Ex-comandante da Aeronáutica diz ao STF que ataques nas redes no governo Bolsonaro tinham intenção de que mudasse 'postura legalista'

n0718 Em depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, o ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Junior afirmou que passou a receber diversos ataques nas redes sociais e em alguns veículos de comunicação no fim de 2022, depois de se negar a apoiar uma tentativa de golpe de Estado. Baptista Junior foi ouvido como testemunha da ação penal que julga réus do chamado "núcleo 4" da trama golpista.

Eu não tenho dúvida que os [ataques] que foram direcionados a mim e ao general Freire Gomes [ex-comandante do Exército] tinham em grande parte o intuito e que mudássemos a nossa postura legalista — disse após questionamento da Procuradoria-Geral da República.

O ex-comandante voltou a dizer que foi o ex-presidente Jair Bolsonaro que lhe repassou um relatório do Instituto Voto Legal (IVL) que questionava a lisura das urnas eletrônicas utilizadas nas eleições. Ele pontuou, ao ser questionado, que recebeu muita pressão e ataques nas redes sociais, ataques que, segundo ele, ocorrem até hoje. O militar foi ouvido como na condição de testemunha de defesa do ex-major do Exército Ailton Barros.

Em maio, Baptista Junior e Freire Gomes foram ouvidos como testemunhas de acusação na ação penal do chamado "núcleo 1" da trama golpista, que tem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como um dos réus. Os dois confirmaram terem participado de reuniões nas quais Bolsonaro discutiu medidas para tentar reverter o resultado das eleições presidenciais.

Fonte: https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2025/07/15/ex-comandante-da-aeronautica-diz-ao-stf-que-ataques-nas-redes-no-governo-bolsonaro-tinham-intencao-de-que-mudasse-postura-legalista.ghtml

Justiça decreta prisão preventiva de técnico que facilitou ataque à C&M

n0714 A Justiça de São Paulo decretou nesta 6ª feira (11.jul.2025) a prisão preventiva de João Nazareno Roque, técnico de TI de 48 anos que colaborou no ataque hacker à prestadora de serviços C&M Software. O golpe causou prejuízo estimado de R$ 800 milhões por meio de transferências fraudulentas via Pix realizadas na madrugada de 30 de junho de 2025.

Roque estava em prisão temporária desde 3 de julho, quando foi preso pela Polícia Civil de São Paulo por fornecer credenciais de acesso ao sistema da C&M Software, empresa que conecta bancos menores e fintechs ao Pix do Banco Central.\

À polícia, Roque disse que os hackers envolvidos no ataque sabiam onde ele trabalhava e 1 deles o abordou em um bar. O técnico relatou que só se comunicava com os criminosos por celular e que trocava de aparelho a cada 15 dias para não ser rastreado. Ele disse ainda ter recebido R$ 5.000 no início e, depois, mais R$ 10.000 em dinheiro.

A defesa de Roque argumenta que ele foi enganado. O advogado do suspeito, Jonas Reis, disse ao Fantástico, da TV Globo, que o homem “serviu de fantoche” e “não sabia desse golpe multimilionário”.

Na madrugada de 30 de junho, criminosos acessaram o sistema da C&M com as credenciais do funcionário. Os invasores realizaram transferências em massa da conta do BMP para dezenas de destinatários.

A maior parte dos R$ 800 milhões foi direcionada para 3 instituições de pagamento —Transfeera, Nuoro Pay e Soffy— que foram suspensas cautelarmente do Pix pelo BC. O restante foi distribuído entre mais de 20 participantes do sistema.

Roque trabalhava na C&M desde 2022 e anteriormente atuava como eletricista. A empresa foi homologada pelo BC em 2001 para integrar instituições financeiras ao sistema de pagamentos e é uma das 9 empresas autorizadas no país para essa função.

Fonte: https://www.poder360.com.br/poder-justica/justica-decreta-prisao-preventiva-de-tecnico-que-facilitou-ataque-a-cm

Preso por ataque hacker milionário ganhou R$ 9 mil em Auxílio Emergencial

n0706 O operador de TI da C&M Software João Nazareno Roque, de 48 anos, recebeu R$ 8.950 de Auxílio Emergencial em São Paulo de abril de 2020 a outubro de 2021, além de mais uma parcela em janeiro de 2022, mostram dados oficiais do Portal da Transparência compilados pela coluna. Os valores mensais variaram de R$ 250 a R$ 3 mil.

João Nazareno Roque foi preso pela Polícia Civil de São Paulo (PCSP) no bairro Parada de Taipas, na zona norte, na noite de terça-feira (3/7), suspeito de desviar ao menos R$ 541 milhões num ataque hacker considerado a maior invasão cibernética do Brasil. A fraude pode chegar a R$ 3 bilhões.

O insider confessou ter concedido acesso a dados sigilosos do Banco Central (BC) a criminosos, os quais o teriam aliciado. Em depoimento, disse também que teria recebido R$ 15 mil para repassar as senhas aos hackers.

No Linkedin, João Nazareno Roque se identifica como desenvolvedor back-end junior. Também diz ter 20 anos de experiência como eletricista predial e residencial, leitura e interpretação de projetos no AutoCad, entre outras funções.

O desenvolvedor relata na rede social que quis mudar de vida. Por isso, entrou num curso superior e afirma que busca se recolocar no mercado de trabalho em áreas que considera paixões profissionais.

João Nazareno Roque - ataque hacker

Sobre o ataque hacker

O ataque ocorreu por meio da invasão aos sistemas da C&M, empresa terceirizada de instituições financeiras e responsável pela mensageria com o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). Isso engloba o ambiente de liquidação do Pix, sistema de transferências e pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central (BC) em 2020.

Assista ao vídeo da prisão dele:

Segundo a PCSP, as investigações sobre o ataque hacker apontaram que Nazareno facilitava “que demais indivíduos realizassem transferências eletrônicas em massa, no importe de R$ 541 milhões, para outras instituições financeiras”. Isso ocorreu após passar a senha a operadores do esquema.

A corporação continua as investigações para identificar e prender outros suspeitos de envolvimento no ataque hacker. Existe, também, outro inquérito sobre o caso, instaurado pela Polícia Federal (PF).

Já o BC determinou o desligamento das conexões da C&M com instituições afetadas, como medida preventiva. A BMP informou que o ataque atingiu apenas recursos de sua conta reserva no BC e que nenhum cliente foi prejudicado.

Fonte: Preso por ataque hacker milionário ganhou R$ 9 mil em Auxílio Emergencial | Metrópoles

TJ não vê "constrangimento" e mantém tornozeleira em advogada

n0704 Por conseguinte, não se verifica constrangimento ilegal apto à concessão da ordem em favor da paciente

Os desembargadres seguiram por unanimidade o voto do relator, Hélio Nishiyama, em sessão realizada nesta terça-feira (1º).

Hingritty foi condenada a cinco anos e quatro meses de prisão, em regime semiaberto, por envolvimento com organização criminosa, no âmbito da Operação Gravatas.

Conforme a decisão judicial, a advogada integraria o “Comando Vermelho” e, na condição de integrante do chamado “braço jurídico” da facção, teria utilizado seus conhecimentos técnicos para prestar auxílio estratégico aos líderes do grupo.

A denúncia aponta que ela atuava na comunicação entre membros da organização criminosa, valendo-se da sua posição profissional para burlar regras de segurança do sistema prisional.

No habeas corpus, a defesa buscava derrubar a decisão da primeira instância, que negou a retirada do monitoramento eletrônico, alegando que o magistrado teria deixado de apresentar fundamentos idôneos para manter a medida.

No voto, porém, o relator afirmou que monitoramento eletrônico deve ser mantido devido o fato de a investigada, em tese, ocupar posição de liderança no grupo.

Ele avaliou que a medida é essencial para acompanhar o cumprimento das demais cautelares e evitar a possível retomada de atividades criminosas.

“A esse respeito, entende-se que a medida de monitoramento se mostra necessária quando evidenciada a gravidade concreta da conduta, aferível do modus operandi sofisticado, sobretudo na hipótese em apreço, em que a periculosidade da paciente decorre especificamente do uso indevido de prerrogativas profissionais”, escreveu o magistrado.

“Por conseguinte, não se verifica constrangimento ilegal apto à concessão da ordem em favor da paciente, uma vez que ressaem dos autos fundamentos idôneos a justificar a necessidade da medida de monitoramento eletrônico, mormente ao se considerar as particularidades do caso concreto e a natureza do delito praticado”.

A Operação Gravatas

Deflagrada em 12 de fevereiro do ano passado pela Delegacia de Tapurah, a Operação Gravatas mirou um esquema em que líderes do Comando Vermelho contavam com o apoio estrutural e contínuo de um policial militar e advogados, que extrapolavam os limites da atuação jurídica para repassar informações sigilosas, embaraçar investigações, auxiliar na prática de crimes – como tortura – e intermediar a comunicação entre líderes presos e membros soltos da organização criminosa.

Além de Hingritty, também foram condenados os advogados Roberto Luis de Oliveira e Jessica Daiane Marostica, e três membros da facção: Tiago Telles, conhecido como “Sintonia” ou “Mizuno”; Robson Junior Jardim dos Santos, apelidado de “Sicredi”; e Paulo Henrique Campos de Aguiar, o “Pelé”.

Diferentemente dos advogados, os três integrantes da facção estão presos e cumprem pena em regime fechado.

O policial Leonardo Qualio também foi alvo da operação, mas responde a processo separado na Justiça Militar.

Fonte: https://www.midianews.com.br/judiciario/tj-nao-ve-constrangimento-e-mantem-tornozeleira-em-advogada/497464

Professora é presa após ser filmada roubando dados de cartões de crédito de colegas em escola do DF

n0627 Uma professora foi presa, nesta segunda-feira (23), após ser filmada roubando dados de cartões de crédito de colegas na Escola Classe da 308 Sul, na Asa Sul 

A mulher foi identificada como Thallyta Silva Almeida, de 29 anos. O g1 tenta contato com a defesa dela.

Nas imagens de câmera de segurança, é possível ver a professora mexendo na bolsa da vice-diretora do colégio, dentro da sala da direção.

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