Levantamento aponta aumento de 126% nas apreensões de celulares nas unidades prisionais do estado, em comparação com o mesmo período do ano passado.
As apreensões de maconha em cadeias do Paraná aumentaram 342% nos primeiros quatro meses de 2020, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o Departamento Penitenciário do estado (Depen).
O levantamento do Depen mostra que as apreensões de celulares cresceram 126% na mesma comparação.
Também houve aumento de 90% no volume de carregadores de celulares apreendidos e alta de 125% em apreensões de chips de celulares. Esses itens não chegaram a entrar nas cadeias, segundo o Depen.
Apreensões em cadeias no 1º quadrimestre no Paraná
Item | 2019 | 2020 |
Maconha | 11,9 kg | 52,9 kg |
Celulares | 663 | 1.501 |
Carregadores | 322 | 614 |
Chip | 83 | 187 |
Serras | 19 | 62 |
Brocas | 13 | 16 |
Cocaína | 12 g | 363 g |
Com o início das restrições por causa da pandemia da covid-19, as visitas no sistema prisional do estado foram suspensas.
Antes da proibição, de acordo com o Depen, a maior parte dos celulares e drogas entrava nas cadeias por pessoas que se aproveitavam das visitas.
Sem contato com os familiares ou outras pessoas que pudessem fazer a entrega, os presos buscaram outras formas para tentar receber os equipamentos e drogas dentro dos presídios.
Na cadeia de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, um drone foi apreendido ao sobrevoar o prédio com celulares, baterias e chips.
Em Maringá, no norte, e em Foz do Iguaçu, no oeste do estado, o departamento informou que houve duas apreensões de malotes, que foram arremessados para dentro de presídios.
Nos pacotes, estavam drogas e celulares, além de brocas e serras de metal. Nas duas ocorrências, dois adolescentes foram apreendidos e um homem foi preso após serem vistos fazendo os arremessos.
O diretor-geral do Depen-PR, Francisco Alberto Caricati, atribui o aumento no número de apreensões a uma fiscalização mais rigorosa dos agentes.
"A ação, por parte da segurança, melhorou não apenas pela questão da tecnologia, mas também pela questão da organização, com a criação de grupos especiais para promover o trabalho de apreensão dos ilícitos", comentou.
Levantamento do Depen aponta aumento no volume de apreensões de drogas e celulares nas cadeias do Paraná.
Fonte: g1.globo.com