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Encerrada rebelião mais cruel do Paraná

Bombeiros citam 13 presos mortos em motim na PCE

 

rebeliaoA agonia de dezenas de familiares de presos terminou depois de quase 20 horas de rebelião na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, a maior do Estado, que abriga cerca de 1.500 homens, dentro de sua capacidade, em 14 galerias.

Por volta de 15h, os presos começaram a se entregar depois de negociação com a polícia. O saldo de mortes oficial é de cinco presos, mas outros corpo podem ser encontrados durante a operação pente-fino que começou ontem.

Quatorze agentes penitenciários estavam na PCE, quando o motim começou por volta de 20h30 de quinta-feira. Três deles, que contavam os detentos foram rendidos na galeria 10 e logo em seguida o tumulto tomou conta das outras galerias. Um quarto agente que acompanhava a contagem conseguiu fechar o cadeado e escapar.

Facilidade

Com as próprias mãos, os presos conseguiram quebrar as portas das celas e fizeram os três agentes reféns. Chegaram a arrancar os tijolos das paredes. De madrugada, os presos destruíram unidade, como a enfermaria do presídio, e botaram fogo nas alas e em colchões.

Pela manhã, os detentos começaram a queimar as caixas de água. Uma das cenas mais fortes, registradas, foi a cabeça de um detendo exibida pelos presos em uma bandeja. Parentes dos presos ficaram desesperados e houve comoção geral.

Há informações que o motim teria sido facilitado pelo chefe da segurança, que teria levado presos condenados por estupro, que ficam em uma ala separada para junto de outros presos. Essa versão foi contestada pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários.

A selvageria tomou conta e os presos foram até as galerias onde estavam os desafetos, jurados de morte. Alguns dos detentos que não quiseram aderir pularam pela laje para escapar.

Informações extraoficiais davam conta que pelo menos 15 detentos se feriram. Um deles teria caído e quebrado a perna. Os detentos ainda jogaram um tijolo na cabeça do ferido.

Por volta do meio-dia de ontem, tiros foram ouvidos na laje da PCE e um corpo foi visto sendo arrastado. Na manhã de ontem, a reportagem do Paraná Online flagrou detentos na laje com dois presos reféns. Um deles foi agredido com uma “pá” na cabeça.

Cabeça na bandeja

Giselle Ulbrich

Dos cinco corpos encontrados dentro do presídio, afirmou a Polícia Militar, três deles estão carbonizados e outros dois morreram com agressões e golpes de estoques (facas improvisadas). Entre os carbonizados, um deles foi decapitado. A cabeça foi mostrada pelos presos em uma bandeja.

A polícia tenta identificar as vítimas e fazer a contagem de quantos presos morreram. O Paraná Online conseguiu alguns nomes, não confirmados oficialmente, que seriam dos presos mortos: Orlando Quarteroli, 25, Fernando Damásio, Daniel e Osni.

O quinto morto é um dos carbonizados. Orlando, conforme disse um preso por telefone ao programa Tribuna da Massa, seria o preso que teve o corpo queimado e a cabeça no programa de televisão. Já quanto ao número de feridos, nenhuma autoridade tem, por enquanto, este levantamento.

Famílias apreensivas

Janaína Monteiro

Para se comunicar com parentes, os presos mandavam recados usando celulares. Dezenas de parentes de presos passaram a noite em claro, em frente à PCE, como é o caso de Cleuzi Barnabé, 40 anos.

Seu filho está preso há três anos por porte ilegal de arma e faltam apenas cinco meses para ele cumprir a pena. “Sempre tive medo que isso pudesse acontecer. Ele é meu único filho. Só tem eu para chorar por ele”, lamentou.

Jessica Andriele de Lara Gomes, 20, estava apreensiva, esperando notícias de seu pai e primo. Segurando o filho de 3 anos no colo, ela contou que o pai est&aacut,e; detido na PCE por ser foragido da Colônia Penal Agrícola (CPA).

Seu primo está preso há um ano e dois meses por tráfico de drogas e roubo. “É um nervoso que não passa. Meu pai já tinha falado no sábado que a rebelião estava para estourar”, confidenciou.

Negociações rápidas, reféns soltos

Janaína Monteiro

As primeiras negociações começaram por volta de 9h30. Presos e autoridades conversaram por cerca de uma hora. O agente penitenciário Antônio Alves foi liberado pela manhã, e Emerson e Justiniano, depois da rendição dos presos por volta de 16h.

Os presos se comunicavam com a polícia através do rádio comunicador dos reféns e tinham como porta-vozes um detento que se autodenominava “JJ” e outro que disse se chamar Fernando.

As conversas foram acompanhadas pelo juiz-corregedor da Vara de Execuções Penais Marcio Tokars, pelo secretário da Justiça, Jair Ramos Braga, pelo coordenador do Departamento Penitenciário (Depen), Cezinando Paredes, pela advogada Isabel Kugler Mendes, da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e pelo presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado do Paraná, Clayton Agostinho Auwerter.

Precaução

Para não machucar os agentes reféns, os presos exigiram a presença da imprensa e se renderam. Os primeiros a se entregar foram os cerca de 200 presos que prestam serviços na PCE e não teriam aderido ao motim.

Em seguida, em grupos de 30, eles foram distribuídos em quatro pátios internos para facilitar a contagem, a revista e a identificação. Segundo a Polícia Militar, Antônio Alves sofreu lesões leves e passa bem. Ele foi libertado depois que o juiz-corregedor assinou uma lista contendo os nomes dos presos que os rebelados exigiram que fossem transferidos.

Além da transferência de presos para outras regiões do Estado e fora do Paraná, os presos pediam modificação no sistema de visitas, verificação de penas, mais tempo para banho de sol, assistência jurídica e melhoria no atendimento psicológico. Além disso, pediram que, depois da rendição, não houvesse represálias.

Responsabilidade pelo motim é jogada de um pra outro

Márcio Barros e Janaina Monteiro

O secretário de Justiça, Jair Ramos Braga, disse que, durante a semana, recebeu informações sobre conversas de presidiários de Londrina e de Curitiba. De forma preventiva, ele transferiu 30 presos perigosos e líderes de facções criminosas. Também afirmou ter mandado dois ofícios para o secretário estadual de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari. “Alertei sobre os risco da retirada da Polícia Militar do presídio. Disse que poderia criar um desconforto, e na verdade, foi muito pior.” Logo que ficou sabendo da rebelião, Braga afirmou ter entrado em contato com Delazari, que garantiu não ter determinado a saída dos militares.

Previsão

“Avisamos que isso iria acontecer. Já estava prevista uma vistoria no presídio, mas infelizmente a rebelião aconteceu antes”, afirmou Isabel Kugler Mendes, da Comissão de Direitos Humanos da OAB. Isabel, que acompanhou o decorrer das negociações, descreveu o cenário dentro do presídio como o de um campo de batalha. Para ela, é lamentável que o Paraná seja o único estado do Brasil que não providencia assessoria jurídica para os presos. “Falta uma defensoria pública, os presos têm que ter advogado. É uma exigência constitucional”, reclamou.

Destruição
O secretário disse que boa parte do presídio ficou destruída, algumas alas por conta da briga entre as facções e outras, queimadas. Braga disse que ainda não sabe qual será o destino dos presos. “Temos 30 vagas disponíveis na penitenciária de Catanduvas, que serão destinadas aos presos de maior periculosidade.”

PM empurra pra facções

Giselle Ulbrich

O coronel Luiz Rodrigo Larson Carstens, comandante-geral da Polícia Militar, explicou a retirada de 20 policiais do Batalhão de Polícia de Guarda (BPGD) – que tem sua principal função dar segurança externa a unidades prisionais do apoio interno aos agentes da PCE. Ele afirmou que estudo feito pela PM apontou que os policiais estavam “ociosos” e que seriam melhor aproveitados em outras funções.

Apesar das informações de que os 20 policiais foram colocados para atender os telefonemas do 190, na Operação Viva o Verão, Carstens não detalhou para onde os policiais foram removidos. “Eles estão preparados para atuar em várias situações e setores da PM”, desconversou o coronel.

Facções

Carstens ainda negou que o motivo da rebelião tenha sido a retirada dos policiais. “Não seria a presença de 20 policiais a mais, ou a menos, que evitaria a rebelião. O motim foi provocado pela rivalidade entre facções diferentes. Mesmo assim, continuaremos dando apoio ao sistema judiciário, até que tudo volte a sua ordem normal.” Ele não disse se recolocará os 20 policiais de volta na segurança interna do presídio. Dos 48 policiais do BPGD, que atuavam na PCE, 28 continua na segurança externa da unidade.

Preso culpa agentes

Márcio Barros, Janaina Monteiro e Giselle Ulbrich

Durante as negociações, o preso que se identificava como “Fernando”, porta-voz do da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), a todo instante dizia que o estopim foi articulado pelos próprios agentes. Segundo contou, os agentes ficaram enfurecidos com a retirada da Polícia Militar da guarda interna do presídio e deixaram que os presos da Ala 2, destina aos presos “seguros” (estupradores, matadores de crianças) fossem soltos junto com os demais, o que para eles é motivo de desonra.

“Não posso afirmar que houve a facilitação por parte dos agentes, mas todos os fatos serão investigados”, garantiu o secretário Jair Braga. “Acho muito difícil terem tomado essa atitude para atacarmos nós mesmos. Não tem lógica”, completou o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado do Paraná, Clayton Agostinho Auwerter.

Barreira

Auwerter culpa a saída da PM pela rebelião. “Todo o manejo de detentos era feito pelos agentes. Mas a presença de policiais fardados, armados e munidos de vários aparatos de segurança, criava uma barreira para que os presos não invadissem locais não autorizados. Sem eles, os detentos se sentiram seguros em tomar os agentes reféns.” O sindicalista disse que a PM quer maquiar o verdadeiro motivo do motim, colocando a culpa exclusivamente na briga de facções. “O sangue dos cinco mortos lá dentro é inteira responsabilidade da PM e do secretário (da Segurança)”, declarou Auwerter.

Greve não é descartada

Giselle Ulbrich

Clayton Auwerter afirmou que, em quatro assembléias realizadas pelo Estado, ano passado, os agentes decidiram entrar em greve para reivindicar, entre outras coisas, mais segurança e melhores condições de trabalho. “Estamos apenas aguardando o desenrolar jurídico para paralisarmos as atividades”, afirmou Auwerter

Os três agentes penitenciários feitos reféns tiveram apenas escoriações. “Já os danos psicológicos são muito maiores”, disse Auwerter. Ele ira pedir para que Antônio, Justiniano e Emerson, tenham um tempo para se recuperar. “Se deixarmos, a PCE os coloca imediatamente de volta ao trabalho.”

Fonte: Tribuna do Paraná

Guerra de pedras, espancamento de líder e tiros de bala de borracha: dias de tensão no Presídio Central

Batalhão de Operações Especiais foi acionado para conter tumulto na maior prisão do Estado

 

zhNa segunda-feira, um líder de facção espancado. Na quinta-feira, guerra de pedras, tiros de bala de borracha (veja vídeo acima) e bombas de efeito moral. Na sexta-feira, o Batalhão de Operações Especiais (BOE) ingressa (veja vídeo abaixo) para uma das maiores revistas dos 22 anos em que a Brigada Militar atua no Presídio Central de Porto Alegre.

Também conhecido Cadeia Pública, o Central vive dias tensos como há muito não ocorria. A semana tumultuada teve o primeiro capítulo na segunda-feira (10), quando um dos líderes de uma das principais facções criminosas do Estado foi coloca na cela jumbo (triagem) para exame de progressão de regime. 

No local, havia presos do grupo rival, que aproveitaram o encontro para espancá-lo. Esse foi um dos motivos do conflito de quinta-feira, envolvendo presos do Pavilhão F, que abriga mais de 1,1 mil, e do A, que tem cerca de 750 homens.

Com ânimos alterados, na quinta-feira (13) houve confronto com pedras usadas como armas entre integrantes das duas facções — uma estava no pátio e a outra nas galerias. Em áudio gravado pelos próprios presos dentro da cadeia, um detento narra troca de tiros.

A BM, com balas de borracha e bombas de feito moral, interveio para dispersar a confusão. Integrantes de um dos grupos, que estavam no pátio entre os pavilhões F e A, assando galetos, correram para se proteger. Ao mesmo tempo, gritavam e ecoava pelos pavilhões o nome da facção à qual pertencem.

No amanhecer desta sexta-feira (14), um grande contingente de PMs do BOE ingressou na prisão para realizar uma revista especial em galerias de dois pavilhões. A previsão é que a ação dure cerca de 12 horas — das 6h às 18h.

Desde 2005, não havia atritos entre facções no Presídio Central. Diferentemente da situação das ruas, na cadeia foi obtido um equilíbrio entre as diferentes facções que, em um pacto informal, decidiram interromper o ciclo de mortes e de troca de agressões. Os líderes, inclusive, passaram a participar das mesmas reuniões com órgãos representativos dos poderes do Estado.

O acirramento das disputas do lado de fora, com a polarização da guerra entre dois grupos na Região Metropolitana, no entanto, começa a ter reflexos do lado de dentro da maior prisão gaúcha.

Fonte: ZH POLÍCIA

Doença altamente contagiosa se alastra na Papuda e infecta visitantes

Após denúncia, MPDFT cobrou providências. Detentos estão com impetigo, que causa feridas e bolhas de pus por todo o corpo

METROPLESCoceira intensa, feridas e bolhas purulentas na pele. Esses são alguns dos sintomas que presos da Papuda apresentam há pelo menos quatro meses. Os detentos sofrem de uma infecção bacteriana chamada impetigo, também conhecida como impinge. A enfermidade, que é extremamente contagiosa, tem afetado até mesmo parentes dos internos, que contraíram os micro-organismos durante as visitas.

A situação atinge especialmente as unidades nas quais há muitas pessoas em uma mesma cela, como as penitenciárias do Distrito Federal 1 e 2 (PDFs 1 e 2). Revoltados com a situação, familiares dos presos acionaram o Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri), do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).

Representantes do órgão fizeram uma inspeção na Papuda em 27 de junho e constataram a veracidade da denúncia. Dois dias depois, foi enviado um ofício à direção do presídio e à Vara de Execuções Penais (VEP). Na semana passada, o Nupri cobrou providências da Secretaria de Saúde (SES).

Ao Metrópoles, o MPDFT informou que fará vistorias “para verificar a situação e tomar providências até que o problema seja resolvido”. Enquanto isso, dezenas de presidiários sofrem com os sintomas da doença.

Contágio dentro e fora da Papuda
Segundo o relato de 10 esposas de detentos ouvidas pela reportagem, o problema começou em maio. Os maridos de todas elas estão doentes até hoje, e três das mulheres foram contaminadas.

É o caso de Maria*, 22 anos. Em maio, ela foi visitar o companheiro na PDF 2 e voltou para casa com uma coceira “insuportável” no corpo. “Apareceram vários caroços vermelhos. Fiquei seis dias seguidos com os sintomas, mas como estou aqui fora, fiz o tratamento e passou”, disse.

Em uma visita recente, Maria constatou que o marido continua com o problema: feridas nas mãos, nas pernas, nos pés e na virilha. Ele solicitou o tratamento, mas não recebeu medicação. “Tenho dois filhos e não levo eles nas visitas para evitar o contágio”, afirmou.

Na PDF 1, a situação é a mesma. “Meu marido contou que há um surto de feridas e doenças lá dentro. Os guardas sequer os levam para a enfermaria. Há dois meses ele se queixa das feridas. Conseguiu uma amoxicilina lá, mas não melhorou nada”, relata Paula*, esposa de outro interno.

Problema de saúde pública
De acordo com a dermatologista Clarissa Borges, os casos de impetigo precisam ser tratados com rapidez. Segundo ela, o problema é pior em locais com higiene inadequada, como presídios.

A disseminação é muito rápida. A contaminação pode ocorrer pela mão, pelo uso de cobertores, lençóis e travesseiros. Se o surto não for contido, pode virar um problema de saúde pública."

Clarissa Borges

A especialista explica que o impetigo pode ocorrer em duas formas, ambas causadas pelas bactérias Streptococcus pyogenes ou Staphylococcus aureus. “As lesões geralmente começam pelos braços, vão para a face e se espalham por onde as mãos tocam. Para evitar a contaminação, é necessário fazer a higiene adequada”, ressalta.
O tratamento do impetigo é feito com antibióticos em forma de pomada (para a pele) ou, nos casos mais graves com múltiplas lesões, com medicação via oral.
Questionadas sobre a situação, a Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) e a Secretaria de Saúde informaram, por meio de nota conjunta, que apenas em 20 de junho foi identificada a infecção. Segundo as pastas, o tratamento começou “imediatamente”.
No entanto, os órgãos não disseram quantos presidiários estão enfermos. A subsecretaria assegurou que nenhum dos contagiados precisou ser levado ao hospital. “Os presos são constantemente acompanhados por diversos profissionais da saúde que trabalham nas unidades, como clínicos-gerais, enfermeiros, dentistas, assistentes sociais, terapeutas entre outros”, informaram a Sesipe e a SES.
CNJ: situação alarmante
No início de 2017, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou o Relatório de Gestão — Supervisão do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas. No documento, o órgão considerou que o sistema carcerário brasileiro “institucionaliza e dissemina o estigma e a vulnerabilidade” e que o recolhimento de pessoas, “via de regra, acontece em celas imundas, desprovidas de salubridade”.
Essas condições, segundo o documento, propiciam a proliferação de doenças infectocontagiosas. “Falta de água potável e componentes básicos de higiene pessoal. Esses são alguns dos gravíssimos déficits apurados nas rotineiras inspeções realizadas por juízes de todo o Brasil nos presídios sob sua respectiva jurisdição”, diz o relatório.
As condições inadequadas, ressalta a entidade, se espalham por todo o universo carcerário. Uma das áreas prejudicadas é vital para os detentos: a alimentação.
Marmitas azedas
Os recorrentes problemas que envolvem a alimentação nas penitenciárias motivou a abertura de uma investigação pelo MPDFT em junho.

O Ministério Público apura denúncias de que as fornecedoras de marmitas para os presídios do DF não estariam cumprindo os contratos com o GDF. A Confederal/Confere, a Cial e a Nutriz foram oficiadas sobre a necessidade de obedecer as determinações previstas nos acordos, que custarão aos cofres públicos R$ 200 milhões até 2019.

As denúncias apuradas são de comida azeda e da falta de itens previstos em contrato. Na ceia noturna, por exemplo, os relatos eram de que em vez do pão com queijo, manteiga e presunto, os detentos recebiam pão puro, sem recheio. Todos os 15.311 internos do sistema prisional do Distrito Federal estavam sendo prejudicados.
As investigações ainda estão em andamento. Caso as empresas insistam em descumprir as determinações legais, poderão ter os contratos rescindidos, e seus gestores, vinculados à Sesipe, responder a uma ação de improbidade administrativa. 
*Nomes fictícios a pedido das entrevistadas, que temem retaliações aos maridos.

Fonte METRÓPOLES

México: 28 mortos após rebelião em prisão

mexicoVinte e oito pessoas morreram e outras três ficaram feridas, nesta quinta-feira, durante uma briga dentro de uma prisão de Acapulco, um turístico porto do Pacífico mexicano no violento estado de Guerrero, informou um porta-voz de Segurança.

Durante a madrugada, no “centro de reinserção social de Cruces, foi registrada uma briga entre internos, deixando 28 mortos e três feridos”, disse em coletiva de imprensa Roberto Álvarez, porta-voz de Segurança de Guerrero

O confronto começou “pela disputa permanente entre grupos opostos no interior da cadeia”, afirmou.

Após estas ações, as autoridades ordenaram uma operação conjunta da Polícia Estadual, da Polícia Federal e do Exército, que contou com o apoio de helicópteros.

Estes militares “tomaram o controle de todas as áreas e módulos” da prisão, assim como de seu perímetro externo, assegurou Álvarez.

No entanto, agentes da Procuradoria local realizam trabalhos de investigação e de retirada de cadáveres na área da cozinha da prisão, em um pátio e na área de visitas conjugais, informaram as autoridades.

O confronto entre grupos criminosos rivais ocorreu no módulo de alta segurança desta cadeia, que abriga presos que cumprem penas por crimes federais.

Guardas penitenciários reportaram que quatro vítimas foram degoladas, segundo um relato interno da Polícia Estadual.

O mesmo relatório diz que, quase uma hora depois de iniciada a briga, também escutaram tiros nos dormitórios de segurança máxima e, posteriormente, 500 presos se concentraram no pátio principal de forma pacífica.

Em junho, pelo menos sete pessoas morreram, três delas policiais, durante uma operação para recuperar o controle da prisão de Ciudad Victoria, em Tamaulipas, que foi cenário de fugas e confrontos entre os presos.

As prisões mexicanas, principalmente as que estão sob controle dos governos estaduais, são palco de rebeliões, assassinatos e fugas, e a maioria apresenta graves problemas de lotação.

Guerrero é um dos estados mais pobres do México e um dos mais atingidos pelo tráfico e pelo crime organizado, em meio à disputa pelo controle de territórios e de atividades criminosas entre diversos grupos.

Fonte: ISTOÉ

 

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