A mãe de uma aluna vítima de racismo no Colégio Estadual do Paraná (CEP) acusa um sargento da Polícia Militar do Paraná (PM-PR) de abuso de autoridade. A mulher recebeu voz de prisão por parte do agente nesta segunda-feira (20), Dia da Consciência Negra, após denunciar o caso de racismo sofrido por sua filha.
Em um vídeo divulgado pelo advogado Valnei Francisco de França, que circula nas redes sociais desde então, o agente aparece ameaçando a mulher de prisão. “Eu vou algemar a senhora. A senhora quer ficar algemada?”, diz o policial identificado apenas como Márcio. Durante o registro, a mulher afirma estar se “sentindo acuada” e destaca que a atitude do PM “não é correta”. Ele impede que ela saia da sala onde estão.
A mãe da aluna vítima de racismo tenta deixar a sala, mas é novamente ameaçada: “Vou algemar a senhora!”. O policial alega que ela “está fugindo” e tenta impedir. Neste momento, a mulher questiona a atitude do sargento e começa a chorar, alegando que não cometeu crime algum.
Segundo o advogado Valnei Francisco, a mulher foi detida pelo policial e encaminhada à Central de Flagrantes da Polícia Civil, sendo liberada somente no início da madrugada, por volta de 1h.
A Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná (Seed-PR) informou à Banda B que o caso aconteceu durante uma reunião pedagógica convocada pela direção do Colégio Estadual do Paraná, cujo encontro foi marcado para abordar o caso de racismo envolvendo dois estudantes da instituição. O crime de racismo teria sido cometido pelo filho do sargento que aparece no vídeo.
Em nota, a pasta reconhece que “foi registrada uma situação de abuso de autoridade” e afirma que a reunião tinha o objetivo de “resolver a questão em nível pedagógico”.
Novo Comentário
A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) negou o recurso do vereador cassado, tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos), e manteve a sentença que o condenou a 4 anos de prisão, em regime aberto, por adulterar o registro de uma arma de fogo nos sistemas da Polícia Militar.
“Não se verificando a existência de qualquer contradição no acórdão vergastado, ressaindo claro o inconformismo do embargante com o resultado do julgamento e o nítido propósito de rediscussão da matéria já decidida a fim de que prevaleça o seu entendimento, não devem ser acolhidos os presentes embargos de declaração”, diz trecho da decisão.
O processo é decorrente da Operação Coverage, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em 2019. A operação é a terceira fase da Mercenários, que apurou um grupo de extermínio que cometeu diversos homicídios e tentativas de homicídios entre 2015 e 2016.
Conforme o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Paccola e outros quatro militares usaram seus cargos para beneficiar uma organização criminosa. Juntos, tentavam ocultar a autoria dos crimes do grupo de extermínio adulterando registro e inserindo dados falsos das armas de fogo no sistema informatizado da Polícia Militar.
Em 2022, Paccola assumiu ter usado a senha de um sargento, que estava salva em seu computador, para inserir dados falsos no sistema, segundo ele, para evitar que um tenente fosse "incriminado injustamente".
Essa confissão foi considerada pelos membros da Primeira Câmara Criminal, para que o recurso fosse negado.
“Logo, a condenação do segundo apelante/apelado Marcos Eduardo Ticianel Paccola por inserção de dados falsos em sistema de informação deve ser preservada”.
O voto do relator, o desembargador Marcos Machado, foi seguido por todos os membros.
O governador do estado do Ceará, Elmano de Freitas (PT), determinou afastamento do delegado de Aurora (CE), Paulo Hernesto Pereira Tavares, após o servidor se envolver em briga de trânsito e agredir uma mulher na manhã deste sábado (11/11). A edição extra do Diário Oficial do Estado do Ceará ainda determina a instauração de um processo administrativo-disciplinar contra ele. “Não admitimos e não vamos tolerar esse tipo de comportamento por parte de um agente de segurança”, declarou o chefe do Executivo estadual no Instagram.
Um delegado se envolveu num acidente de carro no Ceará e olha que ele fez com a moça. pic.twitter.com/i0ayFHHy0J
— Aécio de Papelão (@aeciodepapelao) November 11, 2023
Segundo a decisão, o delegado teria tentado perseguir de carro um menor de idade na tentativa de atropelá-lo. Ele perdeu o controle do veículo e subiu em uma calçada, onde colidiu com uma árvore e um muro. Em seguida, Paulo, que aparentava estar embriagado no momento, se envolveu em uma briga com as pessoas que estavam no local e agrediu uma mulher com um tapa no rosto dela. A ocorrência foi registrada pela Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops).
O indiciado foi levado para um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), mas se recusou a fazer o teste do bafômetro. No entanto, o órgão afirma que teria filmado o servidor confessar que havia bebido. Ele e um acompanhante não identificado, que teria tentado agredir os policiais militares acionados para atender a ocorrência, foram encaminhados à Delegacia Regional de Brejo Santo (CE).
Com o afastamento preventivo, devem ser retidos identificação funcional, distintivo, arma, algema e qualquer outro instrumento funcional que esteja na posse do delegado.
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Alto Araguaia, deflagrou na manhã desta terça-feira (07.11) a Operação Acesso Maldito, com foco no combate a uma série de crimes, em especial tráfico de drogas e acesso ilegal de aparelhos celulares na Cadeia Pública do município. Uma policial penal foi presa na ação.
Outro mandado de prisão foi cumprido contra um reeducando. Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos contra a policial e o preso.
Também houve bloqueios de contas bancárias e quebra de sigilo telefônicos expedidos pela 1ª Vara Criminal de Alto Araguaia, que tiveram como base as investigações da Polícia Civil.
A operação contou com 15 policiais civis, quatro viaturas, sendo realizada uma inspeção completa em todas as dependências da cadeia local, com o foco na apreensão de drogas, aparelhos celulares e outros objetos ilícitos. A inspeção contou com a participação do Grupo de Intervenção Rápida do Sistema Penal, da Capital.
Investigações
Desde agosto de 2022, foram apreendidos, no interior da cadeia de Alto Araguaia, 50 aparelhos celulares e 300 porções de maconha.
O estabelecimento penal da cidade conta atualmente com mais de 100 presos, atendendo as cinco cidades da região, composta pelos municípios de Alto Garças, Alto Taquari, Ponte Branca, Araguainha, além de Alto Araguaia.
Com o andamento das investigações foi possível identificar a participação direta, de pelo menos, uma policial penal, que teve a prisão decretada.
As investigações apontaram que o processo se iniciava com a arrecadação de celulares por membros de organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas na cidade. Esses aparelhos celulares são obtidos por meio da prática dos crimes de furto, roubo e até mesmo pela troca por drogas, realizada por usuários.
Os celulares então eram entregues para a policial penal em sua casa, que por possuir acesso irrestrito na cadeia pública, posteriormente repassava para os internos. A participação da policial penal era recompensada com valores e drogas, caracterizando também o crime de corrupção.
Ainda durante uma investigação envolvendo um caso de sequestro, tortura e cárcere privado, ocorrido na cidade, foi comprovado o intenso uso de celulares pelos presos, na medida em que os criminosos que estavam com a pessoa sequestrada fizeram várias ligações, por videoconferência, com os presos, numa espécie de ‘tribunal do crime’, para decidirem qual seria o destino da vítima.
O delegado responsável pelas investigações, Marcos Paulo Batista de Oliveira, destacou que as investigações comprovaram a permeabilidade e ausência de controle efetivo de acesso de objetos ilícitos no estabelecimento prisional, potencializada com a participação de servidor do sistema penal. "Os presos, com o acesso facilitado de celulares e drogas, continuam praticando livremente os mesmos crimes que os levaram a prisão”, disse o delegado.
Fonte: https://www.reportermt.com/policia/policial-penal-e-presa-por-trafico-em-cadeia-de-mt/198710
A ata de uma reunião convocada pelo ex-comandante da 18ª Companhia Independente da Polícia Militar, tenente-coronel Cristyano Cássio Gonçalves de Vasconcelos, mostra que os policiais Willian Ferreira e Gabriel Castella já tinham uma rixa antiga. Na ocasião, Gabriel teria "avisado" que mataria Willian. O documento é do dia 13 de outubro de 2022.
Gabriel Castella matou Willian Ferreira no dia 21 de outubro deste ano, com pelo menos seis disparos, enquanto estavam dentro do quartel da PM, em São José do Rio Claro (295 km de Cuiabá). No outro dia, Gabriel tirou a própria vida diante dos colegas, também no Batalhão.
O documento ao qual o RepórterMT teve acesso revelou que o tenente-coronel Cristyano convocou a reunião para resolver a desavença entre os dois. Durante a conversa, os dois militares disseram que os atritos eram por conta do comportamento de ambos.
Gabriel teria dito que Willian queria “comandar o quartel” e não concordava com o tratamento que ele tinha com os subordinados. Antes disso, os dois já tinham se desentendido por conta da cautela na guarda de um fuzil.
“Gabriel adicionou que, de fato, criou uma mágoa em relação a Willian, e que, no dia da desavença do fuzil, teve vontade de matar Willian e, inclusive, teve vontade de se matar. Adicionou que ficou 50 dias digerindo a situação, necessitando de atendimento psiquiátrico e medicação, vez que ficou muito nervoso”, consta no documento.
Em seguida, Gabriel relatou que se arrependia do que tinha falado, pois estavam em surto nervoso, que resultou na necessidade de atendimento médico especializado. O tenente Cristyano reconheceu o estado mental do militar e recebeu o atestado médico do policial.
Ainda na reunião, Willian negou que tratasse mal os militares de patente inferior. “William disse que trata o subordinado com urbanidade, mas que é militar antigo e que se comporta em seu trato com os demais militares da maneira como aprendeu”, diz outro trecho.
Gabriel terminou, justificando que seu mau relacionamento com Willian se devia muito a comentários maldosos ou brincalhões que são feitos pela tropa.
A reunião foi encerrada, pois, segundo o documento, os dois deram por encerrados os assuntos e continuaram trabalhando juntos.
O comandante do quartel, tenente-coronel Cristyano Cássio Gonçalves de Vasconcelos, o 1º tenente Mateus Leandro Ferreira Nunes, a vítima, 2º sargento Willian Ferreira e o acusado 3º sargento Gabriel Castella Cardoso assinaram a ata da reunião.
O caso
A informação é que o desentendimento entre os dois policiais começou após uma troca de turno. Willian Ferreira, supostamente, teria chegado ao batalhão embriagado e atrasado para assumir o plantão.
Revoltado com a situação, o sargento plantonista, Gabriel Castella, teria questionado o militar, dando início a uma discussão.
Durante o desentendimento, Gabriel acabou atirando no colega, que não resistiu. Então, Castella recebeu voz de prisão em flagrante.
Gabriel ficou detido no quartel. No outro dia, ele saiu, foi até o seu veículo, onde pegou sua arma, deu tchau aos policiais que estavam próximos e atirou nele próprio.
O comandante Cristyano Cássio Gonçalves de Vasconcelos foi exonerado do cargo pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).