MP denuncia agente suspeito de tentar entregar 'kit cadeia' a presos de penitenciária de Foz do Iguaçu

 Segundo a procuradoria, servidor facilitou a entrada de 18 celulares, 22 carregadores e oito memórias para celular, além de fumo, giletes e isqueiros.

n2101 Um agente penitenciário foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MP-PR) por tentar entregar objetos proibidos a presos da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu 2 (PEF2), no oeste do Paraná.

Segundo a ação por improbidade administrativa ajuizada na quinta-feira (18), em fevereiro o servidor facilitou a entrada de 18 celulares, 22 carregadores e oito memórias para celular, além de fumo, giletes e isqueiros.

As investigações da 6ª Promotoria de Justiça de Foz do Iguaçu indicam que para facilitar a entrada dos objetos, o agente deixou de revistar a bolsa de uma visitante e a colocou em um local onde ficam os produtos já vistoriados e que são entregues aos presos, como alimentos permitidos. 

  Os materiais só não chegaram aos presos porque outros servidores, desconfiados da conduta do agente, impediram que a bolsa seguisse até as galerias.

Conforme a ação, o servidor desrespeitou normas de segurança da penitenciária e em especial Estatuto dos Funcionários Civis do Poder Executivo do Estado do Paraná.

Na época, o agente foi encaminhado para a delegacia da Polícia Civil, onde foi ouvido e liberado após assinar um termo circunstanciado. Uma investigação interna também apura o caso.

Caso as irregularidades sejam comprovadas, o agente pode perder a função pública. Atualmente ele está lotado na Penitenciária Central do Estado 2, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.

Segurança

Em nota, o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) destacou que a entrada de celulares e outros objetos proibidos em unidades penais, além de ilegal, atenta contra a segurança de quem trabalha no local.

"A categoria não coaduna com qualquer prática ilegal que eventualmente possa ser cometida por algum servidor. Tanto é assim que quando acontece algum caso semelhante quase sempre o flagrante é feito pelos próprios agentes penitenciários", reforçou. 

Fonte: G1