Servidor foi preso com celulares, drogas e objetos que facilitavam a fuga dos presos
O material apreendido é vasto. Com o fio de ouro, como é chamado o cabo de aço revestido de plástico, é possível cortar vigas de concreto de qualquer construção, por mais resistente que seja.
Além disso, na casa do agente penitenciário, localizada no Bairro Neva, foram encontrados 172 gramas de maconha, 22 aparelhos celulares e munições, uma de calibre 762 e outra de escopeta calibre 12, além de R$ 1 mil em dinheiro.
As investigações começaram em dezembro do ano passado, quando o SOE (Serviço de Operações Especiais) assumiu o comando da segurança da PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel). Desconfiados da atitude de alguns agentes e da facilidade com que alguns produtos ingressavam para dentro da unidade, a denúncia foi feita ao Gaeco.
Materiais como brocas usadas para furar as paredes e extratos bancários também foram localizados na residência. Na casa de outra pessoa, no Centro da cidade, uma porção de cocaína foi encontrada, um cheque de R$ 1,6 mil e R$ 2 mil em diversas notas. Essa pessoa repassava drogas ao agente, que depois venderia aos presos. Os dois foram detidos em flagrante.
O advogado de defesa do agente disse que o cliente só falará perante o juiz. A polícia, ele apenas afirmou que era usuário de drogas.
O agente está no serviço público há 14 anos. Já esteve afastado por medidas administrativas por sucessivas faltas ao trabalho, mas provou que não ia ao serviço por motivos de saúde. A defesa alega ainda que ele não pode ficar preso em cela comum, por conta do risco a vida do agente.
O sindicato da categoria lamentou a postura do servidor público, diante de tantas lutas da categoria.
Jornal da CATVE 2ª Edição