Os coordenadores da Operação Efialtes concederam coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (15), dando detalhes das investigações e cumprimentos de mandados de prisão e busca e apreensão realizados no procedimento.
Desde o início da manhã, mais de 90 policiais federais cumpriram as ordens judiciais em Cascavel, Catanduvas, Chapecó e também em São Paulo.
Segundo as informações, um agente da Penitenciária Federal de Catanduvas e também uma advogada auxiliavam no repasse de informações entre os detentos, que são líderes de organizações criminosas, a outros associados que estão no lado de fora, coordenando crimes.
Ao todo foram realizados 16 mandados de busca em Catanduvas e sete em Cascavel.
Martin Burrato Purper- Coordenador da Operação Efialtes, destacou que a troca de informações era feita por bilhetes encaminhados pelas lideranças, sendo que o agente levava estes papéis para o exterior e, com o auxílio da advogada, eram entregues aos associados dos presos.
Câmeras de monitoramento teriam flagrado esta troca de mensagens por bilhetes, sendo que, a partir disto, as informações foram repassadas à Polícia Federal, que iniciou as investigações.
Ainda conforme os detalhes, tanto o agente penitenciário federal quanto à advogada tinham vidas incompatíveis com os rendimentos declarados à Receita Federal.
Em uma primeira apuração, acredita-se que cada um deles tenha movimentado de forma irregular, aproximadamente R$ 1 milhão.
Ambos movimentavam as vidas com o dinheiro recebido de forma criminosa e adquiriam bens com o dinheiro lícito dos salários.
Pelo patrimônio estabelecido entre o agente e a advogada, os policiais acreditam que as propinas estavam sendo recebidas há pelo menos quatro anos.
Ainda conforme o Coordenador da Operação Efialte, os bilhetes tinham ordens para ações de tráfico de drogas, aquisição de arma de fogo e outros crimes no Rio de Janeiro.
Eder Rosa de Magalhães – Representante da Coordenação Geral de Polícia de Repressão a Drogas, Armas e Facções Criminosas – CGPRE/DICOR/PF, destacou que ocorreu um desvio pontual de conduta em um dos agentes penitenciários, mas que existe a confiança no Departamento Penitenciário Federal.
Carlos Luiz Vieira Pires – Diretor da Penitenciária Federal de Catanduvas, relatou que o Departamento Penitenciário Federal tem adotado uma fiscalização muito restrita, sendo que já realizou 25 suspenções de direitos de visitas em Catanduvas e também a suspensão de oitos serviços de advocacia.
Todas estas situações de investigação entre advogados e visitantes passaram pelo Ministério Público Federal e Polícia Federal.
Fonte: https://cgn.inf.br