GCM foragido negociava “capeta”, armas e “vassourinha” com o PCC

d0816 São Paulo — O guarda civil metropolitana (GCM) Rubens Alexandre Bezerra, foragido da Justiça, é apontado em investigação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) como um dos fornecedores de receptores ilegais da frequência de comunicação da polícia, as “vassourinhas”, de bloqueadores de radiofrequência, conhecidos como “capeta”, além de armas para o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Ele e mais seis suspeitos, dos quais cinco estão presos, foram alvos de mandados de prisão cumpridos nessa terça-feira (6/8), durante a Operação Salus et Dignitas, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para combater o tráfico de drogas na Cracolândia, no centro da capital paulista.

O pedido de prisões e buscas e apreensões, obtido pelo Metrópoles, mostra que Bezerra foi procurado por criminosos para fornecer um “capeta”, equipamento utilizado “costumeiramente por associações criminosas ligadas a roubo de carga”.

Isso porque, segundo o Gaeco, o equipamento consegue bloquear o sinal de dispositivos de rastreamento, possibilitando que ladrões mantenham vítimas em cárcere privado, sem serem localizados, até o escoo da carga roubada.

Além disso, o GCM também negociava as “vassourinhas”, conforme conversas interceptadas pelo MPSP. Esse tipo de equipamento detecta sinais de radiofrequência e era usado pelo PCC para monitorar as conversas da polícia na região da Cracolândia, a partir da Favela do Moinho, que fica próxima ao local.

Fuzil por R$ 70 mil

O guarda também fornecia armas para criminosos, inclusive fuzis do mesmo modelo utilizado pelo Exército, segundo a investigação do Gaeco. Ele é acusado de abastecer o crime organizado ao menos entre 2019 e 2023, período durante o qual negociou, “em várias oportunidades”, a venda de pistolas e fuzis.

Entre as armas destaca-se um fuzil ParaFal, calibre 7.62, arma de guerra que compõe o arsenal do Exército brasileiro. Nas mãos de Rubens, essa arma era negociada por R$ 70 mil, segundo tabela apreendida durante a investigação.

Em seu relatório, o MPSP ainda reforça a necessidade da prisão de Rubens, afirmando que ele é “peça-chave” para que “seja mantida” a criminalidade de rua, “em especial de roubos de carga e de grande proporção”, por meio do fornecimento de “armas pesadas”, além de “dispositivos ilegais”.

Até a publicação desta reportagem, ele não havia sido preso. O Metrópoles não conseguiu localizar a defesa do GCM. O espaço segue aberto para manifestação.

Operação contra o PCC na Cracolândia

A Operação Salus et Dignitas foi deflagrada nessa terça-feira para desarticular ações do PCC na região da Cracolândia. Ao todo, foram expedidos sete mandados de prisão, 117 de busca e apreensão, além de 46 de sequestro de bens pela 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro da capital.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), cinco dos sete alvos de mandados foram presos, além de outras três pessoas que foram detidas em flagrante por tráfico de drogas e dois suspeitos detidos para averiguação.

Segundo os promotores do Gaeco, a Cracolândia se tornou um “ecossistema de atividades ilícitas” controlado pelo PCC, explorado por diversos grupos criminosos organizados e caracterizado pela “violação sistemática aos direitos das pessoas em situação de vulnerabilidade”.

“O tráfico de entorpecente é apenas uma das atividades dentro do repertório criminoso dessa região, que envolve profusas atividades ilícitas, como o comércio ilegal e receptação de peças veiculares, armas e celulares; contaminação do solo com a reciclagem e ferro-velho; exploração da prostituição; captação ilegal de rádios transmissores da polícia; submissão de pessoas a trabalho análogo a escravo, entre outras graves violações a direitos humanos”, afirma o MPSP.

A operação contou com apoio das forças de segurança do estado e da prefeitura. Participaram mais de mil policiais civis e militares, além de policiais rodoviários federais e representantes das subprefeituras. O efetivo foi apoiado por viaturas, helicópteros, drones e cães farejadores do 5º BPChoque (Canil) e de pelo menos outros três batalhões da polícia.

Fonte: https://www.metropoles.com/sao-paulo/gcm-foragido-negociava-pcc

Operação mira quadrilha de matadores de aluguel que age para o jogo do bicho no Rio; 13 PMs são alvo

Imagens mostram momento que tiros são disparados contra comerciante A Polícia Civil do Rio faz, nesta quinta-feira, uma operação contra uma quadrilha de matadores de aluguel que age para o jogo do bicho. O bando, segundo as investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), teria envolvimento com uma séria de assassinatos, entre eles o do dono do bar Parada Obrigatória, em Vila Isabel, na Zona Norte da capital, e o do advogado Rodrigo Marinho Crespo, executado à luz do dia em frente à sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no Centro.

Os agentes cumpriram um mandado de prisão contra Ryan Patrick Barboza de Oliveira. A DHC apurou que ele foi o responsável por monitorar os passos de Antônio Gaspaziane Mesquita Chaves, dono do Parada Obrigatória. Ele foi executado no dia 9 de junho deste ano, na esquina das ruas Souza Franco e Teodoro da Silva, em Vila Isabel. O motivo, afirma a polícia, foi o desvio de dinheiro de máquinas caça-níqueis instaladas em seus bares, que pertencem a um grupo que atua no bairro. Para a ação desta quinta, a Justiça expediu ainda 41 mandados de busca e apreensão — 13 policiais militares são alvos.

De acordo com as investigações, Ryan aparece nas imagens registradas por câmeras de segurança no local do assassinato vestindo uma camisa de cor laranja, e segue Gaspaziane em sua motocicleta a partir do Centro do Rio desde as primeiras horas de domingo, dia em que o crime foi praticado. Após deixar um dos bares dos quais era dono, o empresário foi para o Parada Obrigatória e ficou no local por cerca de 30 minutos. Ryan acompanhou toda a movimentação, conforme a polícia, e repassou instruções para os executores pelo celular. Uma câmera de segurança filmou a ação.

No momento em que a vítima entrou em seu carro, que estava parado na Rua Souza Franco, esquina com o Boulevard 28 de Setembro, Ryan deu sinal para os executores entrarem em ação. Gaspaziane teve o veículo interceptado por um Polo, do qual desceram os atiradores.

Durante a operação desta quinta, as equipes da DHC — apoiadas pela Corregedoria Interna da Polícia Militar e por equipes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) e da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHSGI) — também cumprem mandados de busca e apreensão relacionados à investigação que apura as mortes de Marco Antônio Figueiredo Martins, o Marquinho Catiri, e Alexsandro José da Silva, ocorridos em novembro de 2022, na Rua Pedro Borges, na comunidade do Guarda, em Del Castilho, na Zona Norte da capital.

De acordo com a investigação da DHC, o grupo de matadores age com requintes de crueldade e trabalharia mediante contratação em que, depois do pagamento, independentemente de quem fosse a vítima, os assassinos executariam o serviço.

Máfia do cigarro

Os alvos dos mandados, de acordo com a polícia, são integrantes de uma organização criminosa que lida com a venda de cigarros e a exploração de jogos de azar.

Durante as investigações, foi verificado que os membros desse grupo criminoso realizaram, em julho de 2023, um monitoramento intenso visando a localização e, ao que tudo indica, a execução de uma vítima, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Essa vítima foi alvo da Operação Fim da Linha, deflagrada pela Polícia Federal em 29 de novembro de 2022, contra a máfia do jogo do bicho.

Guerra da contravenção

Um indício da ligação dos matadores de aluguel com a contravenção está num episódio de violência envolvendo o bar Parada Obrigatória em abril de 2023. Na ocasião, um grupo de seis homens, usando três carros, desembarcou dos veículos. Após conversarem por alguns minutos, um deles entrou no bar e fez disparos contra duas pessoas. Em seguida, os agressores fugiram.

Na época, a Polícia Civil investigou o caso como tendo ligação com uma guerra por territórios entre os bicheiros Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, e Bernardo Bello. O crime aconteceu dias depois de que o filho de um gerente de pontos de bicho que, segundo a polícia, trabalhava para Bello, sofreu uma tentativa de homicídio no Estácio.

O gerente procurou a polícia para denunciar a guerra. Ele confessou trabalhar na contravenção para a família Paes Garcia, a mesma do falecido bicheiro Waldomiro Paes Garcia, o Maninho, assassinado a tiros em 2004. Na época, ele denunciou Rogério de Andrade e Adilsinho por serem responsáveis pela disputa de pontos de apostas em Vila Isabel e em bairros da Zona Sul do Rio.

Na mesma ocasião, o gerente disse que seu filho não trabalhava na contravenção e que teria sido ferido por engano. Na ocasião, as defesas de Adilsinho e Rogério negaram as acusações feitas pelo denunciante.

Execução de advogado

Além de Ryan, a polícia já identificou Cézar Daniel Mondego de Souza e Leandro Machado da Silva, conhecido como Machado ou Cara de Pedra, como integrantes do grupo de matadores. Cézar e Leandro estão presos acusados de envolvimento na morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo, em fevereiro deste ano.

Leandro, que é policial militar, seria o responsável pela parte logística do crime, como o aluguel de carro. Um terceiro suspeito identificado é Eduardo Sobreira Moraes, apontado na investigação como o responsável por seguir os passos do advogado nos dias anteriores e no próprio dia da execução.

Fonte: https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2024/08/08/operacao-mira-quadrilhas-de-matadores-de-aluguel-que-age-no-rio-12-pms-sao-alvo.ghtml

 
 

Policial é condenado após se apropriar de celular de vítima de roubo

d0805 Um cabo da Polícia Militar do Estado de Rondônia, condenado em primeira instância pelo crime de peculato, teve seu recurso de apelação negado pela 1ª câmara Especial do TJ/RO. Os desembargadores mantiveram a perda do cargo e a pena de três anos de reclusão, em regime aberto domiciliar, sem monitoração eletrônica.

De acordo com o voto do relator, o policial réu se apropriou indevidamente do telefone celular de uma mulher que havia sido vítima de roubo. O aparelho celular teria sido abandonado pelo assaltante próximo ao quartel da PM no município de Machadinho do Oeste/RO e encontrado por duas crianças, que o entregaram a um Policial Militar. Este, por sua vez, repassou o aparelho a um soldado da PM.

O réu foi condenado sob acusação de ter cometido crime de peculato.(Imagem: Freepik)
Ainda segundo o processo, o réu, ao sair do seu plantão, solicitou o celular ao soldado, alegando que "sabia quem poderia ser o proprietário do telefone e iria encontrá-lo", o que não fez. No mesmo dia, o policial réu e sua esposa conectaram o celular à sua rede Wi-Fi residencial, utilizando o endereço de e-mail da esposa no cadastro, e permaneceram com o aparelho, sem procurar o verdadeiro dono.

Para o relator, o policial réu extrapolou os limites de suas funções, uma vez que não seria legítimo buscar a solução para o caso fora do ambiente de trabalho. Ademais, segundo o voto, ficou comprovado que o réu conectou o aparelho à sua rede doméstica de internet sem fio e desativou a função de GPS do celular para dificultar sua localização.

Processo: 7031142-76.2021.8.22.0001
Confira aqui a decisão.

Epa! Vimos que você copiou o texto. Sem problemas, desde que cite o link: https://www.migalhas.com.br/quentes/412413/policial-e-condenado-apos-se-apropriar-de-celular-de-vitima-de-roubo

Fonte: https://www.migalhas.com.br/quentes/412413/policial-e-condenado-apos-se-apropriar-de-celular-de-vitima-de-roubo

Detentos de prisão onde está sobrinho de Marcola fazem fuga em massa

pc0805 Detentos da Unidade Prisional Professor Clodoaldo Pinto (UP-Itaitinga2), no município de Itaitinga, na região metropolitana de Fortaleza (CE), realizaram uma fuga em massa na noite de sábado (3/8), após renderam os policiais penais do local.

A prisão abrigava Leonardo Alexander Ribeiro Herbas Camacho, sobrinho de Marcola, que é tido como o maior líder do Primeiro Comando da Capital (PCC). As informações são do site Uol.

A fuga ocorreu no mesmo andar onde Leonardo fica preso, na ala de segurança máxima. O sobrinho de Marcola é acusado de envolvimento em negócios ilícitos, como jogo do bicho e tráfico de armas e drogas no Ceará.

Detentos fizeram reféns

Ainda não há informações de quantos estão foragidos, nem números de feridos ou mortos. Três policiais foram feitos de reféns e sofreram lesões, mas estão vivos e liberados.

A prisão está fechada neste domingo (4/8) para um balanço dos detentos. Há possibilidade de transferência dos fugitivos que foram pegos depois da fuga.

Fonte: https://www.metropoles.com/brasil/detentos-de-prisao-onde-esta-sobrinho-de-marcola-fazem-fuga-em-massa

Marcola sofre intoxicação alimentar em penitenciária de segurança máxima

d0308 Condenado a mais de 300 anos de prisão por diferentes penas, Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, teria sofrido uma intoxicação alimentar provocada por uma refeição estragada que teria sido servida na Penitenciária Federal de Brasília, localizada dentro do Complexo da Papuda. Apontado como chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcola teria ficado muito debilitado, segundo informações de seu advogado, Bruno Ferullo.

De acordo com a família de Marcola, as complicações começaram depois que ele comeu uma refeição estragada, na última quinta-feira (25). Segundo eles, Marcola teria ficado muito debilitado, sem ingerir praticamente nada e sem beber água. A família alega que Marcola estaria em uma ‘situação desumana’, só recebendo atendimento médico na segunda-feira (29). No dia seguinte, ele foi submetido a exame de hipoglicemia e teve a pressão arterial aferida. 

Conforme os relatos, a situação também afetou outros internos que estão na Penitenciária de Segurança Máxima em Brasília, administrada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais, ligada ao governo federal. O local também estaria com falta de soro e medicamentos para atender todos os internos que teriam sido contaminados.

“Há relatos de que muitos presos da unidade estão com intoxicação alimentar devido a refeições estragadas, implorando por atendimento”, explica o advogado.

Desde janeiro do ano passado, Marcola está preso na Penitenciária Federal de Brasília, uma unidade de segurança máxima. Antes disso, em 2019, ele esteve no presídio federal de Porto Velho (RO).

A Secretaria Nacional de Políticas Penais foi procurada para comentar o caso, mas ainda não se manifestou. O espaço segue aberto e poderá ser atualizado posteriomente.

Fonte: https://www.itatiaia.com.br/politica/2024/07/31/marcola-sofre-intoxicacao-alimentar-em-penitenciaria-de-seguranca-maxima

PM é preso em Londrina suspeito de esconder armas e munições ilegais em apartamento errado, diz Gaeco

d0730 Um policial militar foi preso em Londrina, nesta sexta-feira (26), pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) suspeito de armazenar armas e munições ilegais e também anabolizantes sem registro.

A defesa dele informou que ainda não teve acesso à investigação.

A investigação descobriu que ele iria esconder os itens em um apartamento da família, mas escolheu o imóvel errado.

O caso começou a ser apurado pelo Gaeco em junho deste ano, quando o proprietário de apartamento, que é professor universitário, chamou a Polícia Militar (PM) após ter encontrado diversas armas no lavabo: uma espingarda semiautomática calibre 12, uma pistola 9 mm, um revólver calibre 22 e várias munições.

O homem também localizou uma mala com frascos, acessórios e etiquetas usados para fabricação e comercialização ilegal de anabolizantes sem registro, em descumprimento à legislação.

O PM teria deixado os itens por engano cerca de 10 dias antes da chegada do verdadeiro proprietário, que não é investigado. Segundo a investigação, o policial deixaria os produtos em um apartamento da família, que fica no mesmo prédio e estava desocupado.

Armas, munições e anabolizantes apreendidos com PM em Londrina (PR) — Foto: Reprodução/Gaeco

De acordo com o Gaeco, o planejamento do policial saiu errado quando ele apertou outro andar no elevador.

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Prisão preventiva

A Justiça acatou o pedido dos promotores e determinou a prisão preventiva do policial. Ou seja, ele fica detido por tempo indeterminado.

O PM responde por posse de arma e de munição de uso restrito, posse de munição e armamento sem identificação, além de comercialização de substância sem autorização legal.

A operação realizada nesta sexta-feira contou com policiais do Gaeco e da Corregedoria da Polícia Militar do Paraná. Além do mandado de prisão, eles cumpriram outros 4 de busca e apreensão.

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