Mandados foram cumpridos nesta quarta-feira (9). Seis cabos e quatro soldados do 7º BPMI de Sorocaba estariam envolvidos em esquema de cobrança de propina e comercialização de drogas.
Dez policiais militares foram presos nesta quarta-feira (9) durante uma operação que investiga o envolvimento em um esquema de cobrança de propina e comercialização de drogas na região de Sorocaba (SP). A operação foi feita pelo comando da Polícia Militar e a Corregedoria.
O comandante do 7º Batalhão da Polícia Militar do Interior (BPMI), coronel Alexander Lacerda, informou que uma outra pessoa também foi presa por porte ilegal de arma. Seis cabos e quatro soldados foram encaminhados ao presídio militar Romão Gomes, na capital.
Durante a investigação, conforme a denúncia, foi constatado que os PMs utilizavam o sistema da corporação para conseguir informações e beneficiar criminosos. Além disso, eles negociavam para acobertar ações de venda de drogas e armamentos.
Os PMs investigados podem responder por tráfico de drogas, prevaricação, associação criminosa e concussão, que é quando um funcionário público exige vantagem indevida.
"Foram cumpridos mandados de busca na residência dos alvos e de prisão preventiva expedidos pela Justiça. Condutas como essas são dissonantes dos valores institucionais e demandam medidas enérgicas para diferenciá-los da esmagadora maioria de policiais militares que cumprem seu dever, completa a corporação.
Presos com farda
Polícia apreendeu com dupla, em 2018, fardas da Polícia Militar usadas por criminosos para extorquir traficantes em Sorocaba
Na ação policial, a dupla foi presa com fardas, armamentos e coletes à prova de bala. Tudo foi apreendido e, após perícia, foi constatado que se tratava de objetos autênticos da Polícia Militar.
Na época, a Polícia Civil divulgou que a dupla usava os uniformes e objetos da PM para extorquir traficantes na zona norte de Sorocaba. Os valores cobrados ficavam entre R$ 200 mil e R$ 300 mil.
Em depoimento, na época, os criminosos disseram que recebiam ajuda de PMs para conseguir os objetos e outras informações confidenciais sobre a ação da polícia. Foi então que a investigação passou a procurar mais suspeitos.
Fonte: g1.globo.com