presos da PEL 2 reclamam de surto de Covid; direção nega

https://i.ytimg.com/vi/xRCplLUrhNk/maxresdefault.jpg Presos da Unidade 2 da Penitenciária Estadual de Londrina, PEL 2, divulgaram um vídeo em que reclamam de um suposto contágio de coronavírus na unidade. Eles apontam que muitos presos estão com Covid-19 e até tuberculose. Algumas galerias estão isoladas para evitar um surto ainda maior. 

"Atendimento médico que nos pede aí, eles vêm com dipirona. Pedimos uma atenção pro senhor e um atendimento médico melhor aqui na PEL 2. Não tem atendimento, não".  O pedido é feito para o coordenador regional do Depen, Departamento Penitenciário do Estado do Paraná, Reginaldo Peixoto. 

Outro detento ainda questiona: "Cadê os diretos humanos nossos, aí?".  Ao fundo, é possível ouvir alguns presos tossindo. 

Os presos reclamam que a Covid-19 apenas entrou na cadeia por causa dos agentes penitenciários. Até o momento 14 foram testados positivos para a doença e 49 detentos tiveram o diagnóstico confirmado da doença. "A gente quer puxar a cadeia, nós errou, nós vai pagar. Mas nós quer pagar dignamente". 

O vídeo também é endereçado ao juiz da Vara de Execuções Penais, Katsujo Nakadomari. Os presos pedem mais atenção aos detentos 'com idade avançada e com doença crônica'. "A gente só pede que uma vez ao dia eles [os agentes penitenciários] espirrem álcool na nossa mão", comenta outro detento. "A gente só quer uma atenção. A gente quer pagar sem vírus", grita outro ao fundo. 

Outro integrante do grupo reclama que os guardas não estariam usando máscara e que também não teria máscara para os detentos doentes. "Tá todo mundo ruim, com uma febre do c****, passando frio embaixo das cobertas e não fazem nada". 

Segundo o coordenador regional do Depen, Reginaldo Peixoto, os presos diagnosticados com Covid-19 estão em uma área isolada na penitenciária, para evitar um surto ainda maior. Ele nega a situação relatada pelos presos no vídeo. "Estou averiguando a situação, mas acredito não retratar a realidade. Estamos dando o atendimento necessário, inclusive com o termo do isolamento. Os presos também estão saindo para o banho de sol com frequência. Os doentes são acompanhados diariamente. O isolamento de 14 dias recomendado pela saúde terminou ontem (28/12)", responde. 

Outro pedido feito pelos presos é que sejam realizados exames nos detentos que apresentam sintomas da doença. O diretor explica que isso já acontece e que seria complicado testar todos ao mesmo tempo. "Esse é o protocolo. Estamos usando ele desde março. Se fossemos testar com frequência, teríamos que testar todas as pessoas, inclusive as que vivem aqui fora, semanalmente. O importante é a prevenção", finaliza

Peixoto não soube explicar como o celular entrou na unidade e ressaltou que vistorias são feitas com frequência. "Fazemos com frequência, mas infelizmente acabou ficando esse"

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