A mulher do deputado estadual Soldado Fruet (PROS-PR), Tatiana Fruet, agrediu integrantes do MBL (Movimento Brasil Livre) durante reunião de campanha de João Bettega, candidato à Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) pelo Novo, num hotel em Foz no Iguaçu, no Paraná.
"Eles têm mania de desrespeitar as mulheres, e ninguém fala nada. O Bettega costuma ofender os deputados, assim como Arthur do Val (União Brasil-SP), que foi cassado por xingar mulheres da Ucrânia. Eu reagi porque fui xingada de vagabunda por um apoiador de Bettega. Eles precisam aprender a respeitar mulheres. Integrantes do MBL falam o que querem outros países, onde não podem ser presos. Aqui, em Foz do Iguaçu, é diferente", disse. Por meio do Novo e do MBL, Bettega nega a acusação e diz repudiar quaisquer tipos de violência contra mulheres (leia a nota na íntegra mais abaixo).
Os golpes ocorreram enquanto Bettega e o militar discutiam por causa do conteúdo de um vídeo em que o integrante do MBL afirma que, mesmo com salário de R$ 25 mil, o deputado teria gasto R$ 173 mil em gasolina.
Ao UOL, Soldado Fruet afirmou que repudia as agressões que teriam sido dirigidas à esposa. Ele disse ainda que foi até o local para esclarecer pessoalmente questionamentos feitos por Bettega em suas redes sociais.
"São valores referentes ao período de quatro anos. Semanalmente, eu me desloco de Foz do Iguaçu até Curitiba para participar das atividades parlamentares na sede da Alep, num trajeto de ida e volta calculado em 1.200 km de carro. O meu carro é um modelo popular e, devido ao alto custo das passagens aéreas para Foz do Iguaçu, já que se trata do principal destino turístico do Estado, só costumo utilizar avião quando encontro voos com valores promocionais", afirmou.
Ao UOL, o MBL afirmou que o homem agredido durante a reunião não se dirigiu à esposa do deputado de forma desrespeitosa.
"Não houve qualquer revide ou algo similar da parte de ninguém, apenas a clara conduta agressiva da senhora Tatiana, que agrediu três pessoas presentes. Os assessores do deputado, que ameaçaram de prisão enquanto agrediam o rapaz que estava no chão, segurado pela ex-candidata a prefeita de Foz", disse.
Bettega é o mesmo que, no fim de maio, levou um tapa do deputado Fernando Martins (Republicanos-PR). A agressão foi feita depois de o político questionar o parlamentar sobre o valor de R$ 6 mil gasto em aluguel: "Você acha moral gastar tanto dinheiro com apartamento de luxo?", questionou o integrante do MBL.
Em junho, Bettega estava presente quando o ex-deputado federal Emerson Miguel Petriv (PROS-PR), conhecido como Boca Aberta, cassado pelo TSE (Tribunal de Superior Eleitoral) em 2021, bateu no ex-deputado estadual Arthur do Val durante manifestação do MBL em Londrina, no Paraná. Do Val registrou um boletim de ocorrência contra Boca Aberta após o ocorrido.
Em agosto, ele foi contido e agredido por apoiadores da deputada estadual Mara Lima (Republicanos-PR) no Espaço Torres, em Curitiba (PR), onde o partido Republicanos confirmou o apoio à reeleição de Ratinho Junior (PSD) ao governo do Estado. Na saída do evento, Bettega abordou a parlamentar e disse que notas fiscais mostravam que ela havia gasto R$ 200 mil com gasolina em seu mandato.
O que diz Bettega
Ao UOL, João Bettega emitiu a seguinte nota.
"A escalada de violência contra mim não irá me intimidar. A esposa do deputado, Tatiana Fruet, alega que, antes da confusão, foi chamada de 'vagabunda' pelos nossos apoiadores. Ela mentiu! Temos diversas filmagens do ocorrido, inclusive em uma delas é mostrado o episódio na íntegra.
Eu, assim como a minha equipe e apoiadores, repudiamos qualquer ato de violência moral ou física contra a mulher. Nós combatemos os privilégios do alto escalão do funcionalismo público e jamais partimos para a agressão contra qualquer pessoa".
