Defensoria diz que bebê adoeceu por viver em penitenciária feminina no PI

Seis bebês vivem presos juntos com as mães e outras internas na Penitenciária Feminina de Teresina

bebespresosPelo menos seis bebês vivem presos juntos com as mães e outras internas na Penitenciária Feminina de Teresina, segundo constatou uma inspeção da Defensoria Pública do Piauí na unidade prisional, realizada em junho. Por viver em confinamento, um dos bebês adoeceu, de acordo com o relato do órgão.

"Um bebê adquiriu visível doença dermatológica, com indicação de que decorria do trauma constante a que era submetida com a privação de sua liberdade", afirmou a defensora pública da Coordenação de Execução Penal e Diretora Criminal da Defensoria Pública do Estado do Piauí, Glícia Rodrigues Batista Martins. A defensora pública ressalta ainda que os bebês dentro das celas correm "risco à integridade física e psíquica". 

A penitenciária, apesar de ter sido construída para abrigar mulheres, não tem espaço específico para gestantes e parturientes (que tiveram seus filhos recentemente) não tem médicos ginecologistas e obstetras e as presas que precisam de atendimento são levadas para unidades de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde) fora do presídio. Também não há pediatra, e há denúncia de que as vacinas dos bebês estão atrasadas.

"As gestantes e parturientes ficam recolhidas no pavilhão destinado às presas sentenciadas, em celas reservadas às detentas de bom comportamento, e as crianças ficam na companhia das mães nas referidas celas", destacou o relatório da Defensoria Pública.

A Defensoria Pública do Piauí constatou que havia seis bebês, sendo dois recém-nascidos, seis presas grávidas e duas parturientes em celas do pavilhão A da unidade prisional.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/