Jovem foi morto no domingo (19),em Curitiba, antes do Atletiba.
De acordo com a Polícia Militar (PM), disparo foi acidental.
A Polícia Militar (PM) afirmou nesta segunda-feira (20) que a situação estava tranquila no momento em que um torcedor foi morto por um sargento no domingo (19), em Curitiba. A polícia reforçou que o disparo foi acidental e pediu desculpas aos familiares e amigos do jovem.
O tiro foi disparado quando PM fazia escolta dos torcedores coxa-brancas para levá-los à Arena da Baixada, onde seria realizado o clássico Atletiba.
"É importante frisar que não havia conflito nenhum. A situação estava tranquila. Só que muitas vezes essa tropa especializada, e é uma tropa de força suplementar, então eles sempre estão preparados para ocorrências subsequentes. Ocorrências de grande vulto", disse o comandate do 12º Batalhão da PM, Wagner Lúcio dos Santos.
A declaração de Santos contraria a informação repassada pela corporação no domingo que houve tumulto entre torcida e policiais. O comandante definiu a situação como "tragédia" e pediu desculpa aos familiares.
"Foi uma grande tragédia o que aconteceu. Tinham policiais da Rotam, que é um tropa altamente especializada pronta para fazer a escolta dos torcedores do Coritiba para o estádio do Atlético".
Santos explicou o que ocorreu a partir do relato do sargento.
"O comandante de uma das equipes estava fora de uma viatura e adentrou à viatura, pegou uma submetralhadora e foi colocar em bandoleira, que é uma alça. Quando foi posicionar na alça, ele posicionou a arma para a janela e, quando fez movimento, ele alega que sentiu o recuo na arma. Quando ele olhou ao lado, visualizou o rapaz caído e percebeu que havia efetuado o disparo".
Ainda conforme o comandante da PM, logo após terem visto que o rapaz havia sido atingido, os policiais iniciaram os procedimentos para tentar controlar o sangramento o levaram para o Hospital Cajuru, onde ele morreu.
A arma foi recolhida para perícia, e o policial, com mais de 20 anos na corporação, que disparou foi afastado por 15 dias de serviços operacionais e administrativos. Após o prazo, a previsão é de que ele fique em serviços administrativos até que o inquérito aberto internamente pela PM seja concluído. A previsão é de um prazo de 40 dias com prorrogação de 20 dias.
"A arma foi recolhida para a perícia técnica, e o sargento foi ouvido. É importante frisar que o sargento está extremamente abalado pelo ocorrido. Ele nunca respondeu a nenhum procedimento administrativo", afirmou o comandate do 12º Batalhão da PM.
O corpo da vítima foi sepultado na tarde desta segunda-feira, no Cemitério Santa Cândida, em Curitiba.
FONTE: G1