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Agente flagrado com celulares em presídio no AM receberia R$ 500 por entrada de cada aparelho, diz Seap

Facilitação ocorria há mais de dois meses, aponta investigação.

 

afpO agente penitenciário de socialização que foi flagrado tentando entrar com 11 celulares e R$ 300 em espécie na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) neste sábado (2) revelou que receberia R$ 500 para levar cada um dos aparelhos para os detentos. Um esquema envolvendo pelo menos nove funcionários da empresa Umanizzare Gestão Prisional e um ex-agente penitenciário foi descoberto. O grupo facilitava a entrada dos celulares e outros objetos proibidos há pelo menos dois meses na UPP, que fica localizada na Zona Leste de Manaus.

De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), o agente de socialização da empresa Umanizzare Gestão Prisional Alex William Alves Monteiro foi flagrado com aparelhos na manhã deste sábado. Após a interceptação dos celulares, o esquema de facilitação foi descoberto e outros funcionários identificados.

Segundo o secretário Executivo Adjunto da Seap, Klinger Paiva, o agente foi flagrado após a secretaria receber uma denúncia e monitorar a ação do funcionário dentro da UPP. O agente revelou que recebia R$ 500 para facilitar a entrada de um celular.

“O Alex trabalhava como agente de socialização e foi flagrado carregando vários aparelhos celulares. Ele burlava o sistema de revista, que todos os funcionários são obrigados a passar. Ele conhecia e arrumou um meio de burlar a revista. Ele citou que há dois meses estava fazendo isso, mas vamos aguardar o delegado apurar porque temos indícios de que acontecia há mais tempo. Todo essa equipe que trouxemos fazia parte do esquema e que foram delatados pelo próprio Alex. Eles fingiam que faziam a revista”, disse o secretário Executivo Adjunto da Seap.

O delegado titular do 19º DIP, Paulo Benelli, explicou que o ex-agente será lavrado auto de prisão em flagrante pelo porte ilegal de arma de fogo. Uma pistola calibre 380 foi encontrada com ex-agente prisional da Umanizzare. Os demais detidos serão ouvidos e só então a polícia definirá se abrirá inquérito ou se eles irão assinar Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO).

“É uma ocorrência complexa. São nove agentes e um ex-agente. Tem uma arma apreendida desse ex-agente que fazia parte dessa organização. Precisamos ver qual o vínculo e o tamanho dessa organização e se, de fato, está ligada ou não à facção. Tudo isso vai demorar para termos um inquérito policial bem detalhado. Estamos ouvindo os apresentados e depois definir se vai ser feito Termo Circunstanciado de Ocorrência ou inquérito policial. Vamos avaliar depois com as declarações colhidas”, explicou o delegado.

Anderson da Silva Viena e Cleberson da Silva dos Santos também são agentes penitenciários terceirizados e eles foram detidos. O trio não quis comentar as acusações no 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Os nomes dos demais funcionários e do ex-agente não foram divulgados.

 

Flagrante

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que o esquema foi descoberto quando o agente de socialização da empresa Umanizzare Gestão Prisional foi flagrado tentando entrar na unidade com 11 celulares e R$ 300 em espécie. O agente entrou na UPP por volta das 6h. Dois agentes também são acusados de entrar na unidade com materiais ilícitos e outros seis de facilitar a ação. Um ex-agente suspeito de participar do esquema também foi detido.

Segundo a Seap, o agente flagrado iria levar os aparelhos para detentos da galeria 5. A Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) apoiou a Seap na ocorrência na casa de um ex-funcionário, acusado de participar do esquema, onde encontrou uma arma de fogo.

Depois de serem ouvidos pela Seap, os acusados foram encaminhados ao 19º DIP para os procedimentos de flagrante na tarde deste sábado.

 

Agente chegou a ameaçar supervisor

A ação do agente iniciou quando ele entrou na unidade, por volta de 6h. Ele passou pelo procedimento de revista e, depois, se dirigiu à sala do serviço social, na área da relatoria, e abriu a janela da sala. O agente retornou ao carro e colocou os celulares pela janela da sala do social, e voltou para pegar os aparelhos, quando foi flagrado pelo supervisor do turno da noite.

O agente teria ameaçado o supervisor, e dito que, se ele o entregasse, sofreria consequências. O agente foi impedido de sair da sala do social por outros funcionários da empresa, que acionaram a equipe da Seap de plantão na unidade. O agente confessou que sairia da sala e passaria pela revista com os celulares sem ser impedido, pois os colegas á sabiam do esquema e iriam colaborar.

Ao ser interrogado na UPP, o agente entregou mais dois servidores que estariam participando do esquema. No celular do agente foi constatado que havia conversas dele com os presos que receberiam os celulares e com um ex-agente da empresa. Na conversa com o ex-agente, o agente de socialização flagrado tinha combinado um ponto de encontro para buscar mais material ilícito. A equipe da Seap, com o apoio de policiais militares da Rocam, foi à residência do ex-agente, onde encontrou uma arma de fogo.

Em nota, a Umanizzare informou que um dos agentes foi identificado em flagrante pelos supervisores da própria Umanizzare na área administrativa da Unidade, por volta das 8h da manhã, quando tentou esconder uma sacola com celulares em uma das dependências administrativas.

"Como é padrão na cogestão da unidade, os agentes de socialização da Umanizzare, quando denunciado, apurado ou constatado ato indisciplinar ou infracional cometido por qualquer de seus colaboradores, a Umanizzare toma de imediato as providências cabíveis. A empresa reafirma que os funcionários da Umanizzare passam por rigoroso processo de seleção [e que] todos os funcionários são submetidos a revista e fiscalização diárias pelos agentes públicos competentes", afirmou nota.

Fonte: G1

 

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