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‘CORTAR DIREITOS É PRINCIPAL CAUSA DO IMPEACHMENT’

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Ex-ministro nos governos Sarney e FHC e um dos fundadores do PSDB, o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira afirma que o áudio que derrubou Romero Jucá do ministério do Planejamento revela "uma das causas" por trás do impeachment da presidente Dilma Rousseff: paralisar a Operação Lava Jato; "A principal causa", porém, diz ele, é "reduzir os direitos sociais dos trabalhadores"; "O objetivo é beneficiar os capitalistas rentistas e financistas – os grandes vitoriosos do momento – para que paguem menos impostos. É reduzir os salários diretos e indiretos", diz Bresser, em texto publicado no Facebook; de acordo com ele, a justificativa do governo Temer para isso é uma "crise fiscal estrutural"

25 DE MAIO DE 2016 ÀS 11:35

BRASIL 247 – Paralisar as investigações da Operação Lava Jato não é a "verdadeira" causa do impeachment da presidente Dilma Rousseff, como vem sustentando o PT após a divulgação do áudio que derrubou Romero Jucá do ministério do Planejamento do governo interino, afirma o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira.

Em texto publicado em sua página no Facebook, o ex-ministro dos governos Sarney e FHC, além de fundador do PSDB, diz que esta é "uma das causas" por trás do impeachment, mas que "a principal causa" é "reduzir os direitos sociais dos trabalhadores".

"O objetivo é beneficiar os capitalistas rentistas e financistas – os grandes vitoriosos do momento – para que paguem menos impostos. É reduzir os salários diretos e indiretos", diz Bresser. Segundo ele, a justificativa do presidente interino, Michel Temer, para isso é uma "crise fiscal estrutural".

Leia abaixo a íntegra do texto:

A verdadeira causa

Diante do afastamento do Senador Romero Jucá, que caiu em uma armadilha preparada pelo senhor Sérgio Machado (é difícil encontrar alguém pior neste Brasil), o PT passou a afirmar paralisar a Operação Lava Jato foi a "verdadeira" causa do impeachment. Não, não foi. Foi uma das causas; é claro que o PMDB e os demais partidos querem paralisá-la, e não se conformavam com a "inação" do PT, mas a principal causa está hoje nos jornais.

A meta fundamental dos impichadores é reduzir os direitos sociais dos trabalhadores, e o governo informa que, para isto apresentará quatro reformas constitucionais: desvinculação das despesas com educação e saúde da receita e teto para elas; autorização para que os acordos sindicais prevaleçam sobre a legislação trabalhista; desvinculação de benefícios sociais do salário mínimo; e definição da idade mínima para a previdência.

O objetivo é beneficiar os capitalistas rentistas e financistas - os grandes vitoriosos do momento - para que paguem menos impostos. É reduzir os salários diretos e indiretos.

A justificativa é uma "crise fiscal estrutural". É a tese que a Constituição de 1988 não cabe no PIB. Ora, isto é falso. Entre 1999 e 2012 as metas fiscais foram atingidas. Agora estamos em uma crise fiscal que, de fato, exige ajuste. Mas exige medidas pontuais.

Quanto às reformas constitucionais, é realmente necessário fazer alguma coisa, mas não da forma violenta que está sendo proposta. Uma desvinculação de 20% é razoável, e realmente é necessário estabelecer uma idade mínima de 65 anos, mas com um amplo prazo de carência, porque não há problema fiscal agudo na previdência hoje. A desvinculação dos benefícios sociais do salário mínimo não é necessária, mas sua manutenção significa que o salário mínimo não deverá aumentar mais, em termos reais, do que a produtividade. Prevalecer acordos sobre a legislação trabalhista é péssimo para a grande maioria dos trabalhadores, que não têm sindicatos fortes a defendê-los.

A economia brasileira está semi-estagnada desde 1990 - ano da abertura comercial - porque a partir de então a doença holandesa deixou de ser neutralizada e as empresas brasileiras passaram a ter uma desvantagem competitiva muito grande. Porque a taxa de juros é muito alta desde a abertura financeira de 1992. Porque essa taxa de juros muito alta implica um custo fiscal de juros para o Estado absurdo - em torno de 6% do PIB, no último ano, 8,7% do PIB. E porque a poupança pública é muito pequena, insuficiente para financiar os necessários investimentos públicos.

Fonte: Associação Brasileira Jornalistas

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