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'A inteligência paraguaia detectou o plano de fuga em novembro', afirma secretário de segurança do MS

 Antonio Carlos Videira diz que a polícia paraguaia evitou que a debandada ocorresse antes  

Agentes de segurança se reúnem em frente à Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero, de onde 75 presos fugiram no domingo Foto: Marciano Candia / Associated Press O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Antonio Carlos Videira, afirmou que a inteligência das forças de segurança do Paraguai  detectou em novembro o plano de fuga de presos da penitenciária de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz divisa com a brasileira Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul. No último domingo, 75 detentos (40 brasileiros e 35 paraguaios) fugiram — parte por um túnel cavado por eles; outra pela porta da frente, segundo informaram autoridades do país. 

Videira disse que a informação do possível plano pode ter adiado a debandada. “O governo paraguaio já vinha fazendo algumas ações por causa dessas informações de bastidores, de que poderia haver fuga principalmente daqueles faccionados e com poder econômico maior. Por isso, fizemos operações nas cidades gêmeas: em Ponta Porã, Paranhos, Coronel Sapucaia… Vínhamos fazendo trabalho com o país vizinho.” 

Até o momento, cinco fugitivos de Pedro Juan Caballero foram recapturados pelos governos brasileiro e paraguaio. Na manhã de ontem, o diretor do presídio e 30 agentes penitenciários foram presos para prestar depoimentos. A ministra da Justiça do Paraguai, Cecilia Pérez, informou que existe a suspeita de que a fuga tenha sido comprada por cerca de R$ 330 mil.  

Qual a situação da fronteira neste momento?

Todos os que estavam trabalhando no presídio em Pedro Juan Caballero foram presos. Então uma nova equipe chegou e está fazendo a contagem dos detentos. Desde a madrugada de domingo, reforçamos o policiamento na região e em municípios vizinhos. Mandamos cerca de 200 agentes estaduais. Até mesmo os que estavam de folga.

Estão fiscalizando de forma ininterrupta as vias vicinais, as rodovias estaduais. A segurança também foi reforçada nas divisas de Mato Grosso do Sul com Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Muitos dos presos são de outros estados. Então reforçamos o policiamento em aeroportos e terminais rodoviários. Contamos ainda com o apoio da Força Nacional, que já estava no estado por causa dos conflitos entre indígenas e produtores.

Qual o risco imediato desses presos na rua?

Nesse primeiro momento, é a prática de crimes, como roubos e invasão de propriedades rurais, para garantir a chegada a seus destinos, já que a maioria não é da região. Temos todo um procedimento de identificação de quem for recapturado para ver se é a mesma pessoa que saiu do presídio. 

Como está a troca de informações entre Brasil e Paraguai?

Evoluiu bastante. No ano passado, tive uma reunião produtiva e melhorou a troca de informações entre os dois países. Inclusive nas operações conjuntas.  

A possibilidade da fuga foi detectada pela inteligência dos dois países?

Por volta de novembro do ano passado, tinha a notícia de que poderia haver fuga em massa, sim. A partir dai, a polícia paraguaia devolveu vários presos que tinham mandado de prisão no Brasil. Também efetuou uma ação e prendeu mais de 30 pessoas da Polícia Nacional. Muitos foram removidos, outros presos.

O governo paraguaio já vinha fazendo ação por causa dessas informações de bastidores, de que poderia haver fuga de faccionados e de presos com poder econômico maior. Por isso, fizemos operações nas cidades gêmeas, em Ponta Porã, Paranhos, Coronel Sapucaia… Vínhamos fazendo trabalho com o país vizinho. 

Por que, mesmo com a informação, não conseguiram impedir a fuga?

Acho que as ações impediram que a fuga ocorresse antes. Não significa que todos saíram pelo túnel. O próprio ministro do Interior do Paraguai declarou que a fuga pode ter sido, na verdade, uma libertação. É uma situação em que as próprias autoridades de lá estão estarrecidas. É impossível que não se tenha percebido, já que acharam centenas de sacos de areia nas celas. É possível que muitos tenham saído antes, inclusive em uma van.

O governo federal tem colaborado com a fiscalização das fronteiras? 

Tivemos concurso da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Por outro lado, precisamos que haja o descontingenciamento dos recursos do Sisfron [Sistema Integrado do Monitoramento de Fronteiras], do Exército Brasileiro. Ajuizamos uma ação por causa do contingenciamento dos recursos do Susp [Sistema Único de Segurança Pública], justamente para investir no policiamento dos estados com fronteira.

Mato Grosso do Sul, por exemplo, ficou com o segundo maior percentual do Susp do país, atrás apenas de São Paulo. Serão quase R$ 13 milhões por ano. Mas isso é o que gastamos por mês apenas com os presos do tráfico. Temos a maior população carcerária per capita do país: 20 mil presos, sendo 8 mil deles do tráfico. Todo mês, só com eles, gastamos R$ 11 milhões. 

Fonte: EPOCA

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