Policial federal é preso em rodovia de SP com mais de 60 kg de cocaína

vd Um policial federal foi preso transportando 65 kg de cocaína em um veículo em uma rodovia em Rio Claro, a 199 km de São Paulo. Outro homem também foi detido na abordagem.

O que aconteceu

A dupla foi abordada pela Polícia Militar Rodoviária. Na ação, ocorrida no dia 2 deste mês, os agentes apreenderam a droga e dois veículos.

Miguel Freire, o policial federal preso, trabalhava em uma delegacia em Mato Grosso do Sul. O outro homem detido na ação foi identificado como Cleiton Augusto Tavares da Silva.

A prisão em flagrante foi convertida para preventiva. Procurada pelo UOL, a PF informou que não irá se manifestar sobre o caso.

Os representantes legais da dupla presa não foram localizados. O espaço segue aberto para manifestação.

Fonte: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2024/10/16/policiais-federais-sao-presos-em-rodovia-de-sp-com-mais-de-60-kg-de-cocaina.htm

Uma tonelada de cocaína embaixo da cama: investigação da BBC encontra inglês suspeito de caso que levou brasileiros inocentes à prisão

Não haveria salário, mas todas as despesas seriam pagas e, o que era ainda mais importante, Daniel acumularia milhas e parte da experiência necessária para alcançar seu maior objetivo. "O meu sonho na época era me tornar capitão de barcos e ir trabalhar na Europa", lembra Daniel, hoje com 43 anos.

Ao ler o anúncio, postado na internet por uma agência de recrutamento de velejadores, ele conta à BBC que se sentiu “superfeliz, supercontente".

E as coisas pareciam ainda melhores quando Daniel e seu colega Rodrigo Dantas, que também havia sido contratado para o trabalho através do mesmo anúncio online, conheceram o seu novo empregador britânico.

Eles temiam que se tratasse de um ricaço esnobe ou um influencer posando de uma vida de luxo, um tipo mandão. Mas que nada. George Saul era uma figura sorridente e simpática, pouco afeita às formalidades. Os velejadores, segundo ele, podiam até chamá-lo pelo seu apelido: "Fox" (raposa, em português).

"Eu costumava trabalhar em alguns barcos e os donos eram velhos, superexigentes, supergrosseiros e falavam comigo de cima para baixo", conta Rodrigo, 32, à BBC. "Ele [Fox] era supereducado, supersorridente e alegre."

Fox passou até no teste de aprovação dos exigentes pais de Rodrigo, que estavam preocupados com seu filho fazendo uma viagem tão longa em um barco que pertencia a um completo estranho, e pediram para conhecê-lo pessoalmente. Eles gostaram do jeitão do britânico.

Ficaram sabendo que Fox havia trazido o Rich Harvest para o Brasil para reformas e buscava uma tripulação para navegar o veleiro de volta à Europa. Além dos novatos, Rodrigo e Daniel, haveria mais dois, incluindo um capitão qualificado.

"[Parecia] uma pessoa acima de qualquer suspeita. Tranquilo, educadíssimo", lembra João, pai de Rodrigo.

Mas, no fim das contas, os pais de Rodrigo não foram os únicos que quiseram verificar se tudo estava nos conformes a bordo do veleiro Rich Harvest. No último porto antes de partir do Brasil, a polícia em Natal passou cerca de seis horas procurando drogas no iate, com a ajuda de um cão farejador. No entanto, eles não encontraram nada.

George Saul (ao centro) pediu aos velejadores - Daniel Guerra (esquerda) e Rodrigo Dantas (direita) - que o chamassem pelo apelido de "Fox"; ambos ficaram impressionados com sua simpatia — Foto: Arquivo Pessoal/Daniel Guerra

Naquele momento, os velejadores brasileiros pensaram que se tratava apenas de uma verificação de rotina. Eles já tinham ouvido falar de cocaína plantada em barcos e agora, pelo menos, imaginavam que estava tudo limpo.

"Foi minha primeira viagem internacional [marítima]. Eu imaginei: quando a gente viaja no aeroporto, a gente também passa por uma inspeção, até mesmo alguns cães farejadores trabalham no aeroporto também", conta Rodrigo. "Pra mim, era como uma busca de rotina."

Essas preocupações passavam longe quando a tripulação embarcou em sua jornada épica em 4 de agosto de 2017, com o litoral brasileiro desaparecendo lentamente atrás do veleiro.

vd1004Com Daniel e Rodrigo, havia mais um tripulante, um brasileiro (com quem a BBC não conseguiu contato e que, por isso, não será nomeado) e um capitão francês. Fox, por sua vez, havia voltado para a Europa de avião dois dias antes.

"Estava um dia lindo, tempo perfeito, sol", lembra Daniel, que publicou uma mensagem de agradecimento a Fox em sua página no Facebook. O texto dizia: "A vida nos dá oportunidade e irmãos. Sou muito grato pela chance, Fox.”

Após duas semanas de viagem, o veleiro apresentou problemas no motor, obrigando-os a parar em Cabo Verde, um arquipélago próximo da costa da África.

Mas mais uma vez, Daniel e Rodrigo conseguiram ver as coisas pelo lado positivo. O país é um paraíso turístico, e Fox disse que lhes enviaria dinheiro para que aproveitassem as ilhas enquanto os reparos eram feitos em uma marina local.

Assim, Daniel não se preocupou quando outros policiais chegaram para revistar a embarcação. "Eles não encontraram nada no Brasil", pensou consigo mesmo, "também não vão encontrar nada em Cabo Verde."

Mas os policiais cabo-verdianos foram mais meticulosos do que os seus colegas brasileiros, usando equipamentos especiais para cortar e expor o interior do barco.

Escondida debaixo de fundos falsos, eles encontraram cerca de 1,2 tonelada de cocaína - com valor estimado em £100 milhões (mais de R$ 600 milhões) pelo preço de mercado praticado nas ruas da Europa. Foi uma das maiores operações de apreensão de droga de Cabo Verde.

"Eu não podia acreditar na hora. Só conseguia chamar o Fox de filho da p*", lembra Daniel. "Eu estava furioso, não conseguia aceitar o que estava acontecendo, sabe?"

Daniel diz que percebeu imediatamente que sua situação era ainda mais delicada porque parte das drogas estava escondida em um fundo falso que ficava justamente no quarto dele: "Não é brincadeira. É uma tonelada de cocaína embaixo da tua cama, né? (risos)."

Pacotes de cocaína entre a droga apreendida pela polícia de Cabo Verde, escondida sob fundos falsos e tanques de água falsos no interior do Rich Harvest — Foto: Polícia de Cabo Verde

Os brasileiros foram detidos e levados para a prisão. Em março de 2018, a tripulação foi a julgamento em Cabo Verde.

Durante o julgamento, eles argumentaram ser totalmente inocentes. Os acusados insistiram que nunca tinham ouvido falar de Rich Harvest ou de seu dono até responderem ao anúncio de emprego. Apesar disso, eles foram condenados a dez anos de prisão cada um.

Mas se a quantidade de droga apreendida era impressionante, a Polícia Federal do Brasil, que também monitorava o caso, considerava que o "peixe grande" tinha escapado.

Para a polícia brasileira, o cabeça da operação era Fox, cujo veleiro tinha sido objeto de uma informação passada pela Agência Nacional de Combate ao Crime (National Crime Agency, NCA) do Reino Unido antes da saída do veleiro do Brasil.

Mas as coisas pareciam - momentaneamente - estar mudando.

Em agosto de 2018, Fox foi preso na Itália, e as autoridades brasileiras entraram com um processo de extradição para que ele fosse enviado ao Brasil para responder às acusações no caso. Mas a papelada chegou tarde demais, e Fox foi libertado - para grande frustração do delegado brasileiro André Gonçalves.

Gonçalves, que atua na Bahia e investigava o caso, temia que o britânico desaparecesse e se convertesse em fugitivo.

O delegado conta que sua equipe havia mantido Fox e Rich Harvest sob vigilância no Brasil por um bom tempo. A polícia brasileira acredita que as "reformas" que foram realizadas no barco tinham em parte o objetivo de instalar compartimentos secretos na embarcação. As autoridades brasileiras acreditam que as drogas foram carregadas antes de os velejadores brasileiros serem contratados.

Gonçalves admite que, em um primeiro momento, desconfiou que os quatro velejadores também estariam envolvidos.

"Se uma pessoa está em um barco cheio de drogas, você acha que essa pessoa deve ter algo a ver com isso", diz.

Mas acrescenta que, ao investigar seus antecedentes, não encontrou nada que os ligasse previamente ao mundo das drogas ou a Fox.

"Quanto mais fundo eu ia, ainda não conseguia encontrar uma conexão. Mas, ao mesmo tempo, isso fortalecia as evidências que tínhamos contra o Fox."

As declarações de inocência dos velejadores também foram reforçadas por uma fonte inesperada: o britânico Robert Delbos, o homem que, segundo a polícia brasileira, teria coordenado a reforma do barco.

Delbos, 71 anos, foi condenado por tráfico de drogas no Reino Unido em 1988 e cumpriu pena de prisão de 12 anos. Ele tentou contrabandear 1,5 tonelada de maconha para o país.

Antes de Rich Harvest partir do Brasil, policiais sob as ordens de Gonçalves observaram Delbos supervisionando o início das reformas do veleiro.

Inicialmente, suspeitaram que se tratasse da instalação de compartimentos secretos na embarcação, e por isso entraram com um processo de extradição na mesma época em que pediram a extradição de Fox.

Delbos passou alguns meses em uma prisão de segurança máxima no Brasil aguardando julgamento, mas alegou que as drogas também haviam sido colocadas no barco em um momento posterior, sem o seu conhecimento.

Ele foi absolvido após a Justiça decidir que não havia elementos para comprovar que ele sabia dos planos de traficar as drogas.

Em entrevista à BBC, Delbos afirmou que até mesmo os traficantes de drogas possuem códigos de ética, e que Fox os havia violado ao ludibriar os velejadores e usá-los como mulas, sem que eles soubessem, em vez de contratar contrabandistas profissionais.

"Isso é ultrapassar totalmente o limite. Isso não se faz. Ele (Fox) era um homem estúpido e ganancioso. Em vez de pagar a tripulação direitinho e contratar contrabandistas profissionais, ele contratou quatro caras inocentes", disse.

À medida que cresciam as dúvidas sobre a culpa dos velejadores, suas famílias iniciaram uma campanha pela sua libertação, que ganhou corpo e deu visibilidade ao caso no Brasil.

Em 2019, a Justiça de Cabo Verde anulou as condenações, e os brasileiros finalmente puderam voltar para casa. Fox, por sua vez, voltou para o Reino Unido e nunca foi julgado.

Aos 41 anos, Fox vive em uma casa nos subúrbios de Norwich, no leste da Inglaterra, cidade onde cresceu, frequentou a faculdade e se tornou um exímio velejador amador, habituado a explorar a variada costa do Condado de Norfolk. Ele é empresário e dono de uma empresa imobiliária.

Em março do ano passado, Fox fazia parte de uma associação empresarial local. Em suas redes sociais, chegou a publicar uma foto posando ao lado do então prefeito da cidade, James Wright (é importante ressaltar que não existe nenhum elemento para sugerir que o prefeito tivesse conhecimento das acusações contra Fox).

A BBC abordou o empresário quando ele chegava a um hotel de Norwich para um café da manhã organizado semanalmente pela associação empresarial da qual fazia parte. Fox se recusou a comentar sobre Rich Harvest e o sofrimento causado aos velejadores inocentes.

Questionado sobre as alegações de que seria um traficante de drogas, respondeu: "Não sou".

Uma selfie de George Saul, também conhecido como Fox, postada em seu Instagram — Foto: Instagram/Reprodução

Um porta-voz da agência britânica de combate ao crime, NCA, disse que se a polícia brasileira ainda quiser levar o caso adiante, terá de entrar com um pedido de extradição.

O Ministério da Justiça do Brasil afirmou que não comenta casos individuais.

Enquanto isso, Rodrigo Dantas e Daniel Guerra estão tentando reconstruir suas vidas no Brasil, tendo há muito tempo abandonado seus sonhos de se tornarem capitães de barcos.

Rodrigo conta que, ao voltar para casa, teve dificuldades para encontrar trabalho como velejador, porque potenciais empregadores continuaram desconfiando de sua inocência.

Já Daniel afirma que suas ambições prévias de dar a volta ao mundo em um veleiro "ficaram trancadas em Cabo Verde". Ele diz que perdeu a capacidade de confiar nas pessoas, uma qualidade vital para superar os percalços de uma longa viagem oceânica.

Mesmo agora, diz que ainda se pergunta quem era realmente Fox - aquele britânico "bacana" a quem se sentiu tão grato, cujo anúncio de emprego virou sua vida de cabeça para baixo.

Daniel diz que "gostaria muito de ver a justiça ser feita", mas não deseja encontrar Fox nunca mais.

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/09/30/uma-tonelada-de-cocaina-embaixo-da-cama-investigacao-da-bbc-encontra-ingles-suspeito-de-caso-que-levou-brasileiros-inocentes-a-prisao.ghtml

Polícia encontra 820kg de maconha e cocaína em vigas de telhados e vãos de paredes em escola e clínica da família na Maré; vídeo

vd0830 A operação para demolir um condomínio no Parque União, no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, que, segundo a polícia, foi construído por traficantes, entre em seu décimo primeiro dia consecutivo nesta quinta-feira. O Batalhão de Ações com Cães (BAC) da Polícia Militar apreendeu na tarde desta quinta-feira 820kg de drogas, entre maconha e cocaína, em vigas de telhados e dentro de vãos em paredes de uma escola municipal e uma clínica da família. Inicialmente a corporação militar havia informado a quantidade 80kg, mas há pouco ratificaram a informação.

Segundo a Polícia Militar, os materiais foram encontrados na Clínica da Família Jeremias Moraes da Silva e na Escola Municipal Lino Martins da Silva, na Comunidade da Nova Holanda. Com a atuação dos cães farejadores, os agentes descobriram os esconderijos em vigas em vigas de telhados e dentro de vãos em paredes na parte externa das instalações.

Além dos 820kg de drogas, um fuzil, um revólver e três carregadores de munições em outros pontos da comunidade que não foram especificados pela polícia. Durante a ação, ninguém foi preso.

Polícia Militar apreende 80kg de drogas em escola e clínica da família na Maré

A Escola Municipal Lino Martins da Silva é a segunda unidade em que são encontradas drogas escondidas no Complexo da Maré. No último domingo, uma tonelada de entorpecentes foi descoberta na Escola Municipal Maria Amélia Castro Belford.

— É lamentável que as escolas, espaços que deveriam ser considerados como sagrados, venham sendo alvo de criminosos. Esta situação passou de todos os limites. É revoltante. É uma total falta de civilidade. Está muito claro que precisamos urgentemente de uma política de segurança pública para garantir o básico numa sociedade: que toda a comunidade escolar tenha segurança e paz — diz Renan Ferreirinha, secretário de Educação.

Já a Secretaria Municipal de Saúde nega que as apreensões tenham sido feitas dentro da Clínica da Família Jeremias Moraes da Silva. Em nota, afirmam que as drogas não estavam dentro das instalações. "A unidade fica em um terreno compartilhado por outros imóveis com características semelhantes e acesso à área externa por qualquer pessoa".

A Polícia Militar informou que, segundo o BAC, as gravações das drogas nos telhados são de entorpecentes apreendidos nas instalações no perímetro da clínica. "A qual edificação pertence ao certo ou não ao aparato da unidade de saúde, a secretaria, de fato, pode precisar melhor", completou a corporação.

Durante os onze dias de operações integradas, em apoio às ações da Secretaria de Estado de Polícia Civil e da Prefeitura do Rio, a PM afirma que apreendeu cerca de quatro toneladas de drogas no Complexo de Comunidades da Maré. Com as apreensões de hoje, ultrapassa a marca de 10 toneladas de entorpecentes apreendidos no Rio de Janeiro este ano. A maioria na capital e na região metropolitana.

Fonte: https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2024/08/29/policia-encontra-maconha-e-cocaina-em-vigas-de-telhados-e-vaos-de-paredes-em-escola-e-clinica-da-familia-na-mare.ghtml

Mergulhadores da PM acham 115 kg de cocaína em casco de navio em Santos

vd0826 Mergulhadores da PM encontraram 115 quilos de pasta de cocaína neste sábado (24) em uma operação no Porto de Santos (SP). A droga estava escondida no casco de um navio e foi rastreada com o auxílio de um drone.

O que aconteceu

Cocaína estava em galerias internas do casco do navio. Segundo as investigações, a embarcação veio de Buenos Aires, capital da Argentina, e passaria por países europeus, com uma parada programada na Espanha.

Após a apreensão, investigação irá apurar se há envolvimento do PCC na ação. A facção criminosa paulista tem intensificado nos últimos anos ações ligadas ao tráfico internacional de drogas, indicam investigações da Polícia Civil e Ministério Público.

O objetivo da ação é rastrear as rotas do tráfico internacional e desarticular as suas redes de distribuição. A operação é feita em conjunto com Polícia Federal, Polícia Civil, Ministério Público e Receita Federal e teve início nesta sexta-feira (23).

Operações sistêmicas e contínuas, realizadas por uma rede de unidades policiais especializadas, atuam de forma integrada no combate ao crime organizado, visando asfixiar o pilar financeiro do tráfico.

Fonte: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2024/08/24/mergulhadores-da-pm-acham-93-kg-de-cocaina-em-casco-de-navio-em-santos.htm

Milícia de GCMs aliada do PCC tinha lista para cobrar por segurança, diz MP

vd0823 Uma milícia aliada do PCC formada por membros da GCM (Guarda Civil Metropolitana) na região da "cracolândia", no centro de São Paulo, tinha uma lista de controle de pagamentos de taxa de segurança de comércios e condomínios da região, aponta investigação do Ministério Público.

O que aconteceu

Lista fazia parte da "contabilidade" de uma empresa que fornecia serviços de segurança. Segundo a investigação, a Stive Monitoramento estipulava até prazo para o pagamento da taxa.

Empresa pertencia a um GCM. O MP indica que Elisson de Assis, hoje ex-guarda municipal, era o responsável pela Stive Monitoramento. Contudo, a empresa estaria em nome de Mayara Ximenes do Nascimento, sua companheira. Com prisão preventiva decretada pela Justiça e na mira de uma megaoperação na região da "cracolândia", Elisson se entregou à Polícia Civil no dia 6 deste mês.

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Lista anexada à denúncia do MP tinha uma relação com mais de 30 empresas alvo de extorsão. Nela, os comércios eram identificados como "colaboradores de boa fé que pagaram a segurança".

Relatório indicou movimentações financeiras atípicas com indícios de crimes de lavagem de dinheiro e crime de constituição de milícia privada. O documento do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) identificou transações via pix com valores incompatíveis com a renda dos alvos da investigação.

Chamou a atenção dos investigadores o fato de Mayara ter recebido, da conta de seu pai, R$ 603 mil em julho de 2023. Ela aplicou o montante. No entanto, ela recebia o benefício social Auxílio Brasil na mesma época. "Tal importância em conta é completamente incompatível com o perfil de beneficiários de programas sociais", narra a denúncia.

O que dizem os suspeitos
Elisson de Assis negou envolvimento com os crimes investigados. Em depoimento à Polícia Civil, ele disse não ter envolvimento com "qualquer coação ou extorsão contra comerciantes ou qualquer pessoa para que estas fechassem contratos de prestação de serviço".

Assis declarou ser GCM há 23 anos. E afirmou ter uma empresa privada de segurança, prestando serviços a comerciantes e condomínios da região central, junto a outras três pessoas, durante as folgas.

MP citou Mayara como "laranja dos negócios ilícitos" do companheiro. A reportagem não localizou a defesa da suspeita.

Fonte: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2024/08/20/milicia-de-gcms-aliada-do-pcc-tinha-lista-para-cobrar-por-seguranca-diz-mp.htm

Ligada ao PCC, “Família do Crime” monta lojinha da maconha no DF

vd0819 O quarto integrante de uma mesma família foi preso, na noite dessa quinta-feira (15/8), por policiais da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia). O suspeito é apontados como traficante de drogas que dominava a quadra 36 da Vila São José, em Brazlândia.

O homem foi preso em flagrante após vender porções de maconha e crack a dois usuários. Ele era monitorado pela 18ª DP há dois meses.

Segundo as investigações, o preso havia assumido o varejo de drogas na região após a prisão, pela PCDF, de outros três parentes, também autuados por tráfico de drogas.

Ainda de acordo com as apurações, todos continuam presos e dois deles são integrantes do da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) e filhos de Walter Pereira de Lima Júnior, alvo da Operação Sicário da PCDF.

Memória

Em setembro de 2018, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seape) interceptou uma correspondência assinada por Walter Pereira de Lima Júnior, conhecido como Waltinho, integrante do PCC, que continha ameaças à família da juíza Leila Cury, titular da Vara de Execuções Penais (Vep).

No manuscrito, a facção deixava clara a intenção de sequestrar algum parente da magistrada para coagi-la a expedir alvarás de soltura para membros do PCC.
 
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