Com auxílio de cordas artesanais para pular o muro, oito detentos fugiram da Casa de Custódia de São José dos Pinhais na madrugada desta quinta-feira (24). A Secretaria da Segurança Pública (SESP) informou, em nota, que os presos abriram um buraco na entrada de ar da cela.
De acordo com a Secretaria, forças policiais foram acionadas e fazem buscas na região, mas ninguém foi recapturado até o momento. Um procedimento administrativo será aberto para apurar o caso.
Fonte: massaNEWS
O Tribunal de Justiça do RS determinou a prisão dos três advogados denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul por envolvimento com um grupo criminoso, além dos 11 membros do grupo identificados pelos crimes. Um dos advogados, Anderson Figueira da Roza, foi preso quando chegava em casa, no bairro Protásio Alves. Um segundo advogado se entregou e o terceiro, conforme o Ministério Público do RS, que pediu as prisões, deve ser preso nas próximas horas.
Entre os crimes investigados, está a intimidação de testemunhas e até o planejamento de execução de um juiz em Porto Alegre.
Para o advogado de Roza, Jean Severo, a prisão foi "totalmente arbitrária". "Já tinham bloqueado os bens, ele não tinha um real. Já tinham suspendido o Anderson, ele não podia exercer a profissão nem se aproximar de nenhum processo. E nós vamos recorrer às mais altas cortes", informou.
Polícia teve acesso a mensagens trocadas pelos denunciados — Foto: Reprodução
O MP denunciou os três advogados e mais 11 pessoas suspeitas de estarem ligadas a um grupo de extermínio que planejou a morte um de juiz, ameaçou policiais e testemunhas no estado. Eles também são suspeitos de obstruírem as investigações.
Em março deste ano, a Polícia Civil desarticulou um grupo de extermínio de uma facção que planejava a morte de policiais e membros do Poder Judiciário, no Vale do Sinos. De acordo com a polícia, as investigações ainda eram sobre roubo de veículos.
Após a prisão de cinco pessoas, com autorização judicial, foi descoberto nos aparelhos celulares o plano de execução de autoridades da área de segurança e do Poder Judiciário, além do resgate do apenado que iria depor em uma audiência.
De acordo com o MP, em uma das situações, um dos advogados forneceu a lista de testemunhas do processo para os chefes da facção, dizendo que, se três delas não depusessem, o caso estaria ganho. Houve ainda ameaças verbais de morte às testemunhas, para que não comparecessem ao fórum. Algumas delas, apesar de procuradas por diversas vezes, não foram localizadas pela Justiça.
Também ocorreram coações a policiais civis e o planejamento de um atentado a um juiz que presidia processos contra um dos chefes da facção.
Os advogados ainda forjavam documentos para reaver o dinheiro apreendido pela Justiça no combate ao tráfico de drogas.
Os três advogados e o chefe da organização criminosa investigada tiveram bens e contas bancárias bloqueados. Os registros na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também foram suspensos e houve a quebra do sigilo financeiro e fiscal dos suspeitos.
Os setores de inteligência da Polícia Federal (PF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) mapearam e desarticularam um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para realizar atentados contra agentes públicos e explodir bombas em prédios públicos em todo o Brasil. Um dos alvos seria a sede do próprio Depen, em Brasília.
De acordo com a PF, com base na análise de bilhetes apreendidos pelos agentes do Depen foi possível interceptar ordens dos principais líderes da facção que, de dentro da penitenciária federal de Porto Velho, em Rondônia, articulavam a ação criminosa.
A investigação do caso deu origem a duas operações deflagradas nesta quinta-feira: a Pé de Borracha e a Morada do Sol.
Estão sendo cumpridos três mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, sendo três deles em celas da Penitenciária e um imóvel de Porto Velho. Também serão proibidas as visitas íntimas para os alvos e eles serão incluídos no regime disciplinar diferenciado, o RDD.
A Pé de Borracha, a partir da análise da comunicação entre os presos, identificou um plano criminoso que objetivava o uso de explosivos em unidades prisionais. O propósito do plano, segundo a PF, era desestabilizar o Sistema Penitenciário Federal, em especial o Depen.
A Morada do Sol, por sua vez, mira o plano do PCC de sequestrar, torturar e assassinar agentes públicos para pressionar o governo federal e o Supremo Tribunal Federal (STF) a liberar as chamadas visitas íntimas nos presídios federais. Essas visitas estão suspensas desde julho de 2017.
"As investigações identificaram que a facção criminosa já havia realizado o levantamento da rotina e atividade de diversos servidores públicos fora do ambiente de trabalho para serem sequestrados e/ou assassinados em seus momentos de folga", disse a PF por meio de nota.
Os investigadores descobriram que a comunicação entre os presos se dava por meio de bilhetes repassados entre as celas pelas chamadas "terezas" - pequenas cordas criadas a partir de fios retirados de roupas.
Fonte: otempo
O sargento Leandro Lucas dos Santos, do Batalhão de Operações Especiais (Bope), preso nesta segunda-feira junto com Marco Antônio Figueiredo Martins, o Marquinho Catiri, acusado de integrar uma milícia nas Zona Norte e Oeste do Rio, disse a agentes da Corregedoria da PM que não sabia que Catiri integrava uma milícia. Uma pistola do agente foi encontrada dentro do carro blindado de Catiri, uma caminhonete Ford Ranger blindada. Santos preferiu não prestar depoimento, mas, em conversa informal com os policiais, afirmou que prestava serviço de segurança para um "empresário" e esqueceu a arma em seu carro.
O policial foi preso, junto com Catiri, mais dois PMs — um da ativa e outro, reformado — e um militar do Exército, em flagrante, pelo crime de organização criminosa. A operação, da Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas (Draco), aconteceu numa academia dentro do Shopping Nova América, em Del Castilho. No momento em que os policiais entraram no local, Catiri corria numa esteira.
O PM do Bope era o único agente que não estava no local, mas foi até lá após os agentes encontrarem sua pistola calibre.380. Acabou preso, junto com os demais, como integrante da organização. Além de Santos e Catiri, foram detidos o cabo Bruno Ramalho, lotado na UPP São Carlos, o subtenente reformado Pedro Paulo dos Santos e o sargento reformado do Exército Valdo Honorato Pereira. Para a polícia, todos integravam a segurança do miliciano.
O único dos detidos que estava foragido era Catiri. Contra ele, segundo a Draco, havia um mandado de prisão em aberto, decretado pela Vara Única de Sapucaia, pelo crime de lavagem de dinheiro. Uma investigação da especializada revelou que o miliciano lavava dinheiro com a compra de fazenda e animais raros.
Numa operação feita no sítio, em Sapucaia, quase na divisa do Rio com Minas Gerais, em fevereiro do ano passado, a Draco encontrou animais exóticos, como lhamas e araras, além de cavalos de raça. O imóvel também tinha um casarão com piscina e lago com pedalinho. De acordo com a Draco, a compra do sítio foi feita através de um contrato mascarado de arrendamento rural — cessão de um terreno para exploração agrícola.
Catiri também é réu em outra ação em que é acusado de chefiar uma milícia que atua na exploração do transporte alternativo, através da cobrança de taxas aos motoristas de vans que circulam em algumas linhas de transporte alternativo dos bairros de Bangu, Realengo, Padre Miguel e Campo Grande, na Zona Oeste.
Com Marquinho Catiri, a Draco apreendeu, além da caminhonete blindada, jóias, um relógio Rolex, R$ 28.978,00 em espécie, e documentos.
Fonte: extra