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Preso no Brasil traficante colombiano procurado pela Interpol há 10 anos

Suspeito de envolvimento com o tráfico internacional de drogas, o colombiano Jorge Humberto Florez Morales estava foragido há mais de 10 anos - Divulgação Foi preso hoje no Brasil um colombiano condenado por integrar uma quadrilha especializada no tráfico internacional de drogas, que estava foragido há mais de dez anos.

Na lista de procurados da Interpol a pedido das autoridades espanholas, o traficante foi detido em Miranda (MS). De lá, será encaminhado ao sistema prisional de Campo Grande (MS), onde aguardará processo de extradição para a Espanha.

Embora a identidade seja mantida em sigilo pelas autoridades, o UOL apurou com fontes ligadas à investigação que se trata de Jorge Humberto FlorezMorales, de 47 anos. Ele é visto como um indivíduo "de alta periculosidade", segundo autoridades espanholas.

Foi a segunda prisão de um traficante colombiano procurado pela Interpol no Brasil neste ano. Em maio, a PF (Polícia Federal) capturou em Duque de Caxias (RJ) um homem condenado por tráfico de drogas e associação criminosa nos Estados Unidos em 2019. Ele era suspeito de integrar o Cartel de Medellín.

Traficante será extraditado para a Espanha

Coordenada pelo Centro de Cooperação Policial Internacional da Polícia Federal do Rio de Janeiro, a operação que resultou na captura de Morales contou também com a participação de policiais colombianos, bolivianos e da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

O mandado de prisão preventiva expedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para que seja feita a extradição foi formulado pelo Escritório Central da Interpol no Brasil com base em informações fornecidas pelas autoridades espanholas.

O traficante chegou a ser preso em flagrante em abril de 2010 no aeroporto Barajas, em Madrid, enquanto transportava cocaína. Ele integrava a lista de difusão vermelha da Interpol, composta pelos criminosos mais procurados do mundo.

Fonte: https://noticias.uol.com.br

São Paulo adota arma antidrone para impedir entregas aéreas em presídios

Crédito: Reprodução/ TV Globo Para evitar o envio de celulares e drogas para dentro dos presídios, o governo de São Paulo começou a usar uma arma antidrones. O dispositivo combina detecção de frequências e ondas de rádios, áudio e sensor óptico e emite uma frequência que interrompe a comunicação entre o equipamento clandestino e o criminoso que estava no controle. As informações são do G1.

Com isso, o agente com a arma passa a comandar o drone. “Ele pode acionar uma função que faz com que o drone volte-se ao local de onde saiu, e aí a gente consegue prender o operador do drone também”, explicou Nivaldo César Restivo, secretário da Administração Penitenciária.

De acordo com dados levantados pela TV Globo, em 2019, dezesseis drones foram vistos sobrevoando penitenciárias no estado de São Paulo, em 2020, foram 158. Nesses dois anos, nove equipamentos foram interceptados.

O governo de São Paulo adquiriu quatro armas antidrones por R$ 2,8 milhões. Os equipamentos foram direcionados para os presídios onde há maior incidência de uso de drones.

Brasil fica em último lugar em estudo sobre política de drogas de 30 países

2 O Brasil ficou em último lugar no Índice Global de Políticas de Drogas, lançado nesta segunda-feira (8). O estudo, que avalia 30 países, foi elaborado pelo Harm Reduction Consortium, que reúne organizações que defendem a chamada política de redução de danos, voltada para mitigar consequências negativas do uso de drogas.

O índice mede como as políticas de drogas, tanto no papel quanto na prática, estão alinhadas com princípios das Nações Unidas relacionados aos direitos humanos, saúde e desenvolvimento. A pontuação vai de 0 a 100. O Brasil atingiu 26 pontos. É quase metade da média dos países avaliados, 48 pontos. A Noruega obteve a maior nota, 74 pontos.

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No ranking dos três piores, junto com o Brasil estão Uganda e Indonésia. Já entre os melhores, a Noruega está acompanhada da Nova Zelândia e de Portugal.

"Não é uma surpresa. O resultado traduz o que vemos todos os dias no Brasil", disse a socióloga Julita Lemgruber, coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, no evento de apresentação do índice.

Mortes em operações

Um dos quesitos que derrubaram a nota brasileira foi o alto número de mortes provocadas pela polícia em operações contra o tráfico de drogas. É o caso, por exemplo, do massacre do Jacarezinho, em maio deste ano, quando 28 pessoas foram assassinadas na favela carioca durante uma ação policial. Documentos relacionados à investigação revelaram indícios de que a polícia cometeu execução e alterou a cena do crime.

"No Brasil, a polícia mata cerca de 4 mil pessoas todos os anos, na maioria jovens negros envolvidos no mercado da droga, mas que negociam pequenas quantias. Não são os grandes traficantes", afirma Lemgruber.

O estudo avalia que, além do Brasil, a nota média dos países analisados foi baixa. "As políticas de drogas da maioria dos países estão desalinhadas com as obrigações dos governos de promover saúde, direitos humanos e desenvolvimento, e continuam a se basear em criminalização, prisão, erradicação forçada e intervenções policiais como forma de controle das drogas".

Mortes e prisão

O Índice Global de Políticas de Drogas avaliou 75 indicadores, divididos em 5 grupos. O primeiro deles diz respeito à existência ou não de medidas extremas de combate às drogas. Entre elas, pena de morte, em vigor em três países analisados: Índia, Tailândia e Indonésia. Além disso, assassinatos extrajudiciais — por exemplo, em operações policiais e militares de combate às drogas.

Nesse quesito, o Brasil obteve uma das notas mais baixas entre os países avaliados, 45 pontos, na escala de 0 a 100. "O Brasil está isolado no índice como um país onde o uso desnecessário de força letal na aplicação da lei de drogas é visto como endêmico", diz o relatório.

O segundo grupo de indicadores analisados diz respeito à proporcionalidade das prisões e julgamentos criminais. Isso inclui casos de prisão ou detenção arbitrárias, existência ou não de penas alternativas à prisão e descriminalização do uso e da posse de drogas. A nota do Brasil foi de 20 pontos.

Desde 2006, usar drogas no Brasil é considerado uma infração de menor potencial ofensivo, que não pode levar à prisão. Em outras palavras, usar drogas continua sendo um crime, mas as penas aplicadas não envolvem restrição de liberdade.

Já tráfico de drogas tem pena de prisão. A questão é que a lei não define as quantidades de droga que distinguem o que é uso do que é tráfico, cabendo ao judiciário definir caso a caso. A nova Política Nacional de Drogas, lançada em dezembro de 2019 pelo governo de Jair Bolsonaro (sem partido), reforçou que a diferenciação entre porte e tráfico não se dê pela quantidade de droga, mas pela circunstância da ocorrência.

O Brasil tem um número muito elevado de pessoas presas por crimes ligados a drogas. São 200 mil, segundo o último Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias, de dezembro de 2019. É o segundo principal motivo de prisões no Brasil, atrás de crimes contra o patrimônio.

No caso das mulheres, as drogas estão ligadas à maioria das prisões, 51% dos casos. Entre adolescentes, os dados disponíveis sinalizam que o combate às drogas também é responsável pela maior parte das internações em instituições socioeducativas. Na Fundação Casa, em São Paulo, é o caso de 50% dos adolescentes, de acordo com dados de outubro deste ano.

Redução de danos

O Índice Global de Políticas de Drogas também avaliou os países de acordo com as políticas de saúde e redução de danos para usuários de drogas —iniciativas que não visam obrigatoriamente o fim do consumo de drogas, mas minimizar danos sociais e à saúde dos usuários. Neste quesito, a nota brasileira foi a mais baixa dentre todos os países e critérios avaliados, apenas 9 pontos, de 0 a 100.

Considerou-se que o Brasil não dá prioridade para políticas de redução de danos para usuários de drogas. A própria Política Nacional sobre Drogas do governo Bolsonaro é centrada na abstinência em vez da redução de danos, além de direcionar investimento para as chamadas comunidades terapêuticas —locais que oferecem tratamento para usuários de drogas, geralmente geridos por entidades religiosas ou privadas.

Entre as políticas de drogas, o estudo considerou ainda o acesso a medicações controladas para alívio de dor e sofrimento. É o caso participar de opióides como a morfina, que podem ser usados no tratamento de pacientes com câncer terminal, por exemplo. Nesta área, o Brasil atingiu 30 pontos, na escala de 0 a 100.

Por fim, o índice leva em conta políticas de desenvolvimento para favorecer alternativas ao cultivo de drogas. Ou seja, em vez de somente destruir plantações, ter políticas para desenvolver outras fontes de renda nas regiões produtoras. O Brasil e a grande maioria dos 30 países avaliados não têm políticas nessa área. A exceção é Afeganistão, Colômbia, Jamaica e Tailândia.

Fonte: https://noticias.uol.com.br/

Saiba quem é o traficante Peixão, chefe do Complexo de Israel que mistura assistencialismo com violência

Peixão da Cidade Alta, chefe do tráfico no Complexo de Israel — Foto: Reprodução/Portal dos Procurados Em meados de 2016, Alvinho estava obcecado com uma ideia: “Libertar o povo da Alta”, como é chamada a comunidade da Cidade Alta. Durante meses, só pensava num jeito de tomar o controle daquele conjunto habitacional em Cordovil, Zona Norte do Rio, vizinho a Parada de Lucas, favela que o traficante já controlava com uma receita básica: assistencialismo e mão de ferro.

Alvinho é o apelido de infância de Álvaro Malaquias Santa Rosa, de 34 anos, hoje conhecido como Peixão, o idealizador e chefe do Complexo de Israel, um conjunto de favelas na Zona Norte do Rio ocupado pela Polícia Militar na última segunda-feira (25) por "tempo indeterminado".

Há pouco mais de seis anos, é Peixão quem dá as cartas na região. Naquele ano de 2016, ele deixou passar as Olimpíadas do Rio, para não chamar a atenção da polícia, e invadiu a Cidade Alta.

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De acordo com a polícia, a união dessas cinco comunidades forma o Complexo de Israel — Foto: Reprodução

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Aos poucos, foi expandindo seus domínios para as favelas vizinhas como Pica-Pau e, mais recentemente, a Cinco Bocas, formando com Parada de Lucas e Vigário Geral o Complexo de Israel.

"Ele tem um perfil expansionista, é um conquistador de territórios", afirmou ao g1 o delegado Marcus Amim, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).

Casa do traficante Peixão em Parada de Lucas tem academia, piscina e hidromassagem

Casa do traficante Peixão em Parada de Lucas tem academia, piscina e hidromassagem

Peixão – ou melhor, Alvinho – foi criado pela mãe, umbandista, que recebia santo (o Erê) vestida de branco, comia pipoca e doces de criança na esquina da Avenida Brasil.

Hoje adota e prega um discurso de “povo escolhido”. Mandou colocar a Estrela de Davi no topo da Cidade Alta e desenhou as bandeiras de Israel por toda parte. Seu bando passou a ser chamado de Tropa do Aarão.

Peixão mandou tirar a imagem da santa ao lado de campo de futebol na favela Cinco Bocas — Foto: Reprodução

A influência evangélica fez também com que as favelas fossem desenhadas com passagens bíblicas. Na esteira disso, veio a intolerância religiosa. Terreiros foram proibidos e imagens de santa retiradas (veja na imagem acima).

No alto da Cidade Alta, na Zona Norte do Rio, os criminosos colocaram uma estrela de Davi — Foto: Reprodução

Irmãos mortos no crime

Foi num bar da família, na beirada da favela, que ele cresceu. De pequeno, pegou o hábito curioso que mantém: o de sempre colocar azeitona em tudo que come.

Perdeu dois irmãos para o crime – ambos acabaram mortos. A irmã também se envolveu. E outro irmão, Aldo, que ainda está vivo, perdeu uma perna – contra ele, há mandado de prisão.

Na infância, dizia que não queria ser bandido. Mas se envolveu cedo. A escola pública, em Irajá, ele abandonou ainda na sétima série.

Passou a andar com os meninos do fundo da favela que já faziam favores aos traficantes. Um deles cometeu suicídio recentemente, após anos de depressão e já afastado do tráfico.

Assistencialismo e sucessão no tráfico

Brinquedos para as crianças: assistencialismo é uma das marcas de Peixão no Complexo de Israel — Foto: Reprodução

Essa transição na adolescência aconteceu no tempo em que Parada de Lucas era comandada por José Roberto da Silva Filho, o Robertinho de Lucas. Ícone do "assistencialismo bandido", deixou uma marca não só na favela que controlou, mas na própria facção Terceiro Comando Puro (TCP).

Robertinho evitava confrontos com a polícia a todo custo. Pagava propinas para não ser incomodado e fazia benfeitorias sempre tentando angariar a simpatia de moradores. Fez escola assim.

No início dos anos 2000, passou o comando de Lucas para Cauã da Conceição Pereira, o Furica ou Falcão. Robertinho acabou assassinado em 2005, num crime jamais esclarecido.

Furica, então, colocou em prática o plano de expansão dos poderes de sua quadrilha. No fim daquele mesmo ano, segundo denúncia de moradores, o traficante alugou um caveirão da PM, sequestrou e matou oito jovens na vizinha Vigário Geral. Os corpos jamais apareceram – outra marca registrada do tráfico da região.

Furica chegou a ser preso no início de 2006, mas logo foi solto. E já tinha como um de seus seguranças um menino franzino que usava radiotransmissor na cintura e uma bolsa atravessada. E foi Furica que deu início a essa relação de Peixão com pastores que perdura até hoje.

Em uma operação, a Polícia Civil matou Furica, em agosto de 2008. Em seu lugar, ficou José Carlos Lopes, o Chopp, morto em um golpe interno em 2010. A favela, então, ficou sob o controle de Ronaldo atocha Dias da Silfa, o Tião.

De acordo com investigadores, as traições internas – resultando em outras mortes de lideranças do crime na região, como Branco, Targino – fizeram com que Peixão se afastasse da favela.

Corrupção policial

Foi morar com a mãe em Maricá, chegou a trabalhar por um período - até ser capturado por policiais corruptos, segundo apurou o g1. Pagou pela liberdade e, mais tarde, voltou para a favela ao lado de Tião, que logo saiu.

Peixão não tem registro oficial de prisão nos arquivos da polícia. Sua primeira anotação criminal foi em 2015, num relatório que já o tratava como novo chefão de Parada de Lucas.

Hoje são 50 registros em sua folha, com 20 mandados de prisão por crimes como tráfico, homicídio, tortura, assaltos e ocultação de cadáver.

Ponte que liga duas comunidades do Complexo de Israel foi erguida pelo tráfico — Foto: Reprodução/Globo

As acusações de pagamento por proteção são muitas. Peixão reza da cartilha de Robertinho de Lucas e Furica nessa relação promíscua com maus policiais. E a própria invasão da Cidade Alta, em 2016, contou com certa conivência dos homens da lei.

Usando um drone para mapear o território inimigo, ele se preparou durante meses para o ataque. Tomou o controle do conjunto habitacional em outubro daquele ano. Em maio de 2017, o Comando Vermelho mandou mais de 100 homens para uma tentativa de retomada.

A PM impediu. Prendeu mais de 45 criminosos, apreendeu 33 fuzis e garantiu a Peixão a manutenção do território. Oito PMs chegaram a ser presos na época, mas o processo ainda se arrasta na Justiça.

A fuga na Dutra

Em agosto de 2017, Peixão, por pouco, não foi preso na Rodovia Presidente Dutra, quando voltava de uma viagem. No mês anterior, ele tinha viajado com a mulher, dois filhos e dois pastores para o Sul do país.

Usando o nome de Antônio Neto, ele se apresentava como empresário de jogador de futebol. Com essa identidade falsa embarcou para Florianópolis, onde fez sua primeira parada. Lá, ele e um dos pastores foram a uma concessionária de carros e compraram um Nissan Kicks zero quilômetro. E seguiram viagem.

Em viagem ao Sul, Peixão usou o nome de Antonio Neto e se dizia empresário de jogadores de futebol — Foto: Reprodução

A investigação da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) foi seguindo o rastro do bandido. Chegaram a uma pousada dias depois de ele ter deixado o local.

“Eles passaram pelo Rio Grande do Sul e chegaram a ir até o Uruguai”, conta um investigador.

Foi na volta desse passeio que os policiais chegaram perto de sua captura. Os agentes estavam em uma outra operação, no Jacarezinho, quando receberam a informação de que Peixão estava voltando do Sul. Correram para a Rodovia Presidente Dutra, prepararam uma blitz, mas Peixão conseguiu trocar de carro.

Parou num posto de gasolina, na altura de Vilar dos Teles, e entregou o Kicks para um homem de sua confiança. Quando os policiais pararam o carro, o traficante não estava dentro. O veículo estava sendo dirigindo por um policial militar. Peixão tinha entrado num outro veículo, um Linea, e escapou do cerco.

Sumiço de corpos

Quadrilha aterroriza moradores da região de Brás de Pina, Cordovil e Parada de Lucas

Quadrilha aterroriza moradores da região de Brás de Pina, Cordovil e Parada de Lucas

Um levantamento do RJ2 com moradores e policiais apontou que pelo menos 25 pessoas desapareceram nos últimos oito anos, em bairros e favelas da região do Complexo de Israel.

Alguns dos desaparecidos são pessoas inocentes, trabalhadoras, que disseram "não" para os traficantes (veja quem são as vítimas).

Policiais civis afirmam que o medo atrapalha as investigações. Muitas famílias não registram os casos. Algumas investigações levam anos pra terminar, outras nem começam.

Fonte: https://g1.globo.com/

PF prende ex-deputado Isaac Alcolumbre em operação contra tráfico internacional de drogas no Amapá

1 A Polícia Federal cumpriu 19 mandados de prisão no âmbito da operação Vikare, deflagrada nesta quarta-feira (20), que investiga grupo criminoso que atua com o tráfico internacional de drogas. Entre os presos, está o ex-deputado estadual pelo Amapá, Isaac Alcolumbre, primo do senador e ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Davi não é investigado na operação.

A operação também cumpriu 51 mandados de busca e apreensão em cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Pará, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Ceará e Piauí.

Batizada de Vikare, a ação partiu de investigação no Amapá iniciada em maio de 2020 que identificou que o Amapá era um ponto logístico da organização criminosa. Esquema usava aeronaves e empresas para mascarar o transporte de entorpecentes entre vários estados e países da América do Sul.

Um aeródromo na capital Macapá - de propriedade de Isaac Alcolumbre - funcionava como local de abastecimento e manutenção das aeronaves – a maioria de pequeno porte.

Em nota à imprensa, o ex-deputado negou as acusações de tráfico de drogas completando que "não está envolvido em nada". Detalhou ainda que comunicou "por vezes" à polícia sobre suspeitas, porém não detalhou os crimes.

"Com relação a outras acusações das quais ainda não tenho informações faremos a defesa no momento oportuno. Tenho um hangar (aeródromo), onde recebo várias aeronaves diariamente, por vezes já comuniquei a polícia sobre suspeitas, inclusive proibido pouso e decolagem", diz a nota.

Isaac Alcolumbre, foi deputado estadual pelo Amapá — Foto: Alap/Divulgação

Isaac Alcolumbre, foi deputado estadual pelo Amapá — Foto: Alap/Divulgação

O estado recebia os aviões vindos principalmente da Colômbia e Venezuela, que depois seguiam com as drogas para várias regiões do Brasil.

O órgão também informou que foi pedido o sequestro de bens de 68 investigados, entre aeronaves, embarcações e o bloqueio de R$ 5,8 milhões em bens.

Como começou a investigação

O fato que motivou toda a operação aconteceu após a descoberta de destroços de um avião em maio de 2020 numa área isolada do município de Calçoene, no extremo norte do Amapá.

Operação Vikare - Ação visa uso de aeronaves para transporte de drogas — Foto: Polícia Federal/Divulgação

A PF monitorava movimentações suspeitas de aeronaves quando encontrou os destroços. A investigação apontou que o veículo foi incendiado de propósito para esconder a prática.

No local onde o avião foi achado, outros indícios do tráfico de drogas foram percebidos, como uma vala destinada ao armazenamento das drogas.

Daí então, foi descoberta uma cadeia de ocorrências que levou à identificação dos envolvidos, entre eles, o fato de que outra aeronave pousou em Calçoene para transportar os tripulantes e carga do avião incendiado.

Operação Vikare - dinheiro e armas apreendidas em ação que ocorre emq 9 estados — Foto: Polícia Federal/Divulgação

Esta segunda aeronave teria sido vendida, em novembro do ano passado, para uma pessoa presa no Pará com 450 quilos de skank, espécie de maconha com maior concentração de substâncias psicoativas.

O avião partiu do mesmo aeródromo em Macapá alvo das investigações. Além de oferecer o apoio logístico, a pista de pouso contava ainda com um sofisticado "serviço" de manutenção com fornecimento de mecânicos, pilotos e operadores financeiros.

"O local também foi utilizado como ponto de apoio para realização dos preparativos da aeronave de modo a deixá-la em condições para voar com autonomia para longas distâncias, como retirada de bancos, fornecimento de combustível em carotes, o que é proibido, e assim trazer a maior quantidade de drogas possível", informou a Polícia Federal.

Operação Vikare - quantia em dinheiro apreendida pela PF — Foto: Polícia Federal/Divulgação

Além das aeronaves, a operação descobriu que empresas de fachada em outros estados integravam o grupo criminosos para ocultar o dinheiro captado ilegamente.

Entre as empresas identificadas, está uma do ramo de cosméticos com sede em Sorocaba, em São Paulo. Foi identificado que a proprietária, uma colombiana, usava produtos químicos da empresa para auxiliar no refino de drogas.

Crimes como tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro podem ser atribuídos aos investigados, caso indiciados. Penas podem somar até 51 anos de prisão e pagamento de multa.

Além dos mandados de prisão e busca e apreensão, a Justiça Federal determinou a apreensão de 95 veículos entre carros, motos e caminhões, além de 3 aeronaves, 19 embarcações, indisponibilidade de imóveis de 41 pessoas físicas e jurídicas e o bloqueio de R$ 5,8 milhões em ativos financeiros de investigados.

Fonte: https://g1.globo.com

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