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Crise na Polícia: a bomba relógio das polícias de São Paulo…( Não há nenhuma crise: Delegados dirigentes , Oficiais comandantes e dirigentes da “polícia científica” estão bastante contentes )

 Quais são os motivos que tem levado a essa crise onde ninguém tem razão?

Resultado de imagem para Crise na Polícia: a bomba relógio das polícias de São Paulo…( Não há nenhuma crise: Delegados dirigentes , Oficiais comandantes e dirigentes da “polícia científica” estão bastante contentes ) Houve um tempo em que ser policial era glorioso. Não faltavam borracheiros para arrumar os pneus das viaturas, padarias oferecendo o café da manhã, e restaurantes em que os donos ficavam chateados quando seus amigos policiais não conseguiam almoçar lá gratuitamente. Policiais eram temidos e respeitados, e raramente, tinham gastos operacionais. Via de regra conseguiam utilizar do salário, historicamente curto, somente com despesas pessoais e familiares.

Obviamente, havia falhas graves. A polícia detinha um conceito de moralidade distorcido e uma prática de corrupção que por vezes não era malvista, e considerada até necessária para melhorar os vencimentos e a qualidade do serviço. Policiais chefes centralizavam recebimento de propinas e nem ligavam que os adicionais legítimos de chefia eram valores irrisórios. O conceito de corrupção sempre esteve enraizado na relação entre a população e as forças policiais.

Policiais não queriam utilizar coletes à prova de bala, era muito incômodo, e armas quando não eram tomadas de criminosos, eram compradas irregularmente, porém, ninguém fiscalizava.

Os tempos mudaram. Hoje se cobra mais da polícia. Hoje se prende muito mais policiais corruptos. Hoje se cobra infinitamente mais eficiência, transparência, e se pune exemplarmente por erros e apelos midiáticos.

Porém, junto a isso, vemos novos chavões “policialescos” como: “Se quiser, comer tem que pagar, mas não tem vale alimentação para todos”. “Tem viatura, mas estão velhas, sempre falta reposição, faltam pneus novos. Se o agente bater, ele conserta. E se ele morrer em serviço numa viatura sem condições perde o seguro da família”. “Também tem que usar colete para receber seguro, mas estão com a validade vencida”. “Se for pego com arma sem registro, é preso igual a todo mundo. Entretanto, seu armamento é falho, munição vencida e faltam especialistas em reparos”. Frases como estas, fazem parte do atual acervo de reclamações vindas dos agentes policiais. Nada justifica ações criminosas, mas começa a jogar uma luz no que está acontecendo.

Poucos desejam ser chefes, porque se exige muito mais e se corre mais risco. Contudo, os adicionais de chefia são vergonhosos e não estimulam candidatos a uma maior responsabilidade.

Há quem diga que os processos seletivos estão lotados em São Paulo, mas ninguém mostra quantos aprovados desistem antes de completar o primeiro ano.

A sociedade trouxe às polícias de São Paulo um novo contingente, muito diferente dos policiais antigos. É obvio que as forças policiais são um reflexo da sociedade, sempre foram e sempre serão. Mas não é qualquer um que se sujeita a condições adversas por culpa estatal. Antes, se o governo prometia e não cumpria, o jogo seguia normalmente em detrimento do policial. O silêncio era cobrado e a falta dele punível. Cobrar superiores era visto como uma falta grave, e hoje, policiais cobram até fazendo greve inconstitucional, sem temer demissão.

Férias? Pedi-las tinha o peso de quebra de hierarquia junto ao superior. E hoje, exigem fazer jus a este direito fundamental para a saúde humana.

Policiais civis e militares estão fartos de receber salários injustos e de se submeter a progressões de carreira torpes, cansaram de serem os últimos na folha de pagamento. Não suportam mais governos parcelarem seu décimo terceiro salário enquanto não atrasam um único dia os salários acima do teto e verbas indenizatórias do MP e do Judiciário.

Não aguentam mais a falta de reposição do efetivo, o que faz policiais terem duas, três, a até mais jornadas de trabalho ganhando um único salário. Muitos entram com ações contra os governos, ganham e nunca recebem.

Drones, câmeras inteligentes, aviões, helicópteros são importantes, mas são o segundo plano. É preciso organizar e padronizar as estruturas policiais e fomentar a disputa saudável e a satisfação dos agentes.

Governadores nunca souberam tratar com dignidade as carreiras policiais. João Doria não se mostra diferente aos seus antecessores, principalmente os do PSDB, e só quando elas param e surge o colapso da sociedade é que se percebe o caos a que se pode chegar. Zonas de guerra e aumento dos conflitos entre facções, roubos e homicídios.

Ou se envolve o policial novamente como braço do Estado e para tal lhes tenham como força motriz da paz e da ordem, pagando um justo salário e dando justas condições de trabalho, ou estamos fadados a enfrentar novas e mais agressivas crises vindas desse setor sumo importante e vital.

Policiais decidiram não aceitar mais a carapuça do “filho feio”.

Promotores engravatados e engomados em possantes do ano escolhendo os melhores trabalhos, e policiais de fusca, quando não se matam nos bicos, ou se arriscam numa “tretinha”, resolvendo todo o resto.

Fiscais de renda com salários quatro vezes maior e menor carga de trabalho ganhando comissão pelas multas aplicadas, e policiais condenados sumariamente pelo governo porque alguém não gostou da ação deles aqui ou acolá.

Vamos falar de São Paulo, que é hoje o pior salário do país, neófito porque perdeu há poucos dias o penúltimo lugar no ranking para o Ceará, mas também perde dentro do próprio Estado para os vigilantes do metrô. Um barril de pólvora prestes a explodir na maior potência financeira do país. A desmotivação é muito grande e afeta desde candidatos a delegados (dos 250 aprovados, 20 não se apresentaram), até delegados das classes mais altas, que não completaram as vagas abertas para atingir o grau máximo na carreira com o Curso Superior de Polícia. Não há interesse, porque a progressão salarial e ascensão são mínimas e os cargos de diretoria são políticos e não meritocráticos. A melhor polícia do país se tornou uma bomba relógio prestes a explodir, por mais contraditório que isso possa parecer.

Entrar na polícia, embora difícil, é muito mais fácil do que se manter na polícia. E hoje, mentes brilhantes estão saindo para o mercado privado ou setores públicos mais vantajosos. Inteligência não se faz só com a compra e uso de equipamentos sem alguém devidamente habilitado e motivado para opera-los.

Receber parabéns pelo bom trabalho não sustenta as famílias, e a ausência de descanso, cobrança demasiada e riscos cotidianos podem ser os culpados pela epidemia de suicídios que assusta a todos os policiais do país.

O MBL é frontalmente contra qualquer tipo de greve das forças de segurança pública. Essas greves são criminosas e ilegais e este assunto já foi pacificado há alguns anos pelo STF. Tentamos com esse texto expor os reais motivos que estão levando policiais a cometerem crimes gravíssimos de motim sujeitos a anos de detenção e de forma totalmente inconsequente, prejudicando, sobretudo a população que é o elo mais fraco desta corrente.

Policiais estão arriscando suas carreiras, suas vidas e de seus familiares, largando a população a própria sorte, tornando-se criminosos, amotinando-se […] e por quê? O nosso governador Joao Doria deve, ao invés de se esconder atrás de números que lhe são favoráveis, encarar o problema de frente, cortando pela raiz o motivo real de toda a insatisfação policial, sob a pena de vermos no mais rico Estado da Federação, cenas lamentáveis como as do Ceará.

Mais uma vez, nos colocamos totalmente favorável à reforma previdenciária estadual, tão combatida pelos sindicatos dos policiais que insistem em lutar por privilégios na aposentadoria para compensar os péssimos salários e condições de trabalho da polícia. Definitivamente, a solução inclui a reforma da previdência.

O Bolsonarismo está fortemente infiltrado no comando dessas ações grevistas querendo criar um pano de fundo para justificar as suas ações futuras. As milícias crescem em proporções assustadoras, enquanto o poder político da “bancadas da bala” aumenta a cada eleição. João Gestor, por favor, apareça por de trás do marketing e não permita que esta bomba exploda em São Paulo.

Fonte: FLITPARALISANTE

 

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