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Operação prende 5 PMs suspeitos de tentar matar inspetor da Polícia Civil que os investigava

Carro de inspetor da Polícia Civil que sofreu atentado na Zona Oeste do Rio com marcas de tiros — Foto: Reprodução A Polícia Civil e o Gaeco do Ministério Público do Rio de Janeiro prenderam, na manhã desta quinta-feira (17), seis pessoas — cinco delas policiais militares — acusadas de terem tramado a execução de um inspetor, em abril deste ano.

Batizada de Operação “Todos Por Um”, a ação cumpre ainda 15 mandados de busca e apreensão. Treze destes alvos são PMs, sendo um capitão e um tenente, que não tiveram a prisão decretada pela Justiça.

“Inadmissível, gravíssimo, representa uma verdadeira ameaça ao estado democrático de direito”, afirmou o diretor do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC), Antenor Lopes Júnior.

Quatro batalhões passam por buscas desde as 6h: 7º BPM (São Gonçalo), Batalhão de Vias Especiais (BPVE), 15º BPM (Duque de Caxias) e 35º BPM (Itaboraí). A Corregedoria da PM dá apoio à ação.

Os seis envolvidos diretamente na tentativa de homicídio já foram denunciados pelo MPRJ e tiveram as prisões preventivas decretadas pela Justiça.

São eles:

  • cabo Sérgio Berbereia Basile (7ºBPM);
  • cabo Mauro Simões de Castro (7ºBPM);
  • sargento Fagner Alves da Silva (7ºBPM);
  • sargento Joamilton Tomaz Ribeiro — cujo a impressão digital foi encontrada na porta do veículo utilizado no ataque (7º BPM);
  • cabo Euclydes José do Prado Filho, o Dinho (lotado no BPVE);
  • Sérgio Leonardo dos Santos Antônio, que é informante do grupo.

No dia 14 de abril deste ano, o inspetor Bruno Rodrigo da Silva Rodrigues, lotado na 39ª DP (Pavuna), sofreu um atentado com mais de 20 tiros quando chegava em casa, no bairro de Vila Valqueire, na Zona Oeste do Rio.

Ele foi ferido na perna, mas conseguiu reagir, escapou pelo banco do carona e os criminosos fugiram.

Carro de inspetor da Polícia Civil que sofreu atentado na Zona Oeste do Rio com marcas de tiros — Foto: Reprodução

Inicialmente suspeitou-se de uma tentativa de assalto, mas as investigações mostraram que, na verdade, os bandidos eram policiais militares que vinham sendo investigados pela equipe do agente.

O carro dos assassinos foi encontrado no dia seguinte, a cerca de 3 quilômetros do local do ataque. Os investigadores descobriram, então, que outros dois veículos foram utilizados para seguir o policial. Durante a fuga, os criminosos trocaram de carro duas vezes.

Ao longo das investigações, a 39ª DP descobriu que três policiais militares estavam dentro do carro que atacou o policial civil, e que um dos carros pertencia a outro PM.

Um quinto policial teve a prisão decretada por ter ajudado na vigilância do alvo escolhido. Um informante que também seguiu o inspetor também foi identificado e teve a prisão decretada.

O plano para matar o inspetor começou depois de uma ação da 39ª DP na Feira da Pavuna, em setembro de 2019. Na ocasião, os agentes foram checar uma denúncia de que supostos policiais estavam coagindo comerciantes a vender determinadas marcas de cigarro ilegal. Na ação, um comerciante chegou a ser detido.

Durante as buscas, no entanto, os policiais civis viram quatro homens em um carro prata próximo a um dos depósitos de cigarro.

Na abordagem, dois deles se identificaram como policiais do Serviço Reservado (P2) do Batalhão de Policiamento de Rodovias (BPRv): os cabos Marcos Fernando de Azevedo Bezerra e Fabio Henrique Marins da Silva, que disseram que os outros dois não seriam policiais.

Depois os agentes descobriram que um terceiro também era PM: Valter Sobreira dos Santos Filho, sargento lotado no 15º BPM (Caxias).

Uma semana mais tarde, o BPRv entregou um ofício à delegacia dizendo que os policiais estavam fazendo um levantamento de informações na Feirinha da Pavuna. A 39ª DP, no entanto, já tinha iniciado uma investigação preliminar para checar as denúncias de que policiais estavam trabalhando para um grupo na venda de cigarro clandestino.

Um comerciante que vendia cigarros na região, e que presenciou a abordagem dos policiais civis aos PMs, acabou sendo ouvido como testemunha, três semanas mais tarde.

Gerson Luís Silveira foi assassinado em janeiro deste ano.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

Fonte: g1.globo.com

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