Prisão de policiais suspeitos de acobertar bingos em São Paulo é “só 1ª etapa”, diz procurador

prisaosusO subprocurador-geral de Justiça de São Paulo Mario Luiz Sarrubo informou na quarta-feira (5) que a prisão de policiais civis e militares por suspeita de envolvimento em jogos de azar é “só uma primeira etapa” da operação do Ministério Público Estadual (MPE) em parceria com as corregedorias. O subprocurador não informou quais serão as próximas etapas.

As corregedorias das polícias Civil e Militar de São Paulo e o MPE realizaram na manhã da quarta-feira uma operação para prender policiais suspeitos de corrupção. De acordo com as investigações, agentes recebiam propina para acobertar o funcionamento de bingos e de outras casas de jogos ilegais, que contam com máquinas caça-níqueis, na capital paulista.

Segundo informações, foram 22 prisões, incluindo 8 policiais militares e quatro civis. Os outros 10 presos não eram de nenhuma das corporações. Ao todo, haviam sido expedidos 24 mandados de prisão. Também foram cumpridos 100 mandados de busca e apreensão. Além da capital paulista, os mandados foram executados em outras 11 cidades do interior do Estado, do litoral e da região do ABC.

“É só uma primeira etapa. É um esquema grandioso que está sendo desbaratado pelas corregedorias das polícias Civil e Militar e pelo Ministério Público Estadual. Há várias organizações trabalhando. Evidentemente, as investigações estão ainda em sigilo. Já temos algo muito adiantado. As próximas etapas deverão ser deflagradas em data próxima”, disse Mario Luiz Sarrubo.

Entre os presos estão um coronel da PM e um escrivão-chefe de uma divisão da corregedoria da Polícia Civil.

De acordo com informações divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), a operação apreendeu 652 máquinas de jogos de azar – as caça-níqueis -, 31 celulares, 131 CPUs de computador, além de R$ 18.565.

Fonte: Popularmais