O Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep) deflagrou nesta sexta-feira (9) a “Operação Cartigat” em Curitiba e Região Metropolitana. O objetivo é prender uma quadrilha suspeita de tráfico de drogas, extorsão, concussão, roubo e receptação, entre outros crimes. Estão sendo cumpridos 21 mandados judiciais, sendo sete de prisão e outros 14 de busca e apreensão.
De acordo com informações repassadas pela Polícia Civil, as investigações apontam a suspeita de envolvimento de dois policiais civis nestes crimes. A quadrilha primeiramente identificava pessoas envolvidas com o tráfico de drogas, roubos ou furtos. E depois realizava abordagens e se apropriar de objetos ilícitos. Os policiais ainda cobravam vantagens indevidas para que deixassem de realizar a prisão destes criminosos.
Atualização
A Polícia confirmou a prisão de oito pessoas durante a operação, sendo sete mandados de prisão. Outros 14 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Durante seis meses policiais do Diep monitoraram a atuação desta quadrilha. Existia um núcleo principal, que contava com a participação de três pessoas, das quais um deles uma era um policial civil. A este núcleo somavam-se outros membros responsáveis por indicar pessoas em situações irregulares a fim de que a organização criminosa pudesse praticar roubos, concussões e extorsões.Um dos modus operandi da quadrilha consistia em, primeiramente, identificar pessoas envolvidas com o tráfico de drogas, com roubos ou furtos, para depois realizar abordagens e se apropriar de objetos ilícitos. Os policiais ainda cobravam vantagens indevidas para que deixassem de realizar a prisão destes criminosos.Em um dos casos investigados pelo Diep, os membros da quadrilha localizaram uma residência onde ladrões guardavam os produtos provenientes dos furtos e roubo e, após ameaçarem os criminosos, eles se apropriaram de diversos objetos como televisões e até mesmo um carro utilizado em outros crimes. Outra vertente desta organização criminosa era o tráfico de drogas, que contava com uma vasta cadeia de colaboradores responsáveis por fornecer, revender e estocar os entorpecentes. Eles vendiam LSD, crack, maconha, cocaína e haxixe. De acordo com a investigação do Diep, os criminosos abordavam os traficantes, exigia dinheiro para não prendê-los e tomava o entorpecente.
Uma das pessoas presas durante a operação utilizava o próprio filho adolescente para vender drogas na casa do avô. Na casa dos investigados, os policiais apreenderam cerca de R$ 7 mil em dinheiro, pássaros silvestres e cinco armas irregulares: uma pistola Glock, dois revólveres e duas espingardas. Além disso, eles encontraram maconha, ecstasy, anabolizante, balança de precisão, colete balístico de uma empresa de segurança, uma máquina usada para prensar droga e aproximadamente 300 munições de calibre diversos. Os policiais ainda recuperaram um carro e uma moto roubada e apreenderam um Audi usado pela quadrilha.
Policiais da Corregedoria Geral da Polícia Civil participaram do cumprimento dos mandados envolvendo os policiais civis. Paralelamente ao procedimento criminal, a Corregedoria está apurando eventuais responsabilidades administrativas dos servidores público. Durante o cumprimento de mandado de prisão na residência de um dos policiais, foi apreendido um veículo com chassi adulterado, munições de uso restrito e permitido sem documentação para sua posse e diversos eletrônicos, além de R$ 7 mil em dinheiro. Outro policial foi alvo de mandado de busca e apreensão em sua residência, onde duas armas foram apreendidas. Os policiais vão verificar se ele tinha registro destas armas.
Fonte: http://massanews.com/