Delegada é afastada por suspeita de envolvimento com tráfico de drogas

np02101 São Paulo — A delegada titular do 77º DP (Santa Cecília), Maria Cecília Castro Dias, foi afastada de sua função, na tarde dessa sexta-feira (7/2), suspeita de envolvimento na quadrilha de policiais civis que desvia cargas de drogas para, posteriormente, vendê-las a traficantes.

O afastamento ocorreu por meio de decisão judicial decretada pelo juiz Oto Sérgio Silva de Araújo Júnior, da 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

Ainda na tarde dessa sexta-feira, um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa da delegada, na Vila Olímpia, bairro de alto padrão da zona oeste de São Paulo.

No local foram apreendidos celulares, documentos, além da arma, distintivo e carteira funcional da delegada. Os aparelhos eletrônicos terão os sigilos telemáticos quebrados, para a colheita de eventuais provas que reforcem o suposto envolvimento da delegada no esquema criminoso.

A defesa dela não foi localizada. O espaço segue aberto para manifestações.

Maria Cecília assumiu a coordenação do 77º DP em agosto do ano passado. Antes disso, estava a frente do 2º DP (Bom Retiro). Os dois distritos estão subordinados à 1ª Delegacia Seccional, que gerencia as unidades da Polícia Civil no centro paulistano.

Ambas as delegacias, juntamente com o 1º DP (Sé) e o 12º DP (Pari), tinham parte de seus recursos materiais e humanos usados na engrenagem da quadrilha — que trocava cargas milionárias de drogas, geralmente cocaína, por talco ou gesso, por exemplo.

Relatórios da Corregedoria da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo (MPSP), obtidos pela reportagem, afirmam que o chefe da 1ª Delegacia Seccional, Elvis Cristiano da Silva, teria vendido cargos de chefia nos distritos do centro paulistano, os quais teriam sido ocupados por comparsas no esquema de tráfico de drogas.

Chefe afastado e preso

A delegada afastada nessa sexta coordenava a mesma delegacia na qual o chefe de investigações Cléber Rodrigues Gimenez comandava a apuração do caso.

Ele foi preso, no fim de janeiro, suspeito de contribuir com uma equipe de criminosos que apreendiam as cargas de drogas, as trocavam por talco e gesso e, posteriormente, as vendiam para traficantes internacionais.

Um galpão no Bom Retino, pertencente ao policial, era usado para a substituição das cargas. Um perito do Instituto de Criminalística estaria também envolvido com a quadrilha, com a função de emitir laudos oficiais, constatando a pureza de substâncias que, na verdade, não eram entorpecentes.

Todas as apreensões foram formalizadas em boletins de ocorrência, em esquema de rodízio no 1º DP, 2º DP, 12ºDP e 77º DP, com o intuito de despistar o MPSP.

O esquema teria rendido, somente aos policiais da 1ª Seccional, ao menos R$ 50 milhões, em quase dois anos.

Junto com Cléber Rodrigues Gimenez, também foram presos, no último dia 23, os investigadores Gustavo Cardoso de Souza, 38, e Thiago Gonçalves de Oliveira, 35 — subordinados dele no 77º DP (Santa Cecília) — além do empresário do ramo da construção Maxwell Pereira da Silva, 30, e Matheus Cauê Mendes Parro, 27. As defesas deles não foram localizadas. O espaço segue aberto para manifestações.

Elvis Cristino da Silva seguia trabalhando normalmente, ao menos até a tarde dessa sexta-feira (7/2), segundo apurado pela reportagem. A defesa dele também não foi localizada.

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) afirmou que “todos os fatos citados” pelo Metrópoles “são alvo de apuração para aplicação das medidas cabíveis”.

Fonte: https://www.metropoles.com/sao-paulo/delegada-e-afastada-por-suspeita-de-envolvimento-com-trafico-de-drogas

Investigador da Polícia de São Paulo suspeito de revender drogas movimentou mais de R$ 81 milhões

np07021 Uma denúncia anônima colocou a Corregedoria da Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) no encalço do investigador Cléber Rodrigues Gimenez, suspeito de comandar um esquema de tráfico de drogas.

Procurada, a defesa informou que ele nega as acusações e provará a inocência. “Em razão do sigilo judicial que recai sobre o caso, a defesa não pode detalhar outras informações, frisando apenas que Cléber se manifestará no foro adequado, onde sua inocência será comprovada”, diz a nota.

No dia 16 de julho de 2024, uma pessoa não identificada enviou ao Ministério Público um alerta: “URGENTE !!!!!! O maior esquema de corrupção já visto na história das polícias”. A mensagem foi encaminhada por meio de um formulário eletrônico disponível no site do MP. Era o início do inquérito que, em seis meses, levaria Gimenez à prisão.

Segundo as investigações, Cléber Rodrigues Gimenez estaria por trás do desvio e da revenda de drogas apreendidas. O investigador é suspeito de substituir cargas de cocaína confiscadas em flagrantes da Polícia Civil por pacotes “batizados” com substâncias como talco e gesso. A droga “pura” seria vendida para traficantes com operações até fora do Brasil.

Drogas apreendidas são encaminhadas ao Instituto de Criminalística, onde peritos fazem testes para confirmar que o material é mesmo entorpecente, e depois são armazenadas em cofres da Polícia Civil, até que a Justiça autorize a incineração. Peritos teriam sido corrompidos para emitir laudos falsos atestando a pureza da cocaína adulterada.

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Trecho de representação do Ministério Público detalha suspeitas envolvendo o investigador Cléber Rodrigues Gimenez. Foto: Reprodução/inquérito policial

Um detalhe chamou a atenção das autoridades logo no início das investigações. Depois que Gimenez assumiu o 59º Distrito Policial (Jardim dos Ipês), houve um aumento expressivo no número de prisões por tráfico de drogas, com grandes apreensões, inclusive fora da área de atribuição da unidade policial.

As vultuosas apreensões não seriam fruto do acaso nem do trabalho de inteligência. Informantes em Mato Grosso do Sul alertavam sobre os grandes carregamentos, especialmente de cocaína. Quando os caminhões chegavam em São Paulo, eram abordados pela equipe do investigador, em falsos flagrantes.

A Justiça de São Paulo autorizou a quebra do sigilo bancário e fiscal de Gimenez. A análise das movimentações financeiras levou a novas suspeitas. O investigador é sócio da concessionária de automóveis 1000 Graus, de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. A empresa movimentou R$ 81 milhões entre 2017 e 2022, embora não tenha funcionários registrados. As autoridades acreditam que o CNPJ era usado para lavar dinheiro do esquema.

Dinheiro apreendido com Maxwel Pereira da Silva. Foto: Reprodução/inquérito policial

Com o avanço das investigações, a Justiça de São Paulo autorizou buscas em endereços ligados ao investigador e a seus aliados. Um dos alvos foi Maxwel Pereira da Silva, dono da Two Brothers Construções. Silva fez inúmeras transferências de dinheiro para Gimenez e para pessoas próximas ao investigador.

Agentes da Corregedoria da Polícia Civil estiveram em um apartamento ligado a Maxwel Pereira da Silva em dezembro. Também revistaram os carros dele que estavam na garagem do prédio. Apreenderam R$ 2,9 milhões em dinheiro vivo, US$ 13 mil, drogas (cocaína, crack, maconha e lança-perfume) e uma pistola. Ele foi preso em flagrante.

Fonte: https://www.estadao.com.br/politica/blog-do-fausto-macedo/investigador-policia-civil-sao-paulo-preso-suspeita-trafico-drogas-movimentacoes-milionarias/

Investigador da Polícia Civil é preso pela PM com maconha e R$ 50 mil na Zona Leste de SP

np0203 Um investigador da Polícia Civil foi preso em flagrante com um quilo de maconha e R$ 50 mil nesta quarta-feira (29) na Praça Major Guilherme Rudge, no bairro Belenzinho, Zona Leste de São Paulo.

A prisão do agente Fabricio Parise Branco foi realizada por uma equipe da Força Tática da Polícia Militar. Ele foi levado para a Corregedoria da Polícia Civil.

Segundo o Portal da Transparência do Estado, Fabricio é investigador de polícia de 3ª Classe e recebe por mês R$ 6.665,35.

Procurada, a Secretaria da Segurança Pública não respondeu até a última atualização da reportagem. A defesa do policial civil também não foi localizada.

 

Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/01/29/investigador-da-policia-civil-e-preso-pela-pm-com-maconha-e-r-50-mil-na-zona-leste-de-sp.ghtml

PMs que furtaram condutor de porsche são condenados a 9 anos de prisão

np01311 Justiça Militar do Estado de São Paulo condenou a 9 anos, 6 meses e 18 dias de prisão os policiais militares (PMs) — um soldado e um cabo — presos em flagrante por terem furtado um relógio de luxo e dinheiro durante abordagem ao motorista de um Porsche em setembro do ano passado, na Avenida Marcelino Bresciani, em Caieiras, na região metropolitana de São Paulo. A pena deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado e, posteriormente, os PMs têm ainda seis meses de detenção.
O Metrópoles teve acesso à sentença, assinada pelo juiz José Alvaro Machado Marques em 8 de janeiro. O cabo Elton Aparecido Leforte e o soldado, cujo nome não será divulgado p0r força de uma decisão judicial liminar, foram condenados pelo crime de extorsão, mas a pena foi aumentada pelo fato de os agentes estarem em serviço no momento do crime. Ainda cabe recurso.
O Tribunal de Justiça Militar (TJM) aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP) sobre o caso em 10 de outubro do ano passado. Na decisão, assinada pela Juíza Substituta da Justiça Militar, Maria Elisa Terra Alves, a magistrada cita relatos colhidos, o reconhecimento feito pela vítima e prints obtidos pela investigação como alguns dos “indícios suficientes de autoria” por parte dos PMs.

 

Fonte: https://www.instagram.com/p/DFad0i4uQbk/?igsh=YzljYTk1ODg3Zg%3D%3D

'Bonde dos fantasmas': suspeito de integrar grupo que assalta bocas de fumo é preso

np0127 Apontado como participante de trocas de mensagens que indicam o envolvimento de policiais militares em uma quadrilha especializada em assaltar bocas de fumo, Matheus Fernando Carmona de Azevedo, o Carmona, de 22 anos, foi preso ontem. Após receberem uma denúncia, equipes do batalhão de São Gonçalo, o 7º BPM, o encontraram em Alcântara. As ações do bando, listadas em um relatório da Corregedoria da PM, e conversas entre seus supostos integrantes, obtidas pela Polícia Civil, foram reveladas na série de reportagens “Bonde dos Fantasmas”, que o EXTRA começou a publicar na terça-feira.

Carmona, que, segundo a PM, também é investigado por um assassinato ocorrido no último dia 11, foi levado à Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, responsável pelo inquérito da Polícia Civil que aborda crimes atribuídos ao grupo. Ele aparecia em um cartaz de procurados do Disque Denúncia (2253-1177).

Carmona trocava mensagens com Marllon Gonçalves Lima Luna da Silva, de 32 anos, também suspeito de integrar a quadrilha. Marllon está preso sob a acusação de ter participado do assassinato de Leonardo de Jesus, um homem de 29 anos que, segundo investigadores, era traficante na comunidade do Cebolô, no bairro Aresenal, em São Gonçalo. A vítima foi roubada e morta a tiros no dia 2 de julho de 2024.

Em diálogos entre Carmona e Marllon, são citados um roubo de droga e supostos policiais ligados ao bando.

Gravações de câmeras de segurança foram fundamentais na apuração da Polícia Civil sobre a morte de Leonardo. Um vídeo mostra o assassinato, no qual foi usado um carro preto. Com as imagens, policiais conseguiram rastrear o veículo, o que abriu caminho para a captura de Marllon.

Analisando a gravação, investigadores identificaram inicialmente marcas de sujeira no veículo, além de um limpador de para-brisa erguido. E, checando imagens registradas por outras câmeras, a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí traçou a rota de fuga do carro, que saiu do Cebolô e seguiu em direção à Rodovia RJ-106. Por meio de vídeos que mostram o trajeto, agentes identificaram a placa, uma queimadura da pintura no teto e um adesivo na lateral esquerda da tampa do porta-malas. Esses dados foram cruciais para o inquérito sobre o crime.

A proprietária do veículo compareceu à delegacia e contou que seu namorado também o utilizava. Assim, policiais chegaram ao nome de Marllon.

Na quarta-feira, o advogado de Marllon, Rodrigo Pinto Gonzaga da Silva, disse que, desde o início das investigações, tem enfrentado dificuldades para acessar informações essenciais, mesmo quando não estavam sob sigilo. Segundo ele, há notícias sobre supostas provas que não constam dos autos aos quais teve acesso via rede social. Gonzaga da Silva afirmou ainda que provará a inocência de seu cliente. O EXTRA não localizou a defesa de Carmona.

Na investigação da Corregedoria da PM, uma Mercedes-Benz virou o ponto-chave para mapear as ações da quadrilha. O órgão descobriu, também por meio de imagens de câmeras de segurança, que o carro foi usado em pelo menos três das seis ações criminosas atribuídas aos Fantasmas.

A primeira, de acordo com um relatório concluído em outubro do ano passado pela corregedoria, ocorreu no dia 16 de maio de 2024, quando, segundo a investigação, o sargento Davi Palhares foi baleado no bairro Itambi, em Itaboraí. Na ocasião, diz o documento, ele e o cabo Patrick Polycarpo Sodré “supostamente atacaram uma boca de fumo”.

Depois, o mesmo veículo foi utilizado num socorro a Polycarpo, baleado na madrugada de 16 de junho. Após alegar ter sofrido um assalto, o cabo disse que o motorista de uma Mercedes-Benz o ajudou, mas não soube afirmar “se foi alguém que passou e o socorreu ou se foi algum amigo ou parente”. Porém, o relatório da corregedoria aponta que Polycarpo recebeu ajuda de Palhares também ao fim de um tiroteio durante assalto a uma boca de fumo.

A Mercedes-Benz ainda é citada num boletim de ocorrência de 6 de setembro de 2024, quando Palhares levou um outro tiro. Ele afirmou que sofreu uma tentativa de roubo enquanto negociava uma peça de carro, versão contestada pela Corregedoria da PM.

O sargento e o cabo foram procurados pelo EXTRA antes e depois da publicação das primeiras reportagens da série “Bonde dos Fantasmas”, mas eles não responderam. Palhares negou as acusações em seu perfil numa rede social.

Fonte: https://extra.globo.com/rio/casos-de-policia/noticia/2025/01/bonde-dos-fantasmas-suspeito-de-integrar-grupo-que-assalta-bocas-de-fumo-e-preso.ghtml

 

Policial acumula mais de R$ 15 milhões em bens e tem aposentadoria cassada em SP

np0125 O secretário de Administração Penitenciária de São Paulo, Marcello Streifinger, demitiu o policial penal Hugo Berni Neto, ex-coordenador de Unidades Prisionais da Região Metropolitana. O patrimônio do agente foi avaliado em R$ 15 milhões em investigação conduzida pelo Ministério Público estadual. Como Berni já havia se aposentado, a demissão foi convertida na cassação de sua aposentadoria. Ele recebia R$ 18 mil mensais.

Hugo Berni Neto responde na Justiça de São Paulo pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraude em licitação e corrupção passiva. Ele foi responsável pela administração de 28 unidades prisionais do estado entre 2006 e 2015. Entre suas funções, estava a elaboração e a condução de licitações milionárias para a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP-SP).

Em 2013, ele se associou à irmã na Midas Empreendimentos, fundada em 2011. Dois anos depois, em 2015, Berni acumulava um patrimônio de R$ 15 milhões. Nesse período, o governador de São Paulo era o hoje vice-presidente Geraldo Alckmin.

De acordo com as investigações do Ministério Público, a Midas Empreendimentos atuava no mercado imobiliário de Sorocaba (SP) e viu seu capital social aumentar de R$ 2 mil para R$ 273 mil em 2013, após a entrada de Berni no negócio. Em 2015, a empresa possuía 12 imóveis de alto padrão em condomínios de luxo e estava construindo um residencial completo, com 24 casas.

Fonte: https://www.instagram.com/p/DFK-Y43pBrD/?igsh=YzljYTk1ODg3Zg%3D%3D

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