Lula se retrata após dizer que traficantes são 'vítimas' de usuários de drogas: 'Fiz frase mal colocada'

vd1024

Durante a coletiva, o petista falava sobre o enfrentamento às drogas e disse que seria "mais fácil", para Brasil e Estados Unidos, "combater viciados".

Para reforçar seu posicionamento, Lula afirmou: "Os usuários são responsáveis pelos traficantes, que são vítimas dos usuários também".

Lula fez o comentário ao ser questionado sobre falas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que disse não ser necessária uma declaração de guerra para matar traficantes de drogas.

Ao se justificar nesta sexta, o presidente brasileiro minimizou o seus discurso e frisou: "mais do que palavras são as ações" que o governo dele vem realizando.

Nesse contexto citou iniciativas do Executivo no combate ao crime e a operação Carbono Oculto, que desarticulou um esquema criminoso bilionário no setor de combustíveis comandado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).

"Mais importante do que as palavras são as ações que o meu governo vem realizando, como é o caso da maior operação da história contra o crime organizado, o encaminhamento ao Congresso da PEC da Segurança Pública e os recordes na apreensão de drogas no país", destacou na mensagem.

"Continuaremos firmes no enfrentamento ao tráfico de drogas e ao crime organizado", prosseguiu.

Fonte: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/10/24/fiz-uma-frase-mal-colocada-diz-lula-sobre-discurso-na-indonesia.ghtml

Petro acusa os EUA de violar soberania colombiana e matar pescador no Caribe

vd1020 O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, acusou neste sábado, 18, os Estados Unidos de violarem a soberania colombiana e de matar um pescador durante operações militares americanas contra o narcotráfico no Mar do Caribe. Segundo ele, o colombiano Alejandro Carranza morreu em um dos ataques realizados por forças dos EUA que, desde agosto, têm concentrado ações na Venezuela e em áreas próximas às águas territoriais da Colômbia.

“Funcionários do governo dos Estados Unidos cometeram um assassinato e violaram nossa soberania em águas territoriais. O pescador Alejandro Carranza não tinha qualquer ligação com o narcotráfico, sua atividade era pescar”, afirmou Petro em publicação no X (antigo Twitter).

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, com o Roger Waters. Numa manifestação em Nova York, Pro Palestina. Foto: Reprodução/Rede Social

De acordo com o presidente, a lancha de Carranza estava à deriva, com sinais de pane, quando foi atingida. “Esperamos explicações do governo dos Estados Unidos”, completou.

Familiares da vítima confirmaram a versão. “Alejandro Carranza é pescador, somos criados em famílias de pescadores [...] não é justo que o tenham bombardeado dessa maneira. Uma pessoa inocente que sai para buscar o pão de cada dia”, disse Audenis Manjarres, familiar da vítima, em entrevista à televisão pública RTVC Noticias compartilhada por Petro.

A Marinha norte-americana afirmou ter matado ao menos 27 suspeitos de narcotráfico em seis ataques contra embarcações desde o início de setembro. Manjarres, no entanto, disse ter reconhecido o barco de Carranza em vídeos do ataque de 15 de setembro e relatou que a última conversa com ele foi na véspera, às 5 horas da manhã.

Após o incidente, pescadores da região de Santa Marta, no litoral norte da Colômbia, disseram ter suspendido suas atividades por medo de novos bombardeios.

Em outro episódio, um colombiano de 34 anos sobreviveu a um ataque americano contra um semissubmersível que os EUA afirmam ter sido usado por traficantes. O homem foi repatriado em estado grave, com “traumas cerebrais” e respirando com auxílio de aparelhos, segundo o ministro do Interior, Armando Benedetti.

Benedetti disse que o sobrevivente será processado pela Justiça colombiana, por suspeita de envolvimento com o tráfico. O presidente americano Donald Trump afirmou que o submarino transportava fentanil e outras drogas e classificou a ação como “uma grande vitória na luta contra o narcotráfico”.

“Foi uma grande honra destruir um enorme submarino carregado de drogas que navegava em direção aos Estados Unidos”, escreveu Trump no Truth Social, acrescentando que “os dois sobreviventes serão devolvidos a seus países de origem, Equador e Colômbia, para serem julgados”.

O governo do Equador, liderado por Daniel Noboa, não se pronunciou sobre o caso até o momento.

Petro, que mantém relações tensas com Washington, já havia pedido à ONU que investigasse as ações norte-americanas no Caribe, afirmando que elas resultaram na morte de pescadores e civis pobres. Especialistas em direito internacional questionam a legalidade de ataques letais em águas internacionais contra suspeitos que não foram detidos nem interrogados. /Com informações da AFP.

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

Fonte: https://www.estadao.com.br/internacional/petro-acusa-os-eua-de-violar-soberania-colombiana-e-matar-pescador-no-caribe-npr

 

Empresa de cannabis do Careca do INSS pagou R$ 500 mil a suplente de Damares

vd1006 Suplente de Damares confirmou ter sido contratado pelo Careca do INSS, mas disse ter devolvido o dinheiro do contrato

A empresa de maconha do lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, vulgo Careca do INSS, pagou R$ 500 mil ao advogado Manoel Arruda (União Brasil-DF), primeiro suplente da senadora Damares Alves (Republicanos-DF).

A transferência consta em Relatório de Inteligência Financeira (RIF) do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) obtido pela coluna. O documento subsidia as investigações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), à qual o lobista prestou depoimento na última quinta-feira (25/9).

O repasse foi feito pela Camilo Comércio e Serviços S/A, cujo nome fantasia é World Cannabis (WorldCann). A empresa de maconha do Careca do INSS foi aberta em 25 de abril de 2023, tem sede em Brasília e filiais em São Paulo, Bogotá (Colômbia), Lisboa (Portugal) e Miami (Estados Unidos). A companhia mantém como diretor Romeu Carvalho Antunes, filho do lobista.

Além de primeiro suplente de Damares, Manoel Arruda é presidente do União Brasil no Distrito Federal. Segundo o próprio advogado, o Careca do INSS o contratou em novembro de 2024 para prestar consultoria e assessoria jurídica para firmar parceria com a Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego). O objetivo, segundo o político, era transferir tecnologia para a produção de medicamentos e produtos dentro do Programa de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) do Ministério da Saúde.

O escritório, no entanto, desfez o negócio em 8 de maio, cerca de duas semanas após a Polícia Federal (PF) deflagrar a Operação Sem Desconto, que tem o Careca do INSS como um dos alvos. Um comprovante bancário ao qual a coluna teve acesso mostra que a banca devolveu R$ 500 mil à empresa do lobista no dia 19 de maio, mesmo que, segundo a assessoria de imprensa, o advogado tenha realizado o trabalho por 6 meses.

A equipe informou, em nota, que Manoel Arruda se deparou com a “impossibilidade ética e moral de continuidade da prestação de serviços, já que não compactua com qualquer tipo de irregularidade”. Também negou qualquer relação pessoal entre o advogado e o lobista. Em nota, Damares afirmou que “não tem qualquer relação ou conhecimento sobre os negócios de seu suplente”. Já o advogado do Careca do INSS, Cleber Lopes, limitou-se a dizer que não dispõe de informações sobre o assunto.

Responsável por avisar a PF sobre a frota de carros de luxo do Careca do INSS escondida em um prédio na região central de Brasília, Damares já saiu em defesa, no Senado, dos negócios na World Cannabis. A senadora disse que um eventual confisco de bens da empresa poderia prejudicar pacientes que usam canabidiol de forma medicinal, já que se trata de uma das poucas fornecedoras no Brasil.

“Muitos pacientes conseguem ter alguma qualidade de vida justamente porque fazem uso desse medicamento. Por isso, precisamos de máxima atenção. Se nossa CPMI for instalada, que possamos trabalhar de maneira muito madura, pois ali vamos lidar com vidas”, alertou em sessão da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado em 21 de maio.

Relatório do Coaf levanta suspeitas sobre movimentação de empresa de cannabis do Careca do INSS

No relatório, o Coaf chama a atenção para o “expressivo faturamento da empresa World Cannabis, constituída em 25/04/2023, no valor de R$ 4,28 milhões no ano de 2024 em um curto espaço de tempo, sem a identificação clara da origem dos recursos, bem como os bureaus consultados informarem faturamento estimado em valores inferiores”, diz trecho do RIF do Coaf.

“Em suma, a World Cannabis declara faturamento elevado em curto período de tempo, não sendo possível identificar a origem dos recursos, pelo exposto, optamos pela recusa do relacionamento e comunicação Coaf”, continuou o relatório.

Conforme revelou a coluna, o Careca do INSS esteve no Ministério da Saúde pelo menos cinco vezes desde 2024. Nos dias 13 de janeiro e 17 de fevereiro deste ano, o lobista se apresentou na portaria da pasta como presidente da World Cannabis. Nas outras três vezes, em 2024, afirmou ser diretor de uma empresa de telessaúde, a DuoSystem, que, por sua vez, negou ter relações com o lobista. Em ao menos um dos encontros, o lobista estava acompanhado da herdeira Roberta Luchsinger, que mantém amizades junto à família do presidente Lula (PT).

Todas as visitas do Careca do INSS se destinaram à secretaria-executiva do Ministério da Saúde, então comandada por Swedenberger Barbosa, o Berger, atual chefe do Gabinete Adjunto de Gestão Interna do Gabinete Pessoal do Presidente da República. Só uma delas, porém, consta em agenda oficial. Segundo Berger, o principal tema tratado com o lobista foi o mercado de cannabis.

Em depoimento prestado à CPMI, o Careca do INSS negou não só a participação na fraude, revelada pelo Metrópoles, bem como qualquer tipo de relação com parlamentares. A coluna mostrou, porém, que o empresário compartilhou o uso de um jatinho com o senador Weverton Rocha (PDT-MA), com quem já havia se reunido no gabinete.

“Não existe essa rede de relacionamento minha com parlamentares, qualquer que seja, haja vista que vocês são um grupo inteligente, seleto. Pergunte a quem me conhece aqui dentro dessa casa. Ninguém me conhece. Eu não tenho interesse, eu não trabalho com o governo, qualquer que seja as suas esferas”, disse. Segundo o lobista, a única exceção foi uma visita à casa de Weverton para tratar de produtos à base de cannabis. “Na época, eu estava com uma representação de uma marca internacional de um produto à base de cannabis”, afirmou o Careca do INSS.

O que diz Manoel Arruda sobre pagamento do Careca do INSS

Leia a íntegra da nota da assessoria de Manoel Arruda:

“O escritório Manoel Arruda Sociedade Individual de Advocacia foi contratado em 1º de novembro de 2024 pela empresa World Cannabis, para prestar serviços de consultoria e assessoria jurídica em processo regulatório no setor farmacêutico. A relação contratual se deu exclusivamente com a empresa, e não com qualquer pessoa física.

No final de abril de 2025, com a deflagração da Operação “Sem Desconto”, que investiga fraudes contra o INSS, o escritório, após avaliação de compliance, decidiu rescindir o contrato por impossibilidade ética e moral de continuidade da prestação de serviços, já que não compactua com qualquer tipo de irregularidade. Em 19 de maio de 2025, foi realizada a rescisão formal, acompanhada da devolução integral dos honorários recebidos, devidamente registrada em distrato assinado em 8 de maio de 2025.

É importante destacar que não existe qualquer relação pessoal ou profissional com o Sr. Antonio Carlos Camilo Antunes. Toda a atuação foi estritamente técnica e restrita ao contrato com a empresa World Cannabis, já encerrado, com quitação plena entre as partes.”

Fonte: https://www.metropoles.com/colunas/tacio-lorran/empresa-de-cannabis-do-careca-do-inss-pagou-r-500-mil-a-suplente-de-damares

Terminal privatizado por Ratinho Júnior é um dos alvos de operação contra o PCC em Paranaguá

vd0902 A operação Carbono Oculto, da Receita Federal e do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), criada para combater fraudes no setor de combustíveis com possível envolvimento da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), investiga os fundos de investimentos envolvidos na aquisição do terminal PAR 50  do Porto de Paranaguá, privatizado em 2023 pelo governador Ratinho Júnior (PSD). 

As investigações apontam que integrantes do PCC atuavam na importação irregular de metanol pelo terminal, informou a CNN Brasil nesta quinta-feira (28). Foram cumpridos 350 mandados de busca e apreensão, envolvendo pessoas físicas e jurídicas, em oito estados: São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio de Janeiro e Santa Catarina. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) pediu o bloqueio de mais de R$ 1 bilhão em bens. 

Auditores da Receita Federal identificaram irregularidades em mais de mil postos de combustíveis em dez estados. A maioria desses postos recebiam dinheiro atuava na lavagem de dinheiro, segundo a Receita. Entre 2020 e 2024, a movimentação financeira desses estabelecimentos foi de R$ 52 bilhões, com recolhimento de tributos incompatível com suas atividades.

Já a operação Tank, da Polícia Federal, também deflagrada na quinta-feira (28), indicou que 46 postos de combustíveis de Curitiba vendiam gasolina adulterada ou adotavam a prática conhecida como bomba baixa, em que o volume abastecido é inferior ao indicado. A adulteração envolveria o etanol importado ilegalmente, que entrava pelo Porto de Paranaguá.

Segundo a PF, o grupo atuava desde 2019 e movimentou mais de R$ 23 bilhões por meio de uma rede composta por postos de combustíveis, distribuidoras, holdings, empresas de cobrança e instituições de pagamento. A PF identificou depósitos fracionados em espécie, uso de laranjas, transações cruzadas, repasses sem lastro fiscal, fraudes contábeis e simulação de aquisição de bens e serviços.

Leilão

O terminal PAR 50 foi arrematado em leilão na B3, em São Paulo, em fevereiro de 2023, por R$ 1 milhão, pelo FTS Group. Em novembro de 2023, a Liquipar Operações Portuárias S.A., empresa que pertencia ao FTS Group, foi adquirida pela Stronghold Infra Investiments, que atualmente controla o terminal.

Em junho deste ano, o governo do Paraná anunciou que a Liquipar faria R$ 572 milhões para triplicar a capacidade de escoamento de líquidos pelo terminal – especialmente de combustíveis. O anúncio foi feito em cerimônia com Ratinho Júnior. Segundo o governo, o terminal receberia um mínimo R$ 338,2 milhões em obras de ampliação da capacidade operacional. O terminal tem cerca de 85 mil metros quadrados e capacidade de 70 mil metros cúbicos de armazenagem, que subiria para 205 mil metros cúbicos.

“Além ter a armazenagem de combustíveis líquidos, também poderá receber gás natural, ampliando a capacidade de movimentação de mercadorias pelo porto”, comentou Ratinho Júnior durante o anúncio dos investimentos. Segundo o sócio controlador da Liquipar, Cleiton Santos Santana, a idaia era triplicar a capacidade de armazenagem, de 70 milhões de litros para 205 milhões de litros.

Desde 2019, início do primeiro governo de Ratinho Júnior, cinco áreas do Porto de Paranaguá foram concedidas à iniciativa privada. Segundo o governo, "a concessão dá maior segurança jurídica e operacional ao porto, pois permite investimentos nessas áreas feitos pelas empresas vencedoras, a exemplo do previsto pela Liquipar. O governo ainda previa a concessão de de mais três terminais: PAR 14, PAR 15 e PAR 25.

Atualização: nota da Liquipar

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Liquipar enviou um nota ao Plural na tarde desta segunda-feira (1º de setembro). Segue a nota:

NOTA À IMPRENSA

A Liquipar Operações Portuárias esclarece que jamais movimentou qualquer carga de combustíveis, incluindo metanol, no Terminal PAR50, no Porto de Paranaguá. Desde que assumiu a administração do terminal, em abril de 2024, a Liquipar ainda não realizou nenhuma operação, inclusive, seus tanques permanecem vazios e nenhum tipo de produto foi movimentado até o presente momento.

A ordem de serviço, que é emitida pela Autoridade Portuária e é indispensável para o início das operações, só foi expedida em junho de 2025. Até então, o terminal não estava apto a operar, o que tornaria tecnicamente impossível qualquer movimentação de cargas nesse período.

É importante ressaltar que o licenciamento concedido pelo órgão ambiental IAT, não contempla a movimentação de metanol, limitando-se apenas a diesel, biodiesel e etanol;

Essas informações podem ser facilmente comprovadas:

- Pelas guias de importação, que não registram qualquer operação realizada pela Liquipar;

- Pelas estatísticas oficiais disponíveis no site da Portos do Paraná;

- Pelo ofício expedido pela Autoridade Portuária (PROTOCOLO nº: 24.368.330-0) em 6 de agosto de 2025 no qual solicita explicações pela ausência de movimentação junto ao terminal da Liquipar, o que comprova de forma inequívoca e incontroversa, que até o presente momento, não há qualquer movimentação de produtos no PAR 50, área arrendada cujo arrendatário é a Liquipar;

Além disso, destaca que:

- Todas as operações portuárias são controladas e fiscalizadas pela ANTAQ, Receita Federal, Portos do Paraná e demais autoridades competentes;

O investimento de R$ 572 milhões anunciado pela empresa tem como objetivo exclusivo a modernização, a segurança e a ampliação da infraestrutura do terminal, de acordo com o previsto no contrato de arrendamento, em conformidade com todas as exigências legais e ambientais.

A Liquipar é por definição um terminal portuário destinado ao armazenamento de líquidos em tanques fixos, ela não realiza transporte de mercadorias ou tampouco formula combustíveis.

A Liquipar atua com absoluta transparência e está à disposição das autoridades para cooperar com as investigações, prestando todos os esclarecimentos necessários, em coerência com seu compromisso com a legalidade, a segurança e o desenvolvimento do Porto de Paranaguá.

Liquipar Operações Portuárias

Fonte: https://www.plural.jor.br/terminal-privatizado-por-ratinho-junior-e-um-dos-alvos-de-operacao-contra-o-pcc-em-paranagua

Alta no uso de drogas nos EUA motivou envio militar à América Latina

vd0822 Segundo o Relatório Mundial sobre Drogas de 2025 da agência da ONU para drogas e crimes, o uso de entorpecentes cresceu ligeiramente nos EUA nos últimos anos. A subida foi capitaneada pela "epidemia" de fentanil, opioide que tomou grandes cidades como Los Angeles e matou mais de 70 mil pessoas por overdose só em 2023.

Embora as substâncias químicas que compõem o fentanil venham da Chinaé em milhares de laboratórios no México onde a droga é fabricada, antes de ser levada aos EUA pela fronteira com os EUA.

A cocaína, consumida por cerca de 2% da população total nos EUA, também vem majoritariamente de países como Colômbia, Bolívia e Peru. As drogas mais usadas pelos americanos não vêm da Venezuela, que trava uma escalada de tensões com envio de navios de guerra e mobilização de milicianos.

Segundo o Relatório Mundial da agência da ONU para drogas e crimes, as drogas mais consumidas nos EUA são:

  1. Cannabis, cujo consumo e porte, dependendo do estado norte-americano, pode ser liberado ou alvo de punição (veja mapa abaixo);
  2. Opioides, como o fentanil;
  3. Anfetaminas;
  4. Cocaína;
  5. Ecstasy.

O cenário fez o governo Trump a adotar uma postura e discurso agressivos desde o início de seu segundo mandato, em janeiro de 2025, principalmente contra cartéis de drogas latino-americanos, considerados os principais fornecedores dessas substâncias aos Estados Unidos.

Na semana passada, Washington anunciou o envio de tropas norte-americanas para diferentes regiões da América Latina — o Brasil não está incluído na rota, a princípio.

Segundo o jornal "The New York Times", Trump ordenou que as tropas americanas mirem grupos no México e na Venezuela, como o Tren de Aragua e o MS-13, e a operação contemplaria ações em solo, por mar e ataques aéreos.

Operação contra cartéis

Na semana passada, os Estados Unidos começaram a enviar tropas para a América Latina para enfrentar ameaças de cartéis de drogas na região, segundo a agência de notícias Reuters.

Tropas das forças aéreas e navais foram despachadas pelo Departamento de Defesa americano para o sul do Mar do Caribe. Uma autoridade militar americana disse à Reuters que, no total, cerca de quatro mil marinheiros e fuzileiros navais devem ser mobilizados nos esforços do governo Trump na região sul do Caribe.

Essa autoridade, que falou à Reuters sob condição de anonimato, afirmou que o reforço de ativos militares na região mais ampla incluirá vários aviões espiões P-8, navios de guerra e ao menos um submarino de ataque.

Segundo a fonte da agência, o processo deverá se estender por vários meses e a previsão é que operem no espaço aéreo e em águas internacionais.

Os ativos navais poderão ser usados não apenas para realizar operações de inteligência e vigilância, mas também como plataforma de lançamento para ataques direcionados, caso seja tomada essa decisão, acrescentou o funcionário.

Venezuela

O plano de Trump contra drogas também abriu uma nova crise entre Estados Unidos e Venezuela.

Como parte da operação, os EUA deslocaram também três navios de guerra para o sul do Caribe, perto da costa da Venezuela, sob a alegação de conter ameaças de cartéis de tráfico de drogas, segundo agências de notícias.

Em paralelo, o governo Trump também aumentou para US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões) a recompensa oferecida por informações que levem à captura de Maduro —os EUA acusam o líder venezuelano de liderar cartel de drogas e ser "um dos maiores narcotraficantes do mundo".

Donald Trump, presidente dos EUA, e Nicolás Maduro, líder do chavismo na Venezuela — Foto: Kevin Lamarque e Manaure Quintero/Reuters

Como reação, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na segunda-feira (19) a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em resposta ao que chamou de "ameaças" dos Estados Unidos.

"Vou ativar nesta semana um plano especial para garantir a cobertura, com mais de 4,5 milhões de milicianos, de todo o território nacional, milícias preparadas, ativadas e armadas", anunciou Maduro em ato transmitido pela TV, ao ordenar "tarefas" perante "a renovação das ameaças" dos Estados Unidos contra a Venezuela.

A Milícia Bolivariana é composta por aproximadamente 5 milhões de reservistas, segundo dados oficiais divulgados pelo governo venezuelano. Ela foi criada pelo ex-presidente Hugo Chávez, que governou entre 1999 e 2013, e se tornou posteriormente um dos cinco componentes da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB). O grupo atua como um apoio ao Exército na "defesa da nação".

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/08/21/alta-no-uso-de-drogas-nos-eua-motivou-envio-de-tropas-para-a-america-latina-saiba-quais-sao-as-mais-consumidas.ghtml

'Não me entrego viva, só saio no caixão': quem era a Diaba Loira, executada após troca de facção

vd0818 Eweline Passos Rodrigues ostentava armamento pesado nas redes sociais, como fuzis e pistolas, e migrou do CV para o TCP. Na noite de quinta-feira, foi achada morta a tiros em Cascadura.

Tatuagem nas costas da Diaba Loira feita em homenagem ao TCP e a traficantes como Lacoste e Coelhão — Foto: Reprodução

A noite de quinta-feira (14) marcou o fim violento da trajetória de Eweline Passos Rodrigues, de 28 anos. Mais conhecida como Diaba Loira, ela levou à risca uma das muitas frases que postou em suas redes sociais: “Não me entrego viva, só saio no caixão”.

Procurada por envolvimento com o tráfico e organização criminosa, ela foi encontrada morta a tiros em Cascadura, na Zona Norte do Rio.

Não havia operação no local, e a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) trabalha com a hipótese principal de uma guerra de facções. Antes de o corpo ser achado, moradores da região de Cascadura relataram intenso tiroteio na região.

Natural de Santa Catarina, Eweline acumulava três mandados de prisão — dois deles expedidos pelo Tribunal de Justiça catarinense — e já tinha uma condenação definitiva de 5 anos e 10 meses em regime fechado.

De ataque do ex ao crime organizado

história de Eweline mudou de rumo em 2022, quando sobreviveu a uma tentativa de feminicídio. Segundo a polícia, o ex-companheiro perfurou seu pulmão.

Depois de fugir para o Rio, ela entrou para o Comando Vermelho (CV), e passou a ostentar nas redes sociais fuzis, pistolas, frases de efeito e foi conquistando seguidores – um de seus perfis tinha mais de 70 mil até sexta-feira (15).

Rompimento e guerra de facções

A Diaba Loira foi vista em confrontos armados na Gardênia Azul, área disputada por traficantes do CV e milicianos. Porém, rompeu com a facção e declarou apoio ao Terceiro Comando Puro (TCP), o que a tornou alvo de ameaças da antiga organização.

Nas redes, passou a divulgar mensagens ligadas à Tropa do Coelhão, grupo do TCP comandado por William Yvens Silva no Complexo da Serrinha, em Madureira — comunidade próxima ao local onde foi morta.

Após a mudança, fez uma tatuagem que cobre suas costas com referências ao Coelhão e também ao chefe da facção, Lacoste (jacaré), o traficante Wallace de Brito.

Há cerca de 15 dias, confronto entre traficantes rivais do CV e TCP provocou terror na região do Campinho, na Zona Norte:

Fonte: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/08/16/nao-me-entrego-viva-so-saio-no-caixao-quem-era-a-diaba-loira-executada-apos-troca-de-faccao.ghtml

Copyright © Impakto Penitenciário / Design by MPC info