Rodrigo Bacellar é preso pela PF por suspeita de vazar operaçã

Confidencial
  • O presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União Brasil), foi preso nesta quarta-feira (3) pela Polícia Federal (PF) na Operação Unha e Carne.
  • O mandado foi expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, que também determinou o afastamento dele da presidência da Alerj.
  • Ao mandar prender Bacellar, Moraes afirmou haver ‘fortes indícios’ de sua participação em uma organização criminosa.
  • Segundo a PF, Bacellar é suspeito de ter vazado informações sigilosas da Operação Zargun, deflagrada em setembro, em que o então deputado estadual TH Joias foi preso.
  • O Blog do Octavio Guedes mostrou que, na tarde de 2 de setembro, véspera da Operação Zargun, Bacellar ligou para TH Joias e o orientou a destruir provas.
Rodrigo Bacellar é preso pela PF por suspeita de vazamento de informações de operação da prisão de TH Joias

Rodrigo Bacellar é preso pela PF por suspeita de vazamento de informações de operação da prisão de TH Joias

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado estadual Rodrigo Bacellar (União Brasil), foi preso nesta quarta-feira (3) pela Polícia Federal (PF) na Operação Unha e Carne. Segundo a PF, Bacellar é suspeito de ter vazado informações sigilosas da Operação Zargun, deflagrada em setembro, em que o então deputado estadual TH Joias foi preso.

🔎 Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, foi preso por tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro, suspeito de negociar armas para o Comando Vermelho (CV). Ele assumiu o mandato em junho, mas deixou de ser deputado após sua prisão (entenda abaixo).

Sobre a prisão de Bacellar, o mandado foi expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também determinou o afastamento dele da presidência da Alerj.

Em sua decisão, Moraes afirmou que há “fortes indícios” da participação de Bacellar em uma organização criminosa. Segundo trecho da decisão obtida pelo g1 e pela TV Globo, ele estaria atuando ativamente pela “obstrução de investigações envolvendo facção criminosa e ações contra o crime organizado, inclusive com influência no Poder Executivo Estadual”.

Blog do Octavio Guedes mostrou que, na tarde de 2 de setembro, véspera da Operação Zargun, Bacellar ligou para TH Joias, avisou que haveria mandados contra ele e o orientou a destruir provas — o ourives chegou a organizar uma mudança e usou até um caminhão-baú para isso.

g1 apurou que Bacellar foi preso dentro da Superintendência da PF no Rio, na Praça Mauá, após “ser convidado” para uma “reunião” pelo próprio superintendente, Fábio Galvão. O presidente da Alerj recebeu voz de prisão tão logo chegou — e seu celular foi apreendidoTH foi levado para a PF a fim de prestar depoimento, mas manteve-se em silêncio.

“Os fatos narrados pela Polícia Federal são gravíssimos, indicando que Rodrigo Bacellar estaria atuando ativamente pela obstrução de investigações envolvendo facção criminosa e ações contra o crime organizado, inclusive com influência no Poder Executivo estadual, capazes de potencializar o risco de continuidade delitiva e de interferência indevida nas investigações da organização criminosa”, escreveu Moraes.

PF apreendeu R$ 90 mil, também nesta quarta, no carro em que o deputado dirigiu até a superintendência.

Dinheiro apreendido pela PF no carro de Bacellar: total foi mais de R$ 90 mil — Foto: Reprodução
1 de 4 Dinheiro apreendido pela PF no carro de Bacellar: total foi mais de R$ 90 mil — Foto: Reprodução

Dinheiro apreendido pela PF no carro de Bacellar: total foi mais de R$ 90 mil — Foto: Reprodução

A Alerj informou que ainda não foi comunicada oficialmente sobre a operação ocorrida nesta manhã e “assim que tiver acesso a todas as informações, irá tomar as medidas cabíveis.”

O advogado Bruno Borragini, que representa Bacellar (União Brasil), afirmou que a prisão do deputado pela Polícia Federal é “totalmente desproporcional” e que o parlamentar “não praticou nenhuma conduta ativa” para obstruir investigações.

Borragini também negou que Bacellar tenha vazado informações sigilosas para o deputado TH Joias. Segundo ele, a iniciativa do contato não partiu do presidente da Alerj.

“Ao que tudo indica, o contato teria partido do próprio Thiego (TH), e não do Rodrigo. Ele não falou nada, o Rodrigo nem respondeu”, afirmou o advogado.

Fonte: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/12/03/pf-deflagra-operacao-unha-e-carne-no-rj.ghtml

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