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Delegada desabafa em documento e diz que deputado a chamou de 'atriz e sórdida'

 RIO — O conteúdo do termo circunstanciado lavrado na 76ª DP (Niterói) pela delegada Camila Lourenço demonstra o tamanho da indignação da policial civil em relação ao comportamento do deputado estadual Gustavo Schmidt (PSL) na delegacia. Em um trecho do documento, que será enviado a Comissão de Ética da Assembleia Legislativa do Rio de janeiro (Alerj), ela comenta que o parlamentar, com o dedo em riste, chegou a chamá-la de "atriz, hipócrita com um ar de sórdida".

"O referido parlamentar, a todo momento, coagia policiais militares e esta autoridade policial, dizendo conhecer o Secretário de Polícia Civil, Dr. Marcus Vinicius Braga, e o Coronel Figueiredo (Rogério Figueiredo, secretário estadual de Polícia Militar). Transtornado, o Parlamentar afrontava esta autoridade, com o dedo em haste direcionado à face desta subscritora, dizendo que não permaneceria na delegacia, caso contrário, esta autoridade “TERIA UM PROBLEMA MAIS SÉRIO”.

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O parlamentar invocava prerrogativas, chegando a chamar esta delegada de atriz, hipócrita com um “ar de sórdida”, escreveu Camila no termo circunstanciado. Ela escreveu ainda que quando o deputado chegou na delegacia percebeu o ânimo exaltado dele. E comentou o que o parlamentar tentou impedir o trabalho dela.

"Já nesta unidade policial, pude notar o ânimo do autor, o qual, gritando “palavras de ordem” e proclamando-se deputado, tentou criar entraves aos procedimentos de polícia judiciária, ameaçando deixar a delegacia antes da finalização do Termo Circunstanciado".

Em tom de desabafo, Camila Lourenço comentou que o parlamentar tentou usar o foro do cargo que ocupa para obter um salvo conduto para suas ações irresponsáveis.

"De se surpreender que o parlamentar desconheça que o foro por prerrogativa de função inerente ao seu cargo não representa um salvo-conduto para a prática de arbitrariedades, sequer podendo ser invocado nesta situação, haja vista que o incidente não guarda relação com suas atividades profissionais. Também causa espanto o fato de um Parlamentar descumprir o decreto de isolamento social apregoado pelas autoridades públicas, sendo surpreendido pelos policiais militares em aglomeração decorrente de evento fechado", descreveu.

O que diz o deputado

Confira abaixo, na íntegra, a nota do deputado Gustavo Schmidt:

"Em relação ao ocorrido na madrugada dessa sexta-feira, gostaria de informar que:

1 – Com intuito de aliviar a tensão que tem sido muito forte no momento em que estamos socorrendo uma a uma as comunidades mais afetadas, uma dura semana, compareci a uma comemoração de aniversário de caráter privado, na companhia da minha noiva na casa de um amigo em Niterói, cidade onde mantenho residência. Reconheço não ser recomendável, nesse momento, frequentar eventos dessa natureza, mas tomei essa decisão apenas com o intuito de encontrar um grupo de amigos.

2 – Ao perceber a presença de policiais, me dirigi para verificar o que ocorria. Ao argumentar com um deles, fui abordado de maneira agressiva, sendo, inclusive, lançado ao chão.

3 – Falando somente como cidadão, e não como deputado, houve um nítido “abuso de autoridade” por parte dos policiais, contrariando, inclusive, o Capítulo VI, artigo 28 da Lei Federal 13.869/2019, que não permite divulgar gravações que possam ferir a honra ou a imagem. O material foi distribuído ilegalmente para divulgação em redes sociais e na mídia em geral com possível interesse político de denegrir a minha imagem.

4 – Lamento o ocorrido e informo que a questão receberá seu devido tratamento nas vias judiciais."

Fonte: EXTRA.GLOBO.COM

 

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