do plantio de maconha “para uso próprio” seria uma excelente medida… Burgierman chegou a perguntar, com agressividade incompatível com o seu papel, se o fato de Laranjeira dirigir um instituto privado de estudo das drogas e combate à dependência não constituía conflito de interesses com a coordenação do programa público. Não se limitou a defender a descriminação do uso de drogas. Ele também quer livrar a cara do que chama “pequeno traficante”. Não tenho a menor noção do que ele quer dizer com isso. Laura nem precisou se esforçar. Manteve, sempre que flagrada, um olhar de reprovação à postura “radical” do entrevistado…

Laranjeira começou muito tenso (como não estaria?), mas conseguiu se impor na maioria dos confrontos. Foi eficiente em demonstrar que é necessário reduzir ao máximo a exposição dos jovens às drogas. Faltou ressaltar, creio, que, no Brasil, isso se torna ainda mais necessário à medida que não existe rede de tratamento capaz de acolher de modo adequado os que se tornam dependentes. Outro ponto forte foi sua negativa categórica em considerar a famigerada política de redução de danos uma alternativa aceitável como proposta terapêutica.

Em países organizados (e pequenos!), como Suíça, Holanda e Portugal (fetiche da turminha!), as autoridades puderam, digamos, se dar ao luxo de uma experiência de liberação (sempre parcial!), num contexto em que há um sistema de saúde onipresente e disponível. A redução de danos foi tentada num ambiente de variáveis muito mais controladas do que temos, ou podemos ter, em Banânia, com 8,5 milhões de quilômetros quadrados, 200 milhões de habitantes, uma pobreza fabulosa e fronteira com quatro grandes produtores de drogas. E há um claro recuo nessas políticas de redução de danos.

Um momento lindo

“Doutor, só para eu entender o que o senhor está falando porque existem formas e formas e formas de se consumir drogas, né? Quer dizer, você pode consumir a droga de maneira recreativa, você pode consumir a droga esporadicamente, você pode… Assim como tem as pessoas que bebem e são dependentes do álcool e tem as pessoas que bebem por… Num fim de semana.”

A fala é Laura Capriglione, que fica agora obrigada a nos apresentar consumidores recreativos de crack, certo?

E isso é pouco

Mas isso é pouco. Se uma bancada com essa composição ainda não lhes pareceu algo heterodoxo, então falemos de um certo Bruno Torturra, um simpatizante declarado do movimento petista “Existe Amor em SP”. Sim, ele estava na bancada do Roda Viva. Fazendo o quê? Deixemos que ele mesmo explique com dois tuítes.

Estava “pilotando da bancada o Twitter” e “ajudando a recolher perguntas”. Já na segunda postagem, ele chama Laranjeira de “proibicionista”. A palavra é um jargão empregado por defensores da liberação das drogas, especialmente da turma ligada à Marcha da Maconha.

Estou pouco me lixando se o tal, de quem nunca ouvi falar, é ou não maconheiro. Não pode sê-lo ou se comportar como tal na bancada do Roda Viva. Este sujeito, que estava lá para “recolher perguntas”, ficou publicando tuítes contra Laranjeira no curso da entrevista.

Isso significa que a TV Cultura, que pertence à Fundação Padre Anchieta, alimentada com dinheiro público, chama um entrevistado, e alguém, a serviço da emissora, fica difamando o convidado ao vivo, enquanto ele está no ar. A bancada, formada para massacrar Laranjeira (em outros posts, darei destaque a estultices espantosas), não pareceu o suficiente. Era preciso ter um rapaz que cuidava do Twitter com esta isenção (isso tudo foi postado enquanto Laranjeira falava). Volto para encerrar.

Encerro
Não! Eu não acho que a TV Cultura ou o Roda Viva devam incensar o governo do estado e suas escolhas administrativas ou políticas, a exemplo do que faz a Lula News. Poderiam se comportar, por exemplo, com isenção! O que lhes parece? Laranjeira conseguiu escapar do linchamento. A questão é saber se uma emissora, pública ou privada, tem o direito de fazer aquilo. Um momento vergonhoso da TV Cultura e do jornalismo. Eis um tipo de imprensa que não precisa de “controle social” porque já está… controlado.

Por Reinaldo Azevedo

Fonte: http://veja.abril.com.br


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Brasil invade fronteiras de países vizinhos
na guerra contra a cocaína

Brasil vem expandindo sua guerra contra as drogas, adotando
uma política de invasão semelhante a dos EUA

O Brasil se tornou o segundo maior mercado de cocaína, perdendo apenas para os Estados Unidos. Tal fato deu início a uma agressiva política de invasão de fronteiras, semelhante a adotada pelos EUA, na guerra contra o tráfico, informa o Wall Street Journal nesta segunda-feira, 3.

A tática adotada é uma surpresa, já que no passado o Brasil era um dos principais críticos da política antidrogas norte-americana, alegando que o método trazia mais prejuízos do que benefícios. Além disso, nos últimos anos a América Latina parecia estar se distanciando do modelo norte-americano de combate às drogas. Durante a última reunião da Cúpula das Américas, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, declarou a falência da política antidrogas dos EUA e chamou atenção para outras alternativas, como a descriminalização.

Contra a corrente

Contudo, o caso do Brasil mostra exatamente o oposto. Diante do avanço do tráfico de cocaína em países emergentes, a presidente Dilma Rousseff está enviando 10 mil soldados para zonas de tráfico. O país também comprou 14 aviões-robô israelenses para procurar rotas utilizadas por traficantes. Por sua vez, a Polícia Federal está contratando 30% mais agentes e comprando mais armamentos para combater a expansão do tráfico.

O desafio do Brasil é conter o tráfico de drogas em uma vasta e pouco povoada fronteira. O país faz fronteira com os três maiores produtores de cocaína do mundo: Colômbia, Peru e Bolívia. Além disso, o país também faz divisa com o Paraguai, conhecida rota de distribuição de drogas.

O Brasil é signatário de um contrato de cooperação entre os países vizinhos que proíbe que agentes policiais cruzem as fronteiras armados. Além de violar as cláusulas do contrato, a postura adotada pelo país pode causar futuros incidentes diplomáticos.

A Polícia Federal nega que seus agentes estejam invadindo fronteiras, mas alguns agentes revelaram que por vezes ultrapassam as divisas, dando uma amostra da política de invasão em locais distantes, onde as divisas não são claramente demarcadas.

A política de invasão de fronteiras brasileira ainda está distante de se igualar à norte-americana, que nos últimos anos gastou bilhões de dólares em  invasões no Equador, Bolívia e Colômbia e apoia o abate de aviões suspeitos. Porém, isto não diminui a preocupação dos críticos, que temem que a expansão desta tática cause danos diplomáticos na região.

Entre os críticos da política de invasão está o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, proeminente defensor da descriminalização das drogas. “Esta política não surtirá efeito, pois os traficantes podem mudar os laboratórios de lugar”, disse Cardoso.


Programas de prevenção às drogas nas escolas municipais já são realidade em Curitiba
 

O consumo de drogas atualmente é um problema mundial. Seus efeitos podem ser detectados indiretamente no crescimento dos índices de violência, acidentes, mortes prematuras, internações hospitalares, entre outras.

Preocupado com essa situação, o Professor Galdino (PSDB) questionou a Secretaria Municipal de Educação (SME) sobre os programas desenvolvidos nessa área dentro das escolas municipais. A intenção do parlamentar é investir na prevenção, para que os futuros adultos não se direcionem ao mundo das drogas, sendo a educação primordial nesse objetivo.

Em resposta encaminhada ao seu gabinete, a SME informou que desde 2003 são trabalhados projetos de formação continuada e capacitação de profissionais envolvendo as escolas que estão inseridas no projeto SPE - Saúde e Prevenção nas Escolas e no PSE - Programa Saúde na Escola - promovidos pelos Ministérios da Educação e da Saúde. Além disso, todos os anos durante a Semana de Estudos Pedagógios da SME é contemplada a temática “Uso indevido de drogas na escola”, com a contratação de docentes especialistas para ministrar palestra direcionada a todos os profissionais da educação da Rede Municipal de Ensino.

“Nossos jovens precisam de orientação dentro de casa e dentro da escola sobre como lidar com o problema das drogas. A prevenção ainda é o melhor remédio para livrar nossos jovens desse mal”, comenta o Professor.

Conheça os programas

PAPO LEGAL COM A GALERINHA - da Secretaria Antidrogas Municipal, que leva informações de prevenção às drogas e à violência aos estudantes de 5º a 8º série ou 6º ao 9º ano na Rede Municipal de Ensino de Curitiba. Nesse projeto são ofertadas palestras educativas e há distribuição de materiais informativos, como por exemplo, cartilhas e folders sobre a prevenção às drogas e seus malefícios à vida dos estudantes.

PROTAGONISMO JUVENIL - projeto do Governo Federal desenvolvido em parceria com as Secretarias de Saúde e Educação. Prevê a atuação de adolescentes e jovens, através de uma participação construtiva, envolvendo-se com as questões da própria adolescência/juventude, assim como, com as questões sociais do mundo e da comunidade. Pensando global (planeta) e atuando localmente (em casa, na escola, na comunidade), o adolescente pode contribuir para assegurar os seus direitos para a resolução de problemas da sua comunidade, da sua escola e da sua vida.

GUARDA MUNICIPAL MIRIM - desenvolvido numa parceria entre a Secretaria Municipal de Educação e Secretaria Municipal de Defesa Social, tem por objetivo desenvolver valores éticos, morais e cívicos aos estudantes, com a participação e apoio da família, escola e comunidade local. As atividades realizadas no projeto são desenvolvidas por meio de situações práticas e teóricas que envolvem noções de civismo e cidadania, primeiros socorros, trânsito e meio ambiente.

PROERD - Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência. Consiste em uma ação conjunta entre Policial Militar devidamente capacitado, professores, especialistas, estudantes, pais e comunidade, com o objetivo de prevenir e reduzir o uso indevido de drogas e a prática de violência, bem como ajudar os estudantes a reconhecerem e a resistirem às pressões e às influências diárias para o uso de drogas e a prática de violência.

Assessoria de Imprensa Prof. Galdino


Estado vizinho: “Consumo de drogas virou caso de saúde pública dentro da PM”, diz presidente de Associação

E acrescenta: “o Comando não oferece ajuda e o Governo não tem
interesse de dizer que sua Polícia está drogada.”

A matéria que segue é do jornal cearense O Povo. É reveladora. Assustadora. Preocupante.

 Soldado chega ao estabelecimento acompanhado de três pessoas. Busca o local mais reservado, olha ao redor e tira papelotes do bolso. Chama o grupo discretamente enquanto espalha o pó. Todos inalam as fileiras certos de estarem sozinhos. Mas são flagrados. Armado, o PM ameaça os guardas do lugar. A pistola calibre 38 não tem registro. Ele vai preso. Era 2011. Em janeiro último, foi expulso da corporação. Uma das três demissões do ano por fomento a um mercado assassino e contra o qual deveriam lutar por serem agentes de segurança.

Em consulta feita aos boletins internos emitidos pelo Comando da Polícia Militar cearense de janeiro de 2011 a 19 de outubro deste ano, O POVO localizou 18 citações de militares acusados de tráfico de drogas e/ou uso pessoal de entorpecentes. Foram inspecionados 449 documentos.

Em 2012, cinco casos foram julgados (três por uso pessoal e dois por tráfico) e resultaram em uma prisão e três expulsões (duas por uso pessoal e uma por tráfico). Uma punição ainda será definida. Em 2011, foram 13 processos (cinco por uso pessoal e oito por tráfico) que culminaram em uma prisão, três julgados incapazes de permanecer na PM, duas absolvições, seis expulsões e uma punição não divulgada.

O POVO solicitou o mesmo estudo à Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário, mas foi informado de que a pasta não dispõe de um levantamento detalhado dos motivos pelos quais sofrem sanções os PMs cearenses condenados em processos administrativos.

Lideranças da categoria e estudiosos do tema denunciam ser bem maior o universo de militares dependentes químicos. “90% das LTS (Licença para Tratamento de Saúde) concedidas têm a ver com droga. Virou caso de saúde pública dentro da própria PM. É um problema para encarar de frente, mas o Comando não oferece ajuda e o Governo não tem interesse de dizer que sua Polícia está drogada. Desse jeito, a gente vai parar no caos”, projeta o presidente da Associação dos Praças da Polícia e Corpo de Bombeiros (Aspramece), Pedro Queiroz.

Procurada, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) não divulgou a quantidade de licenças cumpridas desde 2011. Levantamento da Aspramece indica, no entanto, terem sido 5.461 apenas de janeiro a setembro deste ano.

Conforme Queiroz, o vício da maioria é o crack pelo fato de a cocaína ser cara. “Tem companheiro que vai pra ‘boca’ e, enquanto o dinheiro não acaba e o traficante não o coloca na sarjeta, ele não sai. Já teve caso de policial que vendeu tudo e deixou a mulher só com a roupa do corpo. A tropa está doente e se acabando.”

“Encaminhamos vários colegas para clínicas. É um mal crônico, com caso de a esposa também virar dependente. São pessoas vencidas pela droga”, acrescenta o presidente da Associação de Cabos e Soldados, Flávio Sabino.

O comandante-geral da PM, coronel Werisleik Pontes Matias, admite a existência de militares em situação de dependência. Nega, entretanto, gravidade na situação. “90% de LTS por uso de droga é algo desconhecido nosso. Até porque vai contra tudo o que prega a Polícia. É incompatível com a função”, argumenta.

O coronel diz tomar medidas para a corporação “sair ilesa e o cidadão não ser prejudicado” com possíveis baixas no efetivo e, consequentemente, no policiamento de rua. De acordo com Werisleik, o gargalo identificado refere-se à dependência alcoólica - para a qual a PM dispõe de um Centro Psicossocial (que também acolhe pacientes adictos).

Estatísticas de atendimento não foram divulgadas. “Uma vez detectado, o PM é afastado imediatamente e encaminhado a esse centro. Independente disso, uma vez o PM se recuperando, ele vai responder administrativamente pelo fato de ter se envolvido com droga (seja por tráfico ou uso pessoal). Mas é uma situação sob controle.”

ENTENDA A NOTÍCIA

Por terem contato diário com o cotidiano das drogas, PMs estão mais expostos ao perigo delas. Condições de trabalho, familiares e do bairro onde moram também influenciam a possibilidade de se tornarem dependentes ou traficantes.

Serviço

Denúncias de desvio de conduta de policiais podem ser feitas à CGD pelo telefone 3101 5042

449

boletins emitidos pelo comando da PM em 2011 e 2012 foram consultados pelo O POVO

18
ocorrências citaram o envolvimento de PMs com tráfico ou uso de drogas nos dois anos

13%

da população mundial tem alguma dependência química, segundo a OMS

Multimídia

O envolvimento de policiais militares com drogas é o Tema do Dia na cobertura de hoje dos veículos do Grupo de Comunicação O POVO. Confira:

Para escutar: Na rádio O POVO/CBN (AM 1010), o tema será discutido no programa Grande Jornal, das 9 às 11 horas, e/ou no programa Revista O POVO/CBN, das 15 às 17 horas.

Para ver - A TV O POVO trará uma matéria sobre o tema no O POVO Notícias, às 18h30min. Assista a programação pelo canal 48 (UHF), 23 (Net) e 11 (TV Show). Veja o vídeo na página da TV O POVO no Youtube.www.youtube.com/user/tvopovo

Para ler e opinar: acompanhe a repercussão entre os internautas na página do O POVO Online no facebook (www.facebook.com/OPOVOOnline ) e no portal O POVO Online (www.opovo.com.br/fortaleza).

 Fonte: http://www.paraibaemqap.com.br


Propostas da população para combate às drogas viram projetos de lei

Os cidadãos também debateram a necessidade de trabalhar a intersetorialidade
nas políticas sobre drogas.

A participação popular ajudou na elaboração dos 11 projetos de lei da Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas. Os projetos foram apresentados no relatório da comissão, aprovado no último dia 7. Uma das ferramentas para discussão foi uma comunidade virtual criada no portal e-Democracia.

"Os parlamentares da comissão acompanharam os debates [da comunidade virtual], o que auxiliou as decisões", disse o presidente da comissão, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), que solicitou a criação da comunidade virtual. Os cidadãos também deram sua contribuição em audiências públicas na Câmara e em seminários regionais sobre soluções locais de combate às drogas.

Várias sugestões apresentadas pelos internautas foram acolhidas pelo relator da comissão, deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL). “A participação dos cidadãos foi fundamental para a discussão dos projetos e dos conceitos no relatório final.”

Como exemplo, o relator citou o debate sobre o fim da propaganda de bebidas com qualquer teor alcoólico, muito solicitado pelos internautas.

O relator também propôs a exigência de que os rótulos das bebidas alcoólicas alertem os consumidores sobre os malefícios do álcool. O aumento da Cofins de cigarro e bebidas alcoólicas para financiar políticas sobre drogas foi outra sugestão que virou projeto de lei.

Reinserção social
Os cidadãos também debateram a necessidade de trabalhar a intersetorialidade nas políticas sobre drogas. “A comissão acolheu essa sugestão e elaborou uma série de recomendações para o fortalecimento do sistema de políticas sobre drogas, como a criação de uma rede nacional."

O fortalecimento do Sistema Nacional de Assistência Social para acolher usuários de drogas e familiares foi uma contribuição fundamental dada pelos internautas, na opinião do relator.

Duas propostas sugeridas pelos participantes da comunidade virtual focam a reinserção social do dependente de drogas. A primeira fomenta a inclusão do usuário em recuperação no mercado de trabalho; e a segunda fortalece a continuidade de sua escolarização, com reserva de 10% das vagas de entidades de ensino profissionalizante.

Os internautas também solicitaram punições maiores para comercialização de drogas mais nocivas, como o crack e a cocaína. "Esse tema será tratado na próxima fase do trabalho, quando serão elaboradas medidas mais severas para punir os traficantes. Essa sugestão está compatível com a opinião dos especialistas e encontra amparo nas propostas dos relatórios estaduais", disse Carimbão.

Legalização da maconha
Segundo Carimbão, houve um intenso debate na comunidade virtual sobre as vantagens e desvantagens da liberação da venda e do uso da maconha. A matéria não entrou como proposta no relatório final, segundo o parlamentar, porque o trabalho da comissão estava direcionado às ações contra o crack. “Esse debate ficará para a próxima fase, quando serão tratadas as medidas legislativas no contexto do PL
7663/10 [que aumenta pena para o tráfico de drogas pesadas]”.

Reginaldo Lopes entregou o relatório para o presidente da Câmara, Marco Maia, no último dia 14. A prioridade, segundo Lopes, é criar a comissão especial que analisará o projeto que institui o Plano Nacional de Políticas sobre Drogas.

www.paraibaemqap.com.br


Brasil é o maior mercado de crack no mundo, aponta levantamento

A região Nordeste é considera a segunda região com o maior número
de consumidores da droga.

O Brasil é o maior mercado de crack do mundo e o segundo de cocaína, aponta o 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas. O estudo, divulgado pela Universidade Federal de São Paulo nesta quarta-feira (5), mostra que esta epidemia corresponde a 20% do consumo global da cocaína — índice que engloba a droga refinada e os seus subprodutos, como crack, óxi e merla.

Só no último ano, um em cada cem adultos fumou crack, o que representa um milhão de brasileiros acima dos 18 anos. Quando a pesquisa abrange o consumo das duas drogas, cocaína e crack, o número atinge 2,8 milhões de pessoas em todo o país. O número é considerado "alarmante" no período pelo coordenador do estudo, o psiquiatra Ronaldo Laranjeira.

"À medida que a OMS (Organização Mundial da Saúde) indica que o consumo de cocaína está diminuindo no mundo, a gente não consegue observar isto no Brasil. O consumo está aumentando no país", destacou Laranjeira. "Estamos muito lentos no combate à epidemia e não sei se teremos recursos para cuidar de todo esse fenômeno."

Cerca de 6 milhões de pessoas (4% da população adulta) já experimentaram alguma vez na vida a cocaína, seja o pó refinado ou apenas a droga fumada (como se apresentam o crack e o óxi). Já entre os adolescentes, 442 mil (3% dos que têm entre 14 anos e 18 anos) também já tiveram experiência com algum tipo dessas susbtâncias.

Quanto ao uso da cocaína intranasal (cheirada), que é a mais comum no mundo, pouco mais de 5 milhões de adultos (4%) admitiram ter experimentado o pó alguma vez na vida, sendo 2,3 milhões de pessoas (2%) nos últimos 12 meses. O uso é menor entre os jovens, sendo menos de 2% nos dois casos: 442 mil adolescentes em um momento da vida, e 244 mil no último ano.

Quase 2 milhões de brasileiros, afirmam os dados, já usaram a cocaína fumada (crack, óxi ou merla) uma vez na vida, atingindo 1,8 milhão de adultos (1,4% da população) e150 mil adolescentes (cerca de 1%). No último ano, foram cerca de 1 milhão de adultos (1%) e 18 mil jovens (0,2%).

A pesquisa, que foi feita com 4.607 pessoas de 149 municípios brasileiros, indica também que o primeiro uso de cocaína ocorreu antes dos 18 anos para quase metade dos usuários (45%), seja para quem ainda consome a droga ou para quem já consumiu ao menos uma vez na vida.

No total, 48% desenvolveram dependência química, sendo que 27% relataram usar a droga todos os dias ou mais de duas vezes por semana. Conseguir as drogas também foi considerado fácil por 78% dos entrevistados, sendo que 10% dos usuários afirmaram já ter vendido alguma parte da susbtância ilegal que tinham em mãos.

Regiões

Segundo o levantamento, o uso da cocaína e do crack em áreas urbanas é três vezes maior do que nas rurais. Portanto, a região Sudeste aparece como a de maior concentração de usuários das drogas no último ano. A região abriga 1,4 milhão de usuários (46%). A região Nordeste vem em seguida e é considera a segunda região com o maior número de consumidores da droga, com 800 mil (27%). O Centro-Oeste e o Norte aparecem empatados na terceira posição, com 300 mil (10%), e o Sul é a região com o menor número de usuários das drogas, com 200 mil (7%).

"Ainda não temos a explicação para o baixo consumo no Sul. A gente tem de ver se isso é um dado positivo, ou se está havendo a substituição de outras drogas estimulantes na região, como ocorre com o resto do mundo, de diminuir o consumo de cocaína, mas aumentar o de outros tipos de estimulantes, como anfetaminas", explica a psiquiatra Clarice Madruga, uma das coordenadoras do estudo.

Fonte: Uol  /  www.paraibaemqap.com.br


Parlamentares conhecem experiência europeia de políticas contra drogas

Eles também querem ter acesso a legislações sobre o tema.

Um grupo de parlamentares está na Europa para conhecer experiências que possam auxiliar o Brasil na formulação de políticas públicas de enfrentamento ao uso de drogas. A iniciativa é da Subcomissão Temporária de Políticas Sociais sobre Dependentes Químicos de Álcool, Crack e Outras Drogas, do Senado.

O grupo é integrado pelos deputados Iracema Portella (PP-PI), Givaldo Carimbão (PSB-AL) e Rosane Ferreira (PV-PR); e pelo senador Wellington Dias (PT-PI), presidente do colegiado. Os parlamentares estão acompanhados da secretária de Trabalho e Assistência Social do governo do Mato Grosso do Sul, Tânia Mara Garib.

Nesta segunda-feira (31), o grupo está em Estocolmo (Suécia) para encontros com parlamentares e representantes do Ministério da Saúde daquele país, responsáveis pelas políticas públicas para os dependentes químicos. A programação ainda inclui visitas a Haia (Holanda), Londres (Inglaterra) e Lisboa (Portugal). Eles retornam ao Brasil no sábado (5).

Os integrantes vão conhecer os métodos de prevenção, tratamento, acolhimento e reinserção social dos usuários de drogas de cada local visitado. Eles também querem ter acesso a legislações sobre o tema, o sistema de financiamento, a rede de qualificação profissional e as políticas de prevenção ao uso de drogas nas nações europeias.

"É uma viagem que vai referendar o trabalho da subcomissão a partir do conhecimento in loco de experiências exitosas no enfrentamento ao uso de drogas e vai subsidiar a organização de uma conferência nacional sobre o assunto", disse Wellington Dias.

Fonte: paraibaemqap.com.br


Vídeos - PF faz novas apreensões de drogas‏

Apreensões da Polícia Federal

   

   


Maconha pode ser usada no tratamento da obesidade, descobrem pesquisadores

Embora a cannabis seja mais conhecida por induzir a fome nas pessoas que fumam, foram encontrados dois compostos que provocam o efeito de suprimir o apetite.

Pesquisadores ingleses descobriram dois componentes da folha da maconha que podem aumentar a quantidade de energia queimada pelo corpo humano. A descoberta pode fazer da Cannabis sativa um remédio contra doenças ligadas à obesidade, segundo informações do jornal britânico The Telegraph.

Testes em animais já mostraram que estes componentes podem ajudar a tratar diabetes tipo dois, ao mesmo tempo em que ajudam a reduzir os níveis de colesterol na corrente sanguínea e de gordura em órgãos importantes, como o fígado.

Os cientistas estão agora realizando testes em 200 pacientes na esperança de produzir uma droga que possa ser usada por quem sofrem de “síndrome metabólica”, quando diabetes, pressão alta e obesidade combinam-se para aumentar o risco de doenças cardíacas e infarto.

O médico Steph Wright, diretor de pesquisa e desenvolvimento da GW Farmacêutica, empresa que está produzindo a droga, espera resultados ainda este ano. Ele afirma que os testes em animais estão “nos encorajando muito”.

O uso recreativo da maconha é ilegal na Inglaterra, porém a GW Farmacêutica ganhou uma licença do governo para cultivar a planta em estufas especialmente construídas em uma instalação secreta no sul do país. A empresa produz plantas de cannabis que foram criadas para expressar quantidades diferentes de compostos conhecidos como canabinóides. Eles também conduzem o desenvolvimento de drogas que podem ser usadas para tratar a esclerose múltipla e epilepsia.

Embora a cannabis seja mais conhecida por induzir a fome nas pessoas que fumam, aquela larica que nos faz destruir a geladeira, foram encontrados dois compostos que provocam o efeito de suprimir o apetite. Este efeito dura apenas um curto período de tempo, no entanto. Ao analisar mais de perto, os cientistas descobriram que os compostos também tiveram um impacto sobre o nível de gordura no corpo e da sua resposta à insulina, um hormônio que controla os níveis de açúcar no sangue.

Testes em ratos mostraram que os compostos aumentaram o metabolismo dos animais, levando a níveis mais baixos de gordura em seus fígados e colesterol reduzido em sua corrente sanguínea. O THCV também foi se destacou por aumentar a sensibilidade à insulina animais protegendo também as células que produzem insulina, o que lhes permite funcionar melhor e durante mais tempo. Isto aumentou as esperanças de que as drogas podem ser desenvolvidas em tratamentos de doenças relacionadas com a obesidade e diabetes tipo 2.

O professor Mike Cawthorne, diretor de pesquisa metabólica da Universidade de Buckingham, que vem realizando os estudos com animais, disse: “No geral, parece que estas moléculas aumentam o gasto energético nas células do corpo, aumentando o metabolismo.”

Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br


Viciados na guerra às drogas

Caros amigos do Brasil,



Em 48 horas, a presidenta Dilma pode exercer um papel crucial para que se dê início ao fim da catastrófica "guerra às drogas". Os líderes da América Latina estão prontos para pressionar por uma nova abordagem na regulamentação das drogas -- e a presidente Dilma tem a chance de liderar o debate. Mas ela precisa do nosso apoio para fazer isso. Envie uma mensagem urgente para a Dilma agora:


Envie uma Mensagem

Em 48 horas, a presidente Dilma poderá desempenhar um papel fundamental na mudança das políticas globais de drogas, de uma perspectiva de guerra e repressão para uma de tratamento e compreensão. Mas ela está em silêncio em relação à necessidade de abandonar a atual política catastrófica internacional e apenas o nosso enorme apoio vai fazê-la vir à público.
Mais de 4 milhões de brasileiros, incluindo alguns dos nossos amigos e parentes, sofrem todos os anos do abuso de drogas e de sua dependência química. Nosso país está ignorando esta situação e gasta bilhões de reais lutando numa guerra falida que criminaliza os dependentes químicos. Agora, um grupo de líderes latino-americanos está exigindo uma nova abordagem que poderá incluir a ajuda para o sofrimento desses dependentes químicos e suas famílias. O governo dos EUA está tentando bloquear esse novo passo, mas Dilma pode equilibrar a balança. Ela só precisa de um gigantesco apoio público para se posicionar e abrir o debate.
Vamos agarrar essa oportunidade única para trazer esperança para milhões de pessoas que sofrem todos os anos com a praga do abuso de substâncias e o vício. Clique abaixo para inundar o gabinete da Dilma com mensagens exigindo que ela entre para a história da Cúpula de Cartagena neste final de semana, virando a página da letal e sem sentido guerra às drogas e dê início a uma era de políticas de drogas mais humana e efetiva no Brasil e ao redor do mundo: h

http://www.avaaz.org/po/stop_the_war_on_drugs_po_c/?vl
Nosso governo repetidamente disse que devemos combater o uso de drogas por meio da educação, tratamento e políticas de saúde incólumes. Mas a guerra às drogas liderada pelos EUA forçou uma abordagem global baseada na criminalização que superpopulou nossas prisões com criminosos não-violentos. Agora, após décadas de tentativas, sabemos que a guerra às drogas não atinge o problema do vício às drogas e sequer reduzem o seu consumo.
Do outro lado, passos para a regulamentação na Suíça, Portugal, Holanda e Austrália mostram resultados impressionantes na redução do abuso de drogas e nos crimes relacionados com drogas. À essa altura, uma mudança na política de drogas é simplesmente uma questão de bom senso.
No ano passado a enorme campanha global da Avaaz trabalhou junto com a Comissão Global de Política sobre Drogas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para abrir o debate político no mais alto nível nas Nações Unidas. Agora os Estados Unidos, que inventaram essa "guerra", admitiram que essa abordagem não está funcionando. Pela primeira vez a pressão política está aumentando em toda nossa região e líderes da Guatemala ao México e Colômbia estão pedindo um debate acerca da descriminalização. Essa é uma mudança tectônica, mas os EUA sentiram o golpe e estão tentando bloquear políticas alternativas.
O palco agora está pronto para um debate quente em Cartagena, Colômbia, que podemos influenciar e vencer! Mas temos apenas alguns dias para dar à Dilma o apoio público que ela precisa para tomar medidas concretas agora. Envie uma mensagem urgente para Dilma e compartilhe com todos:
http://www.avaaz.org/po/stop_the_war_on_drugs_po_c/?vl
Finalmente os políticos estão reconsiderando suas posições e a América Latina pode liderar o mundo para longe dessa política imprudente. Mas para sairmos de debates e chegarmos a ações tangíveis em nossas vidas, precisamos de um levante e forçar a Dilma a exercer essa liderança. Vamos garantir que essa cúpula seja o início do fim da guerra contra às drogas.


Com esperança,

Alice, Luis, Pedro, David, Carol, Emma, Ricken e toda a equipe da Avaaz


Política antidrogas do país é falha

Auditoria do Tribunal de Contas da União aponta deficiências em ações de
prevenção, tratamento e repressão a entorpecentes no Brasil

O Brasil tem apresentado uma série de deficiências no combate às drogas. Os problemas vão desde o baixo investimento em prevenção e no tratamento de dependentes até a falta de estrutura da polícia para reprimir o tráfico nas fronteiras. O cenário foi constatado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em uma auditoria iniciada em 2010 e divulgada no mês passado sobre a política nacional antidrogas. Ao final, o documento lista uma série de recomendações aos órgãos públicos – sinal de que mudanças de rumo precisam ser feitas.

Nas fronteiras, o baixo efetivo da Polícia Federal e a alta rotatividade de policiais são alguns dos problemas apontados na auditoria com relação à repressão. As carências são visíveis também na infraestrutura precária de algumas delegacias, na dificuldade dos policiais em participarem de cursos e nas deficiências de equipamentos como, por exemplo, a falta de coletes balísticos, o que coloca em risco a segurança do profissional.

Outro gargalo é que os bens apreendidos nas ações de repressão não têm gerado a quantidade de recursos esperada à União. Em média, passam-se cerca de 14 anos entre a apreensão do bem e seu efetivo leilão. A demora faz com que menos recursos sejam destinados ao Fundo Nacional Antidrogas (Funad), constituído também por dotações específicas estabelecidas no orçamento da União.

Orçamento

Avaliando a execução orçamentária do Funad de 2004 a 2011, o secretário-geral da ONG Contas Abertas, Gil Castello Branco, constata que não há continuidade nos investimentos. A dotação autorizada foi de R$ 136,6 milhões em 2010 (com a incorporação de R$ 100 milhões da ação de enfrentamento ao crack e outras drogas) e R$ 40,3 milhões em 2011. “Se no ano seguinte os recursos são reduzidos, fica impossível manter iniciativas que se tinha programado”, avalia Branco.

Do fundo saem montantes para ações preventivas, área que também tem carências. De acordo com o relatório do TCU, são insuficientes os recursos da Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas à prevenção.

Tratamento

Já o paciente que busca atendimento logo se depara com a insuficiência de unidades dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). “Dos 5.565 municípios do Brasil, em 2010, apenas 1.118, cerca de 20%, possuíam ao menos um Caps implantado”, aponta a auditoria, completando que a implantação é decisão das prefeituras. No entanto, 60% dos municípios com mais de 20 mil habitantes, população mínima recomendada para implantá-lo, têm ao menos um Centro.

Outra dificuldade é verificada nas comunidades terapêuticas. Segundo a auditoria, 55% das que participaram de processo seletivo junto ao governo federal não têm licença sanitária. Também faltam vagas nos hospitais gerais. “É difícil conseguir internação de paciente”, aponta a diretora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Ivone Ponczek, que classifica a situação de internação como “precaríssima”. Além de mais leitos, ela aponta a necessidade de capacitação dos profissionais.

A professora Araci Asinelli da Luz, doutora em Educação e com pesquisas relacionadas às drogas, acrescenta a importância da prevenção. “Costumo dizer que as nossas políticas públicas são falhas, não respondem à necessidade da sociedade, são elitistas.” Ela aponta que não há leitos públicos nem profissionais suficientes.

Ofensiva

Plano anticrack prevê aporte de R$ 4 bilhões

O programa “Crack, é possível vencer”, lançado no final do ano passado pelo governo federal, prevê investir R$ 4 bilhões em ações para aumentar a oferta de tratamento de saúde e atenção aos usuários de drogas, repressão ao tráfico e ampliação das atividades de prevenção – deficiências apontadas pelo Tribunal de Contas da União . O programa prevê ações integradas e abrange diversos órgãos.

Com relação à insuficiência de unidades dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), o Ministério da Saúde revela que o programa irá destinar R$ 400 milhões para a construção de 175 novos Caps específicos para tratamento de álcool e drogas. O plano prevê ainda a abertura de 13.518 novos leitos para usuários de álcool e drogas até 2014, além de 308 consultórios nas ruas, de atendimento volante, e 574 unidades de acolhimento, de cuidados para manutenção de estabilidade clínica e controle da abstinência.

Sobre os problemas de falta de alvará sanitário encontrados pelo TCU na maioria das comunidades terapêuticas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aponta que tomou medidas para reverter a situação.

Prevenção

O programa prevê ainda ações de prevenção nas escolas e nas comunidades, com a capacitação de educadores, policiais e líderes comunitários, além de campanhas informativas junto à população.

Já para reduzir o tempo entre a apreensão dos bens relacionados ao tráfico e o leilão desses bens, a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas informa que 1) tem fomentado que os juízes decidam pela alienação antecipada; 2) tem pactuado acordos de cooperação com os estados e o Distrito Federal para que façam os leilões dos bens; e 3) enviou ao Congresso projeto de lei para alterar o Código de Processo Penal e a Lei de Drogas.

Combate

Brasil precisa integrar políticas

Outro desafio brasileiro no combate às drogas é integrar as políticas públicas existentes em torno de um objetivo comum. A psiquiatra Ana Cecília Roseli Marques, conselheira da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas, avalia que as “poucas” políticas existentes “estão desatualizadas, desarticuladas e não foram desenhadas de acordo com a avaliação de necessidade”. Para ela, ações isoladas não atingem o objetivo final, seja na prevenção, tratamento ou controle da oferta.

Segundo a psiquiatra, é preciso um diagnóstico da situação atual, formulado por uma equipe de especialistas, que avalie o que está acontecendo em cada local (município, estado e região), quais são os recursos existentes e o que necessita ser feito.

O psicólogo Guilherme Azevedo do Valle, presidente do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas de Curitiba, sugere uma integração maior com a área da educação e um programa regular de prevenção às drogas nas escolas. Ele também aponta a necessidade de uma maior articulação entre os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), unidades de saúde, comunidades terapêuticas e organizações não governamentais para um atendimento mais integrado. “A rede de comunicação tem que ser muito ágil para o encaminhamento dos usuários”, diz.

Ele avalia que a principal dificuldade tem sido a carência de leitos em hospitais gerais e especializados. Desde que a Lei da Reforma Psiquiátrica foi sancionada, em 2001, o país perdeu 20.491 vagas para o tratamento de dependência química, das quais 1.170 no Paraná. (BMW)


PF tem defasagem de 500 policiais em Foz

Com carga de trabalho que chega a dobrar e há semanas aguardando a oportunidade para compensar parte das horas extras acumuladas, agentes lotados na delegacia da Polícia Federal (PF) em Foz do Iguaçu – a maior do Brasil, com 217 policiais – sofrem com a defasagem de pelo menos 500 servidores. Além da sobrecarga, a falta de adicional pela atuação na região, de equipamentos e de preparo adequados também prejudica o combate ao ilícito na fronteira mais movimentada do país, em especial o narcotráfico, a entrada de armas e de munições e o controle migratório.

Somente pela Ponte da Ami­zade, entre o Brasil e o Paraguai, por dia, cerca de 40 mil pessoas cruzam a fronteira nos dois sentidos. “Não dá para falar em controle nestas condições”, aponta a presidente do sindicato dos policiais federais de Foz, Bibiana Orsi. O monitoramento dos cerca de 170 quilômetros do Lago de Itaipu, de Foz do Iguaçu até Guaíra, é outra grave fragilidade ainda longe de ser resolvida. “Temos 12, 13 policiais para um trabalho onde o ideal seria de no mínimo 50”, afirma.

De acordo com ela, outra falha é que equipamentos como óculos para visão noturna, coletes que suportem tiros de grosso calibre e fuzis 762 são, por enquanto, restritos a grupos táticos concentrados em Brasília. “Precisamos destes equipamentos aqui, onde praticamente enfrentamos uma guerra diária”, reforça Bibiana. Somente em 2011, dois agentes foram feridos em operações na região.

Ações

Com relação às deficiências apontadas na atuação das forças de segurança na fronteira, a PF informa que vários equipamentos e suprimentos foram adquiridos em todo o país, incluindo 11,3 mil coletes balísticos.

Sobre a defasagem de pessoal, a informação é de que será realizado neste ano concurso público para o preenchimento de 1,2 mil vagas para cargos de policiais a serem efetivadas nas regiões de fronteira. Também foram iniciados procedimentos para a construção de novos prédios para as delegacias pelo país e de moradias para nossos policiais em regiões de fronteira.

Fabiula Wurmeister, da sucursal

Fonte: gazetadopovo.com.br


Senegalesa é presa em SP com 200 cápsulas
de cocaína no estômago

Ao tentar embarcar no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (93 km de SP), uma senegalesa, de 35 anos, foi presa nesta sexta-feira com 200 cápsulas de cocaína no estômago.

É a quarto caso de passageiro preso por tentar embarcar no aeroporto do interior de São Paulo transportando a droga, segundo a Polícia Federal.

A passageira tentava viajar para Lisboa, em Portugal, quando foi abordada por policiais federais, que desconfiaram do nervosismo da senegalesa na hora do embarque.

Ao farejar a mochila da passageira, um cão da Polícia Federal sinalizou que a bagagem de mão estava impregnada com cocaína, mas a substância não foi encontrada pelos policiais.

Um exame de raio-X comprovou, porém, a existência em seu estômago de 200 cápsulas de cocaína.

A mulher foi presa em flagrante por tráfico internacional de entorpecentes, cuja pena varia de cinco a 15 anos de prisão.

Fonte: folha.uol.com.br


A caverna 


'Pregão do crack' atrai cerca de 300 usuários no centro de SP

"Olha a pedra, olha a pedra de 5! Pedra de 5!" Eram 20h30 de ontem, quando, na esquina da avenida Rio Branco com a rua dos Gusmões, centro de São Paulo, abriu-se o feirão de crack, vendido aos gritos, como se fosse produto legal. Cerca de 300 usuários da droga arremataram suas pedras.

A quatro quadras dali, do outro lado da avenida Rio Branco, pelo menos 30 carros de polícia com os giroflex vermelhos ligados anunciavam a ocupação do território da cracolândia pelas forças da ordem. Ruas tranquilas, poucas pessoas nas calçadas. Uma cidade normal?

"Você prefere tratar um câncer localizado? Ou com ele espalhado por todo o corpo? É isso o que estamos fazendo: espalhando o câncer."

A frase expressa o desalento de um dos cerca de 70 policiais ontem na operação. "E enquanto a gente está aqui, eles estão logo ali", emendou o parceiro, um soldado da PM, apontando.

Bastava atravessar a avenida, para constatar que o inferno apenas tinha mudado de endereço.

Um homem lutava para se livrar do cerco de três jovens alucinados que tentavam roubá-lo (levaram-lhe guarda-chuva, blusa e celular). Outro usuário trazia debaixo do braço um cinzeiro, desses de portaria de hotel. Um idoso levava um carrinho de supermercado com uma geladeira de isopor, tênis velhos e uma caixa com embalagens cheias de cola branca. Tudo para vender ou trocar pela droga.

Ontem, terceiro dia do cerco à cracolândia, continuou a estranha dança entre polícia e usuários de crack.

Os homens da Força Tática --armados com fuzis e espingardas de balas de borracha-- tangiam os esquálidos zumbis para fora de seus esconderijos, prédios em ruínas.

Minutos depois de dispersos, os usuários voltavam a se concentrar. Estavam exaustos. O dia todo andando --se sentassem ou deitassem na calçada, já um PM aparecia para tocá-los dali.

Edilaine, 18, apenas um dente na boca, cogitava voltar para a família, no Itaim Paulista, extremo leste da cidade. "A gente não pode fumar, não pode dormir e nem descansar. Está difícil."

Nem as irmãs e os frades da Missão Belém, católica, que atuam na recuperação de dependentes químicos escaparam. À noite, na praça Princesa Isabel, vizinha dali, três grupos de moradores de rua e de usuários de crack estavam sentados no chão, rezando e cantando com os missionários, quando chegou a PM.

"Mãos na cabeça" e todos foram revistados.

Sobre a tática anunciada pela prefeitura, de "dor e sofrimento" para obrigar os usuários de crack a pedir ajuda para sair da dependência, o padre Julio Lancelotti, 63, vigário episcopal para a população de rua, disse: "Isso é tortura. Dor e sofrimento levam ao desespero. Só a alegria e esperança podem provocar a mudança".

Fonte: Folha.com


Pais dizem que filho de 13 anos viciado em drogas colocou fogo e destruiu a própria casa