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PMs são presos acusados de matar soldado com tiro na cabeça após briga de trânsito

Policiais dos batalhões de Itaquera e Jardim Robru, na zona leste, assumiram participação no assassinato do soldado Douglas Barbosa. Crime aconteceu na Vila Jacuí, na madrugada do último domingo (13/11)

douglasbarbosaO soldado Douglas Barbosa, de 26 anos, foi assassinado com um tiro na cabeça após uma briga de trânsito por outros dois PMs na madrugada de domingo (13/11), na Vila Jacuí, zona leste de São Paulo, de acordo com investigações do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), da Polícia Civil.

Segundo a Polícia Militar, o soldado Barbosa, que integrava 4º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), havia saído do trabalho e estava a caminho de casa quando foi baleado, por volta das 5h50, na avenida Imperador, que liga os bairros de Itaquera e Penha.

Após depoimento na Corregedoria da PM, os dois policiais, do 39º batalhão (em Itaquera) e do 28º batalhão (no Jardim Robru), foram encaminhados ao IML (Instituto Médico Legal) e, depois, ao presídio militar Romão Gomes, no Jardim Tremembé, zona norte da capital. Os dois PMs assumiram participação no crime. Eles alegaram briga de trânsito.

Imagens de câmeras de segurança da região, as quais a reportagem da Ponte Jornalismo teve acesso, mostram que houve uma discussão entre motoristas. Ninguém desceu de nenhum carro. Depois, um veículo branco bateu, aparentemente de propósito, contra o carro do soldado Douglas, fazendo com que ele perdesse o controle da direção. A gravação não flagrou o momento do disparo contra a cabeça do policial.

Há três anos na Polícia Militar, o soldado Douglas Barbosa agia no grupamento responsável por controle de manifestações e de combate ao terrorismo. De acordo com a PM, ele chegou a ser socorrido no Hospital Ermelino Matarazzo, mas não resistiu aos ferimentos durante a cirurgia.

“Ação feroz de um delinquente”, diz PM

A reportagem da Ponte Jornalismo solicitou à Polícia Militar um posicionamento sobre a morte do soldado Douglas Barbosa e sobre a investigação que aponta envolvimento de outros policiais militares no crime, além das identidades dos PMs presos. Até a publicação da reportagem, a corporação não se manifestou. No Facebook, a PM divulgou uma nota de pesar. Leia na íntegra:

“POLICIAL MILITAR É MORTO COVARDEMENTE, APÓS SAIR DE SERVIÇO

13/11/16
É com grande pesar que, a Polícia Militar informa que o Soldado PM DOUGLAS BARBOSA, do 4º Batalhão de Ações Especiais de Polícia, faleceu após ser alvejado na região da cabeça por um disparo de arma de fogo.

Por volta das 05h52min de hoje (13), o Soldado DOUGLAS BARBOSA, estava saindo de uma noite de trabalho, e a caminho de sua casa foi vitimado pela ação feroz de um delinquente. O policial foi socorrido ao PS Ermelino Matarazzo e faleceu durante a cirurgia.

O Soldado DOUGLAS tinha 26 anos, servia a sociedade paulista na Polícia Militar desde 2013, ou seja, há 03 anos, era solteiro e não tinha filhos. Neste momento de profunda dor, a família Policial Militar se junta aos familiares e amigos do Soldado PM DOUGLAS e roga a Deus que possa confortar a todos.

A sociedade paulista se despede de mais um herói que cumpriu o juramento de defendê-la, mesmo com o sacrifício da própria vida.

#podeconfiarpmesp
COMUNICAÇÃO SOCIAL PMESP”

Além da PM, a reportagem da Ponte Jornalismo enviou as seguintes questões à assessoria de imprensa da SSP (Secretaria da Segurança Pública), terceirizada pela empresa CDN Comunicação nesta quarta gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB):

1) Por gentileza, qual a posição do secretário Mágino Alves Barbosa Filho sobre a morte do soldado Douglas Barbosa?

2) Os policiais presos por suposto envolvimento no crime contra o soldado teriam confessado participação no assassinato, alegando que o crime ocorreu após briga de trânsito. Qual a posição da SSP sobre isso?

3) Caso a suspeita de envolvimento de PMs no crime se confirme, o que deve acontecer com os policiais militares?

4) Para que a reportagem consiga localizar e ceder o direito de defesa aos PMs presos no presídio militar Romão Gomes, a SSP poderia informar os nomes e patentes dos policiais?

Às 12h24 do dia 16, a SSP enviou a seguinte nota sobre assunto:

“A Corregedoria da Polícia Militar informa que na madrugada desta quarta-feira (16), dois soldados, sendo um do 28º BPM e outro do 39º BPM, foram recolhidos disciplinarmente, suspeitos de envolvimento na morte do soldado Douglas Barbosa, ocorrida no último dia 13, na Avenida do Imperador, Vila Jacuí, zona leste de SP.”

Fonte: http://ponte.org/

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