Homens que se identificam como detentos do presídio Romeiro Neto, em Magé, na Baixada Fluminense, gravaram vídeos ostentando celulares, drogas, bebidas alcóolicas e dinheiro dentro da unidade. Nas imagens, os presidiários apontam a direção da unidade como responsável por deixar que eles tenham acesso às regalias.
"Vocês acharam que eles iam deixar a gente fraco? Olha como a direção deixa nós aqui: tem cachaça, telefone, baralho de jogo... Dinheiro nós tem pra cara* (sic). Tudo em cima deles", diz um dos presos no vídeo. As imagens mostram quase 40 celulares no chão da cela e um saco que, segundo o detendo, contém um quilo de cocaína.
Em outro vídeo, mais um preso com o rosto coberto por uma camiseta relata que a direção da cadeia não pode "oprimir" os presos nem "cobrar algo" deles, já que libera a entrada dos itens proibidos.
"Como é que a família do interno vai trazer uma coisa dessas? Isso aqui vem da mão da polícia", disse o homem enquanto mostrava um smartphone para a câmera, citando nome de um funcionário que teria cobrado R$ 3 mil pela entrada do aparelho eletrônico no presídio.
Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que "todas as providências estão sendo tomadas para identificar os responsáveis pelos fatos narrados nos vídeos".
A secretaria disse ainda que "não vem medindo esforços para bloquear a entrada de objetos ilícitos nas unidades prisionais, para impedir a comunicação de presos com o mundo exterior. Isso tudo faz parte de uma herança maldita encontrada quando a nova direção assumiu a Seap. Fato é que a operação asfixia, iniciada desde a gestão do secretario Alexandre Azevedo de Jesus, já apreendeu desde o início desse ano 3.034 celulares, 1,137 chips, 18 roteadores, dois radiotransmissores, 23,912 papelotes de cocaína, 11.927 de haxixe, 25.802 papelotes de maconha, 66 comprimidos de ecstasy e 230 anabolizantes".
Fonte: extra