Maria Geni Lourenço de Oliveira, acusada de matar a filha de três dias em Ponta Grossa, foi transferida para um estabelecimento para pessoas com doença mental, em Curitiba.
Maria Geni Lourenço de Oliveira, suspeita de degolar a filha de três dias em Ponta Grossa, foi transferida para Curitiba por medida de segurança. A mulher está em um estabelecimento específico para pessoas com doença mental e foi removida do Presídio Hildebrando de Souza.
“Foi protocolado o pedido de revogação da cautelar, que é um pedido de instauração de insanidade mental. O pedido vai dizer que ela não pode ficar presa em uma cadeia comum e deve ficar em um estabelecimento com características hospitalares”, relata o advogado Leandro Ferreira do Amaral, que representa Maria Geni.
O advogado pretende protocolar um pedido dehabeas corpusainda hoje (15). “Para pedir a suspensão do processo até o levantamento de laudos psiquiátricos”, explica Leandro.
Segundo ele, na ausência de estabelecimentos com características hospitalares, Maria Geni pode responder o processo em liberdade.
O crime
Maria Geni Lourenço de Oliveira, de 41 anos, foi presa pela Polícia Militar, no último dia 7, suspeita de degolar a filha, de apenas três dias, no quintal da própria residência, localizada no bairro Contorno. O crime teria acontecido na noite de domingo (06), quando mãe e filha acabavam de retornar do hospital, logo após o parto.
Maria Geni foi presa em flagrante pela PM e confessou o crime. Em entrevista a equipe do Portal aRede e do Jornal da Manhã, ela contou que escondeu o corpo da menina embaixo de uma telha de fibrocimento – conhecida como ‘eternit’. Denúncias anônimas encaminhadas a Agência de Inteligência Local (ALI) da Polícia Militar levaram equipes até o local do crime no início da tarde desta segunda-feira (07).
Mãe de outros dois filhos – um menino de 20 anos e uma menina de 10 – Maria Geni contou que estava deitada na cama junto com o bebê. “Era quase meia-noite. Eu matei ela, enrolei em um plástico preto e deixei no quintal”, contou Mari Geni, sem esboçar nenhum sentimento.
De acordo com a PM, ela teria utilizado um pedaço de madeira para apoiar a criança, localizado no quintal da residência, e a degolado com uma faca de cozinha. “Eu lavei a faca e guardei em cima do guarda-roupas”, completou. Divorciada, a mulher contou que sofre de depressão. “Descobri a doença há quatro anos. Eu tomo remédio, mas estava há três dias sem tomar”, declarou.
Fonte: arede.info