Agentes do Deppen do Paraná são investigados por beneficiar presos

No-norte-do-Parana-00884219-0-202406130924-ScaleDownProportional Dois agentes públicos ligados ao cartório da Vara de Execuções Penais, Medidas Administrativas e Corregedoria dos presídios, vinculados ao Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná (Deppen), são investigados por beneficiar presos de Londrina, no norte do Paraná.

Os agentes, um analista judiciário e um servidor lotado no Patronato Penitenciário, são alvo de uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), realizada na manhã desta quinta-feira, 13.

Entre os benefícios concedidos para presos, conforme o Gaeco, estão a progressão antecipada de regime, o livramento condicional, a agilização de processos judiciais e a omissão de expedição de mandado de prisão.

Ao todo, 19 mandados de busca e apreensão foram expedidos para a operação. Também são cumpridas medidas alternativas à prisão.

Até a última atualização desta reportagem, o Gaeco não tinha informado os nomes dos suspeitos. Os crimes investigados, segundo o órgão, caracterizam corrupção passiva e ativa.

Fonte: https://gmconline.com.br/noticias/policial/agentes-do-deppen-do-parana-sao-investigados-por-beneficiar-presos/

'Tribunal do crime': polícia identifica pai e filha suspeitos de matarem vítima a tiros por 'desafeto', em MS

 A Polícia Civil do Mato Grosso identificou, nesta semana, duas pessoas suspeitas de serem os mandantes da morte de uma vítima, que não teve a identidade revelada, em Angélica, no Mato Grosso. A polícia informou que os dois são pai e filha e foram identificados como: Amarildo Soares do Pinho, de 60 anos, e Jessica Fernanda dos Santos do Pinho, de 33. Os dois estão foragidos. As investigações apontam que a morte foi por conta de um "desafeto".

O caso aconteceu no dia 4 de maio, quando duas pessoas invadiram uma residência e efetuaram, ao menos, seis tiros contra a vítima. Uma outra pessoa, de 45 anos, que estava no local, ficou gravemente ferida. As investigações da polícia apontam que Amarildo e Jessica teriam um "desafeto" em comum e promoveram um "tribunal do crime" para matar a vítima, de 33 anos.

A Justiça decretou a prisão preventiva dos dois após um pedido da polícia, mas eles conseguiram fugir e são considerados fugitivos. O pai também possui outro mandado de prisão em aberto por homicídio no estado.

Fonte: https://extra.globo.com/blogs/radar-brasil/noticia/2024/06/tribunal-do-crime-policia-identifica-pai-e-filha-suspeitos-de-matarem-vitima-a-tiros-por-desafeto-em-ms.ghtml

Mulher estuprada que realizar aborto pode ter pena maior que estuprador, prevê projeto

Violência contra a mulher, abuso, assédio sexual — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil O projeto de lei que equipara o aborto após a 22ª semana de gestação ao crime de homicídio, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), da bancada evangélica, prevê que a pena para a mulher que fizer o procedimento, hoje protegido por lei, seja mais dura do que a prevista para o homem que a estuprou.

Caso a lei seja aprovada, o aborto seria equiparado ao homicídio simples, do artigo 121 do Código Penal. A pena, nesse caso, varia entre 6 e 20 anos de prisão.

No caso do estupro, citado no artigo 213 do Código Penal, a pena mínima é de 6 anos quando a vítima é adulta, mas pode chegar a 10 anos.

Caso a vítima seja menor de idade, a pena mínima sobe para 8 anos e, a máxima, para 12 anos.

No caso do estupro de vulnerável (Art. 217-A), quando a vítima tem menos de 14 anos ou é incapaz de oferecer resistência, a pena mínima é de 8 anos de reclusão, e o tempo máximo passa para 15 anos. Somente quando o crime é praticado contra vulnerável e resulta em lesão corporal grave que a pena pode chegar a 20 anos.

  • 🚨 Em um caso hipotético de uma mulher adulta vítima de estupro e que interrompa a gravidez após a 22ª semana, é possível que ela seja condenada a 20 anos de prisão, enquanto o seu estuprador fique entre 6 e 10 anos preso.

Violência contra a mulher, abuso, assédio sexual — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A advogada e especialista em gênero Maíra Recchia disse ao blog que considera o projeto um absurdo e faz uma comparação com a legislação atual.

"Hoje não se pune o aborto em caso de estupro e não prevê restrição de tempo para o procedimento nesse caso. Há também a discussão sobre o aborto nos casos em que se oferece risco à mãe. Tudo fica criminalizado. É um absurdo".

Questionado sobre essa discrepância, o autor do projeto disse ao blog que a aplicação da lei "ficará ao cargo do juiz" e que tentaria negociar.

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A advogada Gabriela Sousa, especialista em advocacia feminista e sócia da Escola Brasileira de Direito da Mulher (EBDM), avalia que o projeto tem objetivo "de chancelar a dominação dos corpos das mulheres" e afirma que a proposta é uma violação dos direitos humanos e inconstitucional, que viola tratados internacionais aos quais o Brasil é signatário

"Quando a gente encara uma realidade onde há uma proposta de que o aborto tem uma pena maior do que o homicídio, a gente deixa claro a ausência de valores e a ausência de respeito aos direitos, aos corpos e à autodeterminação de todas as mulheres, deixando claro que se valoriza o nascimento e não a vida", completa.

Na avaliação de Amanda Sadalla, diretora-executiva da Serenas (organização que atua pela prevenção das violências de gênero), falta aos autores e apoiadores do projeto o conhecimento sobre as estatísticas de crimes sexuais contra meninas e mulheres no país. Ela afirma que o Brasil vive no ápice de uma epidemia de violência sexual.

"A cada 8 minutos, uma menina mulher foi estuprada em 2023. O principal alvo são meninas com menos de 13 anos e mulheres negras. Na Serenas, costumamos dizer que meninas e mulheres não são livres para sonhar por conta das violências que sofrem. Iremos retroceder a ponto de dizer que elas não serão livres para viver porque estarão presas pela violência que sofreram?", pontua Amanda.

Reação no governo

O PL provocou reação no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania e o ministro Silvio Almeida considerou a medida como uma "imoralidade e inversão dos valores civilizatórios mais básicos".

"É difícil acreditar que sociedade brasileira, com os inúmeros problemas que tem, está neste momento discutindo se uma mulher estuprada e um estuprador tem o mesmo valor para o direito. Ou pior: se um estuprador pode ser considerado menos criminoso que uma mulher estuprada. Isso é um descalabro, um acinte", diz o ministro.

O ministro afirma ainda que o PL é inconstitucional porque "fere o princípio da dignidade da pessoa humana e submete mulheres violentadas a uma indignidade inaceitável, a tratamento discriminatório".

"Trata-se da materialização jurídica do ódio que parte da sociedade sente em relação às mulheres; é uma lei que promove o ódio contra mulheres. Como pai, como filho, como cidadão, como jurista, como Ministro de Estado eu não posso jamais me conformar com uma proposta nefasta, violenta e que agride as mulheres e beneficia estupradores.”

Entenda o projeto

O texto altera o Código Penal e estabelece a aplicação de pena de homicídio simples nos casos de aborto de fetos com mais de 22 semanas nas situações em que a gestante:

  • provoque o aborto em si mesma ou consente que outra pessoa lhe provoque; pena passa de prisão de 1 a 3 anos para 6 a 20 anos;
  • tenha o aborto provocado por terceiro com ou sem o seu consentimento; pena para quem realizar o procedimento com o consentimento da gestante passa de 1 a 4 anos para 6 a 20 anos, mesma pena para quem realizar o aborto sem consentimentos, hoje fixada de 3 a 10 anos.

A proposta também altera o artigo que estabelece casos em que o aborto é legal, para restringir a prática em casos de gestação resultantes de estupro.

Conforme o texto, só poderão realizar o procedimento mulheres com gestação até a 22ª semana. Após esse período, mesmo em caso de estupro, a prática será criminalizada.

A proposta é assinada por 32 deputados, incluindo o segundo vice-presidente da Casa, Sóstenes Cavalcante, e o presidente da bancada evangélica, Eli Borges (PL-TO).

Bancada quer 'testar' Lula

Nesta terça-feira (11), Sóstenes procurou o blog após a repercussão do tema para defender o mérito de sua proposta.

Ele prevê que o projeto passe com ''mais de 300 votos'' no plenário da Câmara (são 513 deputados) e diz que a bancada evangélica vê como um "teste" para o presidente Lula se ele vetar o projeto.

"O presidente mandou uma carta aos evangélicos na campanha dizendo ser contra o aborto. Queremos ver se ele vai vetar. Vamos testar Lula."

Professor é investigado por importunação sexual contra aluna; vídeo mostra pai da adolescente agredindo suspeito

Pai da vítima agrediu e gritou com professor dentro da escola — Foto: Reprodução/WhatsApp Um professor de uma escola técnica estadual no bairro de Areias, na Zona Oeste do Recife, foi afastado da unidade de ensino por suspeita de importunar sexualmente uma aluna de 16 anos. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o pai da estudante xingando e agredindo o suspeito com tapas e chutes (veja vídeo acima). O caso é investigado pela Polícia Civil.

Nas imagens, é possível ver o pai da estudante gritando com o suspeito e dizendo "Reage, bandido! Cabra safado, você é um bandido!". Os nomes dos envolvidos no caso não foram divulgados.

Segundo a Polícia Militar (PM), a confusão aconteceu na manhã da terça-feira (4), na Escola Técnica Estadual (ETE) Mariano Teixeira, localizada na Rua Capitão Felipe Ferreira. Policiais militares foram ao local e constataram que o pai da vítima tinha agredido o professor suspeito de importunação sexual.

O professor foi levado para uma unidade de saúde e, depois, levado para o Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), que fica no bairro da Madalena, também na Zona Oeste do Recife. A vítima e o pai dela também foram para o local.

O que diz o governo

Em nota, a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco informou que:

  • O professor suspeito foi afastado das atividades na ETE Mariano Teixeira "enquanto o caso é apurado";
  • A escola acionou a patrulha escolar e encaminhou a denúncia ao Conselho Tutelar;
  • "Não há registro de nenhuma denúncia prévia sobre possível má conduta do professor";
  • "Está à disposição das autoridades policiais para esclarecer o caso".

g1 tenta contato com o Conselho Tutelar do Recife, para obter detalhes sobre o caso, mas não obteve êxito até a última atualização desta reportagem.

A Polícia Civil enviou uma nota sobre o caso, dizendo que:

Falso policial que extorquia pessoas em situação de rua é preso no Paraná

Falso-policial-que-extorquia-pessoas-em-situacao-d-00871455-0-202406050849-ScaleDownProportional A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu um homem, de 38 anos, em flagrante por extorsão, usurpação de função pública majorada e resistência. A captura aconteceu nesta segunda-feira, 3, em Curitiba.

A equipe policial foi abordada por pessoas em situação de rua que narraram que o homem estava se passando por policial civil e exigindo, mediante grave ameaça, dinheiro das pessoas que residem na Praça Rui Barbosa.

“Eles relataram que o homem os ameaçava com arma de fogo e dizia que se não entregassem o dinheiro seriam presos. Uma mulher chegou a ser agredida fisicamente”, conta a delegada da PCPR Magda Hofstaetter.

Ainda, após dar voz de prisão em flagrante, o homem resistiu à abordagem mediante ameaça de sacar a arma de fogo, quando então foi contido pelos policiais civis e encaminhado para a delegacia.

Com ele, a PCPR apreendeu um distintivo e um simulacro de arma de fogo. Após a prisão, o indivíduo foi encaminhado ao sistema penitenciário.

Fonte; https://gmconline.com.br/noticias/policial/falso-policial-que-extorquia-pessoas-em-situacao-de-rua-e-preso-no-parana/

Marielle: policiais atuaram em empresa da mulher de delegado preso

2 Policiais e delegados da Polícia Civil do Rio de Janeiro prestaram serviços semanais para uma empresa de consultoria da advogada Erika Araújo, mulher do delegado Rivaldo Barbosa, apontado como mentor do assassinato de Marielle Franco. A Polícia Federal (PF) afirmou que Erika usou empresas de fachada para lavar o dinheiro obtido ilegalmente pelo marido.

Os detalhes da atuação dos policiais civis na empresa de Erika Araújo constam de um depoimento dado por Rivaldo Barbosa à Corregedoria da Polícia Civil em 2021. Na ocasião, Barbosa foi questionado sobre o período em que comandou a Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, entre 2012 e 2015.

Segundo Barbosa, policiais e delegados subordinados a ele usavam a folga semanal para prestarem “auxílio” na empresa de sua esposa. Ele citou duas empresas: Armis e Mais I, mas não especificou a qual se referia. Ainda de acordo com Rivaldo Barbosa, o trabalho era conferir notas fiscais e pesquisar locais que pudessem receber obras ligadas à firma de consultoria da esposa. A PF, contudo, apontou que a atuação dos policiais de folga ia além.

Documentos e vídeos apreendidos pela PF no escritório de Erika Araújo apontaram que os policiais de folga usavam sistemas internos da polícia ilegalmente. Por meio das pesquisas, o grupo acessava informações sigilosas de pessoas que se candidatavam para trabalhar em uma empresa cliente da firma da mulher de Rivaldo Barbosa.

Depois de analisar as contas de Erika e das firmas, os investigadores afirmaram que Araújo movimentou cerca de R$ 7 milhões entre 2015 e 2019. A quantia chamou a atenção da PF porque, antes dessa época, Erika Araújo tinha uma renda mensal de apenas R$ 4 mil como funcionária da Prefeitura do Rio de Janeiro.

Rivaldo Barbosa está preso há dois meses, sob a acusação de ser o mentor da execução de Marielle enquanto comandava a Polícia Civil fluminense. A esposa, Erika Araújo, está usando tornozeleira eletrônica.

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