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Homem abre fogo em universidade do Oregon; número de mortos é incerto

 

atirador Oregon
Estudantes são revistados na na Umpqua Community College após atentado (Foto: Mike Sullivan/Roseburg News-Review via AP)

Um atirador disparou nesta quinta-feira (1º) na Umpqua Community College, faculdade comunitária no estado do Oregon, nos Estados Unidos. A faculdade, que fica a 9,7 km da cidade de Roseburg, foi fechada. A polícia foi ao local, houve troca de tiros com o suspeito e ele morreu.

O xerife do condado de Douglas, John Hanlin, deu uma coletiva de imprensa, mas não divulgou o número de mortos. Ele informou apenas que o atirador era um homem que foi localizado em uma sala de aula. Segundo o xerife, houve troca de tiros, e o suspeito foi morto. Os policiais não ficaram feridos. A governadora do Oregon, Kate Brown, disse em pronunciamento em Portland que o atirador tinha 20 anos.

VEJA TAMBÉM: Repórter e cinegrafista são assassinados, ao vivo, durante entrevista nos EUA

Até o momento o número de mortos no incidente não está claro. A rede CNN informa que 10 pessoas morreram e 20 ficaram feridas com os disparos. Já a agência Reuters diz que a imprensa local informa 15 mortos citando a polícia do Oregon. O procurador-geral do estado disse à afiliada da rede NBC em Portland que 13 pessoas morreram.

Os feridos foram transportados para receber atendimento médico. Outros estudantes e fucionários da faculdade foram levados de ônibus para encontrar familiares.

O gabinete do xerife do condado de Douglas diz em comunicado que recebeu relatos do tiroteio às 10h38 locais (14h38, pelo horário de Brasília).

“Aproximadamente às 10h38, recebemos relatos de um tiroteio no Umpqua Community College. As unidades da polícia de várias jurisdições responderam. Estudantes e professores estão sendo transferidos para o Douglas County Fairgrounds e podem ser encontrados lá. Não temos mais informações neste momento”, afirma a nota do gabinete.

A polícia do estado informou em comunicado apenas que um atirador atuou no local que ele não representa mais uma ameaça para a comunidade.

A rede CNN informa que a faculdade tem alunos com idade média de 38 anos. Não é uma faculdade tradicional, mas uma instituição para pessoas que estão mudando de carreira para atividades mais técnicas, como enfermagem.

Segundo a Every Town for Gun Safety, uma iniciativa que luta pela diminuição da violência decorrente de armas de fogo, o ataque no Oregon foi o 45º em instituições de ensino nos EUA somente em 2015. A Casa Branca informou que o presidente Barack Obama foi informado sobre o incidente e que ele continuará recebendo atualizações do caso durante o dia.

Lei no Oregon

O Oregon é um dos estados americanos que permitem a entrada com armas de fogo no campus das universidades públicas – as instituições podem proibi-las apenas dentro dos edifícios.

Em 2011 a Justiça decidiu que as universidades e escolas públicas do Oregon não tinham mais autoridade para proibir a entrada com armas em seu espaço físico.

A lei permite que cada instituição restrinja armas somente dentro dos edifícios, alojamentos, centros de eventos e salas de aula.

A regra não vale para universidades privadas, que ainda têm o direito de proibir as armas em todo o seu espaço.

informações de Reuters, CNN, G1 e UOL

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Eduardo Cunha deveria seguir o exemplo de Romário

Posted: 01 Oct 2015 01:06 PM PDT

Eduardo Cunha conta secreta Suíça
Suíça bloqueia e envia ao Brasil detalhes de conta secreta que seria de Eduardo Cunha (divulgação)

Autoridades da Suíça enviaram ao Brasil dados de contas secretas que, segundo a Procuradoria-Geral da República, são do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e de familiares. A descoberta da conta ocorreu após a realização de um pente-fino nas transações de operadores do esquema de corrupção na Petrobras.

Os dados das contas secretas que teriam Cunha como beneficiário já foram repassados ao Ministério Público Federal no Brasil, assim como os detalhes de quem fez depósitos. As autoridades suíças prometeram divulgar mais informações em breve.

Nesta quarta-feira (30), Cunha voltou a se negar a dizer se ele e familiares têm contas bancárias na Suíça.

“Querido, eu não vou comentar. Na medida que dizem que tem alguma coisa, vamos esperar que apareça. Não vou comentar, não vou cair na armadilha de dar para você qualquer tipo de lide [principal informação de uma reportagem] dessa situação”, afirmou Cunha, em entrevista coletiva.

Para o jornalista político Paulo Nogueira, se honesto fosse, Cunha deveria seguir o exemplo de Romário. Acusado recentemente — e de maneira leviana — pela revista Veja de ter R$ 7,5 milhões em conta secreta na Suíça, o senador pelo PSB foi até o país europeu e provou que a revista estava mentindo (relembre aqui).

“Por que Eduardo Cunha não faz como Romário e vai para a Suíça provar que não são suas as contas que lhe são atribuídas? Bem, porque não dá. Simplesmente não dá. Não que houvesse dúvidas, mas Cunha reforçou as certezas ao dizer, numa coletiva na noite de ontem, que se recusava a falar sobre elas”, escreve Nogueira, em texto publicado no DCM.

Confira outros trechos do texto:

Por que Cunha não faz na Suíça o que tem feito costumeiramente no Brasil, manobrar nos bastidores para mudar uma decisão?

Ele fez isso, no Congresso, mais de uma vez. E agora, praticamente com a tornozeleira nos pés, trama para desfazer uma decisão conjunta do Planalto e do STF para por fim ao financiamento privado de campanhas.

A gambiarra seria uma PEC que, como por mágica, permitiria a continuação da fonte original de corrupção no país – o dinheiro que as empresas colocam em seus candidatos.

Eduardo Cunha simboliza isso. Sem esse dinheiro ele não seria nada.

O financiamento privado é a forma como a plutocracia toma a democracia.

O caso das contas na Suíça serve também para uma conclusão pouco engraçada.

É uma vergonha para a mídia, para Moro, para a PF e para Janot que o golpe fatal em Cunha tenha vindo dos suíços. Sinal do despudor da imprensa, um colunista da Veja escreveu que espera que Cunha derrube Dilma antes de ser preso.

(…)

Romário, com sua viagem à Suíça, criou um padrão de conduta para reagir a assassinatos de caráter como o que sofreu da Veja.

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Como a relação com a minha mãe mudou depois do feminismo

Posted: 01 Oct 2015 12:33 PM PDT

mãe filha feminismo

Vanessa Fogaça Prateano*, Revista Fórum

Não foi fácil escrever este texto. Pensei nele milhares de vezes antes de iniciá-lo. Talvez o derradeiro empurrão tenha sido um texto da minha amiga e companheira de militância Xênia Mello, sobre a relação dela com a mãe negra e empregada doméstica, texto por sua vez motivado pelo filme “Que horas ela volta?”, de Anna Muylaert.

Este texto não é definitivo, pode gerar ruídos, más impressões e tudo mais. Mas ele é honesto, doloroso e libertador.

Eu tenho 26 anos, farei 27 no próximo domingo. Minha mãe tem 48 anos. Nossa relação é intensa, complicada, marcada por grande cumplicidade e admiração recíproca, como muitas relações entre mãe e filha.

Não sei se ela lerá isto aqui, mas talvez pessoas próximas e parentes leiam e comentem, ou mostrem o texto a ela.

O feminismo mudou a minha relação com a minha mãe. Eu passei a vê-la de forma mais crítica, e também mais humana. Eu passei a valorizar mais a minha mãe, embora essa valorização tenha uma grande carga paradoxal, pois é admiração calcada em sacrifícios que ela não deveria ter feito.

Minha mãe ficou órfã de mãe por volta dos 6 anos de idade, no início dos anos 70. O pai, então, a mandou ir morar com uma cunhada, irmã da minha falecida avó — que morreu de leucemia ao dar à luz o sexto filho. Minha mãe e uma tia, mais jovem do que minha mãe, passaram a morar na fazenda dos tios, no interior de São Paulo, num distrito de Itapeva, no sudoeste do estado, chamado Guarizinho. E ali se iniciou uma história comum a tantas meninas brasileiras e além.

Minha mãe trabalhava em minas de carvão. E fazia o serviço doméstico. Eu me lembro de ela dizer que uma das imagens e lembranças mais bonitas de sua infância era o clarão que as chamas dos fornos faziam quando eram abertos, o que me provocou imensa tristeza, pois era uma memória associada a um trabalho que ela não deveria estar fazendo.

E de dizer sempre que sua tia era capaz de esfregar-lhe o rosto na privada e fazê-la limpar novamente caso a limpeza não estivesse a contento. Ela acordava de madrugada para fazer comida para os “camaradas”, os homens que trabalhavam na fazenda, e cozinhava em cima de um banquinho, pois mal alcançava o fogão a lenha.

Não brincava, não ia à escola, não recebia visitas, não tinha afeto, nunca foi pega no colo. Não foi criança. Não ia ao dentista e a instrução da tia era para que todos os dentes das crianças que estivessem doendo fossem arrancados, assim não precisava pagar pelo serviço profissional. Por ironia ou graça da vida, minha irmã em breve se formará dentista.

Quando finalmente conseguiu fugir do lugar, voltou para a cidade e foi trabalhar na casa de um casal conhecido. A patroa implicava com suas roupas, a fazia comer na cozinha e a impedia de ficar perto do patrão, pois ela não podia ficar no mesmo recinto em que ele estivesse. A patroa a seguia de perto.

Cansada de tudo aquilo, arranjou o segundo emprego; começou como babá e dormia na casa da família. Nem tinha o próprio quarto, pois dormia com as crianças. Nada de privacidade, de individualidade. Um dia fez a comida e os patrões gostaram. Passou a cozinhar e a limpar também, ganhando um pouco mais. Nunca teve registro assinado em carteira, mas sempre disse que era tratada como se fosse da família pelos segundos empregadores.

Em 1988, eu nasci e minha mãe deixou de trabalhar fora de casa, em casa de “família”.

Durante muito tempo eu achava estranho e às vezes irritante o fato de minha mãe gostar tanto de brinquedos. Ela cuidava dos nossos com o maior zelo. Às vezes mal podíamos brincar com eles, pois ficavam em cima do guarda-roupa apenas para serem apreciados. Cuidava com bastante zelo das minhas bonecas (as quais eu não apreciava muito), em especial o “Bonecão da Estrela” que eu havia ganhado em um aniversário, comprado com muito custo. Eu não entendia esse gosto da minha mãe por brinquedos, achava estranho, vergonhoso. Minha mãe, já adulta, gostar de brinquedo desse jeito? Nunca havia parado pra pensar que ela não teve sequer uma boneca de pano.

Também ficava brava por minha mãe não ter voltado a estudar e não ter insistido com meu pai quando ele disse que não havia necessidade. Eu achava interessante a vida do meu pai, o fato de ele não perder tempo com picuinha de criança ou com limpeza, de ler jornais toda noite, de entender de futebol e política. Minha mãe passava o dia limpando, não gostava de ler, adorava novela e era extremamente grata à tia que a humilhou, espancou e lhe tirou da escola. Aquilo me irritava e constrangia. “Ela me ensinou tudo o que eu sei”, ela dizia.

Eu me indignava com o que parecia uma resignação, eu, que sempre fiz questão de não calar nada, e dizia que não seria daquele jeito, resignada com o que a vida me trouxesse. Eu queria que minha mãe se levantasse, e gritasse, e tivesse uma outra vida.

Também me irritava tanta preocupação com limpeza e com a aparência, com o cuidar do corpo, estar sempre apresentável para os outros.

Aí eu me tornei feminista. No início, por volta dos 14 anos, uma feminista que resumia o movimento a salários iguais, acesso a profissões historicamente associadas aos homens e mais participação política. Eu continuava achando que mulheres, como minha mãe, que ficavam em casa, eram preguiçosas, pouco esforçadas e até mesmo exploradoras dos maridos, pobres coitados. Não via aquilo como trabalho. Não era uma vida interessante que uma menina que crescia nos anos 2000 deveria almejar, após tanta luta nas décadas anteriores.

Eu queria a vida das mulheres que eu aprendera a admirar por estudarem e trabalharem, e irem às ruas, intelectualizadas, politizadas.

Na minha infância, tínhamos acesso a poucas coisas. Brinquedos caros eram raros. Os marcantes dados por meu pai — na minha cabeça, quem me dava tudo era meu pai — foram o “Bonecão” e uma caixa de Lego. Eu queria muito frequentar escola particular, mas não havia qualquer condição, e eu me irritava. Tirar fotografia era coisa rara, pois revelar os filmes custava uma nota. E eu me perguntava por que minha mãe não “trabalhava” para que a gente tivesse uma vida melhor e com mais bens materiais.

Por mais que nós nos relacionássemos com pessoas como nós, com a mesma trajetória e mentalidade, de classe média baixa, as mães de minhas amigas tinham uma profissão — bancárias, comerciantes, enfermeiras, secretárias, professoras. A minha não, mas eu não tocava no assunto. Uma vez até menti que a minha era bancária, porque achava o termo bonito e porque não queria dizer que minha mãe “não fazia nada”, como sempre ouvi dizer em relação às mães que não trabalhavam “fora”. Ela também não gostava que mencionássemos que não terminou o ensino fundamental e eu nunca dizia que isso não era uma vergonha e que ela não tinha culpa.

Por muito tempo eu fui violenta, ingrata e arrogante com minha mãe, cheia de mim porque eu seria diferente, eu me esforçaria, iria para a escola e para a faculdade, eu faria diferente, eu leria livros e não ficaria dentro de casa apartando briga de filho e me preocupando se há vestígio de pó nos móveis.

Mas, por meio de muita porrada e também de amor de pessoas ao meu redor e até estranhas, o meu feminismo passou a ver além de salários iguais e acesso a profissões “masculinas”. Meu feminismo passou a considerar questões de classe e a ver a forma desvalorizada com a qual o serviço doméstico em casa e em casa dos outros é tratado. Aquele serviço que não é produtivo, que não tem valor. A trajetória de tantas meninas que são “dadas” para famílias em troca de comida e uma cama. E a questão racial por trás dessas trajetórias, num país onde o trabalho doméstico é herdeiro direto da mentalidade escravocrata e o quartinho de empregada é a nova senzala.

E eu passei a ver a minha mãe como a mulher forte que ela é, dona de uma resiliência, um humor, uma serenidade e uma inteligência ímpares, simples, pragmática, direta, um conhecimento e um modo de ser que não está nos livros que eu estudei, porque o conhecimento das mulheres nunca foi valorizado, porque trabalho de mãe não é trabalho.

Passei a vê-la como a pessoa sobre quem todos nós nos apoiamos e que permitiu ao meu pai trabalhar, ler jornal, debater política e ver futebol, meu pai, que deu tudo de si pelos filhos, mas que nada seria sem aquele trabalho invisível de minha mãe. A mim ser jornalista, mestranda em estudos de gênero, futura advogada. Um trabalho invisível, diário e desvalorizado que permitiu a outras mulheres, naquela época suas patroas, e agora eu, ter uma profissão e ir além do espaço doméstico que eu sempre rejeitei.

Mas eu não queria que fosse assim, pois meu objetivo não é, em si, louvar os sacrifícios de minha mãe. Nenhuma mulher deveria se sacrificar assim.

A trajetória de menina vítima de trabalho infantil, sem direito a escola, afeto, brinquedo e saúde, mesmo quando superada, não é motivo de orgulho em si, porque nenhuma pessoa deveria ser submetida a isso. A mentalidade meritocrática, de superação e perseverança esconde uma estrutura machista, elitista e racista que nos impede de ver que não superaremos esse cenário individualmente, com poucas histórias a serem contadas no Globo Repórter, e que darão a falsa impressão aos que estão no andar de cima de que, se fulano tem força de vontade, fulano consegue, e de que não há dívidas históricas a serem pagas a mulheres, negros, indígenas.

Por outro lado, essas histórias existiram e ainda existem. Vão existir por muito tempo. E elas precisam ser levadas em conta pelo feminismo. Elas precisam ser visibilizadas. Não adianta debater feminismo na academia e se esquecer de que há mulheres sacrificando suas vidas, seu tempo, lazer e a convivência com seus próprios filhos para que outras mulheres se libertem, seja sua mãe ou sua “empregada”. A libertação não será individual.

No fim, o que queria dizer é que o feminismo mudou minha forma de me relacionar com minha mãe, mas que foi preciso que esse feminismo mudasse a si mesmo antes de tudo. Que ele se tornasse interseccional. Inclusive, que ele fizesse o caminho de volta pra casa, que se voltasse um pouco para o espaço doméstico, quando durante toda a sua história o que ele queria era ir para o espaço público. Minha mãe não foi uma mulher que precisou ficar longe enquanto eu crescia, caso de milhares de outras, cuidando dos filhos dos outros. Mas ela sacrificou muita coisa por outras pessoas e também por mim e durante parte da minha militância ela ficou esquecida.

Meu objetivo aqui não é apontar caminhos, nem em uma direção nem em outra. Não é louvar de forma acrítica o trabalho doméstico e a maternagem como atividades primordiais da mulher, como se esse sacrifício fosse natural e maravilhoso, nem dizer que o ideal é que as mulheres tenham profissão e que a mulher que fica em casa é escravizada e vítima sempre. Os tempos mudaram. Há mudanças e fissuras e há permanências, estruturas. O que quero dizer é que nem todas já podem escolher, e que precisamos visibilizar o trabalho doméstico dentro do feminismo, sem demonizá-lo nem louvá-lo.

Precisamos falar sobre trabalho doméstico coletivizado, seja o cuidado com as crianças, seja com a alimentação e a limpeza. Precisamos falar sobre trabalho doméstico e questões raciais. Sobre a divisão igualitária de tarefas entre homens e mulheres, pais e mães, e além, porque a família não pode dar conta de tudo. Sobre qual mulher avança e qual mulher fica pra trás. Sobre a feminista e suas relações com sua mãe e com a trabalhadora doméstica que trabalha em sua casa.

Que o feminismo permita às mulheres amar a admirar as mulheres ao seu redor como eu aprendi a amar e a admirar minha mãe e mulheres como minha mãe, em toda a sua complexidade e simplicidade, força e beleza. E, mais do que isso, a serem justas umas com as outras e a lutar pelo direito de todas, porque o feminismo é afeto, mas é mais do que isso: é a busca e a realização de direitos e de justiça.

*Vanessa Fogaça Prateano é jornalista, mestranda em Estudos de Gênero, estudante de Direito e feminista.

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Grupos que pedem ‘intervenção’ são ridicularizados por comandante do Exército

Posted: 01 Oct 2015 12:24 PM PDT

intervenção militar Brasil Dilma
Grupo acampa em frente ao quartel do Exército para pedir “intervenção militar”

Eduardo Guimarães, blog da Cidadania

Faz pelo menos quatro meses que um grupo de homens e mulheres – e até crianças, vistas no local amiúde – montou um acampamento na calçada em frente ao portão principal de acesso ao quartel-general do Exército, no Ibirapuera, Zona Sul da capital paulista, para pedir um golpe militar contra a presidenta Dilma Rousseff.

Em nota oficial, o responsável pelo Comando Militar do Sudeste, general João Camilo Pires de Campos, informa que o comando não irá se posicionar sobre o acampamento:

O Comando Militar do Sudeste não se manifesta sobre atos políticos. “O posicionamento do Exército Brasileiro, em qualquer circunstância, é de atuar com isenção e dentro da legitimidade e legalidade, conforme o previsto no Art. 142 da Constituição Federal

Ironicamente, esse grupo tão original cita justamente o artigo 142 da Carta Magna como “justificativa” para a sua tão sonhada “intervenção militar constitucional”. Leia o que diz o texto constitucional:

Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

Não se sabe que tipo de interpretação esses pirados deram ao texto acima, já que determina justamente o contrário de “intervenção militar”. O texto diz, claramente, que cabe às Forças Armadas a “garantia dos poderes constitucionais” e que só podem intervir de alguma maneira em alguma coisa por iniciativa desses poderes, quais sejam, Executivo, Legislativo e Judiciário.

O grupo de acampados é composto, majoritariamente, por pessoas de meia idade e idosos. Na internet, reúnem-se em uma página do Facebook ao qual deram o nome de Movimento Brasileiro de Resistência (MBR), o qual está convocando um “outubro negro” que promete “matar pela pátria” em meio a exaltações a “Deus”.

Veja a convocatória:

convocatoria

Ao fundo do acampamento, o prédio da Assembleia Legislativa de São Paulo. Funcionários da Casa relatam que, na verdade, os acampados costumam aparecer no local mais para tirar fotos e aparecer em vídeos e depois vão embora. Não sabem precisar quem fica lá durante a noite. Durante o dia, há um revezamento entre os protagonistas da iniciativa.

Como essas pessoas residem na região do acampamento, fica fácil a encenação de estarem vivendo no local para enganarem incautos na internet.

Não se sabe ao certo, porém, o que pretendem essas pessoas, já que ninguém acredita em uma intervenção militar, forma como a proposta de golpe militar é chamada por grupos de extrema direita.

Aliás, neste domingo (27) o comandante do Exército Brasileiro, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, 63 anos, deu uma entrevista ao jornal Correio Brasiliense em que chega a debochar do acampamento de malucos diante do QG do Exército.

Villas Boas diz que “Não há hipótese de os militares voltarem ao poder” e espanta-se com as propostas de “intervenção militar constitucional” baseada no artigo 142 da Constituição, como pregam grupos de extrema direita. Diz Villas Boas:

É curioso ver essas manifestações. Em São Paulo, em frente ao Quartel-General, tem um pessoal acampado permanentemente. Eles pedem “intervenção militar constitucional” (risos). Queria entender como se faz

O comandante do exército quer entender como se pode fazer uma intervenção militar “constitucional” se a Constituição prega exatamente que militares não podem fazer intervenção alguma em nada a não ser por ordem dos poderes constituídos, nos quais o presidente da República ocupa o cargo de “comandante em chefe” das Forças Armadas.

Abaixo, vídeos mostram os delírios dessas pessoas mês após mês. Arme-se com senso de humor, pipocas e assista. Não posso negar que achei divertido.

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Três internos da Fundação Casa são finalistas da Olimpíada Brasileira de Matemática

Posted: 01 Oct 2015 11:47 AM PDT

Fundação Casa Olimpíadas Matemática

Lucas*, de 13 anos, Ricardo, de 17 e Maurício, de 16 anos têm excelentes novidades para compartilhar com a família. Os três estão na grande final da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep).

O trio integra o grupo de nove internos da Fundação Casa de Araraquara (SP). Seis já deixaram o local e os três que permanecem, com saída prevista para os próximos dias, querem levar para fora o que aprenderam. “Vou voltar para a escola”, disse Lucas, que traficava desde os 11 anos e está no local pela primeira vez.

“Quero realizar meu sonho”, contou Ricardo, na fundação pela terceira vez, a primeira por lesão corporal e as outras duas por tráfico. Ele afirmou que, como os irmãos, quer fazer faculdade e pretende cursar direito. “Se os outros conseguem, por que a gente não?”, questionou. “Eu consigo ir além”.

Os três afirmaram que antes da última apreensão não estavam frequentando a escola. Lucas revelou que não gostava de ir para as aulas, que uma vez foi suspenso e nunca mais voltou, preferia ficar com os amigos. Ricardo contou que também ficava com “más companhias” e Maurício lembrou que, mesmo com os conselhos da mãe e da avó, não queria estudar.

Na unidade, porém, eles não têm outra escolha. A frequência nas aulas é fundamental para a progressão da medida sócio-educativa e, segundo Maurício, ajuda a fazer o tempo passar mais rápido. Também mostra outras possibilidades. “Vi que é bom estudar. Quero fazer engenharia”, disse Lucas, para alegria do professor Hugo Tortorelli.

Responsável pela disciplina de matemática, ele afirmou que esse interesse é o maior retorno. “O mais importante não é a olimpíada, é voltar a estudar. Se, de cada 100 alunos, cinco permanecerem na escola lá fora, já me sinto realizado”, afirmou.

Segundo Tortorelli, os adolescentes chegam à unidade com uma defasagem grande e muitas vezes é preciso relembrar o básico, sempre com exemplos concretos.

“Trago do cotidiano para mostrar que não são só fórmulas, teorias, que a matemática está na vida. Ao falar de divisão, explico que precisam saber quanto é um terço de comprimido para poderem dar remédio para um filho. Com curva, o futebol. E aos poucos você vai mostrando que não é tão complicado”.

Mas não só são exemplos de operações. O professor afirmou que apresenta figuras nas quais podem se espelhar, amigos, livros, tudo para mostrar que, sem educação, não é possível evoluir. “Eles não veem que a escola transforma, forma cidadãos. Eles têm que ter ciência de que, se não voltarem a estudar, podem voltar para cá”, disse, lembrando que também é imprescindível ter determinação. “Tem que ter muita força de vontade porque, quando ele chega ao bairro, os amigos não pensam assim”.

Outro ponto que levou ao sucesso dos alunos na prova, na visão do professor, foi o número de estudantes em cada sala de aula da unidade. Quando eles chegam, os profissionais consultam o histórico escolar e avaliam em qual turma devem entrar. Aqueles que estudam pela manhã fazem curso técnico, atividades esportivas e iniciação musical à tarde e vice-versa.

Atualmente, a fundação conta com 10 salas em Araraquara. São cinco turmas pela manhã e cinco à tarde, todas vinculadas aos currículos e professores das escolas Jandyra Nery Gatti (1º a 4º ano) e Letícia de Godoy Bueno Lopes (6º ano ao colegial), mas com uma diferença.

“Trabalho como professor há oito anos e este é o meu primeiro na fundação. Cheguei a ter turma com 56 alunos e aqui são 10, 12. É possível dar mais atenção, sinto que ajudo de verdade”, disse o professor.

Fundação Casa

Atualmente, há 101 internos em Araraquara. A grande maioria tem entre 16 e 18 anos e cerca de 80% deles foram apreendidos por tráfico de drogas ou roubo, atividades com as quais ganham dinheiro para adquirir itens da moda. “Contam da necessidade de ganhar dinheiro, do consumo, é isso que é valorizado”, relatou Morganti.

Agência Globo e G1

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Mulher se esconde em loja após ofender funcionários negros em shopping

Posted: 01 Oct 2015 11:38 AM PDT

Racismo shopping Salvador
Mulher sai escoltada pela policia após cometer injúria racial em shopping de Salvador (Pragmatismo Político)

BrasilPost

Uma mulher identificada como Núzia Santos de Aquino, de 49 anos, está presa em Salvador (BA) após ser envolver em um episódio de racismo em um shopping da capital baiana. Ela se recusou a ser atendida por um vendedor negro e acabou tendo de ser escoltada para fora do estabelecimento, aos gritos de “racista, racista”.

Segundo informações do jornal A Tarde, o tumulto começou quando Núzia entrou em uma loja da rede Fast Shop. Ao ser abordada por um vendedor negro, ela recusou o atendimento e disse que ele deveria “ser motorista de traficante”. Outro funcionário tentou intermediar a discussão e acabou agredido com um tapa.

Um segurança do shopping seguiu a mulher assim que ela deixou a loja e acabou sendo chamado de “macaco” por ela. Diante da confusão, ela se abrigou em outro estabelecimento e de lá só saiu escoltada por policiais militares, que foram acionados e a levaram para a delegacia. Lojistas e consumidores ficaram revoltados.

De acordo com a Polícia Civil, a acusada de racismo estaria ‘fora de si’, tendo inclusive ameaçado se matar. Ironicamente, Núzia estava afastada da Delegacia de Atendimento ao Idoso de Salvador, onde trabalhava, justamente por problemas psicológicos. Um processo administrativo também foi aberto contra ela, que segue detida na Corregedoria da corporação.

Ao jornal Correio 24 Horas, a assessoria do shopping disse não ter detalhes do teor do desentendimento entre a mulher e o funcionário da Fast Shop, mas destacou que repudia qualquer manifestação racista. Na delegacia, Núzia ainda teria batido boca mais uma vez com todos os envolvidos, que não esconderam a revolta.

“Eu me senti ofendido por ele (pelo colega). Ele é o melhor vendedor da loja. Nosso melhor vendedor é negro. Moramos na cidade mais negra do mundo fora da África. Esse tipo de atitude é um absurdo. Não dá para acreditar que no século 21 as pessoas pensem isso ainda”, disse o segundo funcionário agredido pela mulher.

De acordo com a Polícia Civil, a acusada de racismo estaria ‘fora de si’, tendo inclusive ameaçado se matar. Ironicamente, Núzia estava afastada da Delegacia de Atendimento ao Idoso de Salvador, onde trabalhava, justamente por problemas psicológicos. Um processo administrativo também foi aberto contra ela, que segue detida na Corregedoria da corporação.

Vídeos:

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Jornalista é assediada enquanto gravava reportagem sobre assédio

Posted: 01 Oct 2015 10:52 AM PDT

repórter assediada bbc
A jornalista Sarah Teale (reprodução)

Uma repórter da BBC foi assediada enquanto fazia uma reportagem sobre assédio a mulheres nas ruas [vídeo abaixo].

A jornalista Sarah Teale estava gravando do lado de fora de uma conferência sobre o assunto em Notingham, na região central da Inglaterra, quando ouviu comentários obscenos de um homem que passava perto dela.

A repórter disse estar “genuinamente chocada” pelo que o homem disse.

“Não é brincadeira, não é engraçado e ninguém deveria ter de aturar isso”.

No vídeo, Teale explica as conclusões de um estudo sobre assédio a mulheres.

“Um estudo online mostrou que 95% das pessoas disseram que já foram assediadas, zombadas ou ouviram obscenidades nas ruas e grande parte delas afirmou que chegou a ser inclusive apalpada ou agarrada inapropriadamente em público”.

Assim que termina a frase, ela aponta e diz: “Sim, como isso”, em alusão aos comentários feitos pelo homem.

O episódio viralizou nas redes sociais, e Teale recebeu várias mensagens de apoio.

A usuária Helen Briggs descreveu o acontecimento como “vergonhoso”.

Já outro usuário, Neil Harrison, disse: “Publique e envergonhe o nome desse imbecil…verme patético”.

Alguns usuários, entretanto, chegaram a duvidar da veracidade do vídeo, acreditando que ele havia sido encenado.

“Acho que o vídeo foi planejado ou encenado”, disse a usuária Sandy Oestreich.

Mickey Sjv Gregory afirmou acreditar que “alguém estava ganhando dinheiro ou tentando ser engraçado”.

Teale afirmou que gostou de ver as pessoas discutirem o assunto, e negou que o vídeo havia sido encenado. “É um disparate absoluto (pensar nisso)”.

“É bastante óbvio que minha reação não foi encenada”.

“O fato de o episódio ter viralizado não o torna menos ofensivo”.

Vídeo:

BBC

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Menina praticante de Candomblé é agredida por intolerância religiosa

Posted: 01 Oct 2015 08:05 AM PDT

Agnes Candomblé Curitiba
Agnes, seguidora do Candomblé, afirma que não quer voltar para a escola por ‘vergonha’ (Reprodução/Facebook)

Uma jovem de 14 anos praticante de Candomblé não quer mais voltar para a escola desde que foi agredida por colegas de classe no dia 31 de agosto, em Curitiba, no Colégio Estadual Alfredo Parodi.

Agnes teria sido vítima de intolerância religiosa, afirmam testemunhas. A motivação para a agressão foi uma foto, postada no dia anterior em uma rede social, em que a menina aparece ao lado da mãe e de uma amiga, as três do Candomblé. As informações são do jornal Extra.

Agnes ainda tentou explicar como a religião funcionava, mas foi interrompida por uma estudante que a chutou, fazendo com que Agnes batesse a cabeça na parede. Enquanto isso, os outros estudantes teriam gritado: “chuta que é macumba”.

“A gente ia levar uma amiga no aeroporto e tirou uma foto com ela lá. A Agnes foi marcada na foto e viram no Facebook dela. No dia seguinte, na primeira aula, uma menina disse que não queria ficar perto da Agnes porque ela era da macumba. A Agnes começou a explicar o que era, mas depois falaram que iam chutá-la, porque ela é da macumba. A menina foi e chutou a Agnes, que caiu com a cabeça na parede”, afirmou Dega Maria, mãe de Agnes.

agnes candomblé

Dega só soube da agressão por intolerância religiosa quando foi buscá-la na escola. “Tia, a Agnes está machucada lá dentro”, disse um estudante. “Entrei para dentro da escola e vi a minha filha com o rosto machucado, sangrando, um galo enorme da testa. E ela me falou: “Essa menina me chamou de macumbeira. Disse que a senhora não presta, que a senhora é uma doença”, conta a mãe da menina agredida, que reclama que até o momento não recebeu nenhum tipo de retorno da escola, a não ser a orientação para procurar um psicólogo.

Intolerância

De acordo com Dega Maria, não é a primeira vez que ela e a filha são vítimas de intolerância religiosa.

“É comum isso. Uma vez fomos a uma padaria comprar alguma coisa e fomos perseguidos, eu e meus três filhos, por um carro com rapazes de camisa de “exército de Jesus”. Dessa vez agora eu preferia que tivesse acontecido comigo, seria diferente. A Agnes está sofrendo muito, está muito magrinha, com o rosto machucado, com vergonha, sem vontade de voltar ao colégio”, afirma.

VEJA TAMBÉM: Menina iniciada no Candomblé é apedrejada na cabeça por evangélicos

A Casa de Oxumarê, uma das maiores de Candomblé do Brasil, divulgou uma nota de repúdio ao episódio.

“Casos como esse devem ser rechaçados com o máximo vigor! Assim, a Casa de Oxumarê, na sua histórica e incansável luta contra a intolerância religiosa, se solidariza com o sofrimento experimentado pela menina Agnes e, sobretudo, repudia veementemente tais atos de intolerância religiosa”, diz parte da nota. Leia a íntegra abaixo:

Candomblé Agnes menina agredida

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A justificativa esdrúxula do PM que pediu para estuprar as filhas da amante

Posted: 01 Oct 2015 06:23 AM PDT

pm filhas amante estuprar 14 anos

O policial militar que pediu para ter “relação sexual” com as filhas da amante — de 4 e 14 anos — como “prova de amor” prestou depoimento à Polícia Militar e à Delegacia da Mulher.

O acusado alegou que a sugestão de violência sexual e pedofilia seria para se livrar da mulher que não o deixava em paz. O advogado do PM reforçou a tese, garantindo que tudo não passou de uma “estratégia para acabar o namoro” com a mãe das crianças.

Realmente aconteceu a situação da conversa, que chegou a vazar. Mas ele em momento algum tinha a intenção de manter relação sexual com as menores. Ele falou aquilo, pois foi a única maneira que ele encontrou para encerrar o namoro”, disse Rijalma Júnior, advogado.

“Mas ele está arrependido e disse que se soubesse que teria esse repercussão toda, teria encerrado o relacionamento de outra maneira”, concluiu.

Ainda de acordo com o policial, que é casado e mora no Ceará, o objetivo seria deixar a mulher com nojo, raiva e repúdio dele e assim acabar o romance. Após ser ouvido, o policial foi afastado de suas funções até o fim das investigações. Por ora, ele aguardará o desenrolar das investigações em liberdade.

A delegada Yvna Cordeiro, da Delegacia da Mulher, afirmou que o acusado passará por uma investigação social para saber se existe alguém próximo a ele que possa ter sofrido algum assédio o abuso sexual.

A mãe das crianças está desaparecida e é procurada pela polícia para prestar esclarecimentos.

“Nós acabamos de ouvir o suspeito e também já ouvimos uma das menores. Ainda iremos solicitar a oitiva especial da menor mais jovem. E até o fim da semana também ouviremos a mãe das crianças, que ainda não temos informações de onde ela esteja”, disse Yvna.

As crianças relatadas na conversa do WhatsApp também serão submetidas a exames para averiguar se aconteceu algum violência sexual contra elas.

O caso

Uma adolescente de 14 anos divulgou, através do whatsapp, uma conversa entre sua mãe e o amante — um policial militar — em que o homem pede para fazer sexo com a jovem e sua irmã, uma criança de apenas quatro anos de idade, como ‘prova de amor’.

A menina flagrou o bate-papo no celular da mãe e, temendo ser estuprada, gravou um printscreen e repassou o arquivo para uma terceira pessoa não identificada. Em seguida, a conversa viralizou rapidamente na internet. O nome do PM e da mulher envolvidos no caso não foram divulgados para que a investigação não seja prejudicada.

No diálogo, o policial tenta convencer a mãe a dopar suas duas filhas (4 e 14 anos) para ter relação sexual com as menores. Ele se compromete ainda a levar o medicamento necessário para fazer as meninas dormirem e afirma que a concessão da mãe no ato seria uma prova que ela realmente o ama. O homem também teria confessado que fazer sexo com ela e as filhas ao mesmo é um “sonho” e “obsessão” que ele nutre há algum tempo.

“Hoje à noite você terá a chance de me dar a maior prova de amor do mundo, que é sua própria filha”, diz a mensagem. “Ela é virgem, ela que tem que escolher com quem vai perder a virgindade, não eu”, argumenta a mulher. “Se você deixasse, dava para fazer tudo e ela nem acordaria. Ninguém nunca saberia, só eu e você. Realiza esse sonho meu, eu ia acabar de vez com essa obsessão”, rebate o PM.

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O fim da relação entre “Dilma Bolada” e Dilma Rousseff

Posted: 01 Oct 2015 05:45 AM PDT

Dilma Bolada rompe governo

O publicitário Jeferson Monteiro, que ganhou fama com personagem ‘Dilma Bolada’ nas redes sociais, manifestou a sua insatisfação com o governo da presidente e anunciou o rompimento, alegando “traição”. Em post publicado nesta quarta-feira no Facebook, ele disse que Dilma se importa apenas com o PMDB e parte do empresariado, deixando de lado seus eleitores e apoiadores.

“Dilma não precisa do meu apoio no governo dela, nem o meu e nem do apoio de ninguém que votou nela. Afinal, para ela só importa o apoio do PMDB e de parte do empresariado para que ela se mantenha lá onde está. Trocou o governo pelo cargo. Não é o Governo que eu e mais de 54 milhões de brasileiros elegemos”, disse.

Jeferson afirma que foi traído pela petista. “A vida é feita de escolhas e ela fez a dela. Agora o que nos resta é que saia algo bom para o Brasil dali e repetir os versos de Beth Carvalho: “você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão”. Seguimos”, concluiu o publicitário, que ainda deixou claro que não teve a sua conta no Facebook hackeada.

“Pessoal, só esclarecendo que ninguém invadiu minha conta e eu não fui hackeado. Alguns amigos e jornalistas estão perguntando e reafirmo que tudo aqui postado foi feito por mim”, afirmou em outro post.

Segue no ar

Monteiro ainda ironizou a pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (30) que aponta que Dilma mantém seu índice de rejeição estável. “Não consigo acreditar como meu Governo ainda tem 10% de ótimo ou bom. Tem alguma coisa de errado aí”, tuitou.

A página vai continuar no ar, garantiu Monteiro. Segundo ele, a Dilma Bolada não acabou, mas “a Rousseff e seu Governo sim”. No Twitter, o criador da página ainda negou que tenha recebido dinheiro para gerenciar os perfis nas redes sociais. Monteiro admitiu, no Twitter, que tem um contrato até o final de 2016, mas não revelou com quem.

Admiração

Apesar do rompimento, Jeferson publicou uma última mensagem em que expressa o carinho e o repeito que nutre por Dilma Rousseff como ser humano.

“O que importa mesmo é que Dilma Rousseff, apesar de triste, sabe o quanto gosto dela e a respeito. Sim, é isso que importa. Tenho comigo os que me querem bem, alguns perto outros nem tanto, mas me sinto abraçado por todos vocês”.

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