‘Não podemos permitir que a ditadura retorne’, diz ministra do STM

Confidencial

Maria Elizabeth pediu perdão a Herzog e aos familiares do jornalista. A ministra ainda mencionou os nomes de outras personalidades vítimas da ditadura e afirmou se desculpar, em nome do STM, com todos aqueles “que sofreram com as torturas, as mortes, os desaparecimentos forçados e o exílio”.

Peço, enfim, perdão à sociedade brasileira e à história do país pelos equívocos judiciários cometidos pela Justiça Militar Federal em detrimento da Democracia e favoráveis ao regime autoritário. Recebam meu perdão, a minha dor e a minha resistência.

Ministra foi a primeira mulher eleita para presidir o STM. Ela foi escolhida em dezembro do ano passado para dirigir a Corte até 2027 e tomou posse em março, quando ainda era a única mulher entre os 15 ministros. Ela foi a única a votar para manter presos os nove militares envolvidos na morte do músico Evaldo dos Santos Rosa, que estava em um carro atingido por 80 tiros no Rio de Janeiro.

Geraldo Alckimin também esteve no evento em homenagem a Herzog. Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, ele comentou que a expectativa é positiva para o encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump, dos Estados Unidos. “O presidente Lula disse que não há tema proibido com Trump”, disse Alckmin a jornalistas antes do ato.

Ato de hoje marca os 50 anos da morte de Herzog. A exemplo do que ocorreu em 1975, uma semana após o assassinato do jornalista, o evento desta noite reúne na Catedral da Sé três representantes de religiões diferentes. Nesta edição, a tarefa de conduzir a cerimônia cabe ao arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, ao rabino Uri Lam, da Congregação Israelita Beth-El, e à pastora presbiteriana Anita Wright —filha do pastor Jaime Wright. O ato é organizado pelo Instituto Vladimir Herzog e pela Comissão Arns.

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