Um operador financeiro condenado no caso Banestado, que descobriu uma fraude de US$ 28 bilhões no final dos anos 1990, é procurado pela polícia após um novo mandado de prisão contra ele. Paulo Krug, de 62 anos, havia sido condenado em 2013, pelo juiz Sérgio Moro, a 4 anos, 9 meses e 18 dias de prisão. Ele chegou a cumprir pena no regime semiaberto na CPA (Colônia Penal Agrícola), em Piraquara, mas progrediu para o regime aberto e cumpria a pena em casa.
Na última terça (21), policiais do Cope (Centro de Operações Policiais Especiais) buscaram o doleiro, mas não o encontraram. Seus últimos endereços registrados são uma casa em São José dos Pinhais e um apartamento no bairro Batel, em Curitiba.
O novo mandado de prisão foi fruto de outros processos contra o doleiro, que unificaram as penas para mais de 10 anos. Ele recorria dessa decisão em liberdade. Porém, com a nova determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) para que condenados em segunda instância passem a ser detidos, foi determinada a volta dele ao presídio.
De início, 97 pessoas foram condenadas no caso Banestado. O MPF (Ministério Publico Federal) reclama, porém, que Krug foi ‘um dos poucos réus a ser definitivamente condenado pela Justiça, pois grande parte dos acusados teve a pena cancelada pela demora do processo’ em instâncias superiores. “É inconcebível que após mais de uma década da denúncia ainda existam tantos obstáculos para se efetivar uma prisão”, diz o procurador Diogo Castor de Mattos.
O advogado José Carlos Cal Garcia Filho, que defende Krug, não quis se manifestar.