O sargento foi denunciado pelo promotor Assuero Stevenson, titular da 9ª Promotoria de Justiça de Teresina, responsável por processos relativos a crimes militares e ações contra atos disciplinares militares.
Consta na denúncia que, no dia 15 de fevereiro do ano passado, o sargento Mota se deslocou em uma viatura da PM até a casa situada no Loteamento João Pereira III, no bairro Areias, e invadiu o imóvel com emprego de uma chave falsa, subtraindo um perfume Malbec, da Marca O Boticário. Nesse dia, ele deveria estar de plantão na região do bairro Promorar.
Câmera de segurança foi destruída
Ainda de acordo com o promotor, o policial ainda tentou destruir a câmera de segurança da residência, não obtendo êxito. Ocorre que, meses depois, um policial militar encapuzado se dirigiu em uma viatura até a residência e atirou contra a câmera.
“Não bastasse o crime em tela, consta que o 3º Sgt PM Avelar Reis Mota, ao sair da casa, tentou destruir a câmera de segurança da residência, tendo sido registrado, tempos depois, no dia 28/07/2023, o retorno ao local de outra viatura, da qual saiu um policial encapuzado e que, efetivamente, efetuou disparo de arma de fogo contra a referida câmera, destruindo-a”, consta na denúncia.
Diante disso, o promotor Assuero Stevenson denunciou o sargento Mota pela prática de furto qualificado. “O militar subtraiu coisa alheia móvel do interior de residência mediante emprego de chave falsa, haja vista que, conforme as declarações da vítima, não havia como o militar ter acesso à chave verdadeira”, concluiu o representante do Ministério Público.
Outro lado
O sargento Mota não foi localizado pelo GP1. O espaço está aberto para esclarecimentos.
Policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e da Subsecretaria de Inteligência (SSinte) prenderam em flagrante, nesta quarta-feira, o policial militar Tales dos Santos Pereira. A investigação, que contou com o monitoramento do veículo do suspeito, revelou um esquema de tráfico de drogas em que o PM estava envolvido.
A operação que levou à prisão de Pereira ocorreu em dois endereços do bairro de Piedade, na Zona Norte do Rio. A ação teve início por volta das 15h30, após denúncias de que o agente estaria mantendo sua companheira em cárcere privado.
Durante a abordagem ao PM, os policiais civis encontraram drogas com o suspeito: cocaína, crack, comprimidos de drogas sintéticas e frascos de cetamina. Os agentes foram então a um depósito de drogas que, segundo a polícia, está associado a Tales. Lá, foram encontrados mais entorpecentes e materiais para fabricação e endolação de drogas, além de celulares.
Tales Pereira foi autuado em flagrante por tráfico de drogas, sequestro e cárcere privado e lesão corporal, com base na Lei de Drogas e na Lei Maria da Penha.
Na madrugada deste sábado, 19, o corpo de Maria Rosália Gonçalves Mendes, de 26 anos, foi desenterrado e queimado no cemitério de Itambé, município pernambucano localizado a 50 km de João Pessoa (PB) e que fica na divisa entre os estados de Pernambuco e Paraíba.
Maria Rosália matou o próprio filho Miguel Ryan, de 6 anos, e o decapitou, em João Pessoa. O corpo dele foi enterrado no cemitério de Pedras de Fogo, cidade paraibana que faz divisa com Itambé, no dia 21 de setembro, um dia após o crime.
Neste sábado, 19, pessoas não identificadas abriram a cova e atearam fogo no corpo da mulher, que cometeu o crime e morreu 28 dias depois devido a uma infecção generalizada.
A Justiça decidiu que a advogada Márcia Rúbia Batista Teixeira, investigada por uma suposta ligação com o tráfico de drogas realizado pelo Comando Vermelho (CV), deve ir para prisão domiciliar. Márcia é advogada criminalista e, conforme o Ministério Público do Ceará (MPCE), mantinha diálogos com o traficante Thiago Oliveira Valentim, com conversas que "transcendem a relação cliente-advogado".
Márcia teria transferido R$ 10 mil ao chefe do Comando Vermelho na região do Iguatu, no Interior do Ceará. A defesa dela pediu a conversão da prisão alegando que a suspeita tem filho menor de 12 anos que depende dos cuidados dela.
O MP deu parecer indeferindo o pedido de prisão domiciliar, alegando a garantia da ordem pública "tendo em vista a gravidade concreta dos fatos imputados à requerente e inaplicabilidade de outras medidas cautelares diversas da prisão" e que "o argumento de que a requerente é mãe de crianças menor de doze anos, por si só, não enseja a automática conversão da prisão domiciliar e outra medida alternativa, sobretudo quando a análise dos autos revela a gravidade em concreto dos crimes que lhes foram imputados".
"É possível que o juiz negue a prisão domiciliar para a mulher responsável por crianças nos casos em que as circunstâncias do caso concreto revelam que a presença da mãe, junto aos filhos, pode ser prejudicial à formação de sua personalidade e a construção de seus valores"
O QUE DISSERAM NA DECISÃO
No entanto, os juízes da Vara de Delitos de Organizações Criminosas verificaram que ficou comprovado ser a advogada a única responsável pelos cuidados com a criança e que "apesar da gravidade dos fatos imputados, conforme assevera o órgão ministerial, observa-se que se trata de investigação em andamento, restando pontos e elementos ainda a esclarecer quanto às imputações, pelo que pendente a apresentação de relatório final por parte da autoridade policial".
"Deve ser garantido o melhor interesse da criança, concedo a prisão domiciliar à requerente, mediante monitoração eletrônica"
Os magistrados determinaram que Márcia Rúbia deve se abster de realizar qualquer ato de campanha eleitoral, está proibida de usar aparelho celular ou fixo e só pode se ausentar na sua residência mediante autorização judicial ou em caso de urgência ou emergência médica.
A decisão dos magistrados de converter a prisão se baseou em uma alteração no Código de Processo Penal que permite aos juízes converter a prisão preventiva em domiciliar "quando a mulher estiver grávida ou quando for mãe de filho de até 12 anos incompletos", se comprovar que ela é a única capaz de cuidar do filho e não for acusada de crime violento.
TRANSFERÊNCIA
No dia 23 de agosto foi deflagrada a Operação Policial 'Tempestade' para cumprir mandados de prisão temporária e busca e apreensão domiciliar contra indivíduos envolvidos com organizações criminosas em Iguatu.
Um dos alvos da operação foi Thiago Oliveira, o 'Thiago Fumaça', "que atualmente é considerado o líder do tráfico de drogas e principal expoente da facção criminosa CV, na cidade. Quando apreendidos os celulares em posse do investigado e vistoriado o conteúdo do telefone foram encontradas conversas entre Thiago e a advogada.
"Nas conversas extraídas e analisadas, Márcia Rúbia Batista Teixeira mantém diálogos com o traficante Thiago Oliveira Valentim, v.'Thiago Fumaça' e, no decorrer das mensagens trocadas, percebemos uma ligação íntima entre os dois, que transcende a relação cliente-advogado, havendo passagens em que a advogada transfere quantias em dinheiro para Thiago para que este indique pessoas dentro do Bairro Santo Antônio para trabalharem para ela e também há momentos em que Márcia solicita até segurança particular para o traficante"
O órgão ministerial aponta que em uma das conversas a advogada pede ao suposto traficante indicação de um coordenador e que Thiago ainda "estaria à disposição de Márcia Rúbia para atuar como seus “olhos e ouvidos” naquela área do Bairro Santo Antônio, além de ser seu 'braço direito' nas questões relacionadas ao comércio ilegal de drogas, à movimentação financeira da facção que domina o local e também para angariar clientes para a advogada. Havendo indícios de que esse coordenador também seria responsável por intervir no processo eleitoral, a fim de resolver questões eleitorais vinculadas ao candidato apoiado pela advogada dentro do Bairro Santo Antônio".
PERFIL DA SUSPEITA
Márcia Teixeira se apresenta aos seguidores do Instagram como advogada criminalista e "especialista em Lei de Drogas e Tribunal do Júri". Em suas publicações, a jurista mostra sua rotina profissional, viagens, momentos com a família e vídeos de "tira-dúvidas" sobre assuntos do universo jurídico — com ênfase no Direito criminal.
Além disso, a advogada mostra que participa de alguns eventos na área. No Cadastro Nacional dos Advogados da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), o registro profissional segue como "regular".
Um vídeo surgido recentemente pode mudar os rumos do caso de Sarah Boone, de 46 anos, acusada de matar o namorado.
Nas imagens feitas por celular, uma mulher (que não aparece) é ouvida rindo enquanto Jorge Torres Jr, que tinha 42 anos, implora por ajuda ao ficar preso em mala em casa em Winter Park (Flórida, EUA). O caso ocorreu em fevereiro de 2020, mas Sarah vai ser julgada só neste mês.
"Sarah! Sarah!"
"Esse é meu nome. Não o use até o fim", responde a mulher.
"É, é isso que você faz quando me asfixia", rebate o homem.
Ele continua:
"Eu não consigo respirar, amor."
"Isso é culpa sua", retruca a mulher, acrescentando: "Você provavelmente deveria calar a boca. Shhh..."
O vídeo é cortado em seguida.
Sarah disse que ela e o namorado estavam bebendo Woodbridge Chardonnay, trabalhando num quebra-cabeça e pintando quando iniciaram uma brincadeira de esconde-esconde. Ela disse que se escondeu no chuveiro e então desceu as escadas e o encontrou na sala de estar. A acusada alegou que ambos decidiram colocar Jorge dentro da mala e que ela deixou dois dedos dele para fora.
Ela disse que cochilou, supondo que Jorge poderia sair da mala facilmente, afirmam os documentos do tribunal. Pela manhã, ao acordar, ela abriu o zíper da bagagem e o encontrou sem reação, segundo a sua versão.
Sarah está enfrentando acusação de homicídio de segundo grau pela morte de Jorge. Ela é acusada de forçar o namorado a entrar na mala e depois fechá-lo com o zíper e se recusar a deixá-lo sair.
A acusada já teve oito advogados desde que foi presa. Vários renunciaram devido a "diferenças irreconciliáveis". A divulgação do vídeo deve ser um golpe duro para a sua defesa.
A Polícia Federal (PF) prendeu, neste sábado (5), três suspeitos — entre eles, dois servidores públicos — acusados de sacar R$ 5 milhões em espécie para a compra de votosem um candidato no município de Castanhal, no Pará.
Os homens foram detidos em flagrante após sacarem a quantia em um banco. O dinheiro foi armazenado em malas e mochilas, e seria usado para influenciar eleitores nas eleições municipais deste domingo (6).
A corporação não informou a identidade do candidato que seria beneficiado pela ação criminosa.
Além da acusação por crime eleitoral, os presos foram autuados por associação criminosa. Também foram apreendidos um veículo usado no crime, celulares e outros dispositivos eletrônicos.
A PF abriu um inquérito para dar continuidade às investigações. O objetivo é esclarecer melhor o caso e identificar outros participantes do esquema.
Segundo a corporação, os recursos estão ligados a irregularidades cometidas por pessoas durante a propaganda eleitoral das eleições municipais de 2024.
Nos últimos meses, foram deflagradas mais de 40 operações de combate a crimes no país.
Além disso, estão em curso cerca de 2.200 inquéritos para investigar crimes eleitorais e contra o Estado Democrático de Direito.