Policiais são presos suspeitos de sequestrar e torturar apresentador da Record - País

Jornalista Romano dos Anjos, apresentador do programa  Na época do crime, o jornalista comandava um programa policial na filial de Roraima da emissora

Legenda: Na época do sequestro, o comunicador afirmou que o crime teria sido motivado devido às denúncias de cunho policial e político apresentadas na sua atração

Foto: reprodução

Seis policiais militares e um ex-servidor foram presos, nesta quinta-feira (16), suspeitos de estarem envolvidos no sequestro e tortura do jornalista Romano dos Anjos, apresentador do programa "Mete Bronca", da TV Imperial, afiliada da Record em Roraima. 

O crime aconteceu em outubro de 2020, quando a casa do comunicador foi invadida por criminosos. Na ocasião, ele foi feito refém, teve o braço quebrado e só foi libertado no dia seguinte, na BR-174, Zona Rural de Boa Vista.  

As detenções fazem parte da Operação Pulitzer, que cumpriu mandados de prisão temporária em aberto e outros 14 mandados de busca e apreensão na Capital de Roraima. Conforme o G1, foram detidos os seguintes agentes investigados: 

  • Thiago de Oliveira Cavalcante Teles (soldado da PM);
  • Vilson Carlos Pereira Araújo (major da PM) 
  • Paulo Cesar de Lima Gomes (coronel aposentado da PM);
  • Gregory Thomaz Brashe Júnior (sargento da PM);
  • Nadson José Carvalho Nunes (subtenente da PM);
  • Clóvis Romero Magalhães Souza (subtenente da PM);
  • Luciano Benedito Valério (ex-servidor da Assembleia Legislativa de Roraima). 

Em coletiva, Romano dos Anjos disse se sentir mais tranquilo após as prisões. "O Ministério Público sempre dá um passo seguro para depois dar outro. Acredito que esse foi o primeiro passo para chegar até o mandante", declarou.

Conforme o Ministério Público de Roraima (MPRR), os sete detidos prestavam serviço à Assembleia Legislativa do Estado e também no gabinete do deputado estadual Jalser Renier (Solidariedade). Segundo o portal Uol, eles desempenhavam as funções de motorista e de segurança do político.

A assessoria da Casa legislativa informou ao portal que "os investigados não fazem mais parte do quadro de servidores na atual gestão". Já o deputado alegou "estar surpreso" e informou "que desconhece o teor das investigações".

Sequestro e tortura

O apresentador Romano dos Anjos teve a casa invadida por três criminosos, na noite do dia 26 de outubro do ano passado. Ele foi feito refém e levado para um local desconhecido, onde foi torturado e teve o braço fraturado. 

O jornalista foi libertado no dia seguinte, 27 de outubro, às margens da BR-174, Zona Rural da capital. Um caminhoneiro avistou a vítima, que estava com mãos e pés amarrados. 

Na época, ele afirmou que o crime teria sido motivado devido às denúncias de cunho policial e político apresentadas no programa em que comandava. Desde a ocasião, Romano dos Anjos está afastado da atração.