Sueley Lemos de Souza, 26 anos, e Patrícia do Rocio Carvalho, 27 anos, envolvidas em um esquema de fabricação, venda e distribuição de placas de veículos adulteradas – as quais seriam utilizadas em veículos roubados – foram presas em flagrante na tarde de quarta-feira (3), pela equipe de inteligência do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). A prisão aconteceu em um supermercado, situado no bairro Pinheirinho. Um veículo, placas e diversos materiais para a fabricação dos produtos foram apreendidos na ação.
A equipe descobriu que as mulheres entregariam um jogo de placas no estacionamento do supermercado. Diante do fato, deslocaram-se até o local e ficaram observando a movimentação por algumas horas, momento em que avistaram um Jetta prata em atitude suspeita. Quando checaram a placa do veículo no sistema, constataram que o carro estava em nome de um homem, preso pela Delegacia de Furtos e Roubos de Cargas (DFRC) há poucos dias.
Após a constatação, os policiais imediatamente abordaram o veículo, conduzido por Patrícia, com Sueley de passageira. O proprietário do Jetta era comparsa das mulheres. Dentro do carro, a equipe localizou um jogo de placas “frias” fabricado pela dupla, que seria entregue a uma terceira pessoa – ainda não identificada – para serem colocadas em um caminhão. Tanto as placas quanto o veículo foram apreendidos durante a abordagem.
Em continuidade as diligências, os policiais deslocaram-se até a residência de Patrícia, localizada também no bairro Pinheirinho, onde encontraram 26 placas frias, além de um contrato referente a um imóvel alugado no bairro Capão Raso. “O contrato estava escondido em um móvel da casa, isso chamou a atenção dos policiais, de modo que nos dirigimos até o endereço referido e nos deparamos com uma fábrica de placas clandestinas”, conta o delegado titular do Cope, Rodrigo Brown.
No apartamento, onde funcionava a fábrica clandestina, foram apreendidas três prensas, mais de 400 placas virgens, 75 placas em branco, formas, 750 matrizes alfanuméricas para placas de carros e motocicletas, 400 tarjetas de diversas cidades, tintas, rebites, dois notebooks, celulares e maos de R$7 mil em dinheiro.
Brown revela que, durante a ação policial, o celular de Patrícia não parava de tocar com encomendas de placas “frias” para veículos roubados e furtados. “Isso evidenciou a intensa participação da suspeita no suporte a ladrões de veículos automotores do Estado”, ressalta o delegado.
No decorrer das diligências, a equipe constatou que a dupla vendia, em média, dez placas por dia, por R$400 cada, ou seja, obtendo um lucro de aproximadamente R$4 mil em um único dia. Patrícia já tinha antecedentes criminais por receptação de veículo, furto de placas e também por repassar notas falsas. “A equipe acredita que as suspeitas mantinham a fábrica clandestina há mais de um ano. As investigações continuam com o intuito de identificar demais pessoas envolvidas com o crime, ou seja, pessoas que adquiriam esses produtos, que roubaram e furtavam veículos, bem como quem fornecia materiais para a fabricação das placas.
As mulheres foram autuadas em flagrante por adulteração de sinal de veículo automotor e formação de quadrilha. Ambas estão presas no Setor de Carceragem Temporária (Secat) do Cope, onde aguardam à disposição da Justiça.
Fonte: http://www.bandab.com.br