Comerciante diz que PM depredou distribuidora de bebidas;

Outros donos de lojas dizem que estão sendo coagidos por policiais, em GO.
PM afirma que caso será apurado e que não recomendada tal conduta.

24horasDonos de distribuidoras de bebidas denunciam que seus comércios têm sido alvo de vandalismo por parte de policiais militares, na Vila Brasília, em Aparecida de Goiânia. Segundo eles, os agentes querem forçar o fechamento dos locais à meia-noite, mas eles têm liberação para funcionar 24 horas. Uma câmera de segurança flagrou o momento em que um homem, que usava uma farda semelhante à da PM, bate com um pedaço de pau contra a fachada de uma loja (veja no vídeo acima).

A ação ocorreu na madrugada de sábado (19). O vídeo mostra quando um carro também semelhante ao da PM se aproxima do estabelecimento e um homem desce. Ele aborda um cliente que estava no local e, em seguida, volta para o veículo. Ele pega um pau e começa a dar vários golpes contra a fachada do comércio. O agressor permaneceu depredando o estabelecimento por cerca de três minutos.

A dona da distribuidora de bebidas, que não quer se identificar por ter medo, questiona a ação e afirma que se tratavam de policiais militares. “Eles chegaram e depredaram meu comércio. E assim, que direito a polícia tem? A polícia tem esse direito de depredar um comércio?”, disse.

A assessoria de comunicação da Polícia Militar informou à TV Anhanguera que o vídeo foi encaminhado à Corregedoria para que o caso seja investigado e sejam adotadas as medidas cabíveis. A nota destacou, ainda, que o comando da PM não recomenda tal conduta aos integrantes da corporação.

Ataques
Outros comerciantes da região dizem que, há cerca de dois meses, os policiais começaram a atacar os estabelecimentos com a alegação de que eles não deveriam estar abertos de madrugada, pois isso é proibido por uma lei municipal. Porém, a medida ainda está em discussão na Câmara Municipal da cidade.

“Eles [policiais militares] falam que existe uma lei, mas na verdade é um projeto de lei. Eu tenho firma aberta, tenho empresa constituída, tenho a liberação do horário especial. Sou uma pessoa de bem, pago meus impostos, estou gerando empregos e estou sendo coagida pela Polícia Militar”, lamentou a comerciante.

Outros donos de distribuidora de bebidas também reclamam da situação. “Eles já chegam agredindo, batendo no pessoal, ameaçando, querendo cortar pneu de motos ou carro, multando, e a gente não sabe o motivo que eles estão chegando nessa agressão”, disse um comerciante que também não quer se identificar.

Com medo, muitos já pensam em fechar seus estabelecimentos. “Chegou um ponto que não tem mais como trabalhar. Aí a gente que tem que ter a segurança da polícia, pois pagamos imposto para isso, estamos sendo aterrorizados por eles, por toda a polícia”, outro comerciante, que disse que já colocou sua loja à venda. “Está difícil trabalhar”.

Fonte: http://g1.globo.com