PMs flagrados em escutas cometendo crimes serão expulsos, diz Alckmin

Fantástico deste domingo (23) divulgou casos de extorsão e até assassinato
Governador também comentou denúncia de corrupção contra ele.

 

pmsexpulsosO governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse na manhã desta segunda-feira (24) que os policiais que cometeram crimes, casos divulgados neste domingo (23) pelo Fantástico, "vão ser expulsos da polícia".

O Fantástico teve acesso a gravações telefônicas que mostram policiais militares de São Paulo praticando todo tipo de crime.

"É lamentável. O que nós fizemos permanentemente é Corregedoria. A própria Polícia Militar investigou. Os policiais foram presos e vão ser expulsos da polícia. O que tem que haver é ação de exemplariedade", disse. O governador afirmou também que não acredita que número de policiais afastados está elevado. "Infelizmente não é alto, nem baixo. É o necessário".

O governador recebeu o Ministro da Saúde, Ricardo Barros no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul da capital paulista, para assinar a liberação de uma verba de 84, 2 milhões para a saúde do estado.

As conversas foram gravadas durante três meses e revelaram que, em vez de cumprir a lei, os PMs faziam ameaças e combinavam roubos, extorsões e até assassinatos.

Com o pagamento de propina, bandidos que deveriam ser presos podiam continuar na rua, cometendo crimes, segundo o programa.

Corrupção
Alckmin também comentou a denúncia de corrupção apresentada ao Ministério Público pelo prefeito afastado de Ferraz de Vasconcelos, Acir Filló. "Uma briga local de diretório. Esse ex-prefeito foi cassado do mandato pela Justiça, foi expulso do PSDB. É uma briga partidária."

Segundo reportagem do jornal "Folha de S.Paulo", Filló protocolou no Ministério Público de São Paulo, no último dia 17, pedido para firmar acordo de delação premiada no qual promete detalhar um suposto esquema de corrupção no governo Alckmin.

Ainda de acordo com a matéria, na peça, endereçada ao procurador-geral, Gianpaolo Smanio, Filló cita "ilegalidades envolvendo o PSDB na esfera estadual", mas não apresenta provas.

Alckmin disse que abriu uma sindicância para veridicar supostas denúncias contra o Fundo Metropolitano de Financiamento e Investimento (Fumefi). "Como ele fez uma acusação contra o Fumefi, que é um órgão do governo, eu há uns dois meses atrás já determinei que se abrisse uma sindicância que a corregedoria já verificasse. Ele foi chamado e não compareceu", completou.

Fonte: http://g1.globo.com/