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Procuradoria pede prisão de líderes de greve em presídios do PI

grevepresidiosA Procuradoria Geral do Estado do Piauí pediu as prisões temporárias do presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí, José Roberto Pereira, e do vice-presidente, Kleiton Holanda Pereira, caso não encerrem a greve dos agentes penitenciários imediatamente. A paralisação começou na segunda-feira (14). O pedido foi feito à Justiça em caráter liminar nesta terça-feira (15). O pedido deverá ser apreciado pelo desembargador Edvaldo Moura. 

A greve suspendeu visitas de familiares, advogados e escolta de presos para audiências, como também o ingresso de novos detentos em unidades do sistema prisional do Piauí. Na madrugada da segunda-feira,presos da Casa de Custódia de Teresina se rebelaram. O clima continua tenso na unidade prisional. Nesta quarta-feira (16), cinco detentos se feriram durante o motim e estão internados em hospitais de Teresina. Presos da Penitenciária Mista Juiz Fontes Ibiapina, em Parnaíba, litoral do Piauí, também se amotinaram e depredaram a unidade prisional.

A greve dos agentes penitenciários do Piauí foi considerada ilegal no sábado (12). O desembargador Francisco Lopes e Silva Neto, plantonista do fim de semana, acatou o pedido da PGE sobre a ilegalidade da paralisação alegando perigo de ocorrência de rebeliões dentro dos presídios.

Antes de analisar o pedido, o magistrado se reuniu com o departamento jurídico do sindicato, com juiz da Vara de Execução Penal, com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, da Sejus (Secretaria de Justiça e Direitos Humanos) e da Secretaria de Estado da Administração para mediar acordo entre as partes. Sem acordo, o desembargador marcou uma nova reunião para esta quinta-feira (17) para mediar o fim da greve, sem que seja necessário apreciar o pedido de prisão dos sindicalistas.

Na reunião, o departamento jurídico do sindicato informou que não há o que negociar na pauta de reivindicações porque já fora firmado acordo em maio, quando ocorreu outra paralisação da categoria. Os sindicalistas dizem que o Estado descumpriu o acordo e por isso entraram em greve, decidida em assembleia na última quinta-feira (10).

O diretor jurídico do sindicato, Vilobaldo Carvalho, afirmou que o pedido não intimida a diretoria porque a prisão traria problemas na realização da assembleia com agentes penitenciários para votar pela manutenção ou fim da greve.

"A prisão não nos intimida porque quem começa e termina a greve é a categoria. O presidente é o único habilitado a presidir a assembleia, que pode definir a manutenção do movimento ou o fim dele. Não é a prisão que vai resolver a situação, vai piorar porque a categoria já está se revoltando e se o presidente for preso ou o sucessor dele, a assembleia que poderia finalizar a greve será considerada ilegal", explicou Carvalho.

Segundo o Estatuto do Agente Penitenciário do Piauí, o artigo 41 define que em caso de prisão temporária de agente penitenciário, ele permanecerá em prisão especial, durante o curso da ação penal e até que a sentença transite em julgado.

"O servidor penitenciário nas condições deste artigo ficará recolhido em sala especial da Secretaria de Justiça e dos Direitos Humanos ou órgão da Secretaria de Segurança, sendo-lhe defeso exercer qualquer atividade funcional ou sair sem expressa autorização do Juízo a cuja disposição se encontre", rege o inciso 1º do artigo 41 do estatuto.

O sindicato afirmou que a greve ocorre por descumprimento do governo do Estado de todos os itens do acordo firmado em maio com a categoria. Entre os pontos descumpridos pelo Estado, segundo o sindicalista, estão o não pagamento do reajuste salarial de 12,5%, dividido em duas parcelas de 50% -  que deveriam ser pagas em julho deste ano e janeiro de 2016; o lançamento do edital para agentes penitenciários, que deveria ter ocorrido nesta terça-feira (15); promoções de agentes penitenciários e implantação de adicional de insalubridade, que deveria ser paga em junho e novembro. Os sindicalistas também reclamaram que os agentes penitenciários trabalham sem condições de trabalho com a falta de armamentos e com sobrecarga de serviço porque o número de efetivos é insuficiente para atender a demanda de presos.

A Sejus disse que a greve dos agentes penitenciários não tem consistência porque a "maior parte das reivindicações feitas pelo Sinpoljuspi no ano foram atendidas pelo governo do Estado: 12,5% de aumento no subsídio; implantação da insalubridade; reajuste de quase 150% no auxílio-refeição; promoção de carreira de 51 agentes; e anúncio do concurso público para 2016, com 150 vagas iniciais", informou.

Quanto à reclamação dos agentes penitenciários de que não há armamento para o trabalho, a Sejus afirmou que 20 novas espingardas calibre 12 foram entregues nas unidades prisionais. "Outras 20 armas de mesmo calibre foram adquiridas e serão entregues em breve. A Sejus também está adquirindo equipamentos de segurança, dentre os quais pistolas calibre 40, carabinas calibre 40, metralhadoras, fuzis calibre 556, granadas, munição letal e não letal, coletes balísticos e capacetes", afirma.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/

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