Detento furta caminhão e foge da Papuda, no DF, enquanto trabalhava em horta

Interno está no semiaberto e tinha autorização da Justiça para trabalhar, diz administração do presídio. Governo registrou ocorrência, e apura se houve negligência.

dfcUm detento do Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, furtou um caminhão e conseguiu fugir do Centro de Internação e Reeducação (CIR), no último sábado (26). Segundo a administração do presídio, ele trabalhava em uma horta próxima ao prédio e, além de ter os dias de pena descontados, recebia em dinheiro pelo serviço.

A Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) registrou ocorrência na 30ª Delegacia de Polícia, e informou ao G1 que vai abrir sindicância para saber se houve negligência de algum servidor – ou facilitação da fuga. Desde o sábado, equipes da pasta estão nas ruas para tentar localizar o preso.

 

Até a publicação da reportagem, o governo ainda não tinha respondido por quais crimes o homem está preso, quanto tempo de pena ele ainda precisa cumprir, e nem se esse trabalho externo reduzia o tempo total da condenação.

 

Outras fugas

Em fevereiro do ano passado, 10 detentos fugiram da Penitenciária do Distrito Federal I (PDF 1), na Papuda, depois de quebrar paredes, estourar cadeados e passar pelo alambrado. Para isso, usaram vigas das grades das celas como facas e tamparam as câmeras de segurança. Seis foram recapturados horas depois.

Oito meses após o incidente, a Secretaria de Segurança Pública suspendeu sete agentes que, de acordo com resultado sindicância, teriam sido “negligentes” e assim “facilitado” a fuga de dos presos.

Em setembro de 2016, internos do Centro de Detenção Provisória (CDP) também tentaram fugir. Na ocasião, o Sindicato dos Agentes de Atividades Penitenciárias do DF (Sindpen-DF) afirmou que 45 detentos tentaram sair do complexo por meio de um buraco no teto. No entanto, ninguém conseguiu escapar.

A Papuda tem 14 mil detentos. Entre os presidiários estão o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e o ex-deputado Natan Donadon.

Fonte: G1