Após agredirem juíza, PMs irão para Bangu 1

juiza agredidaMARCO ANTÔNIO MARTINS RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Em reunião realizada na manhã desta sexta-feira (2) entre integrantes do Tribunal de Justiça do Rio, ficou definido que já à tarde começa a transferência de policiais presos no Batalhão Especial Prisional, na zona norte do Rio, para uma unidade em Niterói, na região metropolitana do estado. A decisão do juiz Eduardo Oberg aconteceu após a agressão de PMs presos à juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza, responsável pela fiscalização das unidades prisionais do Rio. Ao tentar realizar uma vistoria na unidade, a magistrada levou um tapa no rosto e teve a blusa rasgada por policiais suspeitos de integrarem uma milícia. Daniela de Souza identificou ainda na noite de quinta (1º) quatro policiais presos que teriam sido responsáveis pela agressão a ela. Todos serão transferidos para o presídio de Bangu 1, onde serão submetidos a RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) por 30 dias. Isso significa que estão suspensas as visitas e o banho de sol ocorrerá em horários restritos. "Tal medida deve ser cumprida imediatamente da seguinte forma: no mínimo 30 presos por dia, a contar de hoje, sendo primeiramente aqueles envolvidos no evento de ontem, até o término total do efetivo completo e integral, sem exceção, inclusive aos sábados e domingos, suspendendo-se por precaução, todas as visitas aos custodiados. Tudo por razões de segurança e preservação da ordem, sob pena de descumprimento à ordem judicial ora emanada", escreveu o juiz Eduardo Oberg na decisão. A Polícia Militar e a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária do Rio definem os últimos detalhes da transferência de todos os 217 presos para Niterói. De acordo com o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, o desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, a medida exigiu uma decisão "rápida". "A decisão final da VEP (Vara de Execuções Penais) é uma resposta do Estado ao grave acidente ocorrido ontem (quinta, 1º) é esta: transferir todos estes presos. Não podemos aceitar o que aconteceu", disse Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho.

Fonte: http://www.bemparana.com.br