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Advogado dispara: "A polícia do Paraná não mata! Ela trabalha, se defende e protege o cidadão"

e2201O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público do Paraná, divulgou esta semana na imprensa estadual um balanço do número de mortes em confrontos entre a polícia e bandidos no ano de 2017. O levantamento, oportuno e de suma importância para o conhecimento da sociedade, aponta que no ano passado, 275 suspeitos foram mortos após trocarem tiros com policiais.  O destaque dado na mídia foi à média de uma morte em confronto a cada 31 horas.

Você pode analisar este dado sob dois prismas. O primeiro, enfatizando uma preocupação com o bem estar dos suspeitos, também conhecidos como marginais, levantando toda aquela questão da “vítima” do sistema e da sociedade que decide roubar e matar por “não ter outra opção”. Ou você pode entender que a polícia do Paraná não está matando, mas sim trabalhando e respondendo a altura à ousadia e a periculosidade de marginais que barbarizam, agridem e ceifam vidas em nossa sociedade todos os dias.

Eu prefiro acreditar na segunda opção. É claro que temos um contexto social como pano de fundo. Porém, minha experiência como criminalista, como advogado que há décadas trabalha nas trincheiras da defesa, mostra que entre aqueles que no desespero viram no crime a última fronteira, dificilmente você encontrará um assassino, um torturador, um latrocida, um estuprador, um agressor em potencial. Você dificilmente encontrará um cidadão que, no desespero mais profundo de seu desamparo, atirou contra um pai de família, um jovem trabalhador, um estudante, muito menos contra um policial. Você não encontrará entre esses desafortunados, um indivíduo degenerado, violento, sádico. Não! Desamparo e banditismo são duas coisas distintas, algo para se falar em outro momento e que claro, merece toda a atenção.

Minha reflexão hoje é sobre como uma mente perversa, criminosa, não se coloca abaixo de nada, nem de ninguém. Mentes perversas, sociopatas, criminosas, acreditam estar acima até mesmo de Deus. Logo, não é incomum em tempos onde as facções criminosas fortalecem suas políticas de crime e tornam muitos estados brasileiros reféns de seu poder paralelo, bandidos agirem com extrema frieza e agressividade letal contra tudo e contra todos. Neste contexto, os policiais também são alvos potenciais. Sendo assim, é natural que tenhamos uma morte a cada 31 horas em confrontos com a polícia aqui no Paraná. É importante frisar que polícia não é recebida por bandido com flores, é recebida à bala; tiro de pistola, de fuzil, de escopeta, metralhadora.

Quando falamos em um morto a cada 31 horas em confronto com a polícia, não estamos falando de um cidadão indefeso, de uma vítima. Estamos falando de marginais que não pensaram duas vezes antes de atirar contra um policial, um agente da Lei. Neste contexto, a vítima é o policial. Vítima de um atentado contra sua vida, porém uma vítima apta e preparada para reagir, imobilizar ou matar o agressor se assim for necessário.

 A sociedade precisa compreender que estamos falando de mortes em confrontos entre policiais, que são agentes da lei, e marginais que roubam, sequestram, vendem drogas, estupram, torturam, ferem, matam. Bandidos perigosos que barbarizam aqueles que não podem se defender. É disso que estamos falando. E isso se repete em todo o Brasil.

A escalada da violência é uma realidade no Brasil. E quem é capaz de parar esses carrascos, algozes de nossas famílias? Quem tem autoridade, preparo e treinamento? A polícia! E quando ela aparece e é recebida a bala, as consequências podem sim ser levadas ao extremo, que no caso é a morte de um marginal. Confronto não tem um desfecho programado, não há um roteiro. Tanto é que o número de policiais militares mortos no Paraná aumentou 380%, segundo dados do Anuário Brasileiro de Violência Urbana divulgado no ano de 2016. No Brasil, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, um policial é assassinado a cada 17 horas. Falemos sobre isso também.

O raciocínio deste texto, no entanto, não visa pregar a ideia de que “bandido bom, é bandido morto”. Quem propaga isso, ou está agindo de má fé, ou é desinformado e carece de estudo e conhecimento. A discussão aqui é sobre o trabalho, o bom trabalho de um policial. Policial bom é aquele que trabalha para proteger a sociedade, o cidadão. Policial bom é o policial que persegue bandido nas madrugadas frias de inverno, enquanto o cidadão dorme em segurança no conforto do seu lar. Policial bom é aquele que, quando recebido à bala por marginais que estão barbarizando a sociedade, revida, imobiliza, prende, ou mata o criminoso agressor. Policial bom volta vivo para sua casa, para que no dia seguinte esteja nas ruas, protegendo as famílias do nosso estado.

A polícia do Paraná matou um suspeito a cada 31 horas, em 2017. Essa é a notícia. A maioria das ocorrências está ligada a policiais Militares, homens que estão na linha de frente no combate a criminalidade, funcionando de forma operacional no enfrentamento ao crime que apavora a sociedade. Mas qual é a realidade que está por trás do levantamento, do número, do papel? É isso que precisamos avaliar também. Alguns relatos recentes dos noticiários me chamaram atenção e refletem bem a realidade que esses policiais vivem no seu dia a dia. Acima de tudo, ilustram, dão vida e voz ao que os números transformam em estatística.

Na semana passada, a casa de um delegado foi invadida por quatro marginais, no bairro do Boqueirão, em Curitiba. A quadrilha aterrorizou a família, que feita refém, só foi libertada após o grupo fugir levando dois carros da garagem. A Ronda Ostensiva de Natureza Especial (RONE) foi acionada e uma intensa perseguição teve início. Em São José dos Pinhais, os dois carros foram abandonados, e os quatro marginais fugiram a pé, todos armados. Um deles invadiu a casa de uma família. Todos dormiam no momento.

Um policial da RONE entrou na casa e, antes de tudo, avisou o dono da casa do perigo iminente, para então seguir para os fundos do imóvel. Foi recebido a bala pelo assaltante, que escondido em uma edícula, atrás de uma geladeira, atirou para matar o policial e assim poder fugir. O policial revidou e o marginal foi ferido fatalmente.

Percebam que quatro marginais aterrorizaram duas famílias, uma região inteira, colocaram a vida de centenas de pessoas em risco durante a perseguição e um deles ainda tentou matar um policial. Morreu em confronto e vai virar estatística para 2018.

O mesmo aconteceu em Araucária, dias antes. Policiais militares do serviço reservado chegaram até a casa de um assaltante de carros, que havia roubado um veículo no início da manhã daquele dia, em Curitiba. O marginal percebeu a presença dos policiais e abriu fogo, atirou sem medo ou receio contra a equipe que chegava. Não restou dúvida, na troca de tiros, morreu o bandido que queria matar os policiais para fugir. Mais um que entra na estatística de “mortos em confronto”.

No bairro Abranches, um homem, ao perceber que seria abordado por policiais militares, sacou um revólver, atirou contra a equipe e a viatura e fugiu pulando muros e invadindo casas. Em Guaraqueçaba, no litoral do Paraná, bandidos invadiram um banco, fizeram reféns, e fugiram atirando contra os policiais militares que foram atender a ocorrência. No centro de Curitiba, um detento, em liberdade condicional reagiu a uma abordagem policial, tentou fugir e terminou baleado na perna. Na Vila Hauer, dois marginais tentaram assaltar um homem que seguira para o trabalho pela manhã. O azar dos bandidos é que a vítima era policial Militar e, mesmo na mira de uma arma, teve condições de sacar sua pistola e balear um dos assaltantes. Na ambulância, o ladrão ainda ironizou, dizendo aos socorristas que ‘tinha dado o bote errado”.

É isso que os marginais fazem quando estão em serviço. O trabalho do crime é tentar ganhar a qualquer custo, não há regras. Bandido que reage a abordagem policial, que abre fogo contra a polícia, está sujeito a morrer. Não são vítimas, são algozes que tiveram suas práticas criminosas cessadas. E é graças ao trabalho da polícia é que a sociedade paranaense não é refém do crime organizado, como vemos acontecer em outros estados do país.

Agora, é preciso entender os riscos que estes homens e mulheres que representam a lei e a segurança das nossas famílias correm diariamente. Mesmo sendo um estado ordeiro e com tolerância zero ao crime, o Paraná tem hoje em seu território ao menos sete, isso mesmo, sete facções criminosas em atuação. Essas organizações criminosas funcionam dentro e fora dos presídios, na capital e no interior. São sindicatos do crime, entidades criadas para roubar, matar, traficar, sequestrar. Roubam bancos, explodem caixas eletrônicos, vendem drogas em todos os cantos do estado, assaltam pais de família, trabalhadores, matam e depois fogem levando carro, celular, dinheiro, às vezes não levam nada, fora a vida de uma família.

A polícia Militar, a polícia Civil, as forças de segurança municipais, estaduais e nacionais, são a única barreira entra a sociedade e o crime organizado. Por isso, enalteço o levantamento feito pelo GAECO, mapeamento esse que nos mostra que a polícia do Paraná não mata, mas sim trabalha para se defender e proteger o cidadão do crime organizado.

Fonte: massaNEWS

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