PF investiga policiais civis de MG por suspeita de esquema de corrupção

 A Polícia Federal (PF) investiga um possível esquema de corrupção, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro que teria participação de agentes da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). A operação Forseti, deflagrada na manhã desta terça-feira (28), envolve funcionários lotados na Delegacia de Repressão ao Furto, Roubo e Desvio de Cargas (Depatri), em Belo Horizonte.

A PF cumpre nove mandados de prisão preventiva e 23 mandados de busca e apreensão nos municípios de Belo Horizonte, Contagem, Nova Lima, Ibirité, Sarzedo, Sete Lagoas e Juiz de Fora.

Além disso, foi determinado bloqueio de valores em 24 contas bancárias e sequestro de 23 imóveis e veículos. A decisão foi expedida pela 2ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosas e Lavagem de Dinheiro de Minas Gerais. 

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Seis policiais foram afastados do trabalho, com auxílio da Corregedoria da PCMG. Os agentes podem responder por tráfico de drogas, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Caso sejam condenados, a pena prevista chega a 37 anos de prisão. 

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PF investiga um possível esquema de corrupção, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro que teria participação de agentes da PCMG. A operação Forseti, deflagrada nesta terça (28), envolve funcionários que estão lotados na Delegacia de Repressão ao Furto, Roubo e Desvio de Cargas. pic.twitter.com/sTxfCVyorh

— O Tempo (@otempo) June 28, 2022

Entenda

Segundo a PF, os policiais civis alvos da operação Forseti são suspeitos de receberem “vultosos valores para esvaziar o procedimento investigativo sobre um indivíduo preso na cidade de Ribeirão das Neves”, na região metropolitana.

O homem foi encontrado com 36 quilos de cocaína em um laboratório de armazenamento e refinamento da droga. A apuração federal mostra que a negociação do grupo criminoso com os policiais civis garantiu a soltura do preso e a devolução dos entorpecentes apreendidos. 

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“O aprofundamento das investigações revelou, ainda, o envolvimento dos policiais investigados com outros esquemas de corrupção, de tráfico de drogas e de lavagem de dinheiro, nos quais há a utilização de interpostas pessoas, físicas e jurídicas, para ocultação dos valores obtidos como produto dos crimes”, prossegue a PF. 

Servidores presos

A Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Minas Gerais informou que a operação conjunta é "resultado de investigações relacionadas à prática de crimes contra a Administração Pública, entre outros".

Os servidores presos foram levados à Casa de Custódia da Polícia Civil, localizada no bairro Horto, em Belo Horizonte, onde estão à disposição da Justiça. Os mandados foram cumpridos em Belo Horizonte, Nova Lima, Betim e Contagem.