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PF não tem pista de megatraficante solto pela Justiça por causa da covid-19

Divulgação/Pixabay Em 21 de julho de 2020, quando assinou o alvará de soltura na Penitenciária 1 de Mirandópolis (SP) para cumprir prisão domiciliar, o megatraficante Suaélio Martins Lleda, 56, prometeu ir direto para seu apartamento, no 11º andar de um condomínio na praia do Gonzaga, em Santos. Ele é ligado ao PCC (Primeiro Comando da Capital), maior facção criminosa do país.

Suaélio não cumpriu a palavra e, segundo a Divisão de Capturas da Polícia Civil de São Paulo, nunca foi visto no edifício. Ele está foragido há um ano e é caçado também pela Polícia Federal. As suspeitas são de que esteja refugiado na Bolívia ao lado de outros narcotraficantes brasileiros.

Colunistas do UOL

Condenado a 41 anos por tráfico de drogas, associação para o tráfico e falsidade ideológica, o criminoso foi solto por determinação do desembargador França Carvalho, da 13ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Decisão monocrática

Em decisão monocrática, o desembargador havia autorizado Suaélio a cumprir prisão domiliciar, até o julgamento de um habeas corpus, porque advogados do preso alegaram que ele era portador de hipertensão arterial sistêmica e do grupo de risco para covid-19.

O Ministério Público Estadual recorreu da decisão. No dia 27 de julho de 2020, a 13ª Câmara de Direito Criminal cassou a liminar e mandou expedir um novo mandado de prisão contra Suaélio. Porém, já era tarde. O narcotraficante havia fugido.

No pedido de liminar, os advogados do presidiário sustentaram que a vida dele corria risco "por causa das péssimas condições de higiene e habitação do presídio e também pelo parco atendimento médico dispensado aos encarcerados".

Os defensores também alegaram que a Penitenciária 1 de Mirandópolis, com capacidade para 1.244 presos, abrigava à época 2.221. Na avaliação dos advogados, a superlotação na unidade era mais um risco efetivo para o prisioneiro ser contaminado pelo coronavírus.

Quatro dias antes de assinar o alvará de soltura, o juiz Henrique de Castilho Jacinto, da Vara das Execuções Criminais de Araçatuba, responsável pela jurisdição de Mirandópolis, havia indeferido o pedido de prisão domiciliar, argumentando que Suaélio recebia tratamento médico adequado na prisão.

Muitas posses

Segundo o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Presidente Prudente, Suaélio é um dos criminosos com maior poder aquisitivo e isso pode dificultar a recaptura do foragido.

O narcotraficante estava preso desde 2014, quando foi deflagrada a Operação Oversea, desencadeada pela Polícia Federal. As investigações apontaram que ele chefiava uma quadrilha responsável pela exportação de toneladas de drogas mensais para a Europa via porto de Santos.

Suaélio também era investigado por lavagem de dinheiro e por manter ligações com doleiros, um deles envolvido na Operação Lava Jato. De acordo com a PF, o narcotraficante adquiriu vários imóveis, inclusive um sítio de alto padrão em Mogi das Cruzes (SP).

Agentes federais fotografaram a propriedade durante as investigações da Operação Oversea. As fotos divulgadas na ocasião pelos policiais mostram quadra de tênis e de futebol, piscina, deck, jardim ornamental e até um lago natural.

Além de Suaélio foram condenados na Operação Oversea os narcotraficantes André Oliveira Macedo, o André do Rap; Moacir Levi Correia, o Bi da Baixada; e Anderson Lacerda Pereira, o Gordo. Todos acabaram soltos, mas tiveram a liberdade cassada e continuam foragidos.

Lincoln Gakiya acredita que os quatro narcotraficantes, todos ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital), a maior facção criminosa do Brasil, estejam escondidos em regiões de montanha na Bolívia sob a proteção de militares corruptos daquele país.

Fonte: https://noticias.uol.com.br

Polícia Federal faz operação para combater 'bocas de fumo virtuais'

Cinco perfis no Instagram foram bloqueados por suspeita de que eram usados para vender drogas - Getty Images Em São Paulo foi deflagrada hoje uma operação da PF (Polícia Federal) para combater as chamadas "bocas de fumo virtuais" e o tráfico de drogas. Cerca de 70 policiais cumprem nesta manhã 17 mandados de busca e apreensão no estado paulista, no Paraná e em Minas Gerais.

A Justiça de São José do Rio Preto (SP) acatou um pedido da PF e bloqueou cinco perfis no Instagram, acusados de vender drogas pela internet. Segundo informações da PF, algumas contas na rede social comercializavam um grama de maconha híbrida por até R$ 150.

A entrega era feita pelos Correios. A apuração da polícia indica que nem todos os que compravam as drogas pela internet eram usuários e acredita que pessoas de São José do Rio Preto adquiriam entorpecentes para revendê-los.

Nas buscas feitas esta manhã, foram apreendidas drogas e dinheiro. Os responsáveis, segundo a PF, estão sendo encaminhados para delegacias. Os acusados poderão responder por crimes de tráfico de drogas e de associação para o tráfico.

Fonte: https://noticias.uol.com.br

PCC lucra mais com crack na cracolândia de SP do que com cocaína em Higienópolis

Investigação da Polícia Civil aponta que crack é vendido por até R$ 45 mil/kg, ante R$ 30 mil da cocaína em bairros nobres 

 Um trabalho de infiltração da polícia de São Paulo revela que, atualmente, os criminosos da facção criminosa PCC conseguem obter um lucro muito maior com a venda do quilo do crack na região da cracolândia, no centro da cidade, do que com o comércio de cocaína nas regiões nobres da capital.

A informação faz parte do mais recente Relatório de Inteligência da Polícia Civil de São Paulo, obtido pela Folha. O documento foi produzido ao final de quatro meses de trabalho de quatro policiais que se passaram por usuários de droga na cracolândia, em uma investigação de combate ao tráfico na região.

De acordo com o documento, o quilo do crack está sendo comercializado no varejo pelos criminosos por até R$ 45 mil. Em comparação, traficantes conseguem até R$ 30 mil com o quilo de cocaína em regiões nobres de São Paulo, como Higienópolis, Pinheiros ou Itaim Bibi –mesmo quando a cocaína tem alto grau de pureza, segundo especialistas.

Espécie de sobra da produção da cocaína, o crack por muito tempo foi visto com certo temor pelo próprio PCC. Os chefes da facção proibiram por anos o acesso desse tipo de droga ao sistema penitenciário por causa de seu alto poder destrutivo.

Embora seja subproduto da cocaína, seu valor elevado na cracolândia decorre de dois fatores: a falta de concorrência (só o PCC pode vender ali) e a sensação de segurança que os usuários sentem ao comprar e consumir entorpecentes no local sem serem incomodados pela polícia.

“Por mais incrível que pareça, a pessoa tem a segurança de consumir na cracolândia. Olha que absurdo, que contrassenso. Ali, eles têm a polícia em volta. A GCM [Guarda Civil Metropolitana] e a Polícia Militar. Além de comida, serviço social. Eles têm ali todo um aparato público em que a pessoa tem a segurança de consumir muito maior do que em um biqueira”, disse o delegado Roberto Monteiro, delegado seccional da região central.

 As primeiras notícias da presença do PCC na cracolândia, da região central, surgiram ao menos desde 2015. Atualmente, segundo a investigação, a facção mantém no local criminosos que alugam barracas e garantem a segurança dos usuários com os chamados “disciplinas” –que podem até matar infratores.

“Creio que isso [o alto valor] se explica pelo controle de mercado exercido pelo PCC sobre a cracolândia: como a facção monopoliza o fornecimento do crack naquela área, consegue impor preços altos sem sofrer perda na demanda, que tradicionalmente é intensa”, disse Allan de Abreu, autor do livro “Cocaína – A Rota Caipira” e “Cabeça Branca – Caçada ao Maior Narcotraficante do País”.

O relatório obtido pela Folha deu base à operação “Caronte”, realizada pela polícia no último dia 18, quando 500 policiais foram à cracolândia e outros endereços em São Paulo para cumprirem 11 mandados de prisão e 14 mandados de busca e apreensão. Até agora, oito pessoas foram presas.

Ainda segundo a investigação, são mantidas na cracolândia cerca de 36 barracas para venda de drogas, principalmente o crack, divididas em três lotes, batizados de vagões. A venda de droga no local funciona 24 horas por dia –estima-se uma venda ali de 12 quilos de crack diariamente.

“Nós chegamos a uma projeção de R$ 200 milhões de lucro”, disse o delegado.

Além dos dependentes químicos que usam a droga em qualquer lugar, apelidados pela vizinhança de “mortos-vivos”, há também, segundo a polícia, pessoas de classe média que alugam quartos de hotéis na região para consumir o entorpecente sem risco de prisão.

“Muitos dos usuários também buscam esses hotéis para terem um atendimento VIP. São estabelecimentos simples, mas eles ficam hospedados ali e recebem por delivery cocaína, maconha e crack e ainda pedem por aplicativos a comida que eles querem”, disse o policial.

Por fim, o delegado afirma que a situação dos usuários da cracolândia é caso de saúde, mas esse olhar humanitário não deve ser estendido aos traficantes.

“O social deve ser aplicado para o usuário, o dependente químico, aquele que precisa de socorro, que está degradado física e psicologicamente. O traficante merece cadeia e não um, digamos, beneplácito ou negligência do poder público. É cadeia, porque precisamos acabar com aquilo”, afirmou.

 Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

Usar drogas faz parte do direito a buscar a felicidade, defende neurocientista

Ver a imagem de origem Todos temos direito à vida, à liberdade e à busca pela felicidade. A ideia, a princípio pouco controversa, está expressa na Declaração de Independência dos Estados Unidos, de 1776. Mas e se a sua busca pela felicidade incluir usar drogas como maconha, cocaína, crack, metanfetamina, psilocibina ou qualquer outra? Aí não pode, diz a maioria dos governos pelo mundo afora.

Adultos responsáveis deveriam poder fazer suas próprias avaliações de risco e benefício e decidir quais substâncias ingerir sem interferência dos governos, argumenta o neurocientista americano Carl Hart, 54, professor da Universidade Columbia, em Nova York, em seu novo livro "Drogas para Adultos" (ed. Zahar).

Ele revela na obra que faz uso de crack, opioides e metanfetaminas, entre outros. Parte do texto é dedicado a contar essa sua experiência não só a título de curiosidade mas para que mais pessoas que fazem uso recreativo ou ocasional de drogas "saiam do armário", o que na visão dele ajudaria a amenizar o estigma colado a algumas dessas substâncias.

"Como sociedade, não podemos dizer que não gostamos das pessoas porque elas são pobres ou negras, então temos que delinear atividades para poder dizer que as pessoas que as praticam são indesejáveis. E o uso de drogas é ideal para isso. É uma forma indireta de demonizar certos grupos e manter a ordem social", diz ele.

Hart vê a separação das drogas ilícitas em categorias de acordo com sua suposta periculosidade ou poder de causar adicção como artificial e pouco embasada na ciência, e usada com frequência por políticos e formadores de opinião para justificar práticas racistas.

A trajetória da maconha nos Estados Unidos pode ajudar a entender esse argumento do cientista. Há algumas décadas, era retratada como causadora de dependência e destruidora de cérebros, além de ser apontada como causa da criminalidade e da degradação de bairros inteiros, geralmente negros e pobres. Milhões de pessoas foram presas por tráfico ou uso, na sua maioria negras, sem falar nas vidas perdidas na guerra às drogas.

Hoje, a cânabis é legal para uso medicinal em 36 estados dos EUA e recreativo em 16 deles e é difícil achar quem aponte grandes malefícios relacionados à substância; pelo contrário, cada vez mais pesquisas indicam benefícios à saúde com seu uso.

Nos estados em que o uso recreativo é legalizado, fumar ou ingerir maconha socialmente tornou-se perfeitamente aceitável. "Quando mães de classe média brancas dos subúrbios dizem que algo é aceitável, aí tudo bem", diz Hart.

No entanto, o estigma atrelado a outras substâncias como crack e opioides persiste. "A maioria dos usuários de drogas não vai desenvolver problemas de dependência. E todas as substâncias têm algum poder de causar adicção, mas isso não significa que devam ser proibidas", afirma o neurocientista.

"Aqueles que racionalizam seu uso pessoal com justificativas do tipo 'eu só uso maconha e psicodélicos, que não causam dependência, não uso drogas pesadas' só estão querendo sinalizar que se acham especiais", argumenta Hart, e assim contribuem para perpetuar os estigmas e estereótipos.

Nesse ponto o leitor pode estar se perguntando por que alguém ia querer usar heroína ou crack no seu dia a dia. Todas as substâncias que alteram a mente, do tabaco e álcool à morfina, passando por LSD e ayahuasca, trazem sensações prazerosas como euforia, energia, desinibição, relaxamento, acolhimento e tantas outras; ajudam na introspecção e no autoconhecimento; ou simplesmente ajudam a tornar a vida mais tolerável.

O americano fala em reequilibrar a discussão sobre as drogas, em que essa dimensão positiva é frequentemente esquecida e os perigos exagerados.

Mas e as crianças, como protegê-las se todas as drogas forem legalizadas? "Temos várias atividades que só são permitidas a adultos, como dirigir. Não podemos banir tudo só por causa das crianças. A política de drogas não pode substituir a responsabilidade dos pais. Não podemos deixar o Estado criar nossos filhos, porque sabemos que, quando o Estado faz isso, ele é demasiado punitivo com quem está na base da pirâmide", opina Hart.​

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

Mãe deixa bebê de 2 meses como ‘garantia’ em boca de fumo e perde a guarda da criança em MT

Bebê de dois meses foi resgatado nesta terça-feira (8) depois de ser abandonado em uma boca de fumo em Pontes e Lacerda — Foto: Divulgação Mãe não foi localizada pela polícia e a criança foi encaminhada para um abrigo. MPE pediu retirada da guarda após atitudes de negligência da mulher que tem outros 5 filhos que não estão com ela também.

Um bebê de dois meses foi resgatado depois de ser abandonado na terça-feira (8) em uma boca de fumo em Pontes e Lacerda, a 487 km de Cuiabá.

Segundo informações da Polícia Militar e da Polícia Civil, a mãe, de 28 anos, é usuária de drogas e deixou a criança no local como ‘garantia’ de que retornaria para pagar uma dívida com os traficantes.

A denúncia chegou ao Conselho Tutelar que, com apoio da Polícia Militar, foi até o ponto de venda de drogas e resgatou o bebê. A mãe não foi localizada até esta quarta-feira (9).

A boca de fumo funciona em uma casa no bairro Residencial Vera. Duas mulheres estavam com a criança e não assumiram que a pegaram como garantia do pagamento.

Elas alegaram que a mãe pediu para que elas cuidassem do bebê. A mãe da criança e as duas mulheres têm antecedentes criminais por tráfico no Mato Grosso. O bebê foi levado ao Lar de Apoio à Criança (LAC) de Pontes e Lacerda.

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Segundo a delegada Bruna Caroline Laet, foi aberta uma investigação para apurar o crime previsto no artigo 238, do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA): prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa.

“Nessa situação repugnante, a mãe de um bebê o entregou em uma boca de fumo como garantia que retornaria para pagar. A criança foi, de certa forma, um pagamento pela droga adquirida. Nas investigações vamos apurar a conduta da mãe e das pessoas que receberam o bebê como pagamento”, disse a delegada.

Justiça retira guarda da mãe

Um dia antes, na segunda-feira (7), o juiz Cláudio Deodato Rodrigues Pereira, da 2ª Vara de Pontes e Lacerda, havia retirado temporariamente a guarda da criança da mãe.

A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público de Mato Grosso (MPE) que já tinha conhecimento das atitudes de negligência da mãe.

A suspeita é usuária de drogas há 10 anos e tem cinco filhos. Com exceção do bebê, todos foram retirados do convívio dela.

O primeiro morreu aos 2 anos, o segundo e o terceiro estão com pessoas que não são da família dela. Uma quarta criança está em um abrigo.

O MPE soube que ela estava frequentando bocas de fumo com o filho recém-nascido e entrou com o pedido na Justiça de Mato Grosso.

De acordo com a Justiça, o bebê estava sob os cuidados da avó materna que tem problemas cardíacos e não pode cuidar com o neto.

Fonte: https://g1.globo.com

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