WhatsApp Image 2021 12 08 at 13.52.38

Dono de posto é preso suspeito de mandar matar fiscal que denunciava fraudes

Ex-vereador e empresário é apontado como mandante do crime

presos3Três pessoas foram presas suspeitas de envolvimento na morte do fiscal Fabrízzio Machado da Silva, que presidia a Associação Brasileira de Combate a Fraudes de Combustíveis. Entre os detidos na operação desencadeada pela DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa), da Polícia Civil, está o empresário Onildo Chaves de Cordova II que é dono de quatro postos de gasolina em Curitiba e região metropolitana. Ele é apontado na investigação como o mandante do crime.

Além dele, estão detidos Patrick Jurczyszin Leandro, de 30 anos, que seria o executor de Fabrízzio, e ainda Ronei Dulciano Rodrigues, 25, pessoa que, segundo a investigação, foi quem ajudou Patrick após o crime. A prisão é temporária e válida por 30 dias, podendo após este prazo ser transformada em preventiva.

A investigação da equipe da DHPP revela que Fabrízzio Machado da Silva foi morto por causa da atividade profissional que exercia, a de presidente da associação que combatia a fraude em combustíveis.

O fiscal foi morto a tiros pouco depois das 22h do dia 23 de março quando chegava de carro em casa, no Bairro Capão da Imbuia, em Curitiba. A investigação aponta que era Patrick quem conduzia o veículo modelo Sandero que bateu na traseira do carro do fiscal.

Ao descer do carro para saber o que tinha acontecido, Fabrízzio foi baleado na cabeça e não resistiu. Patrick então fugiu e, nas proximidades do Caximba, ateou fogo no veículo usado no crime.

As diligências das equipes policiais da DHPP e informações repassadas pelo 0800, de forma anônima, mostraram que o executor chegou até a casa do fiscal depois de receber a foto, o endereço e o carro usado por Fabrízzio, modelo Honda Civic preto. Esses dados, ainda segundo a investigação, foram repassados por Onildo.

Patrick teria recebido de forma adiantada R$ 5 mil e uma porção de cocaína para "fazer o serviço". O dinheiro teria sido pago pessoalmente pelo empresário dono dos postos de combustíveis. Após o assassinato, a polícia suspeita que Patrick recebeu mais R$ 16 mil.

Após o crime, começaram a chegar na DHPP, através do 0800, denúncias e informações sobre o caso. Os informantes disseram que no bairro Pioneiros, na cidade de Fazenda Rio Grande, Patrick foi visto circulando com o carro modelo Sandero, veículo usado no crime. Mas uma ligação chamou a atenção dos policiais. O informante dizia que Patrick tinha marcas de queimaduras, que fez a polícia desconfiar que poderiam ter sido causadas no momento em que ele colocou fogo no carro usado no crime.

Outro fato que chamou a atenção aconteceu no dia 11 de março, 12 dias antes da morte de Fabrízzio. Patrick e Ronei foram autuados em flagrante pelo crime de porte ilegal de arma de fogo. No entanto, ambos não ficaram presos. Foram colocados em liberdade após pagamento de fiança.

Patrick foi preso na noite do dia 27 no bairro Tatuquara, em Curitiba. Após desobedecer a ordem para parar o carro em que estava, ele acabou batendo em um ônibus. Patrick teve ferimentos na cabeça, foi atendido por médicos do Siate e depois encaminhado para a DHPP.

No dia seguinte, os policiais chegaram até Ronei. Ele foi detido por volta de 9 h na Ceasa, onde trabalhava. A Polícia vai aprofundar as investigações no sentido de descobrir detalhes da participação dele no crime. O último a ser detido foi Onildo Cordova II. Os policiais da DHPP o encontraram na noite de sexta-feira (28) em um flat no Batel, também em Curitiba.

Os três responderão pelo crime de homicídio qualificado por emboscada e sem chance de defesa da vítima. Se condenados poderão ficar de 15 até 30 anos presos.

OPERAÇÃO PANE SECA

Onildo já havia sido preso pela Polícia Civil do Paraná. Dois dias depois da morte de Fabrízzio, o Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep) deflagrou a Operação Pane Seca para prender duas quadrilhas que fraudavam a quantidade de combustível que saia de das bombas dos postos de gasolina, gerando prejuízo aos motoristas e ganhos para as organizações criminosas.

Entre os presos pelo Diep estava Onildo Cordova II, dono de postos que praticavam a fraude. Ele ficou preso por cinco dias (prisão temporária) e até então não havia qualquer indício de participação do empresário na morte do fiscal.

A investigação do Diep que resultou na "Pane Seca" teve início a partir de requisição da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, do Ministério Público do Paraná, a qual recebeu informações d a Associação Brasileira de Combate a Fraudes de Combustíveis (ABCFC), a qual Fabrízzio era presidente, denunciando que alguns postos de combustíveis estariam fraudando a quantidade de combustível no momento do abastecimento.

Para a fraude funcionar integrantes das quadrilhas instalaram dispositivos eletrônicos nas bombas, os quais eram responsáveis por interromper o fluxo de combustível efetivamente expelido, sem que houvesse interrupção na medição da quantidade de litros a ser paga pelo consumidor. Assim, a quantia de combustível de fato inserido nos tanques dos veículos de consumidores seria inferior ao registrado nas bombas, fazendo com que os clientes pagassem valores a mais em cada abastecimento.

Tais dispositivos, segundo consta, poderiam ser ativados remotamente, podendo os criminosos escolher o momento mais propício para seu acionamento, o que também dificultaria a atuação dos órgãos fiscalizadores.
Relembre o caso: Secretaria de Segurança acredita que morte de fiscal foi planejada

Assessoria/Polícia Civil

Fonte: http://catve.com

Comentar

vetenuo

bannerdisponivel

bannerdisponivel

bannerdisponivel

bannerdisponivel

Impakto nas Redes Sociais

                                  Saiba os benefícios de usar o LinkedIn para a sua vida profissional - IFS -  Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe 

blogimpakto  acervo       jornalismoinvestigativo      Capa do livro: Prova e o Ônus da Prova - No Direito Processual Constitucional Civil, no Direito do Consumidor, na Responsabilidade Médica, no Direito Empresarial e Direitos Reflexos, com apoio da Análise Econômica do Direito (AED) - 3ª Edição - Revista, Atualizada e Ampliada, João Carlos Adalberto Zolandeck   observadh

procurados

Desenvolvido por: ClauBarros Web