Saiba quanto PMs presos cobravam em extorsões e na venda de drogas e armas em Fortaleza

Em 12 fases, Operação Gênesis já cumpriu mais de 240 ordens judiciais - entre mandados de prisão e de busca e apreensão - no Ceará Uma organização criminosa formada por policiais militares, alvo da 12ª fase da Operação Gênesis, já era investigada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Ceará (MPCE), há pelo menos três anos. Cinco policiais militares foram presos nas últimas três semanas, por envolvimento com extorsões, tráfico de drogas e tráfico de armas. Um sexto PM não foi localizado e virou foragido da Justiça.

As ordens de prisão preventiva, expedidas pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), foram cumpridas contra quatro sargentos da Polícia Militar do Ceará (PMCE), Paulo Rogério Bezerra do Nascimento, José Urubatan de Oliveira, Auricélio da Silva Araripe e Cristiano Barney Freitas Alencar, e o soldado Antônio Danúzio Silva. Já o sargento Ronaldo Gomes Silva está na situação de foragido.

A denúncia do Gaeco contra a organização criminosa listou uma série de extorsões e negociações de drogas e armas de fogo, ocorridas entre 2016 e 2017, descobertas por meio de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça e por outros levantamentos. O grupo de militares se aliava a pequenos e médios traficantes para cometer os crimes.

Conforme a denúncia, a quadrilha chegava a cobrar até R$ 10 mil em extorsões. Esse foi o valor cobrado a um homem abordado na comunidade do São Cristóvão, na Grande Messejana, no dia 26 de julho de 2017. O homem acertou com os policiais para pagar o valor parcelado em duas vezes, em troca de não ser preso.

Os alvos dos policiais nas extorsões eram traficantes com considerável poder aquisitivo ou que já tinham alguma passagem pela Polícia. Segundo o MPCE, o histórico criminal facilitava as exigências, as abordagens e o alcance das vantagens almejadas pelo grupo criminoso. Os PMs investigados acessavam os sistemas da própria Polícia, além de obter informações com pequenos traficantes, para selecionar as vítimas e planejar as ações criminosas.

Negociações de drogas e armas de fogo

Os investigadores do Gaeco também encontraram conversas dos policiais militares em que eles negociavam drogas e armas de fogo. No dia 23 de fevereiro de 2017, os PMs planejaram vender 100 frascos de lança-perfume por um total de R$ 6 mil (R$ 60 por cada). Um mês antes, o sargento Paulo Rogério negociou a venda de 300 gramas de cocaína por R$ 3 mil.

Já o sargento José Urubatan teve algumas conversas sobre tráfico de armas interceptadas. Em uma delas, em 3 de novembro de 2016, o militar ofereceu uma pistola Ponto 380 por R$ 5 mil. Cinco dias antes, ele havia oferecido um revólver calibre 38 por R$ 2,5 mil.

Os seis policiais militares alvos dos mandados de prisão preventiva foram denunciados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, em junho de 2022. Na época, os pedidos de prisão preventiva e de busca e apreensão foram negados pela Vara da Auditoria Militar. O MPCE recorreu da decisão e obteve as ordens de prisão, no TJCE, no último dia 24 de abril.

Os PMs foram presos nos dias seguintes, em ações da Coordenadoria de Inteligência (Coin) da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), com o apoio do Comando Geral da Polícia Militar. A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) informou que instaurou procedimento investigativo disciplinar para apurar os fatos investigados pelo Ministério Público no âmbito administrativo.

A Operação Gênesis foi deflagrada pela primeira vez em 2020, para combater organizações criminosas formadas por agentes de segurança e traficantes, responsáveis pelo tráfico de drogas e armas, roubos e homicídios, em Fortaleza e na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Nas 11 fases anteriores, a Justiça expediu 104 mandados de prisão preventiva e 138 mandados de busca e apreensão. 

Fonte: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/seguranca/saiba-quanto-pms-presos-cobravam-em-extorsoes-e-na-venda-de-drogas-e-armas-em-fortaleza-1.3512604

Dupla é morta a tiros após tentar pular muro de cadeia com celulares

Dimage-36-1 Dois suspeitos morreram após supostamente trocarem tiros com policiais militares, na noite dessa sexta-feira, 10, em Mongaguá, litoral paulista. Ambos ainda não haviam sido identificados até a publicação desta reportagem, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo.

Antes do suposto confronto, a dupla teria tentado entrar no Centro de Progressão Penitenciária da cidade litorânea pulando o muro, por volta das 19h, levando celulares, carregadores e chips.

A dupla foi flagrada sobre o muro da unidade indo em direção aos alambrados de segurança, conforme afirmado ao Metrópoles pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

Fonte: https://gmconline.com.br/noticias/geral/dupla-e-morta-a-tiros-apos-tentar-pular-muro-de-cadeia-com-celulares/

Golpistas liderados por falso delegado vendiam dados de policiais para o PCC

 Um grupo criminoso comandado por Homero Vieira de Almeida está sendo investigado por cometer uma série de crimes, entre eles a venda de informações de policiais e agentes de segurança ao Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo.

Homero foi preso pela Polícia Civil do Espírito Santo no âmbito da Operaçã Apate. Ele se passava por delegado da Polícia Federal ou por representante de fábricas italianas de armas de fogo, com o objetivo de aplicar golpes.

Segundo a polícia, Homero é apontado como líder da organização criminosa, e foi preso com uma Land Rover em fevereiro deste ano. Ele teria criado uma empresa falsa, onde aplicava golpes em pessoas que queriam comprar armas de fogo e ter porte de arma.

Na operação da Polícia Civil, Diego Conceição Diodato, um dos integrantes da organização, também foi preso. A esposa de Homero, Mayra dos Santos Silva, está foragida da Justiça, com um mandado de prisão preventiva em aberto.

"Não foi fácil para os investigadores e delegados chegarem às informações, mas através das nossas metodologias foi possível identificar. Ele deu um prejuízo de cerca de R$ 800 mil e agora está preso. As pessoas que reconhecerem esse estelionatário, façam contato com a polícia, para podermos ilustrar cada vez mais essa investigação, para que ele possa continuar preso e não mais causar danos à sociedade", disse delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda.

Segundo as investigações, durante a prática, agentes públicos, policiais e agentes de segurança entravam em contato com o suposto vendedor para adquirir o armamento. 

Quando as vítimas enviavam seus documentos pessoais, o estelionatário utilizava dessas informações para fazer empréstimos. Ele também vendia as informações, pessoais desses policiais e agentes para organizações criminosas. 

De acordo com as investigações da polícia, o grupo criminoso movimentou mais de R$ 800 mil em menos de um ano.

"Ele também aplicava golpes em pessoas que queria comprar o porte de arma, ele dizia que tinha um amigo na PF, e que se a pessoa pagasse R$ 15 mil, ele dava um jeito da pessoa conseguir o documento. Homero fazia um banco de dados com as carteiras funcionais, e tentava fazer a venda dessas carteiras de identidade para organizações criminosas, como o PCC. Acreditamos que com essas informações, ele poderia nutrir as organizações que poderiam atentar contra a vida desses policiais", disse o titular da Delegacia Especializada de Crimes de Defraudações e Falsificações (Defa) na época da investigação, delegado Alan Andrade.

Além disso, Homero se passava por delegado da Polícia Federal e chegava a usar uma carteira com o distintivo da corporação. 

Vaga de emprego virava estelionato

Segundo a Polícia Civil, o estelionatário começou aplicar golpes nas pessoas que se candidatavam para trabalhar na empresa fictícia. Muitas pessoas entravam em contato com ele, para conseguir a suposta vaga de emprego.

No falso processo seletivo, Homero exigia das vítimas, o login e a senha do Portal do Governo federal (GOV). A partir disso, ele conseguia acessar assinaturas e documentos pessoais das vítimas e, com isso, fazia empréstimos fraudulentos e assinava documentos falsos. 

Assim que a organização criminosa começou a crescer, Homero começou a contratar pessoas e montar uma quadrilha. Segundo a polícia, ele planejava assaltar um banco. 

"Homero planejava um assalto a banco, e estava montando uma quadrilha. Após receber uma quantidade enorme de dinheiro, ele tercerizava o serviço. Pessoas criavam contas em bancos e passavam seus dados para ele por R$ 500. O plano de assalto a banco já estava todo esquematizado", disse o delegado Alan Andrade.

De acordo com a polícia, os suspeitos vão responder por estelionato, estelionato digital, associação criminosa, lavagem de dinheiro, e comunicação falsa de crime. As investigações vão continuar para que novos integrantes da organização criminosa sejam identificados. 

Fonte: https://www.folhavitoria.com.br/policia/noticia/05/2024/golpistas-liderados-por-falso-delegado-vendiam-dados-de-policiais-para-o-pcc

 

Empresário contrata ex-policiais civis para perseguir ex-esposa e namorado

O casal foi perseguido nas proximidades do Lago de Brazlândia, onde os ex-policiais espancaram o atual namorado da moça. A Polícia Militar foi acionada e interveio  -  (crédito: Divulgação Polícia Civil ) Lago de Brazlândia, onde os ex-policiais espancaram o atual namorado da moça. A Polícia Militar foi acionada e interveio - (crédito: Divulgação Polícia Civil )

O ex-policial civil Edilson Cordeiro Rodrigues e o policial aposentado Valdeci Raimundo Pereira foram alvos de dois mandados de busca e apreensão em operação feita pela 18° Delegacia de Polícia (Brazlândia), na manhã desta terça-feira (7/5). 

Segundo a Polícia Civil, as investigações apontaram que os ex-policiais perseguiram, ameaçaram e agrediram um jovem casal de Brazlândia. Os mandantes, de acordo com os investigadores foram o ex-marido da jovem, a mãe e a avó dela. Eles não aceitavam o novo relacionamento da moça.

Os mandados de busca foram cumpridos em Ceilândia e em Samambaia, com ordens expedidas pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Brazlândia. Durante as diligências em Samambaia, uma pistola calibre .40 foi apreendida. Além dos mandados de busca domiciliar, o Juiz determinou a aplicação de medidas protetivas, incluindo a suspensão da posse e a restrição do porte de armas dos ex-policiais.

Segundo apurou a PCDF, a jovem se separou do ex-marido e passou a namorar o rapaz de Brazlândia. Em seguida, foi morar na casa da família dele.

As investigações revelaram que o ex-marido e a família da jovem teriam registrado falsamente o desaparecimento da mulher e tentado interná-la compulsoriamente em uma clínica psiquiátrica. No entanto, após a descoberta do registro falso e a frustração da tentativa de internação, o ex-marido, um empresário local, e os familiares teriam contratado os ex-policiais civis para executar ações violentas contra o casal.

Agressão

O Correio apurou que na tarde de 10 de abril deste ano, o casal passava de carro na Rua do Lago de Brazlândia, quando outros dois veículos bloquearam a passagem. Um dois carros era dirigido por um dos alvos da polícia nesta terça, e o outro por um terceiro. Eles estavam fortemente armados. Em seguida, a moça foi retirada à força do carro pela mãe e ficou imobilizada pela avó. O namorado dela foi retirado por Valdeci e Edilson e, posteriormente, jogado no chão e imobilizado por um dos ex-policiais, que o espancou. Os envolvidos discutiram, a vítima começou a pedir socorro e afirmou que sairia do local somente quando a polícia chegasse. 

A Polícia Militar foi acionada e interveio, conduzindo todos para a delegacia. O empresário não poderia se aproximar da mulher, já que existia uma medida protetiva ativa.

Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2024/05/6852323-empresario-contrata-ex-policiais-civis-para-perseguir-ex-esposa-e-namorado.html

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