Asilo clandestino: roupas e remédios são descartados na calçada

Notícias

O flagrante foi registrado nesta quarta-feira (12) na Rua Marechal Deodoro, no bairro Alto da Boa Vista, um dos três endereços onde funcionavam casas de repouso de Eva Maria de Lima, presa há dez dias.

Após uma denúncia enviada por um morador, a EPTV, afiliada da TV Globo, foi ao local indicado e encontrou sacolas abertas, com materiais de descarte encobrindo parte da fachada do imóvel, alugado por Eva.

A reportagem também apurou no local que pessoas foram vistas deixando sacolas do lado de fora da clínica depois do fechamento no dia 2 de novembro.

Roupas foram descartadas em frente a asilo clandestino fechado em Ribeirão Preto (SP). — Foto: Reprodução/EPTV

Em nota, a Secretaria de Infraestrutura e Zeladoria informou que irá vistoriar e fazer o recolhimento do lixo.

“Por se tratar de uma área particular e de um descarte irregular de lixo, a Fiscalização Geral irá avaliar e notificar o proprietário”, comunicou a administração municipal.

Denúncia de maus-tratos e prisão

Localizadas no Alto da Boa Vista, Marincek e Centro, as três casas de repouso mantidas por Eva se tornaram alvos de uma investigação envolvendo o Ministério Público, a Vigilância Sanitária, as secretarias de Assistência Social e Saúde e a Polícia Civil em abril deste ano.

Ela descumpriu todas as liminares impostas pela Justiça nos últimos meses e mantinha os locais abertos, inclusive, para novos moradores.

A suspeita é de que 36 idosos sofriam maus-tratos e viviam em ambientes sem higiene e alimentação adequada, mesmo com pagamentos de R$ 2,5 mil por mês.

No dia 2 de outubro, após denúncias de vizinhos, os asilos foram fechados e os idosos resgatados. Eva foi presa.

Ela pode responder pelos crimes de expor idoso a perigo à integridade e à saúde, física ou psíquica, submetendo-o a condições desumanas e degradantes ou privando de alimentos e cuidados indispensáveis, previstos no Estatuto do Idoso. Ela nega todas as acusações.

A maioria dos idosos foi encaminhada aos cuidados de familiares, enquanto parte deles foi acolhida pela Casa do Vovô, instituição filantrópica na zona norte da cidade onde contam com atendimento médico e psicológico, refeições seis vezes ao dia, medicação controlada e atividades de convivência.

Fonte: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2025/11/12/roupas-e-remedios-sao-descartados-em-frente-a-asilo-clandestino-fechado-por-suspeita-de-maus-tratos-em-sp.ghtml

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *