Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, local onde ocorreram três rebeliões em menos de uma semana, abriga quase três vezes mais presos do que a capacidade para a qual foi projetado. As duas unidades que foram cenário dos motins entre segunda-feira (1º) e esta sexta-feira (5) foram consideradas “péssimas” pelas inspeções do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) (veja abaixo).
Os relatórios de inspeções feitos pelo CNJ entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano. O trabalho do conselho identificou que o Complexo Prisional, que tem capacidade para pouco mais de 2 mil detentos, abrigava, na data das inspeções, mais de 5,8 mil presos.
Empossado nesta tarde como diretor Geral de Administração Penitenciária, o coronel Edson Costa afirmou que as inspeções feitas pelo CNJ, bem como a possível visita a Goiás da presidente do Supremo Tribunal Federal (STJ), a ministra Cármen Lúcia, devem contribuir para a elaboração de uma força-tarefa para diminuir os problemas do sistema prisional.
“Fico muito feliz que o CNJ tenha conseguido fazer essa avaliação. E o próprio conselho sabe que esse carimbo vale para 97% dos presídios do país. Então acho ótimo que a ministra Cármen Lúcia venha aqui, que seja estabelecido uma força tarefa para discutir essa questão”.
“Que o país ache a solução, assim como achou a solução para construir estádios de futebol durante a Copa”, disse o diretor.
Segundo dados do CNJ, Goiás tem 7,4 mil presos em regime fechado, 2,5 mil em regime semiaberto e 783 em regime aberto. Além deles, existia, até a manhã desta sexta-feira, 8,8 mil presos provisórios.
O Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, o maior do estado, abriga cinco presídios: a Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG), onde ocorreu uma rebelião na manhã desta sexta-feira, a Casa de Prisão Provisória (CPP), a Penitenciária Feminina Consuelo Nasser, o Núcleo de Custódia, e a Colônia Industrial e Agrícola do Estado de Goiás, onde ocorreram dois motins esta semana, o primeiro deles com 9 mortos e 14 feridos.
A POG, onde ocorreu o motim desta sexta-feira, abriga 2,7 vezes a sua capacidade. Já a Colônia Agroindustrial, onde ocorreram as duas outras rebeliões, tem 2,6 vezes a lotação máxima.
Raio X do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia
Unidade abriga condenados no regime fechado, exclusivamente do sexo masculino. Uma rebelião atingiu o presídio entre 4h30 e 7h desta sexta-feira. Segundo a Polícia Militar, nenhum detento ficou ferido. Segundo dados da inspeção realizada no dia 14 de dezembro do ano passado, o local tem capacidade para 720 presos, mas abrigava, até então, 2.010 detentos. O local não possui sala para visita íntima, nem conta com oficinas de trabalho.
O presídio acolhe presos do regime semiaberto, exclusivamente do sexo masculino. Foi na unidade que ocorreram dois, dos três motins registrados no Complexo Prisional este ano. O primeiro deles, na segunda-feira (1º) teve 9 mortos, 14 feridos e mais 200 fugas. A segunda rebelião ocorreu na quinta-feira (4), foi controlada pela PM, não teve feridos, mas registrou uma fuga.
Após a primeira rebelião, a ministra Cármen Lúcia determinou que o TJ-GO realizasse a inspeção no prazo máximo de 48 horas. Uma comissão realizou a vistoria, na quarta-feira (3) e, na quinta-feira (4), foi divulgado um parecer da visita, divulgado nesta tarde, cita uma série de irregularidades.
A unidade foi a única inspecionada este ano. Segundo dados da vistoria feita no local, o presídio tem capacidade para 468, mas abrigava 1.254 detentos do regime semiaberto.
Casa de Prisão Provisória (CPP):
O local abriga presos provisórios do sexo masculino e feminino. Até o último dia 14 de dezembro, a unidade, que tem 90 vagas para mulheres e 710 homens, contava com 145 mulheres e 2.293 presos provisórios do sexo masculino. As condições estruturais e de serviços da unidade foram consideradas "ruins" pelo conselho.
Penitenciária Feminina Consuelo Nasser:
É a única penitenciária exclusivamente feminina do complexo, destinada a mulheres condenadas ao regime fechado. O presídio também foi inspecionado no último dia 14, data em que tinha lotação de 56 presas. A capacidade do presídio é para 51 internas.
Núcleo de Custódia:
É a unidade de segurança máxima que, segundo a diretoria de Administração Penitenciária, possui características especiais. Ela pode receber tanto presos provisórios do sexo masculino, quanto condenados. O presídio foi inspecionado no dia 12 de dezembro. A Capacidade é para 86 detentos, mas a lotação identificada foi de 110.
Fonte: vallenoticias
Detentos do regime semiaberto fizeram uma rebelião na tarde desta segunda-feira (1º) na Colônia Agroindustrial, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. Em nota divulgada nesta noite, a Superintendência Executiva de Administração Penitenciária (Seap) informou que nove presos morreram, 14 ficaram feridos.
A quantidade de óbitos já havia sido passada ao G1 pelo coronel Divino Alves, comandante da Polícia Militar de Goiás. Ainda conforme a Seap, uma rixa entre grupos rivais provocou o motim e os homicídios. Durante o confronto, eles atearam fogo à cadeia e os corpos foram carbonizados. A perícia realiza o trabalho de identificação.
A Seap destacou ainda que 106 presos fugiram no momento da rebelião, sendo que 29 já foram recapturados. Outros 127 deixaram o presídio por conta da confusão, mas retornaram voluntariamente quando a situação se acalmou.
A rebelião começou por volta das 14h e foi controlada duas horas depois.
Fonte: G1
Um preso da carceragem da 14ª SDP (Subdivisão Policial), de Guarapuava, fugiu no último sábado (23) pela porta da frente da unidade, após se misturar entre as visitas. O nome do foragido não foi divulgado.
Segundo a Polícia Civil, a fuga ocorreu durante a visita de familiares, realizada aos sábados. Ele aproveitou o grande número de pessoas na unidade e conseguiu escapar sem ser percebido.
A polícia instaurou um inquérito para apurar o caso, já que há suspeitas de que a fuga tenha sido facilitada por um agente carcerário.
Ainda conforme a Polícia Civil, o homem estava detido desde novembro, suspeito de ser autor de um latrocínio registrado no mês de julho, em Guarapuava.
Fonte: catve
Mais uma fuga de presos foi registrada no interior do Paraná. Desta vez, 16 detentos fugiram da Cadeia Pública de Ibaiti, no Norte do Paraná, na quarta-feira (27).
A fuga aconteceu no período da visita. Uma explosão no muro do solário abriu acesso para a saída dos presos.
Com capacidade para apenas 20 pessoas, a unidade tem 131 presos.
Seis dos 16 fugitivos já foram capturados pela polícia. As buscas continuam.
Fonte: massaNEWS