Com 648 presos, Cadeião se aproxima de ‘marca histórica’

cadeiaoHildebrando de Souza 'amontoa' atualmente 648 presos em 208 vagas - Conseg faz campanha para arrecadar materiais de construção e aumentar o muro da cadeia

A Cadeia Pública Hildebrando de Souza se ‘aproxima’ de uma lotação histórica – atualmente o Cadeião abriga 648 presos, mas o local já chegou a entulhar 682 detentos em setembro de 2014. Com a atual situação, a direção do Hildebrando cogita um novo pedido de interdição enquanto o Conselho Comunitário de Segurança de Ponta Grossa (Conseg) realiza uma campanha para arrecadar materiais de construção e “aumentar” o muro da cadeia.

A situação delicada do Hildebrando já é de conhecimento das autoridades do município. Várias comissões já visitaram o local e se “assustaram” com o que encontraram. Para o presidente do Conseg, Henrique Henneberg, os funcionários e policiais que trabalham no local fazem “milagre” para manter a ordem. Para Henneberg, os funcionários que trabalham no Cadeião devem ser reconhecidos:

“Nós tivemos uma onda de rebeliões em todo o Paraná e o Hildebrando foi uma das poucas cadeias que escapou disso. A sociedade tem que reconhecer o ótimo trabalho que policiais, agentes penitenciários e outros trabalhadores realizam no local”

Ajuda comunitária

Diante da condição preocupante do Hildebrando, o Conseg tenta arrecadar materiais de construção para possibilitar melhorias no prédio da Cadeia e evitar fugas no local. “Estamos comprando parte dos materiais com dinheiro do Conseg e também estamos recebendo doações da comunidade”, explica o presidente.

Os materiais serão utilizados para o reforço de algumas estruturas da cadeia e também para o aumento do muro que cerca a unidade prisional – atualmente o Cadeião tem mais de três pessoas para cada vaga ‘estipulada’ na unidade.

Nova interdição

O chefe da Divisão de Ocupação e Qualificação (DIOQ) do Hildebrando, Everton Santos, conta que a grande quantidade de presos na unidade pode levar a uma nova interdição do local. Um pedido de interdição do local já tramita na Vara de Execuções Penais de Ponta Grossa.

Caso volte a ser interditada, a cadeia deverá deixar de receber novos presos.

Fonte: http://arede.info