A Procuradoria-Geral da República investiga se Caroline Serejo Medeiros Collor de Mello (PTB-AL), também tem ligação com o esquema de da Petrobras, além de que se recursos desviados da estatal foram enviados ao exterior para conta em Hong Kong e a compra de um imóvel. de Mello, mulher do senador Fernando
O TV ligada a foi transferido para a conta do senador e de sua mulher para tentar mascarar a origem ilícita dos recursos. aponta que há indícios de que dinheiro depositados em espécie nas contas de uma empresa de
Caroline também é sócia-administradora da Água , que mantém em sociedade com o marido. A empresa, que é proprietária de quatro carros de luxos, não tem funcionários nem atividade, segundo os investigadores da . O senador assegura que a empresa tem atividade normal.
A Folha mostrou nesta quinta (19) que um laudo da Polícia Federal aponta que os veículos, que chegaram a ser apreendidos nos desdobramentos da , mas acabaram devolvidos pelo ao senador, foram pagos em parte com recursos com indícios de propina, associados a repasses do doleiro Alberto Youssef.
Os quatro carros citados no laudo custaram R$ 6,2 milhões. A coleção é composta de uma Lamborghini Aventador (R$ 3,2 milhões), uma Ferrari 458 (R$ 1,45 milhão), um Bentley Flying (R$ 975 mil) e um jipe Range Rover (R$ 570 mil).
O laudo da PF cobre o período que vai de janeiro de 2011 e abril de 2014, no qual o ex-presidente recebeu R$ 12,4 milhões.
é alvo de três inquéritos que foram abertos pelo relator da no Supremo, Teori Zavascki, que atendeu a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Nesta quarta (18), Janot enviou dois novos pedidos de abertura de inquéritos para investigar por passiva.
Um dos inquéritos foi aberto para tramitar a oferecida pela Procuradoria ao contra o senador, na qual ele é acusado de ter recebido R$ 26 milhões em suborno em cinco anos em negócios relacionados à BR Distribuidora.
chegou a pedir ao para trancar as outras investigações, uma vez que já foi oferecida a . Em decisão desta quarta (18) Teori afirmou que a continuidade das apurações não traz nenhum prejuízo ao parlamentar e se faz necessária porque a Procuradoria colocou que existiam "várias situações pendentes de elucidação".
Foi colocado ainda que a extensão do procedimento investigatório visa tão somente apurar a existência de indícios de autoria e materialidade delitiva relativos a e outros investigados.
Uma das linhas de apuração é se houve evasão de divisas com o envio e recursos e repasses para o exterior de quantia oriunda dos crimes de passiva, por meio da empresa de Leonardo Meirelles, sediada em Hong Kong, crimes de supostamente cometida em relação a outros contratos ligados a Petrobras e crime de lavagem de dinheiro por meio de compra de imóvel e aquisição de veículo Rolls-Royce.
O ministro sustenta também que a diz "respeito ao funcionamento de uma organização criminosa relacionada à BR Distribuidora, voltada principalmente ao desvio de recursos em provimento particular, à de agentes públicos e à lavagem, de dinheiro".
Na , o Ministério Público aponta nove condutas criminosas ao senador, entre eles, forjar empréstimos fictícios supostamente tomados por ele e sua esposa da a fim de justificar aquisição de bens pessoais de luxo com valores oriundos do crime e encaminhar a agência bancária pedido de estorno de crédito relativos a depósitos em dinheiro em sua conta pessoal, com o objetivo de se desvincular dessas operações e evitar a instauração de investigação sobre os fatos.
OUTRO LADO
A Folha não conseguiu localizar a defesa do senador Fernando na noite desta quinta. O senador tem dito que jamais "manteve qualquer relacionamento com o delator Alberto Youssef, conforme reconhecido pelo próprio doleiro na miríade de suas delações". Como nunca tiveram negócios, segundo o ex-presidente, não havia razões para Youssef fazer depósitos em sua conta.
Sobre os depósitos em dinheiro feitos em contas dele e de suas empresas, diz por meio de sua assessoria" não tem qualquer responsabilidade sobre o modo utilizado por terceiras pessoas para o depósito de valores em sua conta corrente".
Ele afirma não ter determinado o depósito em valores fracionados, "método que, aliás, protege apenas o depositante e não o beneficiário, na medida em que os valores são creditados em conta de sua titularidade".
O senador afirma também que não participa da gestão nem do cotidiano da e " de Alagoas".
"Se terceiros se utilizaram desse expediente para honrar compromissos com o senador ou com as empresas e ´ de Alagoas´, isso jamais foi de seu conhecimento".
O ex-presidente ressalta ainda que lhe causa perplexidade "o vazamento sistemático de informações e manipulações", feitas para constrangê-lo, " mesmo antes de apresentadas as razões da defesa em sua inteireza".